Fanfic: * Casamentos Arranjados(Vondy)*Terminada*

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Capítulo XVI

“Mamãe...” – Christopher murmurou e saiu correndo ao encontro dela,
seguido de uma Dulce atordoada, mas no meio do caminho, algo interceptou a
jovem de continuar a correr enquanto que o rapaz se ajoelhou ao lado de sua
mãe. Seus olhos escuros se estreitaram e seu punho se fechou ao observar a
cena.

“Maldição...”

Podia ver aquele empregado estender o sorriso afetado no rosto enquanto
mantinha firme a espada na mão contra o pescoço de Dulce, a qual estava sendo segurada
pela mão livre do criado pelo braço, que estava virado em suas costas graças ao
desconhecido de cabelos loiros arrepiados.

A lâmina reluzente foi pressionada com um pouco mais de força,
encostando o pescoço da jovem, fazendo-o sangrar bem de leve enquanto era um
corte superficial. Dulce fechou um dos olhos ao sentir aquela dor e o sangue
deslizando para seu vestido.

Christopher trincou os dentes ao ver a cena.

“Droga... Dulce...” – Ele moveu apenas um pé, quase levantando, mas
antes que fizesse isso a voz do criado ecoou pelo ambiente enorme.

“Não se atreva a dar um passo se não quiser ver sua noiva morta.”

Ele ficou estático, sem retirar a expressão de ódio na face. O que iria
fazer? Merda... Realmente não sabia mais quanto tempo agüentaria vê-la daquele
jeito... Tinha que pensar em algo, não apenas por Dulce, mas também por sua
mãe, que também estava ferida.

Um sorriso triunfante brotou na face pálida. Robert analisava a cena com
gosto. Como esperava. Tinha todo o controle.

Um baixo ruído fez os quatro virarem as cabeças para o lado e Alexandra
arregalou os olhos, prendendo a respiração junto com Dulce. Luis tinha os
braços nas costas, os quais eram segurados por um rapaz de cabelos castanhos e óculos.

A expressão de raiva no rosto de Luis desapareceu rapidamente assim que
viu a cena de um ângulo melhor. Alexandra estava no chão, ferida, ao lado de um
Christopher furioso, enquanto que Dulce estava nas mãos daquele ser com cara
pálida. O que diabos estava acontecendo afinal?.!

“Encontrei esse aqui também, Robert. O que eu faço com ele?” – Indagou,
numa voz divertida, como se aquilo tudo não passasse de um divertimento na
praia com os amigos. O homem de olhos amarelos não pareceu se importar muito com
o que seu companheiro havia conseguido.

“Pode soltá-lo, Isaac. A pessoa que eu queria já está nas minhas mãos.”
– Isaac obedeceu e jogou Luis para onde Alexandra e Christopher estavam
parados.

Christopher observou sua mãe ajudar o marido a se sentar, e isso fez sua
fúria crescer ainda mais. Cerrou mais o punho de forma mais violenta, e de alguma
forma, Robert pareceu notar sua iminência de fazer alguma coisa.

“Você já foi avisado, Christopher. Não se atreva.”

“Filho da mãe...”

Dulce fechou um dos olhos mais uma vez, sentindo a lâmina cortar um
pouco mais da carne de seu pescoço e conseguiu apenas murmurar:

“Chris...”

O jovem Uckermann estava fazendo todo o esforço do mundo para pensar em
alguma solução, alguma saída, mas nada vinha em sua mente... Droga...!

Luis se virou para Alexandra, preocupado.

“O que aconteceu com você?” – A mulher havia voltado a apertar o
ferimento no braço.

“Eu tinha percebido que ele estava planejando alguma coisa, mas antes
que eu pudesse agir... ele me jogou contra a parede e fez um corte no meu braço
com aquela espada.” – Luis trincou os dentes, mas antes que pudesse falar
alguma coisa, ouviu a voz gélida e cortante de seu filho.

“Solte-a.” – Robert sorriu com satisfação.

“Quem você acha que está na vantagem agora, Christopher? É melhor ficar
quieto e não fazer nenhum movimento em falso.”

Christopher sentia o sangue ferver em suas veias, e involuntariamente,
mexeu um pé, como se estivesse pronto para levantar.

“O que ela tem a ver com isso?.! Você não está atrás de Dulce, eu sei.”
– O único efeito que conseguiu foi a permanência do sorriso na face pálida do
homem.

“Tsc... Tarde demais para essa descoberta, não é?”

“Quem é você?” – Luis indagou, na mesma impaciência que seu filho.

Isaac estava bastante ocupado em mantê-los sob vigília e Robert não
perdeu o sorriso.

“Vocês são mesmo patéticos... Todo esse tempo fingindo ser um dos
criados e vocês nem suspeitaram de nada.”

“Criado...?” – Dulce pensou, arregalando os olhos castanhos assim
que um estalo passou em sua memória e reconheceu o empregado que havia
ajudado-a uma vez e ter dito uma mentira sobre Christopher. Então era ele...?

“Eu me chamo Robert.”

“E o que você quer?” – Alexandra indagou, furiosa, tentando afastar a
dor do braço.

“Apenas as terras de vocês.” – O homem respondeu, cinicamente.

“Como é?.!” – Luis quase se ergueu, mas foi contido por Alexandra, a
qual segurou-o pelo braço.

“É isso mesmo. O domínio das terras Uckermann e toda essa riqueza.”

Christopher continuava com o cenho franzido e o punho cerrado.

“Então solte a Dulce, ela não tem nada a ver com isso.” – Novamente
Robert sorriu com as palavras do jovem Uckermann.

“É aqui que você se engana. Você acha que eu vou sair daqui apenas para deixá-los
sem a riqueza e suas terras? Um pouco de sangue sempre faz bem há uma paisagem,
sabem...huhuhuhuu...”

Christopher estreitou os olhos e velozmente retirou uma faca presa à sua
perna, lançando-a contra Robert no nível do chão, mas este percebeu e apenas
deu um passo para o lado, ainda com Dulce nas mãos.

“Da próxima vez que tentar algo, vou matá-la, não esqueça.” – Ameaçou,
seus olhos amarelos reluzindo.

Merda. O que iria fazer...?

O homem de cabelos pretos  parou
de andar, apoiando a mão na parede do castelo, voltando os olhos escuros para
trás, onde focalizou o rapaz que o acompanhava.

“Isso é porque você cansou da viagem, Derrick?” – Ele brincou,
observando o Uckermann olhá-lo.

“Não, você que é muito apressado. Nós já estamos na nossa terra, então
porque está com essa ansiedade, hein?” – Derrick indagou, erguendo a
sobrancelha.

Logo pensou que talvez depois da viagem que haviam feito para algumas terras,
fez com que Joaquim quisesse entrar no castelo e ficar algum tempo lendo
Paraíso Dos Amassos.

É, isso era bem plausível.

“Não é nada.” – oaquim respondeu e logo depois franziu o cenho,
ligeiramente sério. – “Só estou com um mal pressentimento.”

Derrick rapidamente desviou os olhos negros para uma pequena janela do
castelo, a qual emitia claridade. Estreitou os orbes.

“É... Acho que você não está errado. Eles nunca deixam nada aceso a essa
hora da noite.” – Notou seu amigo caminhar para a enorme porta de entrada, e
encostar o ouvido na mesma. Achando tudo aquilo muito estranho, resolveu imitá-lo
e logo vozes alcançaram seu ouvido.

Eles se entreolharam, e Joaquim se afastou da porta, aflito.

“Se pudéssemos ver o que está acontecendo...” – Murmurou, estreitando os
olhos para a parede do castelo, notando que as únicas janelas estavam fora de
seu alcance.

Derrick olhou para os lados e assim que se certificou que não havia
ninguém nas redondezas, correu uma mão pela parede, tateando-a à procura de
algo. No começo, a única coisa que conseguiu foi um olhar estranho de Joaquim.

“Derrick”-

Mas o rapaz fez um gesto impaciente com a mão, mandando-o silenciar. Joaquim
ficou quieto, mas ainda estava confuso com a atitude do jovem. Derrick estava
bastante concentrado em sua tarefa e logo sentiu um pequeno relevo sob sua mão,
fazendo-o retirar uma faca da cintura e enfiá-la debaixo do tijolo, tirando-o
de lá, no maior cuidado e silencio possível.

Joaquim ergueu uma sobrancelha.

“O que diabos”-

“Bom, eu precisava de algum esconderijo para roubar os doces de vez em quando,
Joaquim.”

“Ora, seu... Então era por isso que quando eu procurava algum não tinha
mais nada?” ¬¬

“E-er... Bom, mas não estamos no momento exato para falarmos nisso.” – E
sem mais delongas, deu uma olhada pelo pequeno buraco que ficou na parede. Assim
que analisou a cena dentro do castelo, pôde apenas estreitar mais os olhos e
depois dar o seu lugar para Joaquim.

Eles ficaram alguns segundos assim. Derrick em pé, sério, e Joaquim
olhando pelo buraco, provavelmente pensando em alguma coisa.

“E o que fazemos?” – O Uckermann indagou e Joaquim apenas balançou a
cabeça, ainda olhando pelo buraco.

“Não me pergunte. Estou sem idéias para uma entrada triunfal.”

Derrick deixou o silêncio reinar mais uma vez enquanto tentava pensar em
algo e após alguns segundos ouviu a voz do amigo mais velho.

“Mas acho que temos que pensar rápido se não Dulce fica sem o pescoço, e
o Christopher perde a cabeça, você já conhece a figura.”

“É, eu sei... Mas não temos nada aqui para surpreende-los.”

Joaquim se afastou da parede e encarou o Uckermann.

“Bom, vamos ter que fazer um estardalhaço aqui fora e chamar a atenção de
um deles, Derrick.” – O rapaz ergueu uma sobrancelha, muito confuso.

Incerto se havia escutado direito.

“Como é?”

 - - - - - - - - - - - - -

Christopher estava sentindo seus últimos miolos fumegarem apenas com o
esforço em tentar achar uma saída e para piorar não estava conseguindo nada. Droga...
Sua mãe estava ferida e Dulce estava nas mãos de Robert, com uma espada no
pescoço... Merda... De alguma forma, não agüentava mais ver aquele sangue manchar
o vestido dela.

E precisava fazer algo.

Precisava pensar em algo.

E rapidamente um estalo passou em sua cabeça como um raio.

Notando que Robert estava bastante ocupado falando algo com Isaac(Mesmo
que olhasse vez ou outra para seus reféns), o Uckermann puxou um revolver
debaixo da blusa, preso na cintura, discreta e velozmente e apertou o gatilho,
sem hesitação.

Continua…

Comentem !!

MiH Uckermann XD