Fanfic: * Casamentos Arranjados(Vondy)*Terminada*

Bem Vinda,Blandul XD

Capítulo VIII

Não podia acreditar que já era de manhã e que conseguira dormir quase
nada de noite. Tudo,
graças a Christopher.

Droga... Nem ela mesma sabia que estava tão dependente dele assim.

Sentada em sua cama, Duce ainda tentava se concentrar nas cartas de sua
família e amigos, as quais estavam espalhadas sobre o lençol macio, mas não
conseguia parar de pensar em seu noivo. Sabia que não deveria se preocupar
tanto, mas era algo que não podia evitar.

“Maldição... Aquele desgraçado...” – Murmurou, trincando os dentes e
cerrando o punho. Como ele se atrevia a deixá-la daquele jeito?.!

Toc toc.

Seus olhos castanhos desviaram-se para a porta, ouvindo batidas na
mesma. Sem se importar muito, autorizou a entrada do desconhecido, onde acabou
por descobrir que era sua criada.

“Dulce, mandaram informá-la que seu noivo já chegou.”

Sentindo a ansiedade atingi-la em cheio, Dulce largou tudo que estava
fazendo e levantou da cama de um pulo, encaminhando-se para os corredores do castelo
Uckermann. Mesmo que inconscientemente, seus passos estavam mais apressados que
o normal, algo que não a surpreendeu já que estava ansiosa para vê-lo.

“Christopher...”

Seu murmúrio ecoou pelo corredor silencioso e acabou por chegar nos ouvidos
do jovem Uckermann que estava um pouco mais na frente. Ele observou-a se
aproximar em passos largos, as mãos segurando os lados do vestido lilás, seus
cabelos ruivos balançando com o movimento.

Ele não acreditou como havia sentido falta daquilo mesmo que fosse
apenas por metade de um dia.

Sem que percebesse, ela já estava em sua frente, com os olhos
transbordando uma mistura de surpresa e felicidade. Diante disso, não conseguiu
se reprimir, quebrando aquele silêncio.

“O que foi? Eu disse que voltaria, então por que a surpresa?” – Dulce
cerrou o punho discretamente, franzindo os olhos. Será que ele tinha idéia do
quanto havia sofrido com a partida dele?.!

“Seu... Droga, você me deixou preocupada, sua anta...!”

Ele arregalou os olhos momentaneamente. Então ela realmente se importava
com ele...?

“Você... você está bem?” –Christopher suavizou a expressão de espanto,
olhando-a nos olhos de forma intensa.

“Dulce, eu disse para você não se preocupar com besteira.” – A jovem nem
percebeu que seus olhos castanhos encheram-se de aflição.

“Eu sei, mas... eu não consegui... Você estava demorando muito...”

Christopher observou-a olhar para o chão alguns segundos e depois voltar
a encará-lo, com o mesmo semblante na face. Resolveu tomar uma atitude para tranqüilizá-la,
apenas não sabia se teria mesmo esse efeito.

Inclinou ligeiramente a cabeça e juntou seus lábios aos dela de forma
delicada.

Se soubesse que eles eram tão macios e saborosos teria experimentado
isso mais. Aliás, iria fazer isso todos os dias a partir daquele momento,
apenas para sentir novamente aquela sensação indescritível.

Duce havia ficado surpresa com o ato do rapaz e estava com medo que seu
coração acabasse saindo pela boca se continuasse a bater daquele jeito
desesperado. Seus lábios juntos aos de Christopher era algo tão bom... Tão
tranqüilizador... E resolvendo aproveitar o momento, fechou os olhos lentamente
e beijou-o de volta, dando permissão para a língua dele explorar sua boca e fazê-la
se sentir no céu.

Após algum tempo aproveitando aquele beijo, Christopher separou seus
lábios, sentindo que ambos estavam precisando de ar.

O primeiro beijo intenso desde que haviam sido anunciados como noivos...

A jovem Saviñón sentiu a face ganhar uma fraca coloração avermelhada.

“Christopher...” – Ele apenas olhou-a, controlando-se para não cair na
tentação de beijar os lábios dela novamente. – “você não está ferido, não é?”

“Não, eu já disse que estou bem.”

“Mas você deve estar com fome.”

Só se fosse dos lábios dela.

Resolveu ficar calado para ter certeza que não iria falar algo que se
arrependesse depois. Em seguida, sentiu a mão da jovem em seu braço e seus
olhos escuros logo encontraram os olhos dela.

“Vamos arranjar algo para você comer.” – Christopher suspirou ao ouvir
aquela sugestão e sem a menor vontade de discutir, limitou-se a deslizar uma
das mãos para a cintura fina da garota, ambos caminhando para a cozinha.

Um sorriso singelo brotou na face de Dulce, acompanhado de um fraco
rubor. Andando daquele jeito pareciam um casal... Espere. Eles eram noivos, não
é?

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O jovem Uckermann suspirou, mantendo o cenho franzido em aborrecimento. Parecia
que não conseguia sentir nada além de irritação.

Estava sentado debaixo de uma árvore no jardim de seu castelo,
acompanhado por sua noiva, a qual aparentava estar ainda mais aborrecida do que
ele próprio. Não podia esperar menos, afinal haviam brigado e estavam com raiva
um do outro no momento. Não entendia como isso acontecia tão rápido. Uma hora
eles se beijam e no minuto seguinte acabam discutindo.

Ainda lembrava que haviam feito todo o caminho da cozinha para o jardim
discutindo em alto e bom som.

Droga... Isso era muito cansativo.

Sentada ao lado de Christopher, Dulce estava com os braços cruzados e os
olhos muito estreitados, mostrando estar bastante irritada com o Uckermann. Essa
raiva toda estava afetando seu cérebro e talvez fosse por isso que resolveu
quebrar o silêncio, comentando:

“Eu preferia ser prometida para o Diego.” – Christopher virou o rosto
para olhá-la, numa expressão incrédula.

“O que?” – Seus olhares furiosos se encontraram.

“Pelo menos ele é educado e gentil. Com certeza será um ótimo marido, ao
contrário do que eu tenho.” ¬¬

“E por acaso você acha que eu quero você como minha esposa?”

Ambos viraram os rostos para os lados opostos, tendo a impressão que o
sangue estava borbulhando de raiva em suas veias.

Mantendo a posição em que se encontrava, Dulce retrucou:

“Pelo menos eu não fico tratando você como um idiota.” – Christopher
fechou os olhos, seu cenho ainda franzido.

“Eu não tenho culpa se sou forçado a fazer isso.”

Não era exatamente sua intenção tratá-la mal, mas sempre que estava na
presença dela se sentia desconcertado e isso era algo que odiava. Então para
afastar aquela sensação de borboletas em seu estômago acabava por tratá-la de
um jeito nada agradável. No entanto, sabia que se falasse isso seria espancado
até a morte por ela.

Dulce pareceu confusa com aquelas palavras.

“Hã...?”

“Esqueça, você não iria entender.” – Ela trincou os dentes.

“E ainda me chama de burra?.! Grrr...! Eu vou agora mesmo tentar acabar
com essa história de casar com você!” – A jovem se levantou, mas antes que pudesse
sair, sentiu a mão de Christopher em seu pulso. Virou-se para encará-lo,
furiosa.

“O que foi agora?.! Quer me insultar de mais alguma coisa por acaso?.!”
– O Uckermann tentou não se importar com o olhar mortal que ela lhe lançava.

“Você não vai conseguir mudar essa idéia da cabeça de nenhum dos nossos
pais.”

“Não vai me custar nada tentar, até porque eu faço qualquer coisa pra me
livrar de você.”

Ótimo. Ela queria guerra, então iria ter.

“Dulce, se essa idéia desse certo eu já teria tentado há muito tempo.”

A Saviñón ficou encarando-o com seus olhos castanhos transbordando de
raiva e por um momento, achou que encarar aqueles orbes escuros estava deixando-a
mais calma e pacífica. Não querendo dar o braço a torcer, apenas bufou
irritada, evitando os olhos dele, voltando a sentar com os braços cruzados.

Uma pena porque Christopher realmente estava gostando de se perder
naqueles olhos.

“Droga... A culpa é toda sua.” – Ele ouviu Dulce falar, sua voz ainda
contendo um pouco de raiva. Retrucou:

“Claro, como se eu quisesse me casar com você também.”

“Se você não me tratasse tão mal nós não estaríamos passando por isso,
idota. Você deveria aprender a ser como o Eddy ou o Diego.”

Uma veia pulsou na testa do Uckermann e ele se esforçou ao máximo para
controlar sua voz.

“Dulce, pare de falar do Diego, ok? Está me dando nos nervos.”

“Não acredito que você esta com ciúmes.” – Apenas depois lembrou de algo.
– “Ah, desculpe, esqueci que você é frio demais para sentir qualquer coisa.”

Christopher sentiu uma fina garoa começar a cair do céu coberto de
nuvens negras, transpassando as folhas da árvore e molhando um pouco tanto ele
quanto Dulce. Talvez fosse isso misturado com as palavras dela que estavam
afetando seriamente seu interior, fazendo as borboletas rodopiarem ainda mais
alto em seu estômago.

Sem aviso, puxou-a pelo braço delicadamente para si e não deu tempo para
ela protestar porque no segundo seguinte havia encaixado seus lábios de forma carinhosa,
algo que deixou Dulce ainda mais surpresa.

Sentindo a raiva se dissipar subitamente, Dulce ignorou as finas gotas
de chuva e o beijou da mesma forma. Notou que ele explorava sua boca de modo
mais audacioso que o primeiro beijo, suas línguas se roçando sensualmente. Sem
que percebesse, a Savinón subiu uma mão para o rosto macio e bonito dele,
notando que ele aproveitou o momento para deslizar uma mão para o seu pescoço,
aprofundando o beijo.

Os beijos dele eram tão bons... Poderia até mesmo retirar o que dissera
sobre se casar com Diego apenas para poder beijá-lo todos os dias daquela forma
apaixonada...

A fina garoa continuava a cair de forma fraca e contínua, apenas para
molhar um pouco a grama e as flores bem cuidadas do jardim. Os criados haviam
parado o trabalho para se abrigar dentro do castelo, deixando aquele local
extenso totalmente vazio, exceto pela presença do casal debaixo da árvore, os
quais pareciam estar aquecidos mesmo com a brisa um pouco gélida.

Christopher se afastou apenas poucos centímetros da jovem, olhando-a intensamente
nos olhos castanhos. Podia notar o leve rubor na face dela, algo que o agradou
imensamente. Seus cabelos e vestes encontravam-se molhados, provando que as
folhas das árvores não haviam sido o suficiente para conter a garoa.

A Saviñón retirou a mão do rosto dele, corando um pouco mais, seu
coração martelando em seu peito. Aquele olhar profundo conseguia colocá-la em
estado de hipnose, sem dúvida. Após alguns segundos ouvindo o barulho das gotas
de chuva caindo sobre o local, pôde escutar a voz próxima e suave de Christopher.

“Pra sua informação, eu ainda consigo sentir muita coisa.” – Ela ficou
surpresa e lembrou de suas últimas palavras para com o rapaz.

“C-Christopher...” – O jovem desviou os olhos dos dela apenas alguns
segundos assim que percebeu que o vestido da mesma estava transparente, expondo
quase todo seu belo corpo e sua pele branquinha.

“Da próxima vez use roupas mais escuras, idiota.”

“O que...?”

“Seu vestido está transparente.” – Dulce corou até o último fio de
cabelo e antes de qualquer coisa deu um cascudo em seu noivo, fazendo-o desviar
os olhos dela por alguns segundos.

“Pare de olhar pra mim, mas que droga!”

Dulce se levantou, dando alguns passos para longe da árvore e querendo chegar
no castelo o mais rápido possível para trocar de roupa. Podia sentir a garoa
molhando-a de forma mais livre já que não tinha mais a proteção da árvore e
isso estava apenas colaborando para que seu vestido ficasse ainda mais
transparente.

Logo sentiu alguém colocando um casaco sobre si, para esconder seu corpo
quase totalmente exposto. Sua face enrubesceu lentamente e sem demora, olhou
para o lado.

“Chrisstoher...?” – O Uckermann estava apenas com uma blusa simples já
que havia dado seu casaco para a jovem.

“Ande logo porque senão nem isso vai adiantar pra cobrir você.” – A
Saviñón sorriu, sem deixar de notar como ele havia ficado bonito com os cabelos
e as roupas molhados, fazendo inclusive seu tórax ficar à mostra pelo fato de
sua camisa ser branca e estar transparente também.

Andando lado a lado para a moradia, o casal nem imaginava que Alexandra
observava tudo de uma janela do castelo, sorrindo.

“Quer dizer que eles começaram a se acertar finalmente...?”

Continua…

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MiH Uckermann XD