Fanfic: O Jogo -AyA -Adaptada | Tema: Ponny
— Não foi nada especial. O que você estava fazendo?
— Poncho pediu o jantar. Apenas uma noite tranquila — Assim que mencionei
o nome de Poncho, o rosto de Ian voltou ao mal-humorado. Teria sido mais fácil
simpatizar com ele, se ele não tivesse cheirando a sexo e se comportasse como
um idiota, intitulado.
— Estou indo — Ele disse. — Te vejo mais tarde.
— Mais tarde.
Eu ainda estava ali olhando para ele muito tempo depois da porta da frente
ter fechado. Lá no fundo, eu não estava nem zangada nem triste. Apenas um
pouco chocada, talvez por descobrir que Ian se importava comigo daquela
maneira depois de tudo. Como isso afetaria as coisas, eu não tinha ideia.
Quando Poncho reapareceu estava com o seu longo cabelo penteado para trás.
O loiro estava muito mais escuro estando molhado e os ângulos de seu rosto eram
exibidos com perfeição. Ele colocou uma calça jeans e uma camiseta velha com
aparência suave, desgastada do AC/DC. Mas seus pés estavam descalços. Seus
longos dedos eram ligeiramente polvilhados com pelos. Arrumadas, unhas
quadradas.
— Café? — Perguntei, já servindo-lhe um copo. Ele me deu uma desculpa
sólida para olhar longe de seus dedos aparentemente fascinantes. O que era isso
sobre seus pés descalços?
— Sim, obrigado. Seu amiguinho moderno já foi embora?
Eu coloquei a xícara em cima do balcão e ele começou a acumular com o
açúcar do recipiente. Uma, duas, três colheres de acumuladas. Toda a sua energia
tinha que vir de algum lugar, eu acho.
— Ian saiu um tempo atrás — Confirmei, escolhendo através dos pedaços
de donut. Delicioso.
— Difícil não pensar menos de você lá.
— Por quê?
Poncho tomou um gole de café, olhando-me por cima da borda.
— Você gosta do idiota. Você gosta muito dele — Eu enchi minha boca com comida. Como uma grande desculpa para não responder. Se realmente
mastigasse bem devagar poderia matar toda a conversa. — Mesmo com você me
dando olhos loucos, eu poderia dizer — Ele continuou, infelizmente. — Você tem
sorte que eu não sou o tipo ciumento.
Engasguei com a comida na minha boca.
— É por isso que você começou com as histórias de aventuras sexuais? —
Ele riu, baixo e zombeteiro. Mas de quem ele estava rindo, exatamente, eu não
poderia dizer. — Poncho?
— Ele aparece aqui, fresco de uma noite de beber e foder, esperando
encontrá-la de braços abertos... Eu não gostei disso.
— Somos apenas amigos.
Ele desviou o olhar, lambeu os lábios.
— Any — A decepção em sua voz picou. Eu queria dar desculpas. Estender
os antigos padrões. Eu queria me proteger. Mas eu nem sabia do que estava me
protegendo. Poncho não tinha me atacado. Sua reprovação tranquila passou por
minha guarda de uma forma que as palestras e as demandas de Lauren nunca
poderiam — O fato é que vocês estão em linha reta — Ele disse. — Homens e
mulheres como amigos realmente não funciona. Uma pessoa está sempre na
outra. Fato da vida.
— Sim, eu gosto dele — Eu admiti. — Tem algum tempo. Ele, ah... Ele não
me vê dessa forma.
— Talvez sim, talvez não. Ele com certeza - pra caralho - não gostou de me
encontrar aqui — Poncho pousou a xícara e se encostou no canto do balcão da
cozinha cinza desbotada, braços apoiados em ambos os lados. Seu cabelo úmido
deslizou para frente, protegendo seu rosto. — Você estava pensando em me usar
para fazer-lhe ciúmes?
— Manipulando-o e sendo uma estúpida com você? Não, eu não tinha
planejado fazer isso. Mas obrigada por perguntar.
— Eu não me importo — Ele deu de ombros. — E ele é um idiota que merece
o que ganha. Passando aqui, agindo como se lhe devesse alguma coisa.
Passei meus braços em volta de mim.
— Eu sinto muito que ele foi rude com você. Tive uma palavra com ele. Isso
não vai acontecer novamente.
Ele bufou uma risada.
— Você não tem que me proteger, Any. Eu não sou tão delicado.
— Irrelevante — Eu tomei um gole de café.
— Você sabe, eu posso viver com você me usando para chegar a ele. Inferno,
nós já estamos usando um ao outro, certo? — Algo na maneira como ele disse que
me fez parar. Se ele não estivesse se escondendo atrás de seu cabelo, que eu
pudesse vê-lo melhor, avaliar aonde isso ia. — Não há razão porque nós não
podemos dar leite a esse bebê para tudo que vale a pena — Ele disse.
— Você faria isso por mim?
Ele deu um meio sorriso.
— Se é isso que você quer. Apertar os botões do babaca é muito fácil, mas
eu estou disposto a fazer o esforço. Inferno, esse corpo nasceu para fazer ciúmes
aos homens mortais — Eu sorri de volta para ele, com cautela. Não me
comprometendo com nada. Essa situação exige uma reflexão séria. A tentação de
saltar era enorme. — Eu acho que ele está certo sobre uma coisa. Você pode fazer
melhor — Os olhos verdes me olharam fixamente. Havia diversões lá, como
sempre. Ele parecia estar me desafiando, empurrando-me para ver o que
aconteceria. Eu realmente queria empurrar de volta.
— Mas seja qual for... — Ele disse, revirando os ombros para trás em algum
tipo de encolher de ombros superdesenvolvido. — Sua chamada. Afinal de contas,
você conhece esse cara por quanto tempo?
— Dois anos.
— Dois anos você esteve com ele e nunca fez nada sobre isso? Você deve ter
suas razões, certo?
— Certo — Eu disse, soando nem um pouco convincente.
Ele riu e logo em seguida, eu não gostava dele apenas um pouco. Eu nunca
admitiria abertamente a minha coisa por Ian a ninguém e aqui estava Poncho, 90
sempre tão docemente esfregando isso na minha cara. A coisa era que, a situação
atual com Ian era infinitamente preferível a qualquer coisa que tive desde que
eu tinha dezesseis anos. Se ele se estabelecer com alguém, meu coração não seria
quebrado. Mas quem sabe, poderíamos ficar juntos um dia.
Por que agir quando fazendo tão pouco estava me servindo tão bem?
O grande cara loiro zombando de mim com os olhos, sorriso no lugar. Ele
sabia. Eu não sei como ele sabia, mas definitivamente sabia. Cara, eu odiava ser
uma conclusão precipitada, especialmente para ele. Odiava isso com a paixão de
milhares de fogo de inferno.
— Tudo bem — Eu disse. — Vamos fazê-lo — Ele parou de rir. — Estou
falando sério. Eu quero fazer ciúmes ao Ian. Se você ainda estiver disposto a
me ajudar, é claro.
— Disse que não faria a um minuto atrás. Não acho que você realmente irá
para ele, mas... — Ele pegou sua xícara de café e esvaziou. — Isso vai ser
interessante. Exatamente o quanto você sabe sobre ser uma destruidora de
corações?
— Eu preciso ser uma destruidora de corações? — Do outro lado da sala, a
porta do banheiro estava aberta. A toalha molhada jogada esquecida no meio do
chão. A cueca boxer de Poncho estava abandonada ao lado.
Eu precisava fazer alguma limpeza hoje.
— Problema? — Ele perguntou.
— Não.
Engraçado, quando Fuzz tinha morado aqui, eu geralmente acabava
fazendo a maior parte da arrumação para ela também. Não tinha me ocorrido no
momento. Um hábito que tinham restado de administrar uma casa precocemente,
provavelmente.
— O que é, Any?
—A sua toalha e roupas sujas estão no chão do banheiro — Apontei para
elas, apenas no caso dele ter esquecido onde era o banheiro.
— A mudança aleatória de tópico — Poncho se esgueirou ao meu lado, estando mais perto do que precisava. — Mas você está certa. Elas estão, na verdade
decorando o chão e fazendo um belo trabalho também — Ele não disse mais nada.
A roupa suja estava lá, me provocando. E eu tenho certeza que Poncho em seu silêncio
fazia o mesmo. Ou isso, ou eu estava uma bagunça neurótica. Isso era próximo a
um convite. — O que você vai fazer sobre isso, abóbora? — Ele perguntou em voz
baixa.
— Eu realmente não gosto de você me chamando assim — Ele fez um ruído
de desprezo em sua garganta. Eu suspirei. Essa era uma guerra que eu
provavelmente nunca ganharia. Se assumir os cuidados de uma adolescente de
treze anos, me ensinou alguma coisa, era escolher as minhas batalhas. — Isso
não é problema meu. — Eu disse.
— Não?
— Precisa arrumar depois você mesmo — Eu disse com firmeza.
— Isso é um limite que estou ouvindo aí?
Levantei mais alto.
— Sim, isso é. Eu não sou sua mãe. Você precisa pegar a sua merda Poncho.
Ele sorriu.
— Eu vou dar um jeito nisso.
— Obrigada — Sorri para ele, já se sentindo mais leve. — O que era aquilo
em ser uma destruidora de corações?
— Você vai me quebrar em dois, depois de mostrar a esse babaca a
namorada memorável que será, é claro — Eu sempre tinha estado no fim da
recepção de desgosto. Mas foda-se também. Maus hábitos podem ser quebrados.
— Eu posso fazer isso — Poncho olhou para longe.
— Eu não posso.
— Eu não duvido de você, abóbora. Não duvido de você em tudo.
Autor(a): AliceCristina106
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 108
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Nandacolucci Postado em 02/05/2016 - 12:02:57
nossa último cap já, adorei ^^
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Anamaria ponny_ Postado em 28/04/2016 - 20:47:14
Nossa, último capítulo já ♥
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tatianaportilla106 Postado em 28/04/2016 - 19:28:13
Anamaria: Continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 27/04/2016 - 13:38:08
Necessito de mais, que bom que Ponny tão de bem.
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tatianaportilla106 Postado em 27/04/2016 - 00:52:04
Anamaria: Continuando <3
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tatianaportilla106 Postado em 27/04/2016 - 00:50:42
Nandacolucci: Continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 25/04/2016 - 12:30:24
Posta mais ♥
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Nandacolucci Postado em 25/04/2016 - 09:26:38
continuaaa
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tatianaportilla106 Postado em 25/04/2016 - 00:44:31
Nandacolucci: continuando <3
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tatianaportilla106 Postado em 25/04/2016 - 00:43:54
Anamaria: continuando <3