Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

Quarta.

Christopher deu um tapa na cabeça de Poncho.

   Poncho: Que foi? - Ele parou de olhar para a loira que almoçava com Patricio e encarou o amigo.

   Ucker: Não escutou nada que eu disse.

   Poncho: É... - Provou dar outra olhadinha para o lado.

   Ucker: Qual seu problema, hein?

   Poncho: Qual o [i]seu[/i] problema!

Ucker seguiu o olhar de Poncho.

   - Que você fez com ela?

   Poncho: Hein? Anahí? Nada. - Um sorriso brotou no canto da boca dele - Nada.

   Ucker: Então você devia fazer algo, porque fazer 'nada' parece ter deixado ela bem irritada.

É, ela estava bem irritada. Isso porque ele não desviava o olhar dela.

   Poncho: Run.

   Ucker: Sério, Poncho, você não tá dando em cima dela, tá?

   Poncho: Não interessa.

   Ucker: Você tá.

   Poncho: É, tô. - Disse impaciente - E daí?

   Ucker:E daí? E daí que ela é casada, tem um filho, é como se fosse sua chefe e te odeia.

   Poncho: Ela não me odeia.

   Ucker: Não faz isso, Poncho. É sério. Beleza você ter seus casos com as mulheres daqui, e com essas outras que traiem o marido todo dia, mas a Anahí não é assim. Ela é diferente.

   Poncho: Justamente por isso eu quero ela. Você não tem ideia do que essa mulher faz com a minha imaginação. E quanto mais patada eu levo, mais eu quero. - Any finalmente se levantou e saiu decidida dali - Sei me cuidar, bro. - Ele se levantou e correu atrás dela.

   Ucker: Sabe, é? - Jogou o guardanapo no prato, sabendo que era inútil tentar por algo na cabeça de Poncho.

Ele correu mais um pouco até alcançá-la. Puxou Any pelo cotovelo e fez que ela parasse.

   Any: Não tô com paciência nem tempo de falar com você. Me solta.

   Poncho: Ei, não precisa ficar assim.

   Any: Você acha?

   Poncho: Any, acontece que -

   Any: Acontece que eu sou casada, tenho um filho, amo meu marido e jamais, jamais teria algo com outro homem. E se tivesse, você seria o último da lista. Eu não sou como essazinhas que passam mal só de escutar sua voz. Eu NÃO vou cair no seu joguinho estúpido, Herrera. E meu nome é Anahí.

Ela puxou o braço e antes que ele pudessa dizer algo, sumiu.

Poncho ficou ali, parado.

A maneira que abordava Any não parecia estar sendo tão eficaz quanto queria. Como ela mesma tinha dito, não era como as outras, logo não seria tão fácil como as outras. Ele teria que pensar num outro modo de se aproximar dela. Talvez por meio de uma fraqueza... Mas que fraqueza aquela mulher poderia ter? E mesmo que tivessa alguma, como diabos ele descobriria? Vendo-a só no trabalho, ficava difícil.

   Poncho: Isso! - Ele teve, de repente, um estalo - Trabalho.

Claro, ela idolatrava o trabalho, e Poncho, apesar de eficiente, era demasiado disperso naquele ponto.

Mas a partir do dia seguinte Poncho seria o mais eficiente, mais pontual, mais aplicado e mais interessado residente que trabalhava no hospital. E faria tudo isso tão próximo dela quanto pudesse.