Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

   Mai: Ué, não entendi. Nem tentou provocar ela...

   Poncho: Não tem graça com ele por perto. E também não quero que ele suspeite que tô tentando seduzir a mulher dele. Isso não seria legal.

   Mai: Você não vai mesmo parar, não é?

   Poncho: Não.

   Mai: Poncho, -

   Poncho: Mai, eu sei que ela é sua amiga e blablabla. Não vou parar. Eu quero ela. Você não tem ideia de quanto.

   Mai: Você podia, pelo menos uma vez na vida, tentar ficar com uma garota normal? Ou tentar ter um relacionamento normal?

   Poncho: Podia, mas não agora. Daqui a uns anos eu posso pensar nisso. Eu só tenho 27 anos.

   Mai: Não tá mais tão novo assim.

   Poncho: Mas também não tô com quarenta.

   Mai: Imagino que você queria falar comigo sobre ela, não é?

   Poncho: Também.

   Mai: Não vou falar sobre ela com você. Não concordo com o que você tá fazendo.

   Poncho: Hum. - Ele respirou fundo - Tudo bem, então vamos falar de outra coisa. Ucker te falou da festinha na casa da mãe da Dul hoje?

   Mai: Falou sim.

   Poncho: Achei que você ia querer ir, conhecer a família.

   Mai: Achei melhor não. Antes ele tem que dar um jeito na vida, com relação a Dulce.

   Poncho: Posso te perguntar uma coisa?

   Mai: E desde quando você pede permissão? - Olhou para ele, estranhando a atitude.

   Poncho: Só queria saber como você consegue lidar com tudo isso. Como aceitou tão rápido.

   Mai: Eu não aceitei tão rápido assim, você lembra. Mas ele simplesmente me convenceu que eu não tenho motivos pra ficar enciumada nem nada.

   Poncho: Mas você não fica nem um pouquinho mal de ver que ele vai ter um filho com ela? Digo, é uma puta responsabilidade.

   Mai: As vezes sim. - Confessou - Mas eu tenho que entender, afinal eu quis tentar. E por que tudo isso agora? Vai dizer que sente ciuminho do Levi porque ele já formou uma família com a Any?

   Poncho: Não fala besteira, Maite. Só tava tentando te entender, como bom amigo que sou.

   Mai: Bom amigo, é? E esse bom amigo me faria um favor?

   Poncho: Ih, lá vem. Diz.

   Mai: Promete que vai fazer o que eu pedir? Por mim?

   Poncho: Primeiro diz o que você quer.

   Mai: Deixa a Any pra lá. - Ele revirou os olhos, e ela viu - Tô falando muito sério, Poncho.

   Poncho: Não vou fazer isso.

   Mai: Poncho, para de pensar só em você, caramba! Você não tá vendo que tá fazendo mal pra ela? Você não tem nada a perder, mas ela tem. Não dá pra pensar pelo menos um pouquinho nela? Você acha que ela facaria feliz se traísse o marido e ele descobrisse depois? Acha?

   Poncho: Eu não -

   Mai: Você viu aqueles três na sorveteria? Você viu a felicidade do Matias? Você quer acabar com aquilo por um capricho seu?

   Poncho: Você tá exagerando.

   Mai: Para de ser estúpido, você sabe que tô dizendo a verdade. - Pararam de andar - Você quer acabar com a vida da minha melhor amiga por um capricho, e eu não vou deixar. - Ela saiu correndo na frente dele.

Poncho deixou ela se distanciar um pouco e correu atrás dela. Maite tinha conseguido acabar com seu dia.

Segunda-feira

Anahi entrou na sala dos resisdentes, procurando por Patricio, mas a sala estava vazia. Bem, Poncho estava lá lendo algo, mas para ela era o mesmo que nada.

   Poncho: Posso falar com você?

   Any: Tô ocupada agora, Dr. Herrera. Você viu o Patricio?

   Poncho: Não. Preciso falar com você.

   Any: Algum problema com algum paciente?

   Poncho: Não. Você pediu pra Maite falar comigo?

   Any: Quando tô com ela eu tenho coisas mais interessantes a fazer que falar sobre você, Herrera.

   Poncho: Ela me pediu pra parar de correr atrás de você.

   Any: Maite, diferentemente de algumas pessoas, tem algo funcionando dentro do crânio. - Sorriu.

   Poncho: Só quero te avisar que vou fazer o que ela pediu.

Ela ficou sem saber o que dizer por um instante, confusa. Como Maite conseguira aquela proeza?

   Any: Me lembre de dar um carro do ano pra ela de aniversário. - O sorriso sarcástico voltou ao seu rosto.

Ele assentiu, disperso. Tinha voltado a prestar atenção no livro que tinha em mãos.

   Any: Poderia saber como ela conseguiu? - Ela se aproximou, ainda sorrindo. Obviamente queria provocá-lo.

   Poncho: Você não vale tanto a pena. - Any congelou ao escutar a resposta - Não vale o sacrificio.

Ele era Poncho Herrera. Jamais sairia mal de alguma coisa, mesmo que para isso precisasse mentir daquela forma. Simplesmente não iria deixar Any achando que estava por cima.

   Any: Que bom que você pensa assim.

Poncho levantou o rosto depois de ter certeza que ela tinha saído. Se sabia que Mai tinha razão, por que diabos tinha a sensação de que Any não havia gostado nem um pouco daquilo?

Porque ela realmente não havia gostado, oras. Anahi teve que usar todo seu auto-controle para não voar no pescoço dele ou fazê-lo engolir o livro que lia de uma vez. Quem Poncho pensava que era para dizer aquelas coisas?

Ele conseguiu ferir o ego dela. Agora arcaria com as consequências.