Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

Dia Seguinte.

O barulho de água caindo parou, mas Anahí ainda não encontrava animação - ou força - suficiente pra abrir os olhos. Afinal, há quanto tempo não passava uma noite como aquela?

Muito tempo, sabia. Ele provavelmente jamais ouviria aquilo da boca dela, mas Poncho tinha razão em se achar tão bom em tudo quanto fazia.

   Poncho: Meu Deus, ainda tá dormindo.

Ele abriu uma janela, deixando a claridade tomar conta do quarto e foi ao guarda-roupas.

Quando ela finalmente abriu os olhos, a primeira coisa que pôde distinguir foi o corpo nu dele.

   Any: Você é tão gostoso! - Exclamou, ainda preguiçosa.

   Poncho: Hei, bom dia. - Virou o rosto para ela e sorriu - Sabe, você também não é nada mal.

   Any: E eu acho que não tenho forças pra levantar.

   Poncho: Quer café da manhã na cama? Porque se quiser...

   Any: Tá falando sério? - Virou-se na cama, deitando-se de costas.

   Poncho: Claro. Se quiser café da manhã na cama, posso te levar pra dormir na cozinha da próxima vez. - Vestiu uma cueca e começou a vestir uma calça, mas teve que parar no meio do caminho, para desviar do travesseiro que ela atirara.

   Any: Você não vale nada.

   Poncho: Você já me disse isso. Muitas vezes, aliás. - Subiu na cama e deitou-se em cima dela - Saímos ou comemos alguma coisa aqui mesmo? Tô morrendo de fome - Passou a mão pela perna dobrada dela.

   Any: Aqui é mais rápido. - Segurou os ombros dele.

   Poncho: É assim, é? Me usa e depois se livra de mim rápido? Está ferindo meus sentimentos, Anahí.

   Any: Desculpa, Senhor Sentimental. Agora, seria pedir muito sair de cima e me deixar por uma roupa?

   Poncho: Roupa? Fica assim.

   Any: Ah, claro. - Esperou.

Ele ergueu-se, ficando de quatro, mas ainda em cima dela. Abaixou o rosto e a beijou, para depois sair da cama.

   Poncho: Se quiser toma um banho aí. Vou lá embaixo arrumar o café.

Ela tomou seu banho, e desceu para tomar o café. Não conversaram nada de importante - como sempre. Anahí gostava daquilo, de ter alguém com quem falar besteiras, sem se preocupar com nada. Alguém que não fosse sua melhor amiga, que a conhecia bem demais e sempre encontrava pontos a serem discutidos em suas conversas.

Poncho a deixou em casa e seguiu para o hospital. Quem ligava que havia dormido só umas poucas horas? O sono passava longe.

         Dias Depois.

   Mai: Eu vi.

   Any: Não, não viu.

   Mai: Any, não adianta tentar esconder de mim. Torturei Christopher até ele me dizer a verdade.

Any encarou a amiga, sem escapatória. Ucker não só sabia do que acontecia como também já havia até flagrado ela e Poncho juntos no estacionamento do hospital.

   Any: Então se já tem sua confirmação, o que mais quer saber?

   Mai: Ele é bom?

   Any: Ah, pelo amor. - Voltou o rosto para a Tv do apartamento da amiga.

   Mai: Brincadeira, brincadeira. - Ela estava no computador, trabalhando - Acho que a melhor pergunta a fazer é: por quê?

   Any: Porque... porque sim, oras. Água mole, pedra dura... Ele não desistia.

   Mai: E...

   Any: E eu gostava disso. Gosto. É bom saber que alguém me acha sexy e tudo mais.

   Mai: Levi não dá a entender?

   Any: Não como o Poncho. Levi é... sutil. E de uns dias pra anda tão ocupado que nem nos falamos direito. Acho que ele tá com problemas, mas não quer me dizer. Coisa do trabalho.

   Mai: E você, ao invés de dar a ele seu apoio como boa e dedicada esposa, vai dar umas boas fodas pelos cantos com o residente gostosão em quem você... manda.

   Any: Acontece que eu precisava de alguma coisa pra me distrair, vida de esposa e mãe e supervisora me mata. Poncho é como uma válvula de escape, pra relaxar. E se eu não tô ajudando Levi, é porque ele não quer. Não me conta o que acontece nem nada.

   Mai: Não entendo porque você é casada. Sinceramente, você não faz esse tipo... Me diz, então, o que vai acontecer depois?

   Any: Depois? - Olhou para a amiga.

   Mai: Quando um de vocês se cansar, ou quando bater aquele arrependimento, ou quando você perceber que não pode viver sem o Poncho.

   Any: Se a primeira ou a segunda suposição acontecer, muito simples: acaba. E me resolvo com Levi depois, ou não. Não sei. E a terceira simplesmente não acontecerá.

   Mai: Uma vez disseram algo como 'nunca diga nunca'.

   Any: Poncho é bonitão, engraçado, bom de cama, mas não é o tipo de homem pra se passar a vida. Não tem responsabilidade, não quer nada sério com a vida... Não é esse tipo de homem que quero perto de mim. Sexo não é tudo.

   Mai: Se você diz... - Deu os ombros.

Algo lhe dizia que as coisas não eram exatamente como Any dizia que eram, mas preferiu não comentar.

Pelo menos por agora.