Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

Segunda-feira.

   Patricio: Dra. Portilla? - Perguntava a opinião dela sobre o paciente que visitavam com seus residentes.

   Any: Dr. Herrera? - Redirecionou a pergunta.

   Poncho: Uma verminose, talvez?

   Any: Seja mais específico, Dr.

   Poncho: Teníase, talvez. Todos os sintomas batem.

   Any: E você, como novo responsável pelo caso, vai fazer o quê?

   Poncho: Exames? - Ironizou. Era óbvio que ele sabia exatamente o que fazer, mas o jeito rude dela o irritava. Em meses sendo supervisionado por Anahí Poncho nunca havia saído do sério, mas agora isso estava bem perto de acontecer. E não era por causa do trabalho.

   Ucker: Pega leve. - Sussurrou com a mão na boca, tanto para que ninguém o escutasse quanto para esconder o sorriso pela maneira que ele havia falado.

Patricio percebeu a tensão e resolveu intervir, simplesmente dizendo a Poncho que fizesse o que achava certo e falando para os outros residentes continuarem as visitas.

   Any: Meu escritório. Assim que as visitas acabarem, entendeu? - Disse entre dentes para Poncho, antes de seguir os outros.

   Poncho: Toc toc. - Abriu a porta do escritório de Any e entrou.

   Any: Fecha a porta e senta.

   Poncho: Eu disse 'toc toc'. Você deveria responder 'quem é?'

Ela se limitou a não responder.

   Poncho: Que eu fiz agora? - Sentou-se na cadeira de Patricio, e não na que ela havia indicado e começou a girar com ela.

   Any: Eu, sinceramente, acho que não precio falar.

   Poncho: Então...

   Any: Você sabe que quem avalia vocês aqui sou eu. Você sabe que essa avaliação não depende somente do seu desempenho profissional, mas também de como você se relaciona com o paciente e com a equipe de saúde, além do seu comportamento ético. Você acha que o que fez há pouco é favorável pra sua avaliação que, aliás, é daqui há quatro meses?

   Poncho: Tá me ameaçando? - Parou de girar a cadeira e encarou Any.

   Any: Estou. Você acha que aqui e lá fora as coisas são iguais? Não são. Eu ainda sou sua supervisora, e você me deve respeito, pelo menos aqui dentro.

   Poncho: Claro, você pode me tratar como lixo, mas eu tenho que respeitar vossa majestade.

   Any: O bom é que você aprende rápido.  

   Poncho: Você deve ter algum complexo de liderança, só pode.

   Any: E você de prepotência.

Ele girou na cadeira mais uma vez e se levantou. Se ajoelhou em frente a Anahí e segurou seu queixo.

   Poncho: Pre eu não sei - Dizia baixo -, mas potência...

Num instante a mão dela encontrou o rosto dele. O tapa não foi forte, mas fez barulho.

   Poncho: Ui, tá selvagem, é?

   Any: Quer outro?

   Poncho: Desse lado agora. - Virou o rosto, deixando a mostra o lado que ainda estava sem marcas.

Ela segurou no cabelo dele com as duas mãos, fazendo-o voltar-se pra ela e beijou-o. Poncho a abraçou pela cintura, deixando que fizesse o que queria.

   Any: Aquela enfermeira, você já ficou com ela?

   Poncho: Não.

   Any: Tem certeza? - Puxou o cabelo dele.

   Poncho: Eu não bebo tanto a ponto de não saber com quem saí.

   Any: Assim espero. Agora, ao trabalho. - Se levantou e fez que ele a imitasse, ainda por causa do cabelo.

   Poncho: Tá machucando.

   Any: Pelo menos assim você faz o que eu quero. Talvez te compre uma coleira.

   Poncho: Com meu nome e tudo? - Abriu uma grande sorriso, como se gostasse da ideia.

   Any: Não, com o meu. - Deu a volta na mesa e saiu dali, sendo seguida por ele.

   Poncho: Vai fazer o que agora?

   Any: Comer.

   Poncho: Gostei disso. - Passou o braço pelos ombros dela.

   Any: E por acaso eu te chamei pra ir pra lanchonete comigo? - Bateu na mão dele.

   Poncho: Mania de bater na gente, credo. - Tirou o braço dela - De qualquer maneira, não é pra lanchonete que eu tava pensando em ir.

   Any: E tem outro lugar pra comer por aqui?

Ela viu ele sorrir de lado, e logo soube que alguma coisa ele ia aprontar. Só não esperava que fosse tão rápido. Num instante Poncho a puxou pelo braço, e no outro os dois estavam no quartinho onde produtos de limpeza ficavam, ela escorada numa parede e ele trancando a porta.

   Any: Tenho a impressão que nossos conceitos de comida são bem distintos. Detergente, desinfetante e sabão não estão na minha dieta. Mas, se estiverem na sua, me explica muita coisa...

   Poncho: Você às vezes fala demais, sabe? - Tirou o seu jaleco e o jogou por cima do ombro.

   Any: Herrera...

   Poncho: Quieta. - Pôs o dedo sobre a boca dela.

Ela relaxou a feição, era completamente inútil lutar contra Poncho quando havia sexo no meio da conversa.

   Poncho: Seu jaleco. - Pediu.

Depois de deixar os jalecos numa prateleira, ele olhou ao redor.

   Poncho: A gente podia fazer diferente dessa vez... - Pegou uma vassoura e analisou seu cabo - Que você acha?

   Any: Em você, sem problemas. Já ouvi falar que um povo antigo, os Assírios, xuxavam(? estacas na pessoa até sair pela boca. Se não me engano elas tinham até espinhos.

Poncho só jogou a vassoura o mais longe que o quartinho permitia.

   Poncho: Do modo tradicional, então. - Tirou a camisa e se aproximou de Any, finalmente.