Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

   Ucker: E com esses resultados das radiografias, não tem outra. Só pode ser agressão.

   Patricio: Você tem mesmo certeza? Sabe que esse tipo de caso é muito delicado. Não podemos acusar os pais dela sem ter certeza.

Andavam juntos por um corredor, discutindo um caso de uma bebê que chegara ao hospital com o braço quebrado.

   Ucker: Você viu as radiografias. Se não é agressão, não sei o que é. Preciso saber o que faço agora, não posso deixar essa criança ir embora sem mais nem menos. E com um pai estressado desse tá difícil.

   Pato: Chama alguém da psicologia e explica o caso, pede pra conversarem com os pais.

   Ucker: Tudo bem, eu - Parou de falar e andar. Acabara de escutar alguma coisa muito estranha.

   Pato: Que foi? - Parou mais à frente dele.

   Ucker: Não, nada. - Escutou o barulho de novo, e de novo. Já sabia do que se tratava e não podia acreditar - Pode ir, Pato. Obrigado pela ajuda. Vou na psiciologia.

   Pato: Nos vemos, Ucker.

Christopher esperou Patricio se afastar e analisou o espaço ao redor. Três portas. O barulho havia cessado, então teria que verificar uma por uma.

Olhou pela fechadura da primeira e nada. Ia olhar a da segunda, mas um estrondo vindo da outra porta o assustou. Barulho de alguma coisa caindo, parecia um balde.

Tirou o celular do bolso.

   Any: Certeza?

   Poncho: Tenho, tá como antes. E eu?

   Any: Os botões. - Desabotoou a camisa dele, para abotoar de novo.

Ele sentiu o telefone vibrar e pegou o aparelho da calça.

"Eu ouvi"Era tudo que dizia a mensagem de Ucker.

   Any: Que foi?

   Poncho: Ele ouviu.

   Any: Hein? - Terminou com os botões e olhou para ele.

   Poncho: Ucker ouviu.

   Any: O que? A gente?

   Poncho: Provavelmente. Olha, mandou outra mensagem: [i]"da próxima filmo e ponho no RedTube"

   Any: Isso é culpa sua. - Ia bater na cara dele, mas dessa vez Poncho foi mais rápido e segurou seu braço.

   Poncho: Chega de agressões, mulher. Por Deus!

   Any: E se fosse outra pessoa? E se mais alguém tiver escutado? A porta nem tá trancada, Poncho, se bobear alguém nos viu e nós nem -

Ele, melhor que ninguém, sabia como calar uma mulher. Não é necessário dizer que após poucos segundos os dois já estavam atracados de novo.

O telefone voltou a vibrar. Anahí foi mais rápida e leu a mensagem dessa vez.

"Sem segundo tempo, vocês têm mais o que fazer."

   Any: Ele tá certo. - Mostrou a mensagem para Poncho.

   Poncho: Viado. - Soltou a loura e voltou a ajeitar a camisa e o cabelo.

   Ucker: Eu ouvi! - Disse alto o suficiente para que eles escutassem.

Depois de devidamente vestidos e arrumados, os dois saíram do quartinho. Ucker estava encostado na parede ao lado da porta, esperando.

   Poncho: Empata! - Deu um tapa na cabeça dele.

   Ucker: Eu salvei a vida de vocês, isso sim! Tive que dizer pra uma mulher da limpeza que tinha uma bagunça no 3º andar, ela queria entrar aí de qualquer jeito.

Tapas e xingamentos não foram necessários. Anahí só precisou olhar feio pra Poncho.

   Poncho: Tudo bem tô te devendo uma.

   Ucker: Eu vou cobrar, com certeza. Já vou, afinal eu venho aqui pra trabalhar, sabe? E você, Any... Quem te viu, quem te vê, hein?

Ela ergueu as sobrancelhas, mas não respondeu. Quando Ucker sumiu de vista virou-se devagar para Poncho, que tinha um sorriso relaxado no rosto, provavelmente por causa da brincadeira do amigo.

   Poncho: Ó, eu não disse nada. - Ergueu as duas mãos para o ar - Foi ele, foi ele.

   Any: Hunf! Eu mereço. - Em passos largos se afastou de Poncho, fazendo ele rir de verdade.

         Horas Mais Tarde

   Mai: No quartinho de limpeza! Uúuuúúú! , De limpeza, de limpeza! Canta comigo, Matt! - Pegou o menino no colo - De limpeza, de limpeza.

   Matt: De limpeza, lim-pe-za! - Cantava e gargalhava com a madrinha, que girava com ele pelo apartamento de Any.

   Any: Maite, por favor.

   Mai: Ucker não parava de rir quando me contou. Imagino a surpresa dele quando escutou. Limpeza, de limpeza!

   Matt: Limpeza! - - Lim-pe-za! Ô dinda, limpeza o quê?

   Any: Nada, meu amor. - Pegou o menino e ligou a TV, em um canal de desenhos.

   Mai: Você tem me saído pior que a encomenda, Any. Depois se Levi ficar preso na capital por não conseguir entrar no quarto, quero ver o que vai fazer. Ops, desculpa, desculpa. Esquece.

Ela se desculpou rápido. Sabia que Any não se arrependia do que fazia. Na verdade simplesmente preferia ignorar a figura de Levi quando estava com Poncho, como se ele não existisse. Fazia que se sentisse menos mal, pelo menos.

   Mai: Aliás, conseguiu falar com ele? - Jogou-se num dos sofás, deitando-se.

   Any: Não. Tô começando a me preocupar de verdade, Mai.

   Mai: Já disse, se tivesse acontecido algo teriam te ligado.

   Any: Mas ele tá num hospital, incomunicável. Se não tivesse acontecido nada com ele, teria retornado minhas ligações.

   Mai: Às vezes é algum problema com um amigo, algum colega do trabalho. Espera até amanhã, se ele não te ligar, aí sim, se preocupa.

   Any: Tenho medo de ele estar com algum problema. Tomas essas viagens, isso de cobrir o Pan e ter que conviver com pessoas do continente todo, vai que pegou alguma coisa? - Mordeu o lábio inferior.

Mai só meneou a cabeça, sem saber o que responder.