Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

Poncho chegou feito um zumbi em casa. Óbvio que Paola desistiu do encontro depois de não obter respostas satisfatórias sobre Dulce e o bebê. Andando mecanicamente ele passou pela sala, indo para a cozinha.

   Ucker: Pelo amor de Deus, Dulce! Amélia não!

   Dul: Alexandra é pior.

   Ucker: Mas é o nome da minha mãe.

   Dul: E da minha tia, não seja por isso. - Cruzou os braços.

Poncho voltou à sala com uma lata de cerveja na mão e sentou-se numa poltrona perpendicular ao sofá em que estavam DyC.

   Dul: Que você acha, Poncho?

   Poncho: Anahí.

   DyC: Hein?

   Poncho: Encontrei com ela no shopping. Eu tava com a Paola.

   Ucker: Ihh, ela vocês juntos.

   Poncho: Uhum. - Bebeu um longo gole da cerveja.

   Ucker: Ferrou, então.

   Poncho: É... - Olhou para o nada. Em sua cabeça só existia uma pergunta: aquilo era bom ou ruim?

   Dul: Bem feito. Já não era sem tempo. - Os dois homens olharam para ela, que deu de ombros - Sua cachorrice me cansa, Poncho. E ela não é como essas que você sempre pega, ela não merece estar no meio delas. Tinha esperanças que ela te fizesse tomar jeito, mas se não foi assim... Que pena. Dá! - Puxou o livro de nomes da mão de Ucker e escondeu o rosto por trás dele.

Poncho arregalou os olhos e encarou Christopher, esperando uma explicação. Ele deu os ombros e apontou para a barriga dela. É, devia ser por causa da gravidez.

   Ucker: Tenho pena de você a partir de terça, meu amigo.

   Poncho: Pena? Você devia começar a procurar um caixão pra mim.

   Ucker: É, talvez eu deva fazer isso. Mas você também, hein? Com tanto lugar pra ir você escolhe justo o mesmo shopping que ela?

   Poncho: Se tivesse ideia de que ela ia estar lá teria marcado esse encontro há milhas e distância.

   Dul: Já sei! Olha o significado: cheia de doçura.

   Ucker: Minha filha não vai se chamar Dulce Júniar.

   Dul: Não, idiota. Dulce é doce e ponto. Minha filha não é doce, porque a pobrezinha tem 50% de genes seus, mas é cheia de doçura, porque é minha filha.

   Poncho: Qual o nome?

   Dul: Dulcineia. -

   Ucker: Vai pra porra, Dulce! - Puxou o livro da mão dela - Minha filha vai ter um nome normal. E imagina, daqui a vinte anos bate um maluco de armadura na nossa porta dizendo que veio ver sua donzela. - Arregalou os olhos e negou com a cabeça, mostrando seu descontentamento com aquele pensamento.

   Poncho: Dá aqui. - Estendeu a mão livre, pedindo o livro. Ucker jogou para ele, que começou a folear.

Alfonso: nobre; pronto para a batalha.

Pronto. Estava pronto?

   Ucker: Sophie.

   Dul: Mariana.

   Ucker: Alicia. - Ergueu uma sobrancelha.

   Dul: Clarisse. - Cruzou os braços na altura dos seios.

   Ucker: Bruna.

   Dul: Julia... Espera, gostei. Bruna.

   Ucker: Sério?

   Dul: Uhum. - Olhou para a barriga e fez um carinho - Hey, você gosta? Bruna?!

   Ucker: Bruna... Bruninha, diz 'oi' pro papai. - Pôs a mão por cima da de Dulce e olhou para ela. Seus olhares se encontraram e os futuros papais sorriram juntos.

   Poncho: Vocês dois são tão estranhos. - Se levantou, tirando as chaves do carro do bolso.

   Ucker: Vai onde? - Observou o amigo.

   Poncho: Atrás da Anahí.

   Ucker: Avisa pra Maite que a afilhada de vocês já tem nome.

   Poncho: Não quer que eu tire uma foto desse momento lindo de vocês e dê pra ela? Posso mandar uma cópia pro Gonzalez também, Dul.

   Ucker: Hein? - Encarou Dulce, sem nem sombra de sorriso no rosto - Você tá mesmo saindo com o Diego? Não acredito, Dulce! - Irritado, num pulo ele se levantou do sofá.

Poncho revirou os olhos e saiu antes que o metessem na discussão. Como poderia ter arrumado dois melhores amigos tão estranhos como aqueles dois?

~ Campainha.

   Levi: A essa hora?

   Any: Deve ser a Maite, no mínimo.

   Levi: Eu vou lá. - Fez menção de se levantar, mas Matias segurou seu braço.

   Matt: A historinha, papai.

   Any: Termina de contar, eu vou ver o que ela quer. - Se levantou da cama e foi abrir a porta pensando em como explicar pra Maite que ir àquelas horas ali não era nada educado.

Ao abrir a porta, porém, esqueceu qualquer discurso. Não era Maite, mas Poncho.

   Any: Já viu as horas, por acaso?

   Poncho: São exatamente - Olhou seu relógio de pulso - onze e quarenta e dois. Podemos falar?

   Any: Sua inconveniência me surpreende, Herrera. Você acha que eu vou conversar contigo depois do que vi e com meu marido a poucos metros de distância?

Ele não respondeu, ou seja, sim, ele esperava sinceramente que ela o fizesse.

   Any: Não posso fazer nada por você, Herrera. Sinto muito. - Ameaçou fechar a porta, mas parou - A não ser que você queira um pouco de óleo de peroba. Posso ver se tem algum na despensa.

   Poncho: Não tô com saco pra brincadeiras.

   Any: Que coincidência, porque eu também não estava quando entrei nisso, mas você não se importou, certo? Pelo menos palavra você devia ter, Herrera. Péssima noite.

Ele não tentou impedir quando Anahí bateu a porta na sua cara. Devia ter imaginado que ela estaria de cabeça quente e a última coisa que faria seria conversar com ele. O melhor a fazer era esperar a poeira baixar. O problema era saber quando isso aconteceria, afinal Anahí não era qualquer mulher.

Foi para o apartamento de Maite, importunar e atrapalhar seu trabalho. Pelo menos uma mulher ele podia dizer que conhecia. Chegaria no apartamento, tiraria Maite do computador e a obrigaria a conversar com ele, talvez comer algo e ver besteiras na TV.

O mundo precisava de mais Maites.