Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

   Terça-feira.

   Poncho: Christian?

Ele entrou no laboratório do hospital, procurando pelo irmão de Anahí. Escutou um barulho e foi até sua origem.

   Poncho: Chris, eu preciso dos resultados dos exames de sangue daqueles irmãos, onde - Sua voz foi diminuindo até ver que Christian não estava ali. Anahí estava, ótimo.

   Any: Você devia ter vindo procurar esse exames há mais de uma hora, sabe? - Ela estava distraída com um microscópio.

   Poncho: Cadê seu irmão?

   Any: Foi no banheiro, algo assim.

   Poncho: Vai demorar?

   Any: Não sei, ele não costuma especificar o que vai fazer quando vai ao banheiro.

   Poncho: Cadê os outros?

   Any: Almoçando.

   Poncho: Ah, droga. Você não sabe onde -

   Any: Não. - Afastou-se do microscópio, trocou a lâmina e voltou a se concentrar no que fazia.

Alfonso puxou um cadeira e se sentou, mirando-a.

   Any: Vai ficar aqui?

   Poncho: Uhum. Preciso desses exames.

Anahí bufou, sem se distrair do que fazia. Na verdade, não fazia nada demais, mas agora tinha que parecer importante. Era óbvio que Poncho iria aproveitar a situação para tentar conversar. Ela precisava de um jeito de escapar.

Voltou a trocar a lâmina, sem olhar para Poncho diretamente. Repetiu o movimento mais uma ou duas vezes e... nada.

   Poncho: Tem muito tempo que ele saiu?

   Any: Não. Melhor você ir e voltar outra hora.

   Poncho: Melhor não.

   Any: Você tem trabalho a fazer.

   Poncho: Você também.

   Any: Eu tô...

   Poncho: À toa, mexendo em coisas que não devia. - Completou - Esperando que eu comece a falar sobre o fim de semana, se preparando pra me tirar, como sempre.

Ela ergueu a cabeça, finalmente olhando para ele.

   Any: Eu não... - Poncho ergueu uma sobrancelha - Ah, tudo bem. Parece que você aprendeu alguma coisa, afinal.

   Poncho: E sinto te decepcionar, mas não vai rolar.

   Any: Por quê?

   Poncho: Não tenho que me desculpar ou tentar explicar aquilo, não sou culpado. Nós não temos nenhum compromisso que me obrigue a ser fiel ou sei lá o quê. O que você queria era injusto.

   Any: Injusto?

   Poncho: Quando ele estava aqui eu aposto que você transava com ele. Não seja louca de negar. - Advertiu, quando Anahí abriu a boca para falar - Vocês juntos e eu em casa, comendo pipoca e assistindo Titanic com a Dul? Você sabia desde o começo que tipo de homem eu sou.

   Any: O que não presta. No fundo você tá certo, eu fui muito inocente ao pensar que você faria o que eu queria.

Ele concordou.

   Poncho: E, como eu não sou o único prepotente nesse laboratório, sei que você não vai me dar outra chance, ou voltar a se agarrar comigo pelos cantos.

   Any: Exatamente.

   Poncho: Estamos resolvidos, então. - Ele finalmente se levantou - Acho que vou voltar depois. - Andou para a saída, mas parou e se virou antes de sair dali - Só espero que você não venha lamentar comigo ou me culpar pelo fracasso que é sua vida sexual sem mim.

   Chris: O que você disse? - Ele fechou a porta de vidro atrás de si, perguntando-se se havia escutado bem.

   Poncho: Preciso dos exames dos irmãos Jaramillo.

Christian, hesitante, abriu uma gaveta e entregou envelopes a Poncho, que saiu logo em seguida, sem dar a ele chance de questionar qualquer coisa.

   Chris: Anahí? - Encontrou a irmã de costas para o balcão, olhando para ele - Explicações. - Cruzou os braços.

Patricio ergueu o olhar, de novo. Estava na espécie de escritório que dividia com Anahí, analisando o rendimento dos seus residentes. Anahí devia estar fazendo o mesmo.

   Pato: Se sente bem, Any?

Devia.

   Any: Ah, não. - Passou as mãos pelos cabelos - Definitivamente não.

   Pato: Problemas, é?

   Any: Você não tem ideia de quantos. Me desculpa Pato, mas que raça a sua, hein? Só sabe dar problemas pra nós, mulheres.

   Pato: Brigou com o Levi?

   Any: Não, não com ele, mas com meu irmão. E ainda tô lotada de problemas com Herrera. E o aniversário do Matias tá chegando.

   Pato: Poncho? - Estranhou - Ele tem dado problema? Aqui, não tem nada - Mostrou uma ficha -, e eu não me lembro de ter tido algum problema com ele.

   Any: Não é assunto daqui... São coisas pessoais. Envolve ele, Uckermann, uma amiga minha... - Disfarçou - Não devia estar pensando nisso aqui, mas tá impossível. Preciso de férias Pato. Acho que vou pegar meu filho, isso se não deixá-lo aqui, e fugir pra alguma caverna nos Montes Urais.

   Pato: Vai pra casa.

   Any: Quem me dera.

   Pato: É sério, eu tenho que ficar aqui mesmo... Você pode ir tranquila.

   Any: Não. Não posso deixar isso afetar meu trabalho. Nós temos quanto tempo livre?

   Pato: Mais ou menos uma hora.

   Any: Vou pro terraço, respirar um pouco. Qualquer coisa me bipa. - Se levantou.

   Pato: Pode deixar.