Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

   Mai: Ele só faz isso pra te irritar, meu bem.

   Any: Ele não tem ideia de como é exitoso nesse trabalho! Como você conseguiu aguentar ele por todos esses anos, Delfina?

   Delfina: Ele pode ser teimoso e cabeça-dura, Anahí, mas sempre foi um amor de pessoa.

   Mai: Ah, mas isso a Anahí sabe muuuito bem!

Any bateu na amiga, que tapou a boca ao perceber o que havia dito. A empregada, por sorte, não entendeu ou pelo menos não disse nada, só chamou o Matias para arrumar uns brinquedos em seu quarto.

   Mai: Desculpa, desculpa, desculpa... - Se levantou.

   Any: Tá, tá! Eu sei que você não consegue controlar essa boca grande.

   Mai: O que você vai fazer com ele, afinal? - Abriu a porta da sacada, observando a cidade.

   Any: Falar pra ele tomar um rumo na vida de uma vez, senão eu mesma tiro ele do hospital.

   Mai: Sabia que ele tá namorando?

   Any: Hein? - Aquela pergunta era completamente fora de lugar naquela conversa - Não entendi o que isso tem a ver com o fato dele não ir trabalhar.

   Mai: Nada, mas achei que você ia gostar de saber.

   Any: O que posso dizer?! Tenho pena da mulher. Mas quem sabe ele não vai respeitar o compromisso? Vindo dele nunca se sabe.

   Mai: Infelizmente eu tenho que concordar. Sabe, o Ucker jurava que você podia mudar isso.

   Any: Aquilo não muda. Não enquanto não encontrar um motivo forte suficiente.

   Mai: Ucker achava que você poderia sê-lo. - Olhou para a amiga.

   Any: Ainda não mudei meu nome pra Anahí Bond.

   Mai: Hein?

   Any: James Bond. - Revirou os olhos - Missão Impossível, entendeu?

   Mai: Ahh. Que bom que o namoro dele não te afeta, tá até fazendo piadinha.

   Any: Na situação que me encontro ou eu faço piadinha, ou eu choro, e não vou chorar só porque tô há um mês sem sexo. Claro que não. Nem me faz falta. Sexo é pros homens, mulheres não precisam disso. Não eu. Tô mais que bem com minha abstinência súbita. Nem me faz falta

   Mai: Levi não dá mais no couro, é? Culpa do cigarro.

   Any: Você reparou?

   Mai: Claro, ele parece mais uma chaminé ambulante.

   Any: Achei tão estranho ele voltar a fumar. Desde que descobrimos que o Matt tem bronquite ele não voltou a por aquilo na boca. Pelo menos até semana retrasada.

   Mai: Seu marido não da no couro e voltou a fumar, você deu um pé na bunda do seu amante, seu irmão tá de mau contigo feito uma criancinha, a sua nova patroa te ama... Que vidão, hein?

   Any: Esqueceu da ótima amiga que me lembra disso tudo o tempo todo.

   Mai: É, tem isso também.

   Any: Maite?

   Mai: Hum?

   Any: Vai pra sua casa trabalhar, vai. Meu filho deve ter terminado com a bagunça no quarto e nós vamos pra praia um pouco e você não está convidada. - Começou a piscar os olhos rápido, como uma criança extremamente amável.

   Mai: Vaca, também não te ajudo mais a pegar o Herrera de novo.

   Any: Ah, eu agradeço muito.

   Mai: Pega na mentiiiraaa. Corta o rabo dela, pisa em cima, bate neeela, pega na mentiiiraaa...

Ela pulou de susto quando seu celular começou a tocar e foi embora ainda cantando a musiquinha irritante, pedindo a Ucker - pelo telefone - que esperasse ela terminar a música.

Anahí se levantou e foi atrás do filho, mesmo que a última coisa que quisesse no momento fosse sair de casa.

Sexta-feira.

   Any: Chris, para com isso, caray.

   Chris: Não paro. Anahí, por favor irmãzinha linda, vamos comigo?

   Any: Pra você agarrar o primeiro e me deixar nas mãos daquelas machonas estranhas?

   Chris: Any, eu e ele não terminamos nem nada, é só uma briga.

   Any: Não, Chris.

   Chris: Se quiser me algema a você, pra ficarmos juntos a noite toda. Anda Any, quando foi a última vez que te pedi um favor?

   Any: Quando exatamente você voltou a agir normalmente comigo?

Christian parou no meio da calçada e cruzou os braços.

   Chris: Só um idiota responde a uma pergunta com outra pergunta.

Anahí riu enquanto revirava os olhos e ameaçava bater no irmão. Christian sabia falas de Chaves de cor, principalmente as piadinhas bobas e irritantes.

   Chris: Escuta: eu não posso ficar tanto tempo assim irritado contigo, você é minha irmã. É tudo que me restou da família desde o acidente. - Ficou sério, lembrando do acidente de carro que matara os pais, a irmã mais velha e a sobrinha de duas semanas. Aquele era um assunto que nenhum dos dois tocava, quase como se fosse proibido - Já percebi que você mal olha na cara dele, e ele anda fazendo o mesmo. Óbvio que da parte dele é só porque você tem um irmão super forte que te protege contra aliciadores de inocentes donzelas - Brincou. Passou, não é?

   Any: Passou. - Não queria dizer mais que aquilo. Não diria que havia passado, que ele tinha outra e ela estava novamente presa a uma vida entediante com um marido ausente. Christian não precisava saber.

   Chris: Então pronto. E você vem comigo hoje a noite.

Foi a vez de Anahí cruzar os braços.

   Chris: Eu sei que você vai dizer sim.

   Any: Meu filho?

   Chris: Vem com a gente.

   Any: Prefiro deixá-lo sozinho com Alfonso, francamente.

   Chris: Tem babá, não tem?

   Any: É, mas... Não, deixa. Eu ligo pra casa e peço pra ela ficar lá hoje.

   Chris: Ânimo mulher, hoje eu deixo você pegar quem quiser. - Sorriu.

   Any: Ótimo, porque, você sabe, o que mais tem em boate gay são heteros.

   Chris: O que você quiser. - Deus os ombros.

Os dois voltaram a se distanciar do hospital, para ir almoçar. Poncho os observava de longe, vendo como ela parecia... feliz. Demônios, por que, ao contrário dela, ele sentia mais e mais falta daquela mulher a cada dia que passava?

   Poncho: Anahí... Mulher, o que você fez comigo? Melhor ficar sem saber...