Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

Dia seguinte.

   Mai: Ela é linda.

   Diego: Parece com a Dul.

   Mai: Achei mais parecida com o Ucker.

   Diego: Com ele? Não vejo nenhuma semelhança.

   Poncho: Parece com os dois, hã? E saiu até bonitinha... Uau.

Diego e Maite olharam juntos para Poncho. Os dois simplesmente não conseguiam sair da frente do berçário, mas ele andava de um lado pro outro, sem nem olhar para a bebê direito.

   Mai: Poncho, qual o problema? Vai dizer que sua afilhada acabou de nascer mas você só pensa em voltar pra casa da Any e terminar o que eu interrompi?!

   Poncho: Você não interrompeu nada, Mai. Não era eu que tinha leite condensado no cabelo quando cheguei aqui.

   Mai: Mas tava com o cabelo molhado.

   Poncho: Eu já tinha terminado o serviço, pelo menos uma parte. Mas não, o problema não é esse. Você tem noção que devem estar arrancando o couro do seu namorado lá fora? Fico preocupado pelos dois... Consequentemente com a Bruna.

   Diego: Se eles reagirem mal Dul vai ficar muito chateada.

   Poncho: Com certeza, Gonzalez. E Ucker revoltado.

   Ucker: Exatamente, eu tô revoltado! - Falou alto demais, chegando aos amigos - Eles foram embora! Nem quiseram ver ela! E agora, como explico pra Dulce que, segundo nossa família, a gente não existe mais?

Ninguém disse nada, nem um par de enfermeiros que ali passavam ousaram reclamar do barulho. Nem Diego soltou uma piadinha para irritá-lo mais. A angustia estampa no rosto daquele pai não era algo bom de ver.

      Hospital Escola, sala de Anahí e Pato

   Chris: Você não era tão idiota assim, Anahí.

Any chegara feliz no hospital. Feliz demais. Chris a cutucou até descobrir seus motivos, e como se vê, não gostou muito do que ouviu.

   Any: Ah, eu com certeza era. Tanto que estraguei toda minha felicidade me casando no momento errado com o homem errado.

   Chris: E o momento certo seria agora? Com o Herrera? Não acredito que você se apaixonou por aquele cara, Anahí. Não acredito.

   Any: Qual o problema nisso?

   Chris: Antes você era a mulher mais feliz do mundo, antes você vivia pro seu marido, mesmo que não se vissem direito... Agora, ele não vem há dias e você não se importa.

   Any: Antes você só pensava e vivia pro BJ, e ele te traiu. Agora eu não ouço mais o nome dele, nem sei mais se está vivo.

   Chris: Mas ele fez a merda, não eu.

   Any: E que pena a sua irmã se parecer mais com ele que com você, não? Pena ela querer buscar felicidade, ao invés de tentar insistir num relacionamento que não dá certo.

   Chris: Esse não é o problema, Anahí!

   Any: Ah, então o problema é o Poncho, não é? Porque ele me faz rir, me agrada, nem liga pro fato de eu ter um filho, me faz gozar.

   Chris: Ele não liga porque obviamente não quer nada sério, acorda Anahí! Sempre foi assim, porque com você seria diferente?

   Any: Não precisa ser diferente, eu me contento com o tempo que ele ficar comigo, não importa quanto. Pelo menos alguém vai ter se importado.

Bateram na porta.

   Patricio: Hum, posso entrar?

   Chris: Você sabe o que faz, não é? Depois não vai chorar muito nos ombros da Maite, com certeza a única pessoa que vai estar do seu lado, quase como sempre.

Christian passou por Patricio. Este, sem saber o que se passava, simplesmente foi para outro lugar.

Anahí ficou sozinha. Apesar de irritada, pensava nas palavras de Christian. Por que com ela Poncho seria diferente? Até onde iria a vontade dele de ficar com ela?

E Levi? De novo havia sentido nas palavras de Christian. BJ havia errado e assumiu, enfrentando a separação. Ela nada fazia diante daquilo. Nem sabia direito quando havia falado com Levi pela última vez.

Pensando melhor, há uns dez dias ele não aparecia. Ligava, mas mal falava com ela, direcionando toda sua atenção para o filho. Isso nunca havia acontecido... Anahí percebeu que, no fim das contas, o afastamento deles era culpa dele, não dela. O que acontecia?

         Dias depois.

   Any: Ir pra capital?

   Poncho: É, oras. Só eu e você, um fim de semana inteiro respirando aquele ar poluído, que tal? Vamos - Balançou a cintura dela com as mãos -, eu sei que você vai ter folga nos três dias. Vamos sexta de manhã e voltamos domingo de tarde. Imagina, nós dois sem ninguém conhecido por perto, trancados num motel todo o fim de semana.

   Any: Você não tem trabalho? - Tirou as mãos dele de sua cintura, afinal estavam em frente ao Hospital Escola.

   Poncho: Não, vou ficar duas semanas à toa. Agora não tenho mais aquela chata pra me encher o saco.

   Any: Sabia que você ia sentir falta. - Sorriu - Mas voltando a sua ideia maluca, quem ficaria com meu filho?

   Poncho: Maite. Ela sempre cuidou dele, não? Mas, se você preferir, a gente deixa o motel de lado e carrega ele pra lá.

Um amante que aceitava viajar com o filho dela. Se não fosse tão bom, seria muito estranho.

   Any: Acho... acho que pode ser. Levi não vai estar lá de qualquer jeito. Então sem chances de encontrá-lo. Mas o Matt eu não sei.

   Poncho: Já disse que não tem problema levar o guri. Nos últimos dias ele foi melhor companhia que você.

Motivo? TPM. Anahí ficou especialmente irritada, mas não abriu mão de ter Poncho por perto. Uma noite ele teve até que dormir com o menino.

Matias não estranhava a presença cada vez mais constante de Poncho, ao contrário. Ele preenchia um pouco da ausência do pai. Além disso, Maite quase sempre estava junto, já que Ucker andava extremamente ocupado babando na filha e mantendo Diego o mais afastado dela possível.

   Any: Agora me conta a verdade... Por quê a capital? Nós podemos ir pra milhares de lugares melhores.

   Poncho: Já ouviu falar de Alejandro Sanz?

   Any: Ah, não, nunca! Quem é, um ator? - Ironizou.

   Poncho: Nããão, um cantor. Que vai gravar um MTV Unplugged com um público super restrito. Adivinha quem conseguiu dois ingressos? - Sorriu.

   Any: Você num show dele? Essa é uma imagem muito estranha.

   Poncho: Não se você estiver do meu lado.

Argh, outra do estilo 'frases para meu chuchuznho'. Poncho não conseguia mais evitá-las. Nem Anahí, diga-se de passagem.

Só havia uma frase que não ousavam dizer.

   Any: Certo. Você me deu um ótimo programa de fim de semana: ver Alejandro Sanz.

   Poncho: E transar muito comigo depois e antes... talvez durante também. Não se esqueça da melhor parte.

   Any: Isso jamais! Tem tanto tempo que fui num show dele... Isso vai ser fantástico.

Poncho ergueu as sobrancelhas e cruzou os braços.

   Poncho: Ótimo, pense só nele e esqueça do resto. Até bom levar o Matias, você pode ir sozinha pro show enquanto eu passo a noite vendo desenhos com ele.

   Any: Fechado, então! Agora tenho que entrar, preciso arrumar um outro residente metidinho pra importunar.

Ela sequer deu três passos. Poncho agarrou seu braço e num instante estava prensada na parede.

   Poncho: Primeiro: se quer mesmo ir nesse show, é bom se comportar direitinho, e isso inclui não delirar achando que ele é mais gostoso que eu, isso é humanamente impossível. Segundo: escolha uma residente.

   Any: Isso por quê?

   Poncho: Mesmo sabendo que você jamais vai achar um cara como eu, prefiro me garantir. - Sorriu de lado, fazendo carinho no pescoço dela.

Christian saiu dali bem a tempo de ver o beijo acontecer no meio de todo mundo, eles nem tentavam se esconder. Ao contrário, chamavam muita atenção. Balançou a cabeça e seguiu seu caminho. Não adiantava discutir com Anahí, não quando ela já havia se apaixonado.