Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

   Poncho: Enfim, sós. - Largou as malas no quarto de hotel dele e de Any - Mais um segundo com seu irmão tentando convencer-nos a não dormir juntos e eu voltava hoje mesmo.

   Any: Ele só estava preocupado com Matias.

Poncho a olhou. Any devolveu o olhar, abrindo um sorriso. Nem ela acreditava no que havia dito.

Ele se jogou na cama de solteiro ao lado da de casal onde Matt e Any dormiriam... Pelo menos em teoria.

   Any: Você devia dar uma chance a ele. - Levou o filho ao banheiro.

   Poncho: Eu? Bem, não fui eu quem meteu um soco na cara dele, fui?

   Any: Tudo bem, é verdade. Ignore, então. Isso é ciúmes.

   Poncho: Ah, é? Eu não vejo ele batendo no Levi.

Any voltou com o filho. Matias sentou na cama, olhando de Poncho para Any, tendando entender o assunto.

   Any: Você o vê? Digo, ele? Porque nem sei mais quantos dias tem que eu não vejo.

   Poncho: Você entendeu.

   Any: É porque eles se conhecem. - Ligou a Tv, deixando em qualquer canal de desenhos para distrair o filho.

   Poncho: Ele me conhece.

   Any: Eles se conhecem há anos. Quando eu comecei a sair com Levi ele agia extaamente igual. Os dois viviam brigando. Christian quebrou o braço dele uma vez.

   Poncho: Acho que vou mudar de quarto. - Arregalou os olhos a medida que falava - Seu irmão não parece ser assim.

   Any: Acredite, ele melhorou muito.

   Matt: O papai mora aqui, mãe?

Dois pares de olhos caíram sobre o menino juntos.

   Any: Não filho, não é aqui. É muito longe daqui.

   Matt: E de casa também, né? Por isso ele não vem mais ver eu. - Afastou o cabelo que caia em seus olhos.

Anahí só concordou, sem falar.

   Matt: Eu sinto saudade. - Confessou a Poncho, vendo que a mãe não deu muita importância à conversa.

   Poncho: Eu sei como é. Eu não vejo meu pai há um tempão também. E minha mãe. Eles também tem muito trabalho, e não podem vir aqui.

   Matt: Mais você mora com um monte de gente, eu só com a mamãe a Finha.

   Poncho: É verdade... Anahí, esse menino precisa de um cão.

Any, que prestava atenção a conversa enquanto mexia em sua mala parou e virou-se lentamente para Poncho. Não sem antes ver o brilho no olhar de Matias com a ideia.

   Any: Nem pensar.

   Poncho: Ah, qual é?! Eu conheço um cara que tem um São Bernardo em um apartamento menos que o seu e vive bem. Aposto que Matt ia gostar de um Beagle. Toda criança gosta.

   Any: Crianças gostam porque quem limpa litros de xixi e quilos de bosta não são eles. Não são eles que gastam com ração, vacina, veterinário, frescurinhas de cachorro, móveis estragados...

   Poncho: Você consegue acabar com a mágica da coisa. E um gato?

   Any: Acredite, um gato não gosta do dono. Ele pode te matar da pior maneira possível a qualquer instante.

Poncho soltou uma gargalhada.

   Poncho: Um hamster?

A cara de nojo dela foi suficiente resposta.

   Any: Posso dar um passarinho ou um peixe.

   Poncho: Estamos falando de companhia, não de bichos idiotas que você nem pode tocar.

   Any: Compra um cachorro pra você, então, e seja feliz com ele, longe da minha casa.

Poncho olhou para Matias e deu de ombros.

   - Eu tentei, campeão.

   Matt: Tudo bem, nós tentamos de novo depois. Mulheres. - Disse como se a palavra explicasse tudo.

Anahí, de volta às malas, segurou o riso. Aos poucos Poncho influenciava seu filho e ela nem percebia.

Gostava daquilo. Era como uma prova de que Poncho não queria só sexo. Era uma ponta de esperança de que havia algo mais nele que o irresponsável médico que a seduzira. Era um motivo para pensar que eles poderiam ir além.