Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

   Hospital, Minutos Depois.

   Ucker: O que ela disse? Poncho! Ei! - Bateu na cabeça dele - O que a Mai disse?

Poncho tirou os olhos dos exames ainda sem acreditar.

   Ucker: Que foi? - Olhou para os papéis nas mãos dele.

   Poncho: Deu positivo pra sífilis.

   Ucker: Sífilis? A paciente é casada!

   Poncho: Nós dois sabemos que isso não significa nada. Droga, a Megera tava certa.

   Ucker: Tá, depois você resolve isso. Agora me diz, o que a Maite falou contigo?

   Poncho: Ela vai te ligar. Brother, preciso da sua ajuda.

   Ucker: Nem vem, Poncho. Eu já devia estar em casa, só fiquei pra saber como tinha ido.

   Poncho: Por favor, cara. Não sei o que faço com isso. Se eu não chegar ao diagnóstico certo eu tô ferrado.

   Ucker: Quais eram as hipóteses?

   Poncho: Esclerose. Eu tinha certeza, até comecei a terapia, pra aliviar as coisas. Eu disse pra ela que ela tinha esclerose! Droga! Eu disse pra ela e pro marido que ela tem uma doença que não tem cura e agora isso! - Bateu nos papéis.

   Ucker: Se ela tem sífilis, o marido também tem. Eles não fizeram nada? Uma viagem? Qualquer coisa excêntrica?

   Poncho: Há umas semana acamparam com amigos da faculdade.

   Ucker: Pensou em Lyme? Explicaria sífilis ter dado positivo.

   Poncho: Negativo. Fiz exames pra Lyme, AIDS, tudo. Só sífilis deu positivo.

   Ucker: Agora vai lá dizer pra eles. Pede exames pro marido.

   Poncho: Muito fácil, não é? - Bufou - Vem comigo. - Se levantou e puxou Ucker pelo jaleco.

O problema não era ter errado o diagnóstico, o problema era aceitar que Anahí estava certa.

   Matt: Papai, mamãe?

   Any: Ele teve que ir embora, bebê.

   Matt: Ah. - O menino abaixou a cabeça, chateado.

Se visse o pai uma vez por semana, sem ser pela TV, era muito.

   Any: Ei! Sabe quem vai passar o dia com você amanhã?

Ele olhou pra mãe.

   Any: O tio Chris. - Sorriu - Ele vai te levar pra passear com o BJ.

   Matt: É? - Os olhos castanhos idênticos aos do avô materno dele brilharam. O menino de um ano e meio tinha nos tios Christian e BJ as figuras masculinas que faltavam pela ausência constante do pai.

   Any: É sim. Mas sabe o que ele me disse? Que você tem que ir dormir agora, senão ele não vem.

O garoto levantou do chão apoiando-se no sofá e ergueu a mão para a mãe. Any deu a mão e ele a puxou para o quarto.

   Matt: Banho?

   Any: A Tia Mai de deu?

Ele negou com a cabeça.

   Any: Então tem que tomar banho sim.

   Matt: Tocê.

   Any: Comigo? - Pegou ele no colo.

   Matt: É. Na gandi! - Ele abriu os braços o máximo que pôde para mostrar que queria tomar banho na hidromassagem.

   Any: Vamos lá, então.

Eles tinham todo o conforto que poderiam. O apartamento era de longe um dos melhores do prédio, que ficava de frente para a praia. Levi sentia-se culpado por não passar muito tempo com a família, então atendia todos os caprichos da mulher e do filho.

Isso, porém, não satisfazia Anahí, e pelo visto Matías também não. Ela sentia falta de alguém por perto. Alguém que pudesse escutar seus problemas ou os pequenos avanços do filho sem ser pelo telefone. Fora criada escutando sua mãe dizer que ela devia ficar com quem gostava dela, e não com quem ela gostasse e assim foi. Apesar de morar longe, Levi amava ela e o filho mais que tudo, e ela julgava que era suficiente. É claro que gostava muito dele, mas não chegava a ser amor.

Na verdade, os únicos amores que Anahí conhecia eram os pela família, pelos amigos e pelo filho, que era, sem dúvida, maior que todos os outros juntos. Mas nunca havia amado um homem.

Ainda.