Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

            Epílogo.

   Levi: Matias, vai com calma, os doces não vão fugir da mesa.

   Matt: Ah, pai, eu tenho que guardar uns pro Ty também... - Falou, ou tentou, a boca cheia de doces.

   Any: Não, o Ty não come esse tipo de coisa, lembra, filho? É só ração.

   Matt: Mas ontem quando a Tia Mai me deu chocolate ele tomou de mim e comeu!

   Any: Mas não pode.

   Dul: Bruna, chega de doce, não é?

   Bruna: Mais um, mamamãe!

   Dul: Não, fifilha. Christopher, por favor.

   Ucker: Tudo bem, tudo bem. - Pegou a filha no colo e uns doces escondido - Vamos lá pra fora que o papai te dá mais. - Piscou.

Dulce percebeu, mas não reclamou. Não adiantava, de qualquer jeito.

A festa de quatro anos de Matias estava uma grande bagunça, como toda festa de criança deve ser. Ele e os amiguinhos voltaram a correr pelo gramado da casa, Ty correndo atrás deles, adorando a confusão. Sophie chorava baixinho no colo da mãe, porque havia caído. Mel, enquanto consolava a filha, conversava com Maite, querendo saber como havia sido o planejamento do seu casamento. Ela e Levi se uniriam legalmente em pouco tempo.

Christopher acabou sentando-se com Diego, Christian e seu novo namorado, dando os doces pra filha ali mesmo. Não havia em Acapulco menina mais mimada que aquela. Se Bruna pedisse o céu, Ucker lhe daria.

Bem, talvez alguém pudesse concorrer com ela. Poncho, que havia sumido no meio do parabéns, voltou para o jardim de casa com uma trouxinha rosa nos braços.

   Poncho: Mai, cadê minha marida? - Sentou-se a mesa.

   Mai: Ihh, nem vi. Deve ter entrado pra falar com o pessoal do buffet.

   Poncho: Tudo bem.

   Dul: Você não deveria ter vindo pra cá com ela, todo esse barulho...

   Poncho: Estava chorando lá no quarto, esgoelando.

   Mai: E você escutou? Poncho, você definitivamente foge do padrão de pais desse mundo. Como escutou?

   Poncho: É minha filha, oras! Conheço o choro dela como nada. - Sorriu, tentando parecer convincente. - Mentira, é o Ty. Ele é o melhor baby-sitter que poderia ter.

   Any: Amor, ela acordou? - Apareceu.

   Poncho: Claro, tiraram ela da festa na melhor parte.

Valentina não resisti, e é difícil achar um nome bonitinho que não seja lugar comum., ou Vale, como era chamada a princesinha de Poncho, não tinha nem dois meses. Apesar das feições comuns às da mãe, as características mais chamativas - cabelo e olhos - eram do pai. Aquela seria a morena dos olhos verdes que deixaria a população masculina da cidade de queixo caído, não havia dúvida.

   Any: Quer aproveitar as festas tão nova? Imagina quando estiver com seus 16 anos... - Mordeu a língua numa careta, sabia que aquele assunto era o terror do marido.

Ah, sim, marido. Sem muito alarde os dois haviam se casado antes mesmo de Ucker e Mai. Não poderia ter sido melhor.

   Poncho: Minha filha vai virar freira, acredite.

   Ucker: Então serão duas! - Disse mais alto da mesa onde estava.

   Levi: Três.

   Mai: Doce ilusão. - Revirou os olhos.

   Pato: Ah, se não é a futura namora do meu Gael! - Se aproximou da bebê, ignorando a cara feia de Poncho.

A festa não durou muito depois dos parabéns. Ty acabou na piscina e fez a festa das crianças, que não entraram porque estava frio. Entre os nossos adultos a conversa pairava basicamente em família, casamento, filhos... E quem diria que Poncho estaria nesse meio e tão feliz!?

Levi ainda era tratado com um certo desconcerto, mas isso ficava bem disfarçado. Com o tempo tudo se ajustaria definitivamente.

Quando começou a anoitecer, pouco antes dos convidados começarem a ir embora, Any e Poncho subiram para o quarto da filha.

   Any: Você devia ter ficado lá em baixo pra se despedir dos convidados que estão indo embora.

   Poncho: Nãh, Levi tá lá, ele que se vire. - Deu os ombros, obervando a filha começar a mamar - Hm, hoje dá, né?

   Any: O quê?

   Poncho: Pra acabar com o resguardo. - Sorriu. A imagem de sua mamando era praticamente imaculada para ele, mas certas vezes não podia evitar, ver o seio da esposa era naturalmente tentador.

   Any: Deus, eu me casei mesmo com um tarado.

   Poncho: Absolutamente.

   Any: Então, senhor tarado, faça o favor de descer e se despedir das pessoas enquanto fico aqui. Levi é o pai do Matt mas você é o dono da casa.

   Poncho: Tudo bem, vou lá. - Beijou-lhe a boca e desceu.

Quando passou pelo corredor, parou em frente a uma foto pendurada na parede. Uma foto de Any e das crianças.

Bem, há dois anos atrás Poncho não passava de um adulto que achava ainda ser adolescente, sem querer grandes responsabilidades e sem grandes motivos para se tornar um homem de verdade. Quem diria que um caso que tinha tudo para ser apenas mais um mudaria tudo?

Percebeu, então, que ele, assim como Anahí, tinha tudo na vida, antes de se tornarem amantes. Tinham, cada um, tudo que julgavam importante, sem saber que não era o que precisavam.

Ela, com um marido e um filho, dinheiro, uma casa... E só precisava de um homem, não que lhe sustentasse, mas que a fizesse sentir-se mulher, sentir-se amada e sentir que tinha uma família de verdade. Ele, com uma vida de vagabundo, todas as festas, bebedeiras, amigos e todas as mulheres da cidade, quando só uma poderia lhe dar felicidade de verdade.

Quem diria?

[...] fuiste mi bella traición.

Porque sin ti no hay camino,

ni destino [...]

FIM.