Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

   Domingo.

   Ucker: É verdade que há tempos não rola reunião lá em casa.

   Poncho: É... E já tá na hora de marcar uma. Nós podemos falar com o Patricio e fazer o encontro nesse findê. - Os dois fincavam um guarda-sol na areia. Domigos livres quase sempre significavam praia.

   Dul: Ah, não. Na condição que e me encontro não posso me submeter a esse tipo de coisa.

   Mai: Como se você não aproveitasse.

   Dul: Como se eu pudesse no estado que me encontro.

   Poncho: Quem escuta pensa que ela já tá de nove meses... Pronto. - Pegou as duas cadeiras das mulheres e abriu-as, sob a proteção do guarda-sol.

   Ucker: Imagina a chatice que vai ser isso quando vierem as dores nas costas e tudo mais.

   Poncho: E quem vai aguentar vai ser você, bro. Se ferrou.

   Ucker: Voltando ao assunto... - As coisas com se acertaram com Maite, mas não achava legal falar muito sobre a gravidez perto dela.

   Poncho: Falo com o Patricio hoje de tarde.

   Ucker: Beleza. - De repente lembrou-se de algo que esquecera por todo o fim de semana - Poncho, vamos comprar umas geladas?

   Poncho: A gente nem chegou direito.

   Ucker: Ah, vamos logo. - Deu uma palmada nas costas do amigo, empurrando-o.

   Ucker: E então?

   Poncho: Você vai passar o resto da sua vida me devendo por isso.

   Ucker: Então você topa se passar por pai dele?

   Poncho: Topo. Mas é só até ele nascer, hein?

   Ucker: Meu rei! - Abraçou o amigo - Não deixa ninguém ficar sabendo, mas eu te amo, bro.

Ele pagou as cervejas e os dois foram em direção às meninas. Quando as viram, perceberam que Dulce fazia gestos para algo perto deles.

   Poncho: Acho que é a água de coco. - Ele apontou para a barraquinha ao seu lado e Dulce confirmou com a cabeça - É.

   Ucker: Compra uma água pra mãe do seu filho aí, bro.

   Poncho: Eu?

   Ucker: Paguei sua cerveja, cara.

   Poncho: Tá. Vai lá que eu pego um coco pra madame e pro [i]seu[/i] filho.

Ele se aproximou da barraca e sorriu ao ver a morena que comprava ali. Pediu um coco e tratou logo de puxar assunto com a mulher. Depois de pagar o coco de Dulce e o da morena, os dois se afastaram um pouco da barraca enquanto Poncho comentava sobre a vida em Acapulco. A mulher, estrangeira, parecia bem interessada na conversa, estava no papo.

Se sentaram juntos na areia e continuaram a conversar. Ucker teve que ir até ele e pegar o coco de Dulce. Poncho estava absorto na morena.

   Xxx: Aquele menininho parece perdido.

   Poncho: Hein?

   Xxx: Ali. - Ela mostrou o menino de quem falava - Ele tá sozinho, olhando pros lados... Deve ter se perdido.

   Poncho: Que tipo de pessoa deixa uma criança desse tamanho sozinha?! Vou lá.

Ele não estava tão preocupado com o menino, mas se a mulher tinha falado sobre ele, é porque se importava. Poncho não perderia a chance de bancar o bom moço.

O pequeno louro não devia ter mais de dois anos e havia se sentado na areia. Não parava de olhar para os lados.

   Poncho: Oi.

Ele ergueu a cabeça e encarou Poncho com dúvida no olhar, medo também.

   Poncho: Cadê seu pai e sua mãe? - A criança não lhe era estranha. Talvez conhecesse seus pais. Talvez ele morasse no mesmo prédio que Maite, que ficava do outro lado da rua.

   Matt: Papai no sei, i mamãe... Mamãe sumiu!

   Poncho: Como chama a sua mãe? - Se sentou ao lado dele.

   Matt: Mamãe.

Poncho sorriu com a resposta. Olhando bem, tinha certeza que conhecia o menino, mas não sabia de onde.

   Poncho: Vamos procurar ela?

Matias balançou a cabeça, concordando. Poncho se levantou e pegou o garoto.

   Poncho: Tá vendo ela?

   Matt: Não.

Poncho fez uma careta para a morena, indicando que não estava conseguindo muita coisa. Ela se aproximou.

   XXX: Como é a sua mãe?

   Matt: Bunita.

Ela e Poncho riram do jeito que Matias falou.

   Xxx: E como você chama?

   Matt: Matias.

Poncho quase deu um soco no próprio rosto. Nem perguntara o nome do menino! Claro, ele devia ser o filho de Anahí.

   Poncho: Sua mãe é médica?

   Matt: Hãn?

Ele não devia saber o que era aquilo.

   Poncho: Você tem um tio que chama Tio Chris? E tem a Tia Mai e o Tio BJ?

   Matt: É.

   Poncho: Hum. - Sorriu - Tinha que ser justo de quem?!

   Xxx: Conhece a mãe dele?

   Poncho: Infelizmente.

Ele não foi o único a falar. Outra voz disse exatamente a mesma coisa, atrás dele.

   Poncho: Apareceu. - Ele se virou e já se preparava para fazer uma careta para Anahí, mas depois de vê-la mal pôde reagir.

Se de roupas brancas, jaleco e cabelo preso Anahí já era um mulherão, de biquini e cabelos soltos e úmidos Poncho não achava uma palavra que pudesse descrevê-la corretamente.

   Poncho: Uau. Se você trabalhasse assim eu juro que nunca chegaria tarde no hospital.

Anahí e a morena ergueram as sobrancelhas.

   Any: Será que até quando não tô trabalhando eu tenho que te aguentar, Herrera?

   Poncho: É difícil me chamar de Poncho? Pelo menos Alfonso.

   Any: É, sim. Me dá meu filho.

   Poncho: Ah, sentiu falta dele, né?

   Any: Foi ele quem saiu de perto de mim sem eu deixar, não é? - Encarou o filho - E por ter me desobedecido, nós vamos pra casa assim que o Dr. Herrera te soltar.

   Poncho: Pelo amor. - Revirou os olhos - Dr. nada. Te dou ele se você me chamar de Poncho.

   Any: O filho é meu, Herrera.

   Poncho: E se não fosse pela semelhança física, jamais diria que é. Ele parece ser um menino tão doce, gentil...

   Any: Herrera.

   Poncho: Poncho.

   Any: Matt, vem com a mamãe. - Ela ergueu os braços para pegar o filho. Este, porém, agarrou o pescoço de Poncho.

   Poncho: Nem ele te aguenta, Anahí. [:d]

   Any: Não fala assim perto do meu filho, ele só não quer ir pra casa. Herrera, ou você me dá meu filho por bem, ou eu chamo aquele policial que tá do outro lado da rua.

   Poncho: É só me chamar de Poncho, oras!

   Any: Última chance.

   Poncho: Só se você prometer que vai na reunião essa semana. Vai ser lá em casa.

   Any: Não tenho nada que prometer, e a casa, até onde eu sei, é do Christopher.

   Poncho: Me chama de Alfonso.

Any bufou irritada e andou para a rua, até Poncho segurar seu braço.

   Any: Me solta. - Ele logo o fez, assustado pelo tom de voz dela.

   Poncho: Tudo bem, mas não leva ele embora, coitado. Deixa ele aproveitar o dia. Vem comigo, tô com a Mai, o Ucker e a Dul aqui perto.

   Any: Me dá meu filho.

Ele finalmente entregou o menino para a mãe.

   Matt: Tia Mai, mamãe! - Ele apontou para Maite, que vinha na direção dos dois.

   Mai: Não adianta, hein? Você até fica com umas morenas, mas seu negócio são as loiras, né? - Ela sorriu pra Poncho.

   Poncho: Não nesse caso, te garanto.

   Mai: Oi meu amor. - Ela deu um beijo no menino - Você nem me disse que viria aqui.

   Any: Ele que acordou falando de praia e não parou até eu começar a por o biquini.

   Mai: Vem ficar com a gente. O Ucker e a prima dele estão aí também.

   Any: Acho que não. - Ela olhou feio para Poncho.

   Poncho: Se é por mim, tô indo pro hospital depois do almoço.

Anahí pensou por um instante, e então aceitou o convite de Mai. As duas saíram na frente, e o olhar de Poncho prendeu-se no bumbum da loira.

   Poncho: Gostosa.

Seguiu as amigas, e nem percebeu que passou em frente a morena com quem conversava antes de encontrar Anahí. Talvez valesse a pena investir em Any. Se conseguisse uma brecha, alguma maneira de mostrar a ela que não era como ela julgava... ou pelo menos fingir que não era... Bem, era algo a se pensar, sem dúvida.