Fanfic: Bella Traición | Tema: Anahi Y Alfonso

Quarta-feira

   Angel: Quando?

   Poncho: Sábado.

   Angel: Ah, fala sério. Não vou poder ir.

   Zora: Nem eu. Nosso grupo vai estar todo de plantão.

   Poncho: Ah, sério?

   Angel: É... Nesse Sábado só o grupo do Lisardo e o de vocês tá livre.

   Poncho: Não existe coisa mais difícil que reunir todos que trabalham aqui, por Deus!

   Zora: Temos que lembrar, Ponchito, que as pessoas não escolhem os dias em que precisam da gente. - Ela bateu na testa dele, debochando - Mas tudo bem, da última vez nem vocês nem o pessoal do Lisardo foram. Vamos revezando. [:p]

   Angel: A próxima reunião vai ser na cantina. \o)

   Any: A próxima reunião vai ser na sala da supervisão, se vocês contuinuarem de papo furado. Não viu que eu tô te chamando há tempos, Herrera?

Como ela conseguia aparecer assim, do nada, assustando a todos?

   Poncho: Não escutei nada.

Anahí meteu a mão no bolso da calça dele, pegando o bipe.

   - Sabe pra que serve isso?

   Poncho: Se você puser a mão ai de novo eu não vou saber nem meu nome, Dra.

Angelique e Zoraida riram.

   Any: Vem comigo, agora. - Ela saiu andando na frente.

   Angel: Ainda bem que a Megera só supervisiona a gente de vez em quando.

   Poncho: Sorte de vocês. Se não fosse pelo Patricio eu já tinha desistido da residência há tempos. Bem, vou lá antes que ela venha e me leve pela orelha.

   Ucker: A Mai também vai, Anahí. E o Patricio também. Vamos, você nunca vai nas festinhas.

   Any: O problema, Christopher, é que como você bem sabe, meu marido só vem nos fins de semana, e se a Mai vai estar lá, quem ficaria com o Matt?

   Ucker: Leva os dois! A mulher do Patricio sempre vai, e as crianças também. Acho que o Lisardo vai levar a filha dele também... Isso não é problema, inventa outra desculpa. - Ele sorriu do seu jeitinho. Era difícil negar algo para ele assim.

   Any: Mesmo assim... não sei se vou poder. Levi vem muito pouco, e quando ele tá aqui prefere ficar quieto em casa ou sair só comigo e com o Matt.

   Ucker: Vocês vão. Se não se sentirem a vontade, não vão nas próximas. É sempre muito bom, a Dulce deve fazer alguma comida gostosa, nós vamos montar uma piscina de plástico e... não ri não! A piscina de plátisco é a maior atração! Fuzz sempre leva. Rola desde musiquinhas melodramáticas até reggeaton e salsa. É gostoso, vai por mim.

   Any: Vou ver com o Levi.

Poncho, que escutava a conversa sem que eles tivessem percebido, se aproximou.

   - Ahá! Até que enfim encontrei alguém que tem moral com essa mulher. Tem que pedir autorização pro maridinho, Anahí?

   Any: Dra. Portilla pra você, Herrera. E acontece que numa vida em casal não se pode simplesmente tomar uma desição sem consultar o outro. Mas é óbvio que você não deve entender disso.

   Poncho: Não se pode nem ir a uma festa com amigos sem falar com o outro? [i]Ainda bem[/i] que não entendo disso.

   Any: Se eu for, Christopher, eu falo com você. Agora, vamos ao que interessa.

   Ucker: É culpa dele, garanto.

   Any: Tenho certeza absoluta que é. Mas não vou culpar vocês de nada por agora. Acontece que vocês só têm mais seis meses de residência, e eu e Patricio estivemos conversando sobre vocês, e achamos que está na hora de vocês pegarem mais casos relativos a especialização de vocês. Oncologia, no caso. Todos residentes do grupo de vocês e do grupo do Tony vão passar por essa fase.

   Poncho: Mas nós já temos muitos casos na nossa área. Todos casos de câncer são nossos e da Chenoa.

   Any: Mas não é suficiente. A partir do início do mês, semana que vem, vocês trabalharão por dois dias no hospital do câncer, quatro aqui. E um plantão aqui e outro lá, por semana. Tiveram sorte, nem sempre conseguimos essa conciliação.

   Poncho: Não é sorte, Anahí, é competência.

   Any: Ui ui ui. Se você diz. - Deu os ombros - O Patricio vai organizar com vocês e o diretor de lá os dias e horários.

   Ucker: Tudo bem. Vamos continuar ganhando o mesmo?

   Any: Não tenho certeza. Talvez ganhem até mais.

   Poncho: E vamos trabalhar mais, com certeza.

   Any: Se você não dá conta não precisa aceitar, Herrera.

   Poncho: Não foi isso que eu disse.

Ela deu os ombros de novo.

   Any: Patricio vai procurar vocês pra organizar os horários hoje ou amanhã. Podem ir.

Ucker assentiu e saiu, mas Poncho continuava fitando-a.

   Any: Alguma dúvida, Dr. Herrera? [gray]Comentário inútil: Dr Herrera soa tão sexy

   Poncho: Por que quando eu te chamei pra ir na festa você negou e agora que ele chamou você disse que vai?

   Any: 1º: você não me chamou, você impôs. 2º: eu não disse que vou, disse que vou ver. 3º: perguntei se você tinha alguma dúvida em relação ao que eu acabei de falar.

   Poncho: O quê eu fiz pra você me odiar assim, afinal? - Cruzou os braços e fez cara de criança curiosa quando começa a perguntar 'por quê'.

   Any: Você chegou aqui pisando firme, com jeito de maioral, como se não precisasse passar por isso. Não poderia haver ninguém melhor que você pra ser meu alvo nesse grupo.

   Poncho: Então você tem vários alvos?

   Any: Hum... É, acho que sim. É sempre necessário.

   Poncho: Por quê?

   Any: Acompanha meu raciocinio: um bando de jovens fresquinhos da faculdade chegam aqui ainda cheirando a festa e livros, achando que a vida de médico não é nem metade do que eles escutavam antes de começar o curso, você sabe que exageram muito sobre a faculdade. Aí cabe a nós, supervisores, mostrar que, apesar de não ser como dizem, a vida aqui é difícil sim. É complicado, sabe?

   Poncho: É, eu entendo... Mas o que isso tem a ver com seu amor por mim?

   Any: Você é o exemplo do que eles passariam se não levassem as coisas a sério. Não que você não leve, mas, como eu disse, é necessário.

Ele fez uma meia cereta de compreenção e meneou a cabeça.

   Poncho: Acho que entendi. Isso quer dizer que esse ódio não é tão verdadeiro. - Um sorriso começou a formar-se em seu rosto.

   Any: A princípio não, mas com todos seu atrasos e problemas que você causa, fica difícil sentir simpatia por você.

   Poncho: Simpatia? Ah, eu nem causo tantos problemas assim.

   Any: Causa o suficiente para um hospital.

   Poncho: Você exagera bas... - Sua voz morreu, Any fez um gesto para que ele se calasse. Não entendeu, até que ela falasse.

   Any: Tenho que ir.

   Poncho: Hã? Por quê? Eu não terminei aqui.

   Any: Herrera... - Ela revirou os olhos - Não escutou os auto-falantes? Vou te dar uma aula sobre comunicação hospitalar. Me chamaram na emergência. - Ele nem pôde pensar em responder. Antes disso ela já tinha saído da sala.

   Poncho: Comunicação hospitalar? Por que não comunicação corporal?