Fanfic: The Sword and the Cat. | Tema: Aventura, Romance, Gato
Andamos aproximadamente 60 km aquele dia, quando adentramos uma floresta, já estava em fim de tarde e precisávamos nos alimentar antes de escurecer por completo. E claro... Esse gato faria algo para ajudar... Gargalhei timidamente ao pensar na ideia.
-O que há de tão engraçado? – perguntou Tim, sem saber de meu plano.
Não o disse nada, porque com certeza ele não o aceitaria. Continuamos floresta a dentro quando nos deparamos com um animal não muito longe dali, era algo que nunca vi antes... Algo como um tigre, mas maior, e com uma feição diferente, seus pelos eram negros e suas garras, diferente de um tigre este havia 8 garras enormes. Mas isso não importava muito, era hora de por esta espada para trabalhar.
-Gato, sua vez de fazer algo! – falei com um olhar malicioso. – Vá e distraia-o, faça com que ele venha nesta direção. Vou estar encima desta árvore pronto para mata-lo.
-E-Então era isso que estava planejando? – disse Tim, surpreso. – Idiota!
Mesmo com medo o gato foi até o animal e fez com que o seguisse com uma sede de sangue que nunca vira antes, com certeza se o acertasse mataria em um golpe. O gato passou pela árvore, seguido pelo animal, aí então que pulei e cravei a espada até a bainha em suas costas, porém... Errei o local e não acertei em seu coração. O animal sacudiu-se com uma força que me jogara numa árvore e fizesse com que eu desmaiasse.
Quando acordei o animal estava caído, morto, não entendi bem o que aconteceu. Ao me levantar novamente, quem estava ao meu lado, o gato, com aquele mesmo semblante de sempre me encarando com seus olhos negros. Encarei ele e questionei:
-O que aconteceu? – disse ainda desnorteado
-Você foi jogado contra a árvore e desm...
-Isso eu seu! – afirmei interrompendo-o enraivecido. – Quero saber o que houve depois!
-Calma, idiota! Não me interrompa! – grunhiu o animal. – Depois que desmaiou o animal avançou para cima de ti, distrai ele o bastante para ele mudar de alvo, e quando o mesmo armou uma investida aquelas flechas ali... – falou apontando para a cabeça do animal morto. – o acertaram antes que pudesse me atacar. Não sei de onde vieram, mas com certeza nos salvaram...
Levantei-me e fui em direção ao animal verificando suas feridas e retirando minha espada que ainda permanecia fincada em suas costas. Já havia escurecido, estávamos apenas na clareza da luz da lua. Peguei alguns galhos ali por perto mesmo e fiz uma fogueira, estava muito frio para passarmos a noite, e tínhamos que assar o animal ainda, não me importando muito com o que acontecera no momento, arranquei um pedaço do animal e preparei-o para assar.
Comemos ali, e por ali mesmo descansamos. O gato garantiu ficar de vigia a noite enquanto descansava pelo fato de ter uma audição anormal comparando-se com a humana.
Ao amanhecer, logo cedo apagamos a fogueira e seguimos caminho, estávamos seguindo para o norte, para o reino mais perto, o reino de Montrisher, muito conhecido por suas defesas e exércitos poderosos, era o segundo reino mais poderoso de toda Inglaterra, atrás somente da grande capital, Arthura, fundada a centenas de anos pelo grande rei Arthur, a qual nunca fora invadida uma vez sequer, o seu tamanho, três reinos de Montrisher.
Estávamos perto de sair da floresta, quando, ouvimos o som de uma batalha. Curiosos, seguimos e nos deparamos com uma atrocidade, de um lado, havia um ogro com seus dentes amarelados fincados por entre o pescoço e o torço de um homem, isso mesmo, sua boca era tão grande que abocanhava metade do homem, vi com meus próprios olhos quando o mesmo apertou seus dentes no corpo do homem e puxou, fazendo o mesmo ser partido, partes caiam pelo solo surrado, seu sangue jorrava de uma forma assustadora. Não satisfeito, o ogro acabou por engolir o resto do homem, ali mesmo rapidamente.
Mais ao lado havia outro, que por sua vez tentava acertar uma outra pessoa que não eu não podia identificar devido à suas vestes, uma capa verde escura, com uma armadura leve por cima de suas roupas também verde escuras. O Monstro balançava sua maça de madeira de um lado pro outro em tentativas falhas de acerto. Não pude evitar de perceber que a pessoa estava ficando encurralada uma vez que o segundo monstro havia se juntado a sua caça, quando estava prestes a ser acertada pelo segundo monstro não pude evitar.
-Cuidado! – gritei, na tentativa de alerta-la. -Atrás de você!
Surtiu efeito e a pessoa conseguira desviar de mais um ataque, porém então, um dos monstros virara em minha direção, não havia muito o que fazer, se não confronta-lo. Seus movimentos eram lentos, porém poderosos, não poderia me permitir ser acertado. O Monstro ergueu sua maça e abaixou-a em minha direção com toda força, rolei para o lado para poder desviar e levantei-me rapidamente. Se não houvesse os treinos de meu tio, certamente já haveria perecido, certamente os treinos dolorosos não foram em vão.
O que eu podia fazer até o momento era apenas desviar dos ataques do monstro, mas percebi que o mesmo estava ficando cansado, ofegante, seus ataques mais lentos do que já eram, no seu último ataque demorara para levantar sua maça, dói então que pulei por cima da mesma... Corri por seu braço e golpeei-o em sua jugular o mais forte que pudera, metade de seu pescoço foi destroçado, e o mesmo caio fazendo o chão aos nossos pés estremecer, assustando o outro que estava distraído com a tal pessoa.
Virei-me e ajudei a pessoa a derrotar o monstro que caçava-a. Ali perto notei um arco quebrado, foi então que notamos que quem nos ajudara noite passada foi está pessoa, sem mais delongas perguntei:
-Você está bem? Esta ferido? -perguntei, virando-me em direção à ele.
-Estou -respondeu, com uma voz que me surpreendera por um momento, enquanto tirava seu capuz verde escuro, ali estava uma mulher. Com longos cabelos ruivos e pele branca, olhos castanhos claros... Por um momento me perdi naqueles olhos. – , contudo, meu amigo nem tanto.
-O-O que importa agora é que está bem. – gaguejei sabe-se lá porque. – Foi você que nos ajudou ontem, não é mesmo? Quem é você ? – perguntei por instinto.
-Fomos nós – corrigiu-me. – nos o vimos e decidimos ajuda-los. – quase me esqueci do gato, olhei em volta e ele estava ali perto checando os corpos dos ogros. – meu nome é Mianm – continuou. – somos de Montrisher e estávamos numa caçada quando fomos surpreendidos por estes seres bizarros...
-Nós estamos a caminho de lá -disse apontando para o gato que já viera para perto. - , nossa cidade ao sul daqui foi atacada pelo exército deste monstros, fomos os únicos a escapar... Eu e este gato maldito.
-Não esqueça que teria morrido se não fosse por mim! -grunhir o animal.- Meu nome é Timothy, Senhorita, pode me chamar de Tim. Este aqui, é Stan, desculpe a sua falta de cortesia.
A moça assustada pelo fato do gato falando ouviu-o estarrecida. Uma reação normal para colocar uma situação dessas.
-Você se acostuma rápido! Ele é meio idiota, mas serve para algumas coisas. -tentei tranquiliza-la.
-Meu arco se foi, acho que precisarei da ajuda de vocês para chegar ao meu reino.. – Disse Mianm torcendo o olhar. -já que estão indo para lá acho que não será um incômodo. Não quero me deparar com outro monstro desses...
-O que me preocupa é o fato de dois deles estarem por aqui -disse o gato, com o olhar apontado para Mianm. -, pode ser que estejam avançando mais rápido do que parece, ou eles tem desses monstros por muitos lugares, o que faz com que o exército deles cresça rápido. Não acho que eles ousem por agora atacar Montrisher, mas isto acabará ocorrendo.
Após um tempo de conversas nos preparamos para partir, ainda havia um longo caminho até chegarmos até Montrisher e não podíamos perder tempo com tais perigos nos rondando. Seguimos, para o norte até o anoitecer, caçamos e acampamos como no dia anterior. Fizemos o mesmo por quatro dias, até chegar em Montrisher.
Nossa entrada foi autorizada, graças a estarmos com Mianm que já era conhecida por lá. Adentramos e nos encontramos com uma cidade enorme do reino, pedimos para Mianm nos guiar até o castelo para que falássemos com o Rei, assim podíamos avisar sobre os perigos que presenciamos. Meio hesitante aceitou, e nos avisou que teríamos que nos apresentarmos bem vestidos, e quando disse teríamos, quis dizer, eu. Fomos até uma loja aparentemente nobre, Mianm mesma escolheu as roupas, uma calça preta de couro, botas, camisa branca e um colete preto que combinava com a calça. Pegou em seu bolso alguns soberanos e pagou a vendedora, partimos para um estaleiro onde nos alimentamos, pudemos nos lavar e passar a noite
Na manhã seguinte, fomos até o castelo, novamente entramos tranquilamente devido a presença de Mianm, já estava achando estranho isso, quando então chegamos a sala do rei
que inquieto levantou-se de seu luxuoso trono com um sorriso enorme em seus lábios grossos cercados por uma barba grisalha devida a idade.
-Minha filha! – gritou o velho rei para Mianm. – Você voltou! Você está bem? Estive tão preocupado !
-Estou bem, meu pai. – respondeu a moça abraçando seu pai. – Estou bem, este cavalheiro salvou-me... Gostaria que o senhor ouvisse o que ele tem a dizer, por favor.
O rei desvencilhou-se carinhosamente de sua filha e virou-se para mim, agradecendo-me com profunda gratidão e certificou-se de garantir que iria fazer qualquer coisa para agradecer-me ainda sem saber o que ocorreu de fato. Nos convidou para o salão o salão principal onde nos ofereceu um banquete para falarmos sobre o ocorrido.
Sentamo-nos e Mianm explicou o que acontecera com ela detalhadamente, também falou sobre o homem morto no dia, que na verdade era o rapaz o qual foi prometido a ela como noivo. O que espantara foi a calma com que a mesma falou sobre o noivo, o que me faz pensar que na verdade ela não o amava ou que seria um casamento forçado. Enfim, depois de explicar era a minha vez de falar sobre o exército que arrasara minha cidade, o rei no entanto, gargalhou com o que dissemos.
-O que estão falando? – disse, em meio a gargalhadas. – Querem mesmo que eu acredite nisso!?
-Do que o senhor está rindo? – grunhiu o gato, que até então estava calado para não chamar atenção. – O senhor está achando graça de nossa situação? Meu reúno foi destruído e o do senhor será o próximo se não tratar este assunto com seriedade!
As palavras do gato foram o suficiente para fazer com que o rei ficasse com uma expressão séria e assustada, como fora o de Mianm ao conhecer Tim. Depois desse alerte o qual foi necessário que Tim desse uma bronca no rei para que acreditasse o mesmo convocou um de seus guardas que estava do lado de fora do Salão e o fizesse chamar por seus comandantes de guerra os quais foram ordenados a manter todos os homens atentos aos arredores do reino, que ficassem prontos para batalhar a qualquer momento. Isso tudo levou o dia todo a ser discutido, o que nos fez ter uma estadia no castelo naquela noite, Mianm nos levou aos nossos aposentos temporários e disse que no dia seguinte iríamos ser recompensados por nossa ajuda.
Então, no dia seguinte fomos acordados logo cedo e convocados pelo Rei, fomos ao seu encontro que se encontrava no jardim do Castelo junto de sua filha. O Rei nos ofereceu um saco de soberanos, , nos agradecendo mais uma vez por ajudar sua filha e o seu reino. Junto da sacola disse que nós deveríamos nos encontrar com um homem o qual mandara fazer um presente para nós.
-Senhor! – exclamei . -Isso é muito, não podemos aceitar!
-Meu rapaz, isso é muito pouco comparado para com o que fizeram por minha filha. Mas tenho um favor a lhes pedir... – disse calmamente o velho, com sua voz levemente rouca. – Gostaria que os senhores fossem até o Reino de meu irmão, tendo a informação que nos dera,
precisaremos avisa-lo assim como qualquer cidade ou reino os quais passarem. Este saco de moedas os ajudará nisso também. Minha filha os acompanhará nesta jornada, a pedido dela, não acho que poderia impedi-la...
-Vamos, irei leva-los até Colred -disse Mianmar, puxando-me pela mão sem me permitir ao menos responder se a aceitaria tal missão - , para que se preparem para a nossa jornada.
A princesa nos levou para um estabelecimento grande com alguns homens trabalhando ferro, o que me fez deduzir que seria uma ferraria. Um homem nos atendeu e imediatamente chamou um outro, este era Colred, um renomado ferreiro, o qual iria nos fornecer armadura e um arco novo para Mianm.
-Soube que está saindo numa jornada perigosa, princesa – afirmou o homem. – Preparai este arco especialmente para a senhorita.
-Obrigado! - respondeu a princesa, empunhando um arco de madeira com detalhes de aço e um fio tão forte e fino que era capaz de cortar a garganta de um homem facilmente. – Farei bom uso!
-E para você meu jovem... -apontou para mim. – Tenho esta armadura, tenho um homem de confiança no castelo o qual foi notificado para pegar suas medidas ontem. Fizemos uma armadura para você de aço titânico. É um o qual poucos pedem obter, muito caro, mas a um pedido do rei pudemos consegui-lo para você.
Agradeci o homem que me entregará uma armadura muito leve, mas tão resistente quanto os muros do que cercavam este reino. Essa era negra, com o símbolo da ferraria Colred estampada no canto superior do peito, um escudo e uma espada cruzados em um azul escuro metálico.
Estávamos prontos. Prontos para uma jornada certamente perigosa, que nos levaria a unir os reinos contra este mal que nos atacara dias atrás e que buscava aniquilar toda Inglaterra... Passamos novamente pelo portão principal, desta vez em retirada, eu, Mianm e este gato maldito, Tim.
(...)
Autor(a): Flocoto
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
O céu estava lindo aquele dia, tirávamos um dia de folga de nossa jornada. Acostumei com esses dois ao meu lado depois de algum tempo, já não eram mais tão silenciosas nossas caminhadas. Mianm tratava de sempre nos manter entre assuntos que a mesma criava, as vezes até forçava alguns. E Stan, o seu olhar, esta na cara que cada ...
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