Fanfic: Child Star (Terminada) | Tema: Vondy (Adaptação)

Quando você diz uma ‘ex-estrela mirim’, você pode muito bem dizer
‘estrela infantil falhou’.
- Wil Wheaton

Christopher

Quinze anos atrás

— Você tá ouvindo, menino? — Victor agarrou meu pescoço. — A única razão pela qual você está vivo agora, a única razão pela qual você está aqui agora, é por minha causa. Vamos, experimente e eu vou arrancar a p/orra da sua cabeça.

Olhando para ele, eu assenti o melhor que pude, e quando ele me soltou, eu deslizei de volta para o chão. Tossindo, eu segurei meu pescoço, virando a cabeça quando ele se aproximou para acariciar meu cabelo com as mãos fedorentas.

— Eu vou ir fumar um cigarro, — ele mentiu, pegando o capacete preto com um X vermelho em cima da cômoda. — Você precisa de alguma coisa?

Eu não respondi. Eu apenas sentei lá.

— Eu te fiz uma pergunta, rapaz! —disse ele, chutando meu pé.

— Eu estou bem, — eu murmurei, me empurrando para fora da terra.

— Não seja demitido. Precisamos desse dinheiro.

Ele disse para mim, batendo a porta atrás de si.
Cada parte de mim tremeu.
Eu o odeio. Eu o odeio!

— Ugh! — peguei um copo em cima da mesa e o atirei contra a parede.

Adultos.
Eu odeio todos eles.
Eles nunca ouvem.
Talvez seja porque eles acham que nós somos estúpidos, ou talvez seja porque somos pequenos demais para fazer qualquer coisa para revisar. Eles são todos f/odidos, e eu não sei por que.
O que é tão duro sobre ser um adulto? E por que nós temos que ficar em apuros pelo que está errado com eles? Nada disso é justo. Mesmo os que não são tão ruins ainda são ruins. Eu odeio-

— Dulce!

De novo não. Saindo da minha cadeira, eu abri a porta do camarim.

— Dulce!

Ela passou por mim em um borrão de cachos castanhos, correndo o mais rápido que podia no final do corredor. No entanto, isso não foi rápido o suficiente. Sua mãe a segurou pelo braço, a puxando para trás. Mas ela não parou de tentar correr, seus sapatos brancos batendo contra o chão enquanto tentava fugir.

— Dulce, chega!

Sua mãe gritou, puxando tão duro com as duas mãos que ela bateu na parede, uma foto do Sr. Disney caindo ao seu lado. Dulce foi pegar, mas sua mãe agarrou seu queixo, obrigando Dulce a olhar para ela.

— Você está muito velha para estar agindo como um bebê, Dulce. Está me ouvindo? — ela gritou na cara dela. — Quantos dias faz desde que você ensaiou esta parte, e você ainda não pode acetar? Qual a dificuldade nisso? Qual o problema com você?

Dulce apertou seu punho, mas murmurou uma resposta. — Nada.

— O que foi? — sua mãe gritou novamente, ainda a segurando.

— Nada! Vamos!

Dulce gritou, seu rosto ficando vermelho. Suspirando, sua mãe a soltou, e ela caiu de costas contra a parede, com as mãos indo para seu rosto para parar o choro, mas que não iria funcionar. Quando Dulce começou a chorar, não havia como parar até que ela chorasse tudo para fora.

Eu queria ir até ela. Mas se eu fizesse, eu iria tornar isso pior.
Como da última vez.

— Querida.

Sua mãe se abaixou na frente de Dulce, acariciando os lados de seu rosto e colocando seu cabelo atrás da
orelha.

— Você terá outros aniversários, Dulce, mas você pode nunca ter essa chance novamente. Um dia você vai olhar para trás e me agradecer. Você não sabe quantas pessoas matariam para ser você? Todo mundo quer uma boneca Dulcr em seu aniversário. Mas você é Dulce todos os dias. Pense em quão especial isso é.

Enxugando o rosto mais algumas vezes, Dulce assentiu com a cabeça, mas ela parecia como um balão furado.
Não aceite! Eu pensei quando sua mãe lhe ofereceu uma mão. Mas Dulce aceitou, como sempre. Ela a tomou, e como um zumbi, ela seguiu a mãe de volta para seu camarim. Eu sabia que deveria ter fechado minha porta, mas eu não conseguia desviar o olhar. Sra. Saviñón não olhou para mim; ela caminhava com sua cabeça erguida como se ela estivesse tentando sentir o cheiro do teto. No entanto, Dulce fez, ainda segurando a mão de sua mãe, seus olhos azuis castanhos pararam sobre os meus quando ela tentou forçar um sorriso.
Ela sempre tentava sorrir para mim.

— Feliz aniversário, — eu murmurei enquanto ela passava.

— Chris?

Eu olhei para longe dela, e havia Kat, minha empresária, com algo diferente sobre seu cabelo castanho.

— O que aconteceu com seu cabelo? — eu questionei, não capaz
de olhar para longe dela.

— Oh, isso? — ela sorriu, gentilmente acariciando-o. — É chamado de The Rachel. Você gostou?

— Sim. É legal. — não, não era. Mas era quase sempre melhor do que mentir para adultos.

— Você é tão fofo! — ela riu, bagunçando meu cabelo, mesmo que eu tenha dito a ela mil vezes para não fazer isso. — Eu vim te pegar. Eles estão prontos para você no set.

— Ok. — eu fechei a porta atrás de mim e segui pelo corredor do
estúdio. As paredes eram todas brancas, e sempre me fez sentir como se eu estivesse no hospital. Eu puxei meu Game Boy do meu bolso enquanto ela continuava falando.

— Você se lembra de suas fala?

— Sim.

— Tem certeza que nós-

— Sim, — eu a cortei.

— Ok, você está com fome?

— Não.

— Você deve comer de qualquer maneira, — ela pressionou. — Que tal um sanduíche de queijo grelhado? Você gostou do de ontem?

Não. — Sim.

— Bem. Chegamos, — disse ela, e eu olhei para a cozinha falsa com as luzes e câmeras em torno dela.

— Chris está no set, — alguém anunciou.

Dando a ela o meu Game Boy, eu caminhei até a mesa, e ninguém realmente falou comigo; todos eles eram apenas como Kat. Eles pensavam que eles sabiam o que era certo o tempo todo e se eles pedissem a minha opinião era só para me ignorar. Talvez eles pensassem que eu era burro demais para entender o que eles
queriam. Todos eles apenas sorriam e me davam um polegar para cima,
então eu fiz o mesmo, colocando uma tigela de cereal na minha frente.

— Dulce está no set!

— Oi, pessoal! — ela disse, sorrindo brilhantemente, seu rosto não vermelho quando ela acenou para todos e, em seguida, pulou para o seu lugar atrás da porta falsa.

— Todos nos lugares. — o diretor acenou com a mão para chamar a atenção de todos. — Chris?

— Pronto, — disse eu, me sentando.

— Dulce?