Fanfic: Child Star (Terminada) | Tema: Vondy (Adaptação)

Dulce

Tem de haver mais que eu possa fazer, eu pensei, saindo de meus saltos e caminhando até a janela.
Senti uma peça decorativa. Eu queria fazer algo - sinceramente, eu queria ser fo•dona. Era egoísta, realmente, mas eu estava irritada que 
Chris tinha levado Austin com ele. Que ele era a escolha lógica. Mas, o que eu poderia fazer além de fazer uma grande bagunça?

Ring.

Ring.

Ring.

— Mayko, ei, — eu disse ao telefone, me movendo para tomar um assento no sofá.

— Ei, Ducle. Sinto muito te incomodar. Eu sei que você está super ocupada-

— Não, está tudo bem, Mayko. O que há de errado? — ela não estava soando normal.

— Eu tenho tentado entrar em contato com a mãe... Merda. Nós - Christopher, Austin, e eu, iríamos mencioná-la depois no Ano Novo. Até então, eu só estava supondo que- Dulce?

— Huh? Sinto muito, Mayko, eu não tenho notícias dela há algum tempo. Está tudo bem? — eu questionei, brincando com a corrente em volta do meu pescoço.

— Sim. Quero dizer... não, — ela suspirou ao telefone. — Eu sei que ela é escorregadia, mas ela deveria estar recebendo um prêmio honorário da W.E.W.A, você sabe, Associação de Mulheres Capacitadas. Ela fez esse grande negócio sobre Antigone e eu irmos, chegamos uma hora mais cedo, e ela não está aqui ainda. Tentamos ligar para todos os seus telefones, e até ligamos para a casa dela em Miami, e ela não está atendendo. Estou tendo um mau pressentimento.

— Mayko, respire.

Maldição. Eu tinha esquecido sobre o prêmio dela. Ela tinha falado sobre isso no início do ano, mas como eu tinha aprendido a fazer a maioria das coisas que Blanca dizia, eu tinha sintonizado isso.

— Ela provavelmente se apaixonou novamente e fugiu para algum tipo de ilha.

— Mas-

— O mais importante é pedir desculpas ao W.E.W.A, você tem o número deles? Eu poderia até mesmo ligar em nome dela ou talvez prometer ir no próximo ano?

— Dulce, eu estou achando isso tão estranho, — ela gemeu, me lembrando de novo que ela tinha apenas dezenove anos. — Você acha que você pode pegar um avião para Chicago?

— Você está em Chicago? Estou aqui.

— O que? Eu pensei que você e Christopher tinham dito que estariam
em Nova York.

— Longa história. Me envie o endereço, ok?

Ela soltou um suspiro de alívio. — Deus, você é uma salva-vidas.

— Não me agradeça. Vou ter que pensar em um discurso... ou vocês poderiam subir comigo-

— O que foi Dulce? Desculpe, eles estão nos pedindo ajuda com... com algumas coisas... te vejo em breve! Te amo. Tchau!

O telefone estava chamando.
Olhei para o telefone por um segundo antes de cair de volta para o sofá.

Mesmo a sete palmos, Blanca ainda não sabia como aparecer durante os piores momentos possíveis do c•aralho.

Zumbido.
Uma mensagem:

7thWilliams Ave. Hotel Crown Rose.

Vamos, Dulce.
Me empurrei para fora do sofá e fui até a minha mala, puxando um vestido de cocktail até o joelho preto simples e minha bolsa de maquiagem, e fui para o banheiro. Eu não tive tempo nem de passar um pouco de batom vermelho e reaplicar delineador. Eu ajeitei meu cabelo em um coque e tirei tudo, menos minhas pulseiras e anéis.

— Daniel? — eu disse ao telefone quando entrei na sala de estar com meus saltos.

— Sim, senhora, — sua voz monótona, profunda ressoou.

— Eu precisava estar no Hotel Crown Rose agora. Você acha que você pode me arranjar outro carro?

— Sr. Uckermann disse para ter certeza-

— Eu vou repetir. Eu preciso estar no Hotel Crown Rose.

Silêncio.

— Daniel?

— Eu vou pegar um agora.

— Obrigada. Vou estar lá embaixo daqui a pouco.

Desligando, me sentei, aplicando loção para os meus pés e pernas antes de entrar novamente no único par de saltos baixos que eu tinha trazido.
Queria sair antes que eu pudesse realmente embalar. Eu tinha sorte que eu até mesmo tinha um vestido.
Obrigada, Prada, eu pensei, fechando a porta atrás de mim.
No elevador, eu pensei sobre mandar uma mensagem para Chris, ou pelo menos para Austin, mas eu não tinha ideia do que diabos poderia estar acontecendo com eles. E agora eu precisava me concentrar em honrar Blanca, a mulher que eu não poderia nem mesmo chamar minha mãe mais para a Associação de Mulheres Capacitadas.
Que ironia.

— Srta. Saviñón.

Disse Daniel, balançando a cabeça enquanto esperava na frente do hotel. Em pé atrás de mim, ele me levou para fora. Para meu alívio, nenhuma imprensa estava aqui ainda. Eu tremi quando o vento soprou através de mim e saltamos para o Escalade.

— Nós estaremos lá em dez minutos, — disse ele.

— É tão perto?

— Sim, senhora.

Balançando a cabeça, olhei para o hotel atrás de nós. Observando os edifícios em torno de nós se mexerem, eu me lembrei do poema que Chris tinha recitado antes. Esta era a sua casa, e eu não sabia quase nada sobre o lugar ou as pessoas ao seu redor.

— Daniel, como você começou a trabalhar para Christopher?

— Austin me encontrou.

Claro, Austin o mestre de marionetes do c•aralho.

— Sim, mas onde? Tenho certeza que você não apenas caiu do céu.

Pela primeira vez, o vi expressar uma emoção no seu rosto sério de costume. Seus olhos castanhos encontraram os meus no espelho.

— Você não acreditaria em mim se eu dissesse a você. Isso pegou meu interesse.

— Tenta, — me sentei.

— Loja de animais.

O quê? — Como, o quê?

Ele assentiu. — Eu estava trabalhando em uma loja de animal de estimação quando Austin veio em busca de comida de peixe para seu German Blue Ram e Flowerhorn Cichlid. Ele me ofereceu um emprego quando me viu treinar os pit bulls.

Eu abri minha boca para falar, mas não saiu nada, exceto uma risadinha rápida. Eu tentei sufocá-la, mas ela se transformou em uma risada.

— Sinto muito.

Eu disse, rindo ainda mais alto. Ele não era do serviço secreto militar do inferno, ele não era nem mesmo um segurança. Ele trabalhava com animais de estimação.

— Na verdade não é engraçado, mas eu não consigo parar de rir.

— Está bem. Estou acostumado a isso. As pessoas veem o meu tamanho e ficam muito intimidados. Austin me colocou em um treinamento depois que eu fui contratado, mas Christopher Uckermann é a primeira pessoa para quem eu fui um guarda-costas.

Disse ele com um sentimento de orgulho, e eu percebi então que ele não era guarda- costas de Chris.
Não. Ele era a isca. Enquanto todo mundo estava preocupado com ele por causa de seu tamanho, eles eram completamente inconscientes que o verdadeiro guarda-costas de Chris era o homem magro usando uma gravata ao lado dele.

— Chegamos, minha senhora.

Disse Daniel quando ele parou em frente ao hotel, em seguida, saiu para abrir as portas para mim.
Ele entregou as chaves para o manobrista antes de me levar através das portas de vidro. Lá, esperando por mim no lobby, estava Mayko. Ela usava um terninho vermelho sem camisa por baixo, enquanto Antigone vestia um vestido de um ombro só amarelo. Ao lado de ambas estava uma mulher estressada que correu para mim, fazendo com que Daniel ficasse tenso.

— Está tudo bem, — eu disse rapidamente, e ele se afastou.

— Srta. Saviñón! — ela disse ofegante como se ela estivessemorrendo, pegando minhas mãos. — Eu sou Sara Lucas. Obrigada por estar aqui. Estivemos tão preocupados depois de perder o contato com sua mãe. Ela está bem?

Ela está mais do que bem. Ela está morta!

— Eu tenho certeza que ela está. Me desculpe. Tudo o que vocês precisarem eu vou estar feliz em ajudar em sua honra hoje a noite.

Ela enfiou a mão na bolsa e tirou uma foto de um grupo de meninas.

— Todos os anos o W.E.W.A. patrocina seis meninas de todo o mundo para vir para a América para uma chance de aprofundar seus estudos. Elas estão entre as idades de treze e dezessete anos. Nós estávamos esperando que sua mãe - bem, agora você - falasse com elas sobre ser bem sucedida, ou apenas algum conselho. Junto com o discurso da sua mãe, é claro.

— Eu ficaria honrada.

Eu respondi, pegando o papel dela. As meninas que tinham escolhido eram da Bolívia, Peru, Montenegro, e Bulgária, e duas eram da Ucrânia. Ao lado de todos os seus rostos estavam histórias curtas sobre suas famílias e vidas em seus países de origem e o que elas tinham feito, e eu sabia ali mesmo que eu não era de modo algum qualificada para dar a essas meninas algum tipo de 'conselho'.
Uma delas iniciou um jardim de infância para ajudar as mães da 
sua aldeia que precisavam trabalhar.
Olhei para cima para encontrar Mayko e Antigone me dando o mesmo olhar. Não admira que nenhuma das duas queriam ir e falar.

— Srta. Saviñón? — a mulher olhou para mim.

— Desculpe, por favor, vamos, — eu disse.

Ela sorriu de orelha a orelha e liderou o caminho. Quando ela se virou, eu girei de volta para Mayko e Antigone, batendo nos ombros delas.

— Odeio vocês duas! — eu disse rapidamente, as fazendo rir enquanto eu corria para acompanhar.

Paramos em um grande salão de baile, e Sra. Lucas secretamente nos trouxe perto do palco que eles tinham erguido. A única coisa me impedindo de Deus sabe quantas pessoas era uma grande parede de cortina.

— Apenas canalize mamãe. Você sabe que ela vive para esses tipos de coisas, — Antigone sussurrou ao meu lado.

— Diga a elas que elas são lindos do jeito que são e esse tipo de coisas, — acrescentou Mayko, não me ajudando em tudo.

— Eu não vou atender quando você ligar mais, — eu respondi, dando uma respiração profunda, minhas mãos tremendo.

Isso era completamente diferente de qualquer coisa que eu tinha feito antes, e muito menos qualquer coisa que eu tinha feito de última hora.

— Bem ali. — Sara apontou entre as fendas das cortinas em uma mesa na frente do palco. — Essas são as meninas.

Balançando a cabeça, eu suspirei, balançando as minhas mãos e afastando as cortinas.

Respire.

Respire.

Se Esther pode fazer isso, você pode.

Respire.

— Hoje à noite, o W.E.W.A. dá este prêmio a Blanca Saviñón, que infelizmente não pôde estar aqui esta noite. No entanto, para aceitar o prêmio em seu nome aqui está a sua filha e atriz, Dulce Saviñón. Por favor, me ajude a levá-la para o palco.

P•orra, cara.

Colocando um sorriso no meu rosto e tentando ignorar as borboletas no meu estômago, eu me preparei quando eles abriram as cortinas, revelando o lugar lotado. Acenando, eu segurei minha cabeça erguida e caminhei tão graciosamente quanto eu poderia possivelmente em direção ao pódio de vidro. Pegando o prêmio, uma estátua de vidrosegurando uma tocha, e apertando a mão do alto-falante, eu me virei para enfrentar o público e as câmeras. Fiz uma pausa para permitir que os aplausos diminuíssem.

— Obrigada, — eu disse quando ele ficaram quietos. M•erda, Dulce. — Hoje, eu estou, como eu sempre estive, na sombra da grande mulher e uma mãe ainda maior.

Mais uma vez, eles aplaudiram.

Balançando a cabeça, continuei, — Muitas pessoas têm perguntado ao longo dos anos como é ter Blanca Saviñón como uma mãe, e é muito parecido com este prêmio que estou segurando – em todos os aspectos de sua vida ela passava a tocha para mim. A força que eu tenho para me levantar hoje é por causa dela e do seu constante lembrete de que nós mulheres, trabalhamos arduamente, embora não seja justo ou certo. Devemos nos esforçar em cada aspecto de nossas vidas para conseguir as coisas que realmente queremos - o que merecemos, na verdade. Eu gostaria de agradecer a todos os membros da Associação de Mulheres Capacitadas para honrar minha mãe. Eu não sou tendenciosa ou qualquer coisa...

Eles riram.

—... Porque ela é realmente a única escolha lógica para mim. Sem ela, minha vida seria completamente diferente. Minha família sempre irá apoiar isso. Obrigada.

Eu levantei o prêmio para cima.

— Hoje à noite, não só W.E.W.A. me permitiu honrar minha mãe, mas também seis belas moças: Elisa Rivera Vargas, quatorze anos de idade da Bolívia, Heloise Severiano de dezessete anos de idade do Peru, Pelivanka Dobrislav de treze anos de idade de Montenegro, gêmeas de dezesseis anos de idade, Katerina e Marynia Koval da Ucrânia, e por último, mas não menos importante, da Bulgária, dezessete anos de idade, Lala Zahari. Senhoras e senhores, por favor, se levantem e aplaudam essas jovens meninas.

Empurrando o prêmio para o lado, eu, juntamente com todos os outros, aplaudiram enquanto elas riam uma com a outra.

— Me pediram para dar conselhos à vocês, e, como simboliza o prêmio, passar a tocha, — eu levantei a elas. — No entanto, quanto mais eu pensava sobre isso, menos me vinha à mente, porque vocês não estariam aqui hoje se você esperassem pelas palavras de outras pessoas para levá-las a agir. Cada uma de vocês é extraordinária porque vocês procuraram algo e escolheram fazer isso acontecer, apesar de todos os obstáculos. Portanto, meu conselho é para as meninas que não estão aqui hoje nunca peçam a ninguém permissão para seguir seus sonhos ou fazer um impacto positivo em suas comunidades - apenas faça. Queria ser o que você quiser, e, eventualmente, você vai conseguir. E nunca se esqueçam disso, temos seis mulheres jovens aqui prontas para iluminar o caminho para vocês. Obrigada.

Afastando-se do pódio, desci do palco até as meninas, dando a cada uma delas um abraço, e quando o fotógrafo veio, todos nós nos juntamos, posando para as fotos.