Fanfic: Child Star (Terminada) | Tema: Vondy (Adaptação)

Christopher

No início, quando eu estava pensando nas coisas que eu odiava sobre Chicago, eu tinha me esquecido de adicionar Dalila Amen- Alexandra a essa lista. Nascida de imigrantes egípcios, graduada pela Universidade de Loyola, com honras, ela era locutora de rádio de notícias durante o dia e fazia seu próprio show a noite, tudo antes da idade de trinta. Não havia como negar que ela era uma pessoa trabalhadora. Eu não a conhecia pessoalmente, nem tive a sorte de nunca ter uma entrevista com ela, mas fiz a minha lista baseada unicamente na forma como ela tratava aqueles em frente a ela... como se não fosse humano. Como se suas perguntas não ferissem ou não nos afetassem, como se fôssemos apenas um espetáculo e ela tinha o direito de expor tudo e qualquer coisa para o público porque eles estavam interessados.

— Nós vamos começar em apenas um minuto, — disse o cara do som, ajustando o microfone na gola da minha camisa de botão que eu estava vestindo. — Pronto. Está bom?

— Está tudo bem.

Eu respondi. Balançando a cabeça, ele saiu do meu caminho, a expondo. Ela se sentou em frente à mesa vestindo um vestido de cocktail branco e blazer, seu cabelo preto escondido atrás de sua orelha enquanto seu maquiador terminava se passar o pó no rosto dela.

— Isso é o suficiente, — ela retrucou, e saíram correndo. — Precisamos de água ou algo nesta mesa! — seus olhos cor de avelã focaram em mim. — Desculpe, é bastante agitado. Hoje deveria ser o nosso dia de folga.

Eu balancei a cabeça, me recostando confortavelmente. — Não tenha pressa.

— Você não está nervoso sobre ter sua primeira entrevista com a bruxa má?

Eu ri:

— Nem todos. Nunca acaba bem para a Bruxa Má no final do filme, de qualquer maneira.

Ela abriu a boca para falar. No entanto, o câmera cortou, levantando um polegar para cima, fazendo uma contagem regressiva de cinco segundos.

Cinco.

Quatro.

Três.

Dois.

Um.

Que a carnificina comece.

— Christopher Uckermann, ator desde os sete anos, vencedor do Oscar aos treze, bad boy de Hollywood aos dezessete, que logo em seguida desapareceu, fazendo apenas filmes indie de baixo orçamente, acaba de reaparecer aos vinte e sete anos. Você capturou todas as manchetes depois de ser escalado como protagonista no próximo filme Sinners Like Us, bem como o seu recente confronto com a polícia e, claro, o seu romance com a sua colega estrela infantil, Dulce Maria, juntamente com a situação atual com o seu pai... wow. Que ano.

Eu sorri. — Nem me fale. E ele nem terminou ainda.

— Todas as informações que recitei podem ser encontradas em apenas uma busca comum. Eu quero entender realmente quem você é, e quando consegui esta entrevista, eu percebi que eu iria fazer uma lista para que nada faltasse.

Para minha surpresa, não P/orra, Austin.

— Eu diria para você fazer o seu pior, mas eu tenho certeza que você não você precisa da minha permissão para isso.

— Eu não. Então, vamos começar do começo, — disse ela, se inclinando ligeiramente, — Você foi visto por uma agência enquanto fazia compras com sua mãe, Pegi, que mais tarde abandonou você e seu meio-irmão?

Eu não queria falar sobre ela ou qualquer coisa em relação à minha família, eu estava certo de que ela sabia disso, mas não seimportou.

— Sim, nós estávamos procurando sapatos novos depois que me roubaram no caminho para casa na esquina da 47th com a Mitch. Ela estava tão assustada sobre Victor descobrir, que ela entrou em seu 
quarto e tirou um velho pote de manteiga de amendoim de um buraco na parede perto da sua cômoda. Era a sua ‘poupança’ como ela gostava chamar isso.

— Ela estava com medo de que Victor, seu pai, iria descobrir que roubaram seus sapatos?

Eu balancei minha cabeça. Se fosse tão simples. — Ela estava com medo de que Victor descobrisse que eu dei os meus sapatos sem lutar. Naquele dia, na esquina da 47th com a Mitch, eu me ajoelhei, tirei os sapatos, e os entreguei. Eles riram na minha cara, me chamaram de viado, mas depois me deixaram ir. Na minha mente, eu percebi que não valia a pena ser esfaqueado por causa de sapatos.

— Parece altamente lógico para uma criança de sete anos de idade. E seu pai não teria ficado bem com isso?

— Você nunca foi a Southbend, não é? — eu perguntei, e ela se mexeu desconfortavelmente antes de responder que não. — As regras são diferentes. Eu dar os meus sapatos significava que eu não era um lutador, e se eu não era um lutador, eu era uma v/adia, não era o título que Victor queria para seus filhos. Então, Pegi, preocupada que Victor fosse me bater até quase me matar, me levou ao shopping. Enquanto estávamos lá, um olheiro veio e perguntou se ela já pensou em me ter como modelo.

Sorri, lembrando o olhar no rosto de Pegi. Ela quase me pegou e saiu correndo, pensando que este homem era algum tipo de pedófilo.

— Pegi riu até que ele lhe deu seu cartão junto com algumas outras informações. Nós preenchemos tudo, e ele tirou uma foto minha.

— E os sapatos?