Fanfic: Child Star (Terminada) | Tema: Vondy (Adaptação)
Capítulo nove
Dulce.
— Mais uma vez obrigada por ter vindo, Srta. Saviñón. — a mesma mulher da noite passada apertou minha mão mais uma vez quando eu entrei no carro.
— Obrigada por me receber. Eu espero que você tenha um bom dia, — eu disse a ela quando eu deslizei no banco de trás do carro.
Foi só quando o hotel era nada além de um edifício à distância que os olhos de Austin encontraram os meus no espelho retrovisor.
— Tem certeza que você quer fazer isso?
Eu balancei a cabeça, mas não respondi, olhando para meu próprio reflexo na janela do carro. Meu coração batia tão alto que meus ouvidos estavam tocando. De vez em quando, eu olhava para as placas das ruas. Avenida River Run que foi onde Bo tinha eliminado o corpo dela. Eu não tinha ideia do que esperar, e Austin não queria estar aqui assim como eu, mas como eu disse, a única maneira disso não parecer suspeito era se eu estivesse lá também.
— Dulce.
— Sim.
— Relaxe.
Como? — Estou tentando. Minhas mãos não paravam de tremer.
— Antes você me perguntou por que eu trabalhava tão duro e se eu achava que Christopher era um ator que valia a pena trabalhar. E minha resposta é sim. Eu acho que Chris é esse tipo de ator. No entanto, eu nem sempre achei. Eu não aceitei este trabalho porque eu pensei que ele era o próximo Daniel Day-Lewis. A verdade é que eu era egoísta, puro e simples. Eu também cresci em Southbend. Eu perdi o meu irmão para uma gangue. Minha irmã tirou a própria vida, e foi difícil para mim, — disse ele, fazendo uma pausa, e eu ainda poderia dizer que era difícil para ele. — Mas, — ele continuou, — Eu pensei que talvez pudesse ajudar a parar as famílias de passar por isso. Mas depois de alguns meses como assistente social, eu percebi que não era possível. Tantas crianças, não só os adultos, tinham desistido. Elas não lutavam, e tanto quanto eu tentei, elas ainda não se importavam. Isso foi lentamente me drenando. E na semana que eu pensei em desistir, eu recebi o caso de Chris. Eu nunca iria esquecer quando ele se sentou na minha frente. Total confiança, nenhum medo, nem mesmo de Victor. Ele até tentou me subornar para fechar seu caso, porque ele tinha um plano para levar ele e Bo para longe de Victor de uma vez por todas. Era um plano de merda. Mas eu o respeitava por isso – as coisas que ele estava disposto a fazer. E eu pensei em pelo menos ajudá-lo até que minhas forças fossem frenadas. Quando eu fiz, ele me ofereceu um emprego, e eu aceitei, sem saber nada sobre Hollywood, mas desesperado para sair desta maldita cidade. Não foi uma escolha inteligente para ele. Eu poderia ter totalmente fo/dido sua vida. Na verdade, eu fo/di muitas vezes no início, e ele pagou por isso. Mas ao longo dos próximos dez anos, eu comecei a realmente acreditar nele e sinceramente, é muito mais fácil corrigir a vida de outras pessoas do que lidar com a sua. É por isso que eu trabalho tão duro. Essa é a história.
— É triste, — eu sussurrei, brincando com o colar em volta do meu pescoço. — Tudo isso, nossas vidas - por que elas são tão tristes?
— No momento em que você começa a pensar assim, você para de ver alguns dos milagres. Como o fato de que você conheceu o amor de sua vida aos nove anos e ele é tão apaixonado por você como você é por ele. Ou como ambas as carreiras - carreiras que vocês não apenas tem talento, mas que verdadeiramente ama isso - voltou com força total, e para a maior parte vocês dois são completamente saudável. Sim, merdas horríveis aconteceram com vocês, e vocês tem o direito de
ficarem triste às vezes, mas a vida de vocês não é triste. Vocês são quem
você são, Christopher sendo quem ele é o que uniu vocês dois. É uma série de milagres.
— E você? E sobre você? Toda a sua vida é a gente?
Ele sorriu, olhando para o espelho.
— Eu terei o meu dia... e nós estamos aqui.
Rapidamente olhando do lado de fora, eu vi - o sinal verde em cima de mim. E quando ele se virou, para minha surpresa, era um pequeno hospital.
— Bo a trouxe pra cá?
— É realmente a coisa mais inteligente que ele já fez, — Austin sussurrou enquanto dirigíamos. — Há um necrotério aqui... que lugar melhor para esconder um cadáver do que na vista de todos?
— Então, nós simplesmente entramos lá e tiramos ela? — por alguma razão, parecia muito fácil.
Estacionando, ele se virou para mim e sorriu. — Você estava eserando que a gente cavasse e a enterrasse na floresta?
Eu abri minha boca para responder, em seguida, fechei, pensando melhor.
— Me siga e não faça contato visual com ninguém, — disse ele, me entregando um par de óculos de sol.
Balançando a cabeça, eu os coloquei quando saímos do carro. Ele caminhou na minha frente, completamente relaxado, e quando entramos, e eu notei que o lugar estava quase vazio. E nós atraímos demais a atenção.
— Austin-
— Confie em mim.
Talvez eu tenha visto e atuado em muitos malditos filmes, mas isso não era nada como eu planejei acontecendo. Meus saltos clicavam no chão do lobby enquanto nos dirigíamos para os elevadores. De alguma forma, Austin sabia exatamente para onde ir. Relaxando quando ninguém mais estava no elevador, ele clicou não clicou em subir, mas sim para baixo. Eu tinha noventa por cento de certeza que eles mantinham os corpos em porões hospitalares.
Quando as portas se abriram, ele olhou para a direita e depois à esquerda, balançando a cabeça para si mesmo quando olhou os números das salas antes de ir para a esquerda. Nós andamos pelo corredor, até que paramos na sala 207. Tocando duas vezes, esperamos. Olhando através do vidro, vi um homem suado e gordo vestido com uniforme azul, um drinque na mão, caminhando até nós.
— Austin, quanto tempo, cara, — disse ele, sorrindo largamente antes de tomar um gole de sua bebida.
— Não o suficiente, — Austin respondeu, entrando.
— Puta merda, você é Dulce Maria? Eu te amo! — ele disse quando eu entrei.
— Obrigada.
— Este novo filme - você vai estar totalmente nua, ou é um desses-
— Joe! — Austin estalou os dedos, tentando fazê-lo se concentrar. No entanto, isso não mudava o constrangimento acontecendo.
— Certo, — ele disse, correndo para as câmaras. — O que você acha? Não é ruim estar no congelador por três meses, certo?
Eu congelei quando eu a vi, sua pele pálida e branca. Mas seu cabelo estava enrolado, as unhas bem cuidadas e pintadas de vermelho para combinar com seus lábios, juntamente com o resto de sua maquiagem. Ela estava vestida de preto, com um par de saltos Gucci. Senti um arrepio subir na minha espinha olhando para ela assim.
— Você tem provavelmente cerca de uma hora, talvez menos, antes que ela descongele completamente e a coisa entre em ação, — Joe acrescentou, tomando outro longo gole de sua bebida, seus olhos vagando para mim. — Então, quem é ela?
— Um ícone, — eu respondi. E o fato de que ele não sabia quem ela era por algum motivo me incomodou.
Pegando uma cadeira de
rodas, ele a sentou da melhor maneira possível, e até mesmo colocouóculos escuros e um chapéu sobre ela.
— Está perfeito. — Austin enfiou a mão no bolso do casaco e entregou a ele um envelope grosso.
— Obrigado, — disse Joe, tentando se curvar. Mas seu estômago ficou no caminho.
— Eu a levo, — eu sussurrei, dando um passo atrás da cadeira de rodas.
Por alguma razão, no momento que Austin e Joe se despediram, minha mente ficou em branco com a percepção de que eu estava empurrando o corpo morto da minha mãe, glamourizada em uma cadeira de rodas. Eu pensei no abuso verbal e emocional que ela me fez passar. Pensei em como ela sempre colocou suas necessidades, antes de mim, e eu me lembrei que ela estava por trás do assassinato de um das minhas amigas e o fato de que ela era a razão de Chris e eu terminarmos.
Ela era egoísta.
Ela era má e vingativa.
Mas ela ainda era minha mãe, e o fato de que eu estava fazendo isso com ela quando ela se foi, eu estava triste. Mas o mais importante, eu estava arrependida. Isso é triste.
— Estamos quase fora, — Austin disse, e eu não tinha percebido até que eu vi a saída entrando a vista.
— Com licença?
Congelando, olhei para a enfermeira que correu para nós.
— Você é Dulce Maria? Eu sou um grande fã. Há algumas meninas aqui que são também-
— Desculpe, nós estamos atrasados, e a Sra. Saviñón não está se sentindo bem, — Austin a empurrou para o lado um pouco, abrindo espaço para eu fazer a minha fuga. Mas não antes de ouvir alguns de seus comentários.
— O que eu te disse? C/adela total.
— Tanto faz. Ela é uma péssima atriz de qualquer maneira.
Revirando os olhos, eu respirei fundo quando chegamos lá fora. Nós tínhamos conseguido. Abrindo a porta para nós, Austin fez uma pausa antes de xingar baixinho.
— O que? — minha cabeça atirou de volta, seguindo seu olhar, e ali, em um caminhão velho fodido, não era outro senão Bo, olhando para nós com os olhos arregalados quando ele percebeu o que estávamos fazendo.
— Ele estar provavelmente aqui para checar sua rede de segurança. Entre agora! — sem cuidado, ele pegou Blanca e a jogou na parte de trás, seu corpo caindo na direção da janela.
Eu nem sequer tive tempo para fechar a porta atrás de nós quando ele saiu do estacionamento o mais rápido possível.
— Seus desgraçados! — Bo buzinou, acelerando e batendo no para-choque do carro.
— Dulce, mantenha a cabeça para baixo! — Austin gritou comigo, e eu fiz, me inclinando ao lado de minha mãe.
— SEUS F/ODIDOS! — eu ouvi antes dele buzinar de novo... e de novo... e de novo.
— Agh! — segurei o assento enquanto Bo, mais uma vez batia na nossa traseira.
— Idiota! O maldito idiota vai expor todos nós! — Austin olhou para mim, o carro acelerando.
— Quanto tempo ele vai ir atrás de nós? — eu gritei quando Austin virou a esquina acentuadamente, as buzinas desaparecendo.
Ele não respondeu. Quando fomos em direção ao parque, o semáforo felizmente mudou de vermelho para verde.
— Ele se foi? — me sentei.
— Dulce, para baixo! — Austin gritou, e tudo que eu vi foi a frente do carro em alta velocidade vindo em nossa direção.
Ele tentou, mas não havia como fugir disso. Meu corpo inteiro se sacudiu para frente, batendo em seu assento, o vidro quebrando em torno de nós quando o carro derrapou, os pneus cantando, até que batemos em uma
árvore. Silêncio. Isso não parecia certo. Deveria haver um ruído. Ouvi algo em um momento, e no próximo, tudo ficou em silêncio.
Estendendo a mão, eu estremeci com o sangue do lado da minha cabeça. O silêncio lentamente se foi.
— Dulce.
— Dulce!
Eu olhei para frente, mas ele não estava lá. Austin não estava lá. Austin?
— Dulce!!
Lá estava ele, à minha esquerda, já do lado de fora do carro, o rosto coberto de sangue.
— Dulce, eu não consigo tirar você. Você precisa se levantar
Por quê?
Quando olhei, não vi nada, só a árvore que o carro tinha colidido quase dobrada em torno dele. A única coisa que me saltou foi o air bag.
— Dul, você pode se mover?
Eu não pensei sobre isso até que eu tentei. Todo o meu lado estava dormente. Eu não conseguia sentir nada, e o pânico começou a chutar.
— Austin, não posso me mover. Eu não posso sentir nada!
— Dul, pegue meu braço.
— Austin!
— Pegue meu braço! — ele se aproximou sobre o corpo de minha mãe, me puxando. Pedaços de vidro cavaram e cortaram meus braços enquanto ele me puxava para fora, me embalando. — Te peguei. Você está bem. Você está bem, — ele repetia quando ele correu para longe do carro, me colocando na grama. O céu está tão azul.
— Eu estarei de volta. Nós vamos terminar isso agora, tudo bem. Você está bem.
Eu não sabia o que ele queria dizer, e eu ainda não podia mover qualquer parte do meu corpo, só minha cabeça, e quando eu olhei, ele estava correndo de volta para o carro.
Ele enfiou a mão pela janela como se estivesse tentando tirar
alguém da fumaça escura saindo da frente do capô. O quê?
Blanca.
Ele estava fingindo salvar Blanca!
Fogo!
— Austin! — eu gritei quando o que parecia ser uma pequena faísca colocando todo o carro em chamas, a fumaça negra subindo, minha visão borrada.
— Você realmente é uma dor na minha b/unda. — bloqueando minha visão, não estava outro senão o próprio Bo. — Que tal ir a uma pequena viagem?
Não. Por favor, não!
CHRIS!
Autor(a): Dultchi
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 204
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dayanerodrigues Postado em 11/12/2020 - 12:55:19
Simplesmente ameiiiiiiii
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dayanerodrigues Postado em 11/12/2020 - 12:55:06
O Oliver devia ter voltado pra ser produtor deles
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dayanerodrigues Postado em 11/12/2020 - 12:54:26
O Austin não podia ter morrido 😭😭😭
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Madelaine Postado em 30/01/2019 - 02:02:23
Amei e chorei nesse final, apesar de certos acontecimentos a história foi linda, parabéns.
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stellabarcelos Postado em 27/09/2016 - 01:36:53
Parabéns! Amei muito
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stellabarcelos Postado em 27/09/2016 - 01:35:32
Muito apaixonada por esse final
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stellabarcelos Postado em 27/09/2016 - 01:32:23
Que filhos lindos!
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stellabarcelos Postado em 27/09/2016 - 01:24:58
Muito lindos esses dois
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stellabarcelos Postado em 27/09/2016 - 01:23:59
Que lindooos
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stellabarcelos Postado em 27/09/2016 - 01:19:31
Tô amando como eles estão sendo fortes