Fanfic: Child Star (Terminada) | Tema: Vondy (Adaptação)

Christopher.

Que diabos?
Me sentando, eu tentei ignorar o frio que passou pela minha espinha e os cabelos em meus braços em pé.

— Você está bem? — perguntou Dalila.

— Sim, desculpe, qual foi a sua pergunta? — eu tentei novamente focar nas coisas.

— Eu perguntei como você se sentiu quando viu o vídeo de seu pai, não só envolvido com milhões de dólares em drogas, mas também um tiroteio com a polícia? — ela repetiu, e eu sabia que ela estava morrendo para falar sobre esse tema pelos últimos quarenta minutos.

— Honestamente, quando eu o vi, eu não conectei isso. Eu não senti nada, só tristeza pelos policiais que haviam se machucado e um sentimento de orgulho por terem conseguido tirar muitas drogas de circulação.

— Quando você diz que não conectou isso-

— Eu quero dizer o que eu tenho tentado te explicar -nada. Quando se trata de Victor, eu não o vejo como meu pai. Eu não o vejo como qualquer coisa, senão um ser humano lamentável que só preocupou sobre como ele poderia usar as pessoas para benefício próprio. Então, quando a mídia se refere repetidamente a ele como... pai da ex-estrela mirim e ator Cristopher, com o único propósito de impulsionar audiência, fico frustrado. Eu não sou propriedade de alguém. Eu sou meu próprio dono.

— Eu entendo isso, mas ele é o seu pai, e você não pode escapar disso-

— Dalila, não existe família perfeita. 
Então, imagine se você ou qualquer outra pessoa não foi julgado com base em suas próprias ações, mas sobre a de outro adulto crescido. Eu não posso controlar as ações de Victor. Eu queria poder. Eu gostaria que ele fosse um ser humano melhor. Mas eu não posso, e ele não é. Isso não é culpa minha. Eu me recuso a deixá-lo definir quem eu sou neste momento. Eu me recuso a aceitar a responsabilidade de expiar os pecados de outro homem. Se você ou alguém quer me insultar ou arrastar o meu nome para a lama, faça isso, mas faça isso pelas minhas próprias ações, não pelas de Victor. Espero que ele seja pego em breve e quando ele for, não haverá apoio meu.

— Antes que eu-

— Eu sinto muito, Sr. Uckermann, — Daniel correu para o pátio, interrompendo-a bem no meio da gravação.

— O que é? — Dalila retrucou, apontando para ele. — Me desculpe, nós-

— Sr. Uckermann. É uma emergência, é Dulce.

Aquele sentimento. O medo. Tudo correu de volta, e eu estava retirando o microfone enquanto eu me movia em direção a ele.

— O que está acontecendo? — eu perguntei enquanto ele me conduzia através da sala, e uma por uma, notei que as pessoas começaram a verificar seus telefones.

— Daniel! — eu gritei quando chegamos ao salão, agora correndo em direção aos elevadores.

— Houve um acidente. Há vídeos de Austin puxando-a do carro, mas então Bo a levou.

— Ele a levou? — eu repeti quando ele apertou o botão para o lobby várias vezes.

— Raptada. Ele a sequestrou, senhor.

Por quê? Por quê? Era como se ele me desse um soco. Todo o ar em meus pulmões desapareceu, minha garganta ficou seca, e eu podia sentir meu coração batendo rápido demais. Por que não eu poderia protegê-la? Por que eu estava sempre arrastando-a para baixo? Por que eu não simplesmente vou embora? Me amar era a pior coisa que já aconteceu com ela. Ela sempre se machucava por minha causa!

— Ugh! — não. Não agora! Eu segurei minha própria mão, respirando devagar. Dentro e fora. Dentro e fora. Eu não poderia quebrar aqui. Agora não. Não quando ela estava lá fora, sem ninguém.

— Senhor?

Me empurrando contra a parede, eu fiquei reto.

— Eu estou bem.

— A mídia está-

— Eu não me importo. O que aconteceu com Austin?

— Pelo que tenho ouvido e pelo vídeo, Austin correu de volta para tirar a Sra. Saviñón, a mãe de Amelia, do carro quando as chamas subiram -

— O que? Blanca? Ele foi tirar Blanco do carro?

Ele balançou a cabeça, sem entender como isso teria sido possível.

— Ele tirou Dulce primeiro, e depois foi buscar a mãe dela, mas o carro virou fumaça e o fogo subiu. Ele foi levado às pressas para o hospital. Ele está gravemente queimado.

— Isso é para onde estamos indo.

Algo não fazia sentido. Se o corpo de Blanca estava no carro, isso significa que eles, tanto Austin como Dulce – pegaram ela.

— Sr. Uckermann!

— Noah!

— Seu próprio pai está pedindo resgate para a sua namorada, Christopher?

— Chris, você já ouviu do seu pai ou irmão?

Eles eram como um enxame, suas malditas suas câmeras e microfones em meu rosto. Daniel teve que realmente empurrar mais do que alguns deles enquanto ele abria o caminho para nós sairmos.

— Christopher, isso é apenas fingimento para ajudar seu pai a escapar?

Parei ali mesmo e me virei para ele, seu microfone empurrado mais perto da minha boca. Eu o agarrei de suas mãos e o puxei para fora da multidão diretamente para o meu punho. Sua cabeça virou, e todos eles recuaram, permitindo que o fo/dido caísse no chão.

— Vá em frente e me processe, seu pedaço de merda, — eu disse a ele antes de entrar no carro e bater a porta atrás de mim. Eu soquei o assento na minha frente. — Me/rda! Ca/ralho!

Respirando pela boca, eu puxei o meu telefone. Era estúpido. Era inútil. Mas eu ainda tinha que tentar. Eu liguei para o telefone dela.

— O número que você ligou está fora da...

Dulce. Por favor. Por favor, esteja bem. Apertando meu punho, agarrei o telefone, pela primeira vez, na esperança de que Victor ou Bo ligassem. O que quisessem, eles poderiam ter... eu só precisava dela.