Fanfic: Child Star (Terminada) | Tema: Vondy (Adaptação)

— Como você faz tudo que você faz e ainda conseguem se sentar para desfrutar de carnes e piadas com sua esposa como se nada tivesse acontecido? Melhor ainda, como posso fazer isso?

Ele riu em resposta. — E aqui eu pensei que nós éramos da mesma espécie. Isso não era reconfortante.

— Para responder à sua pergunta, — continuou ele, — faça uma lista.

— Uma lista?

— De tudo e de todos que é importante para você. Anote as suas esperanças e sonhos. E então pergunte a si mesmo, se este obstáculo,é uma pessoa, lugar ou coisa, vale a pena estar na sua lista? Se não, então você faz o que você tem que fazer. O mundo pega o que quer, 
Christopher. Se você quer ter um coração, tudo bem. Mas isso não precisa ser compartilhado com ninguém que não está nessa lista. Seja qual for a moral, todo mundo perde a cabeça no momento em que as pessoas que amam são tomadas delas. Todo mundo é cruel. Elas só não sabem disso até que elas precisam. É simples assim.

Quando ele desligou, eu percebi que ele estava certo. Éramos parecidos. Eu acreditava na mesma coisa. A única razão por que isso era tão doloroso era porque era família - eu tinha perdido a família.

— Chegamos, senhor.

Daniel sussurrou, mas eu não podia 
sair. Eu só olhava para o tempo, e quando as portas se fecharam de 
novo, ele as segurou até que apitou, como um alarme me lembrando 
que o mundo não esperava por ninguém.
Saindo, ele liderou o caminho mesmo que não precisasse. Os 
sinais acima de nós claramente marcavam onde nós precisamos ir.
Um homem em um jaleco disse:

— Sr. Uckermann.

Ignorando-o, eu entrei e Daniel o segurou de volta.

— Austin..

Eu sussurrei, sabendo muito bem que ele não seria capaz de responder. Ele não seria capaz de me ver. Ele apenas ficou lá, a pele que não foi queimada, já perdendo a cor.

— Austin, — eu chamei o nome dele, estendendo a mão para pegar a mão dele debaixo do lençol. — Austin!

Eu repeti. Eu tinha tanta coisa para dizer, mas seu nome era tudo que eu podia dizer enquanto eu estava chocado por um homem que não era apenas o meu empresário, ou um amigo, mas que eu via como um irmão mais velho.

— Austin...

Há mais de dez anos, ele tinha estado sempre bem atrás de mim, e agora ele se foi. Não foi como nos filmes. Eu não cheguei a dizer a ele um obrigado. Ele não teve quaisquer últimas palavras. Ele era apenas 
um corpo sobre a mesa. E a culpa era minha.

— Eu estou tão... eu sinto muito Austin.

Meus olhos ardiam, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, deslizando pelo meu queixo e caindo nele.

— Me perdoe, por favor, me perdoe. Obrigado por tudo. Obrigado por ser meu irmão e amigo quando todo mundo foi embora. Você me salvou. Dulce e eu faremos o melhor. Nós não vamos deixar todo seu trabalho duro ir para o lixo. E nós nunca vamos esquecer a pessoa que você nos fez. Eu juro. É o melhor que posso fazer.

Limpando meus olhos, eu coloquei a mão sob o lençol, me levantando novamente.
Suspirando, eu me afastei da mesa e voltei para a porta.
Na minha lista agora estava apenas Dulce.
Meu sonho? Nós dois, casados, nossas próprias crianças, atuar.
Era tudo o possível - depois de nos curarmos disso.