Fanfic: Quando a Vida Escolhe ❥ | Tema: AyA

- Alfonso -

Puxei Anahí pela mão e caminhei em direção à guarita que estava desativada fazia um bom tempo. Eu já não tinha mais as mesmas intenções de quando tive a ideia maluca de fugir com Anahí da festa de formatura. A única coisa que eu estava querendo nesse momento era aproveitar cada segundo ao lado dela, porque eu sentia que alguma coisa iria acontecer. E isso não era de hoje, não era de agora, eu sentia há um tempo. Outra coisa também havia me feito perder as intenções iniciais era Manuel. Quando soube que ele iria com ela, quis que ela sumisse da minha vida, que seguisse sua vida com um babaca que nunca irá fazê-la feliz, mas era o preço de uma vida boa, da vida que ela e a família tanto almejavam. Por isso que antes de sair de casa joguei a cartela de preservativo que meu irmão havia me dado, eu não iria precisar mais.

- Alfonso onde está me levando? - senti que ela estava receosa quando ao caminho que eu estava fazendo.

- Estamos indo até a antiga guarita Any - me virei para olhá-la, já que eu estava alguns passos à frente.

Acho que ela se conteve com a resposta já que foi andando comigo até nosso destino no mais completo silêncio. Tive que empurrar mais de uma vez a enorme porta de ferro para que conseguíssemos passar para dentro. Era uma guarita bem antiga, foi construído nos primeiros anos do colégio, mal tinha peso na cidade ainda. Dentro dela havia algumas televisões em cima de uma enorme bancada, provavelmente onde os porteiros acompanhavam as imagens das câmeras, também tinha diversas cadeiras amontoadas uma nas outras e também tinha um ou dois computadores sobre uma mesa empilhada de papeis.

- Poncho - escutei ela dizer quase em um sussurro - Eu não gostei muito esse lugar, é tenebroso - pelo meu reflexo pude notar que ela passava as mãos insistentemente pelos braços garantindo que nenhum inseto se apoderasse dela.

- Foi o melhor que consegui - dei de ombros - Mas se quiser podemos voltar.

- Não, eu quero ficar com você - deu alguns passos até mim olhando o teto e escapando de algumas teias que estavam perdidas pelo ar - não me importa onde - voltou a me olhar.

- Então para de ser fresca amor - disse sorrindo passando os braços em volta da cintura dela - O máximo que podemos encontrar por aqui são algumas baratas indefesas - gargalhei quando os braços de Anahí tomaram posse do meu pescoço, senti uma pressão e subentendi que ela havia tirado os pés do chão.