Fanfic: Quando a Vida Escolhe ❥ | Tema: AyA
- Anahí -
Mantive-me firme até aquele momento, mas estava sendo demais notar o quanto aquilo estava machucando Alfonso e não poder fazer nada. Cada vez que eu pensava em desistir e correr para os braços dele implorando perdão eu pensava no meu pai na noite passada, caído na poltrona por culpa minha. Também mirava o carro de Dulce Maria em frente a minha casa, aguardando Alfonso. Mas agora eu não estava aguentando tanta pressão, já sentia o bolo na minha garganta e falta de ar. Minha cabeça latejava, meus olhos estavam ardendo. Imaginar que daqui algumas horas eu estaria do outro lado do mundo e Dulce dando todo o apoio que Alfonso merecia me deixava nauseada. Baixei meu rosto e o cobri com as duas mãos enquanto um choro súbito chegou acabando com a minha pose de "garotacheiadeautocontrole".
- Meu amor - Poncho disse com a voz suave fazendo com que meu choro ficasse ainda mais angustiado - por favor, me diz o que está acontecendo - senti quando sua mão tocou em minha cintura me puxando para junto dele - Me corta o coração te ver assim, me diz o que está havendo, vamos resolver juntos seja o que for.
O domínio que eu estava conseguindo manter no início já tinha descido pelo ralo naquele momento. O braço de Poncho me envolvia me passando a segurando e a proteção que eu tanto precisava. Encaixei meu rosto em seu pescoço sentindo o cheiro que me tranquilizava. Nos braços dele era onde eu encontrava a minha paz, só não podia continuar ali, e isso me matava. Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: para viver eu precisava perdê-lo. Senti a mão de Alfonso afagar meus cabelos e percebi que a camisa dele agora estava molhada por minhas lágrimas.
- Não quer dividir comigo o que está te fazendo mal minha linda? - ele disse preocupado.
- Poncho vai embora - eu balbuciei derrotada enquanto erguia meu rosto - Sai daqui, e esquece tudo o que aconteceu.
- Any por Deus! - fechei os olhos quando as duas mãos de Alfonso seguraram meu rosto com firmeza - Olhe para mim, vamos abra os olhos, abra Anahí, me olhe! - ele repetia sem parar - Quero que diga me olhando que não me ama e que me quer fora da sua vida.
Enquanto o escutava de olhos fechados, senti minhas pernas fraquejarem e minhas mãos tremerem sem parar. Aquilo precisava ter um fim. Alfonso precisava ir embora. Ele tinha que se convencer de que eu não o queria mais. Caso contrário seria capaz dele adentrar minha casa e acabar matando meu pai de verdade. Ele ficaria furioso se soubesse que eu estava sendo obrigada e mudar minha vida sem escolha. Ele comparava minha família com a dele, que apesar de não terem um oitavo do dinheiro que a minha possuía, era dotados de amor e cumplicidade. Seus pais jamais fariam isso. O que ele não compreendia era que minha mãe sempre foi controladora, sempre mandou em tudo e em todos. E meu pai era importante demais para que eu colocasse sua vida em risco. Por isso decidi naquele instante que eu deveria ser firme, e fria. Fria demais. Porque depois das palavras que iriam sair pela minha boca, Alfonso jamais me perdoaria.
Coloquei as mãos por cima das dele e as puxei com certa violência. Ele me olhava aturdido. Dei um passo para trás a fim de evitar um contato maior, estava sendo difícil demais ter ele tão perto. Puxei todo o ar que consegui e tomei coragem para acabar de vez com aquela conversa.
- Você não tem nada para me oferecer Alfonso - disse com a voz mais firme que podia naquele momento - eu jamais teria algo sério com você, porque não pertenço ao seu mundo.
- O que está dizendo? - sua voz mostrava o quanto estava desapontado.
- Exatamente isso, quer que eu seja mais clara? - ergui meu rosto tentando mostrar o quanto acima eu estava dele - Você é pobre, é pouco pra mim.
- Pare de mentir - ele ria nervoso - você nunca se importou com isso Anahí.
- Sempre me importei, acha mesmo que se valesse a pena eu não teria batido de frente com meus pais? - o olhei, e meu coração doeu ao ver as lágrimas que surgiam tímidas nos olhos dele.
- Eu não acredito em você! - ele afirmou categórico.
- Dane-se o que acredita! - estava ficando nervosa pela resistência dele, ele precisava ir embora antes que meu pai notasse sua presença - Eu jamais imaginaria meu futuro com um Zé ninguém igual a você, o que pensa Alfonso? Que eu deixaria tudo isso - gesticulei mostrando a minha casa - para ter um muquifo designado lar? - gargalhei forçadamente - pelo amor de Deus, isso chega a ser uma ofensa!
Ele me olhava com pura decepção no olhar, e aquilo me deixava arrasada. Eu sabia que mudar o foco da conversa ele iria parar de insistir. Talvez aquelas coisas ditas estivessem doendo mais em mim do que nele, mas eu precisava fazer isso, por mim, pelo meu pai e até por ele, já que minha mãe também ameaçou acabar com a vida dos Herrera se eu me aproximasse dele novamente. E eu não tenho dúvidas de que ela faria isso mesmo, tinha poder e dinheiro para acabar com qualquer pessoa dessa cidade.
- Por que está fazendo isso comigo Anahí? - seu rosto estava banhado pelas lágrimas - por que dizia que iríamos ficar juntos se não queria isso?
- Porque era cômodo Alfonso, eu odeio Dulce Maria e ela sempre quis você - engoli o choro que estava prestes a voltar - Não há nada melhor do que ver a cara dela depois de você afirmar aos quatro ventos o quanto me ama.
- Você é cruel Anahí - balançou a cabeça desacreditado.
- Agora se me der licença, preciso ir terminar minha mala - ele me encarou - Estou embarcando para Nova Iorque hoje e você seria o último motivo que eu permitiria me atrasar - sorri amarga - Até o futuro Alfonso, já até posso imaginar eu voltando para o Brasil e te encontrando atrás de um balcão de padaria com as mãos brancas de farinha... Previsível.
Dei as costas para ele e subi os três degraus que dava acesso à enorme porta de entrada. Não me virei para vê-lo ir embora. A última lembrança que teria de Poncho era seu rosto tomado por lágrimas e seu semblante atônito tentando digerir todas as coisas que eu dizia apenas para feri-lo.
Autor(a): nannynegreti
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- Alfonso - Nunca me senti tão humilhado, as palavras de Anahí estavam sendo um chute na boca do estômago. Parecia outra pessoa, não era a garota que eu havia me apaixonado e sonhado em ter ao meu lado pela vida toda. Ela estava sendo cruel, estava jogando sujo o tempo todo enquanto eu só lhe dava amor, enquanto eu só tentava ser o m ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 53
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franmarmentini♥ Postado em 15/11/2016 - 12:25:48
Continua por favor....
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franmarmentini♥ Postado em 15/08/2016 - 21:56:07
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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Ponny4ever Postado em 04/07/2016 - 11:33:14
Continuaaaa por favor
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☆lenny_love_ponny☆ Postado em 09/06/2016 - 07:09:25
Cheguei Vou Ler Por Aqui Continuuuuaaa!!! Anne *-*
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franmarmentini♥ Postado em 01/05/2016 - 22:56:12
postsssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
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franmarmentini♥ Postado em 26/04/2016 - 20:56:33
;(
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franmarmentini♥ Postado em 26/04/2016 - 20:56:16
Só de me lembrar q ja li essa fic....e de qual é.... Eu to mal...serio mesmo....continua...pq necessito....ler tudo.
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franmarmentini♥ Postado em 26/04/2016 - 20:55:33
Ja chorei muito ;(
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franmarmentini♥ Postado em 05/04/2016 - 15:15:31
Oieeeeee vou começar a acompanhar novamente ;)
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danisouza Postado em 02/03/2016 - 17:50:40
Naao, Anahi não pode mentir, tem que contar a verdadeee. Aff, já vi que Poncho vai ficar com muito ódio dela. Continuaa