Fanfic: Quando a Vida Escolhe ❥ | Tema: AyA

- Nossa - exclamei enquanto rodava no meio do ambiente atenta a todos os detalhes - Isso é incrível.

- Gostou? Então espere só para ver a piscina - senti as mãos de minha tia tocar meus ombros me impulsionando para a escada - Venha, quero que escolha seu quarto.

Escolher o meu quarto? Está fácil assim?

Depois de subir o primeiro lance de escada havia uma divisão, podendo optar pelo lado direito ou pelo lado esquerdo. Parei e me virei indecisa quanto ao lado que deveria subir.

- E agora?

- Pode escolher qualquer um dos lados - ela guiou os dedos em volta da casa - o primeiro andar é composto pelos quartos, doze ao todo - eu a olhei espantada - Alguns eu uso para outros fins, bom depois irá percorrer cada canto para se familiarizar.

- Tia como consegue viver em uma casa desse tamanho? - subi pelo lado esquerdo, a casa era muito maior do que parecia vista de fora.

- Já pensei em vender aqui e comprar um apartamento, mas sabe que já me acostumei? - ela me seguia - E sua avó também adora essa propriedade. E creio que você também vai agradecer quando der as festinhas com os colegas de faculdade.

- É... - suspirei, e minha tia finalmente captou minha tristeza.

- O que houve Any? Está triste por ter vindo? - me virei parando na metade do corredor.

- Não exatamente tia - puxei o ar tentando manter a calma, dizer tudo o que estava sentindo sem lágrimas - Só está sendo difícil ter vindo obrigada, minha mãe só fez isso para me punir, ela não está preocupada com meu futuro brilhante, e sim em me ver longe de Alfonso.

Os olhos de minha tia se fecharam levemente atentos as minhas palavras. Podia ver em seu semblante que a ficha dela estava caindo, e que não ficava nem um pouco surpresa ao saber que minha mãe despachou a única filha apenas para que seu controle não escorresse ralo abaixo.

- Quem é Alfonso? E porque exatamente sua mãe quer afastar vocês dois?

Segurei a mão de minha tia e a puxei para o primeiro quarto que vi, andei até a cama e me sentei, minha tia puxou a cadeira da penteadeira que havia ali, e se pôs a me ouvir. Contei tudo, desde o primeiro dia de aula com Alfonso até nossa terrível e cruel despedida, ela me olhava atônita, talvez jamais passasse pela cabeça dela que eu sempre tão racional como ela, tinha me deixado envolver em uma paixão tão incerta.

- Já posso imaginar que ele ser pobre é o que mais abala sua mãe.

- Acertou - sorri fraco - E aqui estou eu.

- Eu jamais teria concordado com isso se Marichello tivesse sido sincera, e foi exatamente por isso que ela não me disse o motivo real. Mesmo eu estranhando a sua vinda tão repentina, me lembrei de quantas vezes dizia toda eufórica que estaria aqui no dia seguinte de sua formatura - ela acariciou meus cabelos - Alem de ter ficada feliz demais em te receber, sabe o quanto somos parecidas não é boneca? - balancei a cabeça concordando - Mas se tem um motivo para ficar lá, eu não acho justo que fique aqui. Vou te ajudar com isso, eu não sei como ainda, mas iremos dar um jeito certo?