Fanfic: Quando a Vida Escolhe ❥ | Tema: AyA

- Anahí -

Alfonso está conversando com Dulce Maria, preciso controlar a vontade que tenho de dar na cara dessa descarada, não pode ver meu Poncho por um momento sozinho que já corre atrás cacarejando. Assim que nosso motorista parou em frente ao Colégio todos os olhares foram nossos. Afinal, não era todo dia que parava um Volvo C30 para deixar um aluno na aula.

- Tchau querida – minha mãe disse com o melhor sorriso que tinha no rosto, provavelmente também notou que Alfonso e Dulce conversavam animadamente.

- Tchau mamãe – sorri abertamente – virá me pegar depois da aula? – diz que não por favor, por favor.

- Não sei, irei levar sua avó até o centro da cidade. Ela deseja adquirir algumas peças artesanais – ela me olhou como se estivesse lendo meus pensamentos – mas fique esperta mocinha, eu estou sempre de olho em você.

- Oi? – disse como se não tivesse entendido direito – Não sei por que disse isso, até agora não teve nenhum motivo para me prender em uma redoma de vidro – puxei minha mochila que estava entre minha mãe e eu – acho que não preciso te lembrar que em menos de seis meses farei 18 anos, desapega mãe.

- Não importa tua idade, enquanto viver à minha custa, e a custa do teu pai deverá agir ao nosso modo – blábláblá, que conversinha chata, minha mãe conseguia sempre acabar com meu dia, mesmo ele mal tendo começado.

- Tudo bem, preciso ir – me inclinei dando um beijo no rosto dela – vou andando pra casa com a Maite então, não precisa se preocupar – Maite era minha prima, filha da tia Cameron. Somos tão diferentes. Enquanto eu quero ir morar na loucura de Nova Iorque, ela quis vir para esse fim de mundo morar com o pai.

- Sempre me preocupo Anahí, boa aula filha.

Antes que minha mãe pudesse mudar de ideia, sai às pressas do carro. Eu preciso conversar com Alfonso antes do baile. Na aula não vou conseguir, no intervalo as meninas não me largam. Temos que dar um jeito. Coloquei minha bolsa em um ombro só e fui andando para a entrada. Percebi que Alfonso me guiava com os olhos, mas não deixou a pata da Maria para vir falar comigo. Talvez porque o carro da minha mãe ainda estava parado no mesmo lugar, ela queria ter a certeza de que eu iria entrar. Subi a pequena rampa que dava acesso ao pátio frontal, assim que minhas amigas notaram minha presença, largaram tudo e vieram ao meu encontro. Todos estavam maravilhados com meu lindo vestido. Alguns meninos também vieram me rodear, me convidando para acompanhá-los no baile. Tenho noção de que aceitando qualquer um dos convites deixaria minha mãe orgulhosa, é uma pena que eu já tenha par querida mamãe, I'm Sorry.

- Então quer dizer que enquanto eu mantenho distância para aliviar sua barra com sua simpática mãe, você aproveita para dar cordinha para os manés aqui dessa escola Anahí? – Opa. Era a voz de Alfonso. Anahí? COMO ASSIM ANAHÍ? Sou cariño para você seu paspalho!

Ergui meu rosto do caderno e o encarei, talvez ele não tivesse ficado nada feliz com a recepção dos meninos na entrada. Mas o que eu posso fazer? Sou linda Alfonso, aprende que dói menos.

- Poncho – ergui minha mão e empurrei seu corpo levemente para trás, por pouco ele não iria cair por cima de mim – Primeiramente eu não estava dando cordinha para nenhum mané, tenho amigos e sempre fui simpática com todos eles, e não é porque sou sua namorada que vou mudar meu jeito de agir – ele me olhava boquiaberto, talvez esperasse que eu me ajoelhasse aos seus pés e implorasse por desculpas – E em segundo lugar, você estava se deliciando com a companhia da sua amiguinha – nossa, essa voz ridícula ao pronunciar a vadia transpassou todo o ciúmes que eu estava tentando segurar, merda.