Fanfic: Quando a Vida Escolhe ❥ | Tema: AyA

- Anahí -

- Any você aceitou isso? - Maite penteava meus cabelos chocada com a ideia de eu e Alfonso fugirmos da festa para nos encontrarmos escondido.

- Aceitei Mai - me virei tomando a escova de suas mãos - e só você sabe disso, por isso precisa ser muito discreta.

- Claro sua boba, parece até que já contei algum segredo seu - se jogou na minha cama de bruços e balançou as pernas - o que espera que aconteça lá?

- Bom eu não sei - na verdade eu tenho uma leve desconfiança de que Alfonso quer dar um passo a mais em nosso relacionamento, mas se o fato de irmos escondido até um lugar qualquer chocava Maite, imagina se eu lhe dissesse que pretendia abrir o cadeado da minha piriquitinha, ó Deus.

- Eu acho que ele vai fazer uma declaração de amor - pobre Maite, tão inocente - ou então um pacto, um juramento sabe? Daqueles que vão lembrar pela vida toda? Aí Any isso é tão romântico! - acho que preciso ser mais seletiva nas minhas amizades, esse papo todo está me embrulhando o estômago.

- Olha Mai, eu não sei o que vai rolar, mas vou te contar tudo o que fizermos - disse empurrando ela da minha cama - agora precisamos combinar uns detalhes, caso dê alguma coisa errada e minha mãe apareça por lá.

- Aí não - Maite já estava em pé, e dava dois passos para trás se pondo fora dos planos que minha mente maravilhosa já estava elaborando - Anahí você sabe que sou péssima com isso, vou gaguejar e ela vai descobrir tudo.

Eu sabia que isso era verdade, me lembro quando fiz Maite trocar nossas provas no segundo médio, ela só faltou se tacar aos pés da professora implorando perdão quando essa parou bem ao nosso lado. Teria colocado tudo a perder se a Sra. Rebeca não tivesse me entregado a borracha que havia rolado pelo chão sem eu notar.

- Maite por favor, eu só posso contar com você - disse juntando minhas mãos, implorando à Deus enviar luz para o coração da minha amiga, e se ele mandasse um pouco de malícia no pacote não faria mal algum.

- Vamos ver, quais são esses detalhes? - cruzou os braços, nada bom Mai, nada bom - dependendo do meu grau de participação eu até ajudo, e não vem com essa conversinha de só posso contar com você, porque essa está velha demais.

- É coisa simples. O Poncho disse que vamos ficar por ali, próximos - tentei imaginar os lugares próximos ali que pudesse nos abrigar, e só me lembrei da banca de jornal do seu Armando, que estava desativada fazia um tempo, já que ele tinha sofrido um derrame, e eu espero loucamente que Alfonso não esteja com isso em mente, mereço mais do que uma banca de jornal caindo aos pedaços - se, apenas SE, minha mãe aparecer por lá, e alguém vier me chamar, você dá um toque no meu celular que eu volto correndo, e então você sai lá fora e diz para minha mãe que eu estou no banheiro, e que pedi para que saísse lá para avisar ela. Acha que pode fazer isso?

- Acho que posso - respirou fundo - sabe que se sua mãe me pegar na mentira estarei encrencada até a cabeça também não é? - assenti, minha mãe faria minha tia vim buscá-la, tenho certeza.

- Vai dar tudo certo prima, confia em mim - abri os braços para que ela viesse até mim, o que não demorou muito para acontecer, em segundos Maite estava em cima de mim na cama, e eu berrava para que ela deixasse eu respirar.