Fanfic: TÃO PEQUENA, EM UM MUNDO TÃO GRANDE | Tema: REBELDE, RBD, VONDY

CAPÍTULO 4:TÃO PEQUENA, EM UM MUNDO TÃO GRANDE.

POV:DULCE.

Depois de um tempo estava na hora de ir para o meu trabalho número dois. Coloquei a camiseta branca e o colete azul da loja de discos DL "Discos Leto". Saí e caminhei por cerca de 20 minutos até chegar lá.
Cheguei e meu chefe, mal-humorado como sempre, um zangadinho. Já estava a minha espera.
James:Dulce está atrasada como sempre.
Dul:São 18:32.
James:Sim, está 2 minutos atrasada. E tempo é dinheiro, e terá 1 hora a menos no seu salário.
Dul:Mas..
James:Sem mas, você quer ficar sem seu trabalho??
Dul:Vou trabalhar. - Bufei.
Logo me posicionei atrás do caixa, e agora é só aturar esse velho, tomara que ele esqueça. Preciso da grana, mas pão duro do jeito que é, provavelmente vai arrumar mais desculpas e me tirar mais dinheiro, mas do MEU salário. Odeio ele.
..................
Depois de um tempo sem clientes, o sininho da porta chacoalhou e dela surgiu um loiro, alto, bem alto, olhos castanhos e um sorriso atraente. Ele procurou uns instantes até que achou algo que o interessou. Leu o que estava atrás. E veio até mim.
Xxxxx:Boa noite formosa dama. - Ri pelo jeito que ele falou. Olhei fundo em seus olhos, agora verdes, que estavam brilhando.
Dul:Boa noite senhor. Vai levar esse CD?? - Li o título "Carry On My Wayward Son - Kansas".
Xxxxx:Sim. - Ele me entregou e eu passei o código de barras, colocando em uma sacolinha e lhe entregando. - É um bom disco né, você gosta??
Dul:É uma boa banda.
Xxxxx:É mesmo. Eu já tenho esse CD, então tome. - Ele me entregou o CD.
Dul:Co-como assim?? - Ele tirou uma caneta e um bloquinho e escreveu algo, talvez uma cantada barata. Pegou o CD de minhas mãos, imóveis. Colocou dentro da capinha do CD e me devolveu, depois disso saiu, sem dizer mais nada. Abri o CD, e tirei o papelda capinha, estava escrito "Me diga Dulce María, o que você prefere, paz ou liberdade?? F.08."
Peguei um rádio da loja e liguei na faixa 08, a música Carry On My Wayward Son tocava sem parar.

HORAS DEPOIS... 22:30.

Na hora da saída me despedi com um "Tchau", seco, do James.
Ainda me lembro do moço loiro. O que ele quis dizer?? Quem é ele?? Como ele sabia o meu nome, se no crachá só está escrito Dulce??
Pego um atalho, e quando passava por uma viela, peto de um beco. De repente sinto que estou sendo seguida, aposto que é aquele moço. Paro e me viro rapidamente, mas não tem nada.
Dul:Alguém está ai?? Quem está ai??
Ninguém disse nada. Entrei no beco. Me aproximei de um dos cantos, é como um T. Havia algo ali, certeza, de um dos lados, caminhei, mas fiquei encurralada. Então tentei o outro lado, nada novamente. Fui para a última parte e novamente me vi encurralada pelas paredes. Logo veio a sensação de alívio e a sensação de estar sendo seguida sumiu, tão ou mais repentinamente quanto quando que chegou.
Saí de lá, e parece que corri, até tropeçar em algo, caí no chão. Olhei em direção ao que eu esbarrei.
Um garoto que parece ter a minha idade, cabelo preto, forte. Ele me olhava, vestia um moletom e estava perto de uma moto grande.
Dul:Me-me desculpe.
Xxxxx:Tudo bem. - Me lançou um sorriso torto. - Eu é quem não deveria estar aqui.
Dul:Então vai para casa.
Xxxxx:Não.
Dul:O que está esperando??
Xxxxx:Uma casa.
Dul:Co-como assim??
Xxxxx:Desde que cheguei a cidade eu não tenho casa, e ás vezes comida.
Dul:E você ficava aonde?? Na casa da sua namorada??
Xxxxx?Não, em um albergue, mas me chutaram para fora também.
Dul:E seus pais?? E sua família??
Xxxxx:Eu vim para essa cidade, afim de ganhar a vida, mas to aqui, mendigando.
Dul:Qual seu nome??
Xxxxx:Alfonso, mas pode me chamar de Poncho. - Me levantei e ele me observava. Estendi a mão para ele levantar.
Dul:Vamos Ponchito. - Sorri terna. Ele pegou em minha mão o puxei. Já ia caminhando, mas quando me virei ele ainda estava lá. - Não vai vir.
Poncho:Ér...que não posso deixar a Melly.
Dul:Quem??
Poncho:Minha moto. Ela precisa de gasolina, pode me emprestar uma grana?? - Bufei.
Dul:Ta bom.- Lhe entreguei minhas últimas 10 pratas. 
Poncho:Obrigada meu anjo.
Dul:De nada. E por que Melly?? - Ele coçou a cabeça pensativo.
Poncho:Porque Amelia ia ser muito formal. - Começamos a caminhar juntos até o posto de gasolina mais próximo. Ele empurrando a Melly.
Dul:E porque dá um nome a ela?? 
Poncho:Coisa de homem. - Poncho deu um risinho.
Dul:O que foi??
Poncho:Hoje é o dia das garotas bonitas me ajudarem.
Dul:Como assim??
Poncho:Um dia eu te explico. - Bufei e ele riu. - Coisas de homem.
Dul:Não, coisas de Ponchito.
Depois que fomos ao posto, compramos gasolina, colocamos na moto, e fomos para a minha casa.
Chegamos, já se passava da 23:00, então estava tudo vazio e silencioso, só se ouvia os grilos por aí.
Subimos, destranquei a porta e entrei, Poncho entrava em seguida, fechando a porta, eu tranquei. A esse ponto já somos amigos.
Dul:Bom... eu não costumo trazer homens para cá. - Ele olhava para tudo. Quando entravamos tinha uma sala, uma televisão de 20 polegadas, daquelas antigas,, de frente tinha um conjunte de 2 sofás vinhos, a sala tinha uma vista para a pequena cozinha, pouco equipada. E atrás da sala tinha um pequeno corredor que dava acesso a dois quartos e um banheiro minúsculo. - Olha seu quarto é aquele. - Apontei para uma das portas.
Poncho:Por que sua casa tem dois quartos?? Você não morava sozinha??
Dul:Sim, mas quando aluguei só havia casinhas com 2 quartos, mas só pagava o preço de 1. Agora você vai me ajudar a pagar, pois vai ficar mais caro.
Poncho:Mais caro??
Dul:Só pagava por um, sua lesma.
Poncho:Aaah...Sim, entendi. E obrigada pela educação. - Ri.
Dul:De nada.
Poncho:E como eu vou ajudar na casa??
Dul:Procurando um emprego, não importa qual. Por mim até prostituto você pode ser. - Rimos.
Poncho:Já saquei a sua. - Sorriu para mim, e depois coçou a cabeça.
Dul:Ah é?? E qual é a minha??
Poncho:É a melhor, mas já sofreu muito. É um anjo bom, ajuda a todos, se doa por todos. - Suspirou. - Está me ajudando, serei eternamente grato por isso. Sei que seria capaz de morrer por alguém que nem conhece, seu sangue é nobre. Porém... - Fez uma pausa e suspirou, como se estivesse buscando as palavras certas. - Não é o tipo que não se abre para um amor. E isso é ruim. Todos nós precisamos de alguém. Sou seu irmão de agora em diante Dulce, e preciso que confie em mim, se me contar suas verdades, também lhe confiarei as minhas. Seremos bons ouvintes um para o outro, seremos amigos, irmãos, cúmplices. Mas é por isso que eu digo, se abra para um amor Dulce, pois se não, nunca será plenamente feliz. Pois todos precisamos de alguém por que morrer, alguém por quem chorar. Todos precisamos de alguém por quem seríamos capazes de tudo. Ir ao inferno e voltar, vencer a morte, tudo... - Fiquei paralisada, pensando, pelo que se pareceram horas, sem saber o que dizer. E Ponchito apenas me observava, como se, de algum jeito, pudesse me decifrar. Decifrar os códigos que eu havia colocado em mim mesma.
Dul:Vou tomar banho e ir dormir. Boa noite. - Saí de lá. Fui até o meu quarto peguei uma toalha e o meu pijama de frio, uma calça de flanela cinza claro e uma blusa de flanela cinza clara, com o desenho de um ursinho panda na frete. Las Vegas não é o lugar mais calor do mundo. E ainda mais com um homem estranho dentro de casa. Saí do meu quarto e entrei no banheiro, Poncho ainda estava na sala, em pé, paralisado. Depois de um banho demorado e pensativo, me vesti e sai. Poncho já não estava mais lá. Deixei uma toalha extra no banheiro, caso ele queira tomar um banho mais tarde. Fui até a sala, e destranquei a porta, saí, pendurei a toalha no varal em frente a porta. E por um breve instante tive a sensação de estar sendo observada, novamente, como no beco. Me virei para trás rapidamente, mas não havia nada, nem ninguém.
Entrei rapidamente, apesar do frio eu suava. Ouvi o barulho do chuveiro. Me corpo estava cheio de adrenalina. Não sei se demonstrei medo lá fora ou não.Mas eu, sinceramente, não me importo.
Fui par ao meu quarto. Ouvi o chuveiro desligar, e depois de um tempinho a porta do banheiro se abrir. 
Demorei a dormir. Lembrei de todo o meu dia. Havia sido um dia bem longo. Achei ter visto a senhora Denson, depois aquele moço lindo aqui em casa, e aquele na loja de discos, o bilhete dele, que ainda estava na minha bolsa, juntamente com o CD. E a sensação de estar sendo seguida, no beco. Agora o meu encontro com o Poncho. O que ele me disse. Depois a mesma sensação de estar sendo observada, agora a pouco. É...com certeza foi um dia longo, será que aguentarei um outro como esse??
Acho que não. E, sinceramente, espero que não volte a se repetir.
Depois de algumas horas, finalmente consegui adormecer.

PARO OU CONTINUO???

Um grandão hahaha.

Obrigada pelos comentários.

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