Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
Capítulo 18
Acordo com uma sensação estranha. Esse foi um dos piores pesadelos que já tive na vida.
Ao me deparar com os olhos negros preocupados e o rosto assustadoramente pálido,
imediatamente penso em meu filho, minhas mãos voam para meu ventre de forma automática,
sento-me na cama com desespero.
— Poncho... Nosso bebê? O que aconteceu?
— Você desmaiou. Eu trouxe a Dra. Moore para examiná-la. Está tudo bem com o bebê. É
você que me preocupa.
Viro-me para esquerda, vejo a médica em pé, próxima a minha cama. Sua expressão é
serena, mais isso não me tranquiliza, se a médica está aqui é porque as coisas não devem
estar nada boas. Aos poucos às lembranças invadem minha cabeça. O presente, a caixa, o
boneco...
O que eu vi ainda me deixa aterrorizada. Dentro da caixa a qual imaginei ter algum
presente de casamento, havia um boneco vodu, com um macacão infantil e várias agulhas
espetadas nele. O que mais me chocou foi à quantidade de sangue que havia em torno dele. O
cheiro de sangue, semelhante à ferrugem, ainda está impregnado em minhas narinas,
enjoando-me, sinto um gosto ácido e amargo em minha boca. A imagem me faz ter vertigem
novamente. A médica e Poncho vêm ao meu auxilio.
— Anahi... — Poncho se move depressa, me pega em seus braços — Calma amor.
— Eu abri a caixa e... — um soluço angustiado sai de meu peito.
— Ei, está tudo bem — ele me acalenta em seus braços, beijando meus cabelos — Está
tudo bem. Vai ficar tudo bem.
Apoio-me nele, mais soluços sacodem meu corpo.
— Não acha que deveria medicá-la doutora? — diz Poncho, com preocupação.
— Ela está em estado de choque — a médica entrega-me um comprimido e um copo de
água — Tome isso Anahi.
Coloco o comprimido na boca, pego o copo com as mãos trêmulas. Engulo-o com
dificuldade, há um nó preso em minha garganta.
— Se ela não estiver melhor até amanhã, sugiro que a leve até a clínica— Dra. Moore
orienta.
Ela coloca uma pequena lanterna em meus olhos, faz algumas perguntas, verifica os meus
batimentos, afere minha pressão arterial. Antes de sair, recomenda que eu fique em repouso
absoluto pelo resto do dia.
— Por que fizeram isso? — sussurro para Poncho, eu sinto minhas pálpebras pesadas, o
remédio já está começando a surtir efeito.
— Isso é algo que vou descobrir — ouço sua voz ao longe.
Fecho os olhos novamente, adormeço alguns minutos depois.
Não! Não faça isso.
— Any acorde — Poncho balança meu ombro — Acorde querida!
— Meu bebê — choro baixinho ao abrir os olhos — Meu bebê, ele estava naquela caixa...
— Foi só um sonho amor. Já passou.
Um sonho terrível, a ameaça velada contra mim e meu bebê deixaram meus nervos em
frangalhos. Aquela criatura na caixa representa meu bebê, eu sei disso, esse mero pensamento
deixa-me anestesiada. Nunca senti tanto medo como sinto nesse momento.
— Não deixe que machuquem nosso filho, Poncho — choro baixinho, apertando-me em seus
braços.
— Nada vai acontecer — diz ele, carinhosamente — Não vou deixar. Volte a dormir.
Tenho pavor em voltar a dormir e outro pesadelo como esse volte a me assombrar. Os
pesadelos que me torturaram no passado, nem se comparam a esse. Desejo me esconder nesse
quarto seguro, proteger meu bebê de todos os males do mundo, de toda essa crueldade e
mente perversa que está em torno de nós.
— Anahi fez isso — murmuro, angustiada — Como ela pode ser tão cruel?
— Não acho que foi ela — Poncho me estreita ainda mais em seus braços — Além disso, ela
nem está na cidade.
— Como sabe?
— Peter está vigiando seus passos. Anahi está no campo, com os pais dela.
— Um álibi perfeito para ela então — eu insisto — Além disso, ela não entregou
pessoalmente, qualquer pessoa pode ter feito seu trabalho sujo.
Nada vai me tirar da cabeça que aquela mulher é perversa, cruel o suficiente para realizar
tal ato. Uma mulher incapaz de amar a própria filha, seria capaz de qualquer coisa, incluindo
ameaçar uma mulher grávida e uma criança indefesa.
— Isso não acontecerá novamente — murmura Anahi, ácido — Nem Perla ou qualquer
outra pessoa tocarão em vocês dois. Eu prometo.
Detecto o tom duro em sua voz, isso me preocupa um pouco, sei o quão protetor ele pode
ser, tenho medo que tome alguma medida irracional. De alguma maneira, eu tenho que tentar
esconder os medos que afligem minha alma, não quero vê-lo arruinado. Volto a dormir por
que ele está aqui, sei que ele irá nos proteger a qualquer preço.
≈≈≈
Acordo sozinha no dia seguinte, o dia lá fora já está claro, apesar do céu nublado. Toco o
lençol ao meu lado, ele está frio. Concluo que Poncho já saiu para trabalhar há algum tempo,
levanto-me da cama decidida a não sentir pena de mim mesma. Tomo banho, seco os cabelos
e desço.
— Já ia levar seu café — Geórgia me encara preocupada — Deveria ter ficado na cama.
— Obrigada Geórgia — murmuro — Mas estou bem, não se preocupe.
Para minha surpresa, eu como todo o café reforçado que Geórgia preparou para mim. Meu
apetite continua gigantesco, parece que pelo menos isso, nada conseguirá abalar.
Vou para sala, deito-me no sofá, cubro-me com uma manta felpuda, tento me distrair com
um livro, uma missão quase impossível. A caixa e o boneco invadem minha mente à todo
custo. Por volta do meio dia, Geórgia vem até a sala com um carrinho e uma bandeja com
meu almoço. Como ela não permitiu que ficasse na cozinha, eu a obrigo a sentar-se ao meu
lado para me fazer companhia durante o almoço. Há comida o suficiente para nós duas,
depois do café da manhã, não estou com tanta fome.
— Geórgia? — chamo-a, antes que retorne a seus afazeres — O que aconteceu com a caixa?
— Aquela coisa horrorosa? — ela faz o sinal de cruz — Peter esteve aqui ontem e levou
aquilo embora. Não pense sobre isso menina. Pessoas que brincam com coisas como essas,
acabam muito mal.
Balanço a cabeça em concordância, ela se levanta recolhendo os pratos.
— O Sr. Herrera disse que não deve fazer qualquer esforço — diz ela, enfática — Se
precisar de algo, não hesite em me chamar.
Claro que ele disse, posso imaginar a infinita lista de recomendações que Poncho havia
deixado com ela. Sua preocupação para comigo e o bebê sempre me deixa emocionada.
Enquanto volto a tentar me concentrar na leitura, vejo o quanto eu sinto falta da minha
melhor amiga. De poder contar tudo o que está acontecendo, falar de todas as minhas
angústias e medos. Tenho certeza de que se disser algo a Paige ela voltará imediatamente,
mas eu não posso fazer isso, não seria justo com ela. Não quero, e nem devo estragar sua lua
de mel, também não há nada o que ela possa fazer para melhorar a situação, além de me ouvir
e querer matar Anahi.
Depois do almoço, cansada de ficar em casa, resolvo ir buscar Anne na escola. Geórgia
ficou praticamente maluca quando disse que ia sair de casa, até mesmo chegou e me ameaçar
em ligar para Poncho. Mesmo com seus protestos e cara feia, eu saí.
Preciso de um pouco de ar puro, de me distrair com alguma coisa, além disso, o que
poderia acontecer em um caminho tão curto?
O colégio de Luma fica apenas vinte minutos de casa, estarei acompanhada de Dylan e de
um segurança. E eu não vou me acovardar como um gatinho assustado. Perla não conseguirá
me aterrorizar com suas maldades e mente doentia.
Luma, ficou muito feliz ao me ver, embora esteja preocupada comigo. Procuro convencê-la
de que está tudo bem comigo e seu irmãozinho. Como toda criança, ela esquece o assunto e
começa relatar sobre o seu dia na escola.
Ao chegar à casa ajudo-a com o dever. Mais tarde, tomamos um lanche preparado por
Geórgia, que parece ter voltado às boas comigo.
Anne e eu, passamos o resto da tarde assistindo um filme na televisão, enquanto
aguardamos poncho chegar.
Ele não me ligou uma única vez durante o dia, apesar de achar estranho, concluo que esteja
bravo comigo por ter ignorado o pedido para que ficasse em casa. Como não quero irritá-lo
ainda mais, decido esperar que ele volte para casa, assim poderemos fazer as pazes
devidamente.
Luma e eu rimos de algo engraçado no filme quando a campainha toca.
— Any? — Liam entra na sala apressadamente — Preciso falar com você.
Pelo seu olhar angustiado, noto que é algo urgente. Faço um sinal em direção a Luma, que
está concentrada no filme. Falo para Claire entretê-la, peço que Liam acompanhe-me até o
escritório de Poncho.
— O que aconteceu? — inquiro assim que ele fecha a porta.
— Eu odeio ser médico nesses momentos — desabafa Liam — Todos acham que eu tenho
que ser o portador das notícias ruins.
Minhas pernas tremem, apoio-me contra a mesa para me manter em pé. Tento focar meus
olhos em algum ponto, evitando que a escuridão que ameaça minha mente me domine.
Desmaiar nesse momento, está fora de cogitação.
Autor(a): AliceCristina106
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— Poncho... — começo a dizer com a voz trêmula — Ele... Havia acontecido algo com ele, por isso o silêncio durante o dia inteiro. Poncho jamais ficaria ausente por tanto tempo, ignorando-me completamente, mesmo que estivesse muito irritado, ele faria questão de ligar apenas para falar sobre isso. — Fique calma — Lia ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3