Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
Com a ponta da faca desenha uma linha em meu rosto. Um sorriso distorcido se forma em seus
lábios, em seus olhos há um brilho alienado.
— Vou aceitar isso como um elogio — a faca desliza pelo meu queixo e para em meu pescoço —
Sabe, você é bem mais resistente do que ela, e um tanto mais irritante também. Eu não sei o que
Paul viu naquela sonsa e o que Poncho encontrou em você.
Dou-me conta de que a sonsa que ela se refere é Samantha, embora o medo me consuma, não
posso evitar querer saber o que havia acontecido realmente.
— Samantha nunca amou o Paul — digo, com cautela.
— Mas ele a amava — diz ela, com olhar ao que me parece infeliz — Ou achava que sim. Depois
de tudo que fiz por ele, desgraçado! Todas ás loucuras que fiz e nada foi suficiente. Eu nunca
consegui alcançá-lo.
A faca volta a deslizar pelo meu corpo, dessa vez parando em meu peito.
— Eu entreguei a ela, alguns bilhetes que Poncho havia escrito para mim. Sua irmãzinha, acreditava
que éramos amigas e que Poncho a amava, tola. Por outro lado, eu convenci o Paul que ela estava
jogando com os dois, isso o deixou enlouquecido — ela faz uma pausa, revivendo os momentos —
Ele sempre odiou o Poncho, por ser mais inteligente, pelas pessoas gostarem dele gratuitamente. As
garotas gostavam de ir para cama com Paul, mas era por Poncho que elas se apaixonavam, exceto eu.
O ridículo, é que era exatamente isso que o fazia sentir repúdio por mim, eu o amava. E Paul se
atraía por aquilo que ele não poderia ter, ou melhor, aquilo que o irmão conquistava, mesmo que
indiretamente.
Aquela cena de “Uma noite de verão”, é assustadora. Esse ciclo amoroso entre eles me parece
nada menos do que demente. Com Samantha e Poncho vítimas de mentes tão perversas.
— Assim como você, foi muito fácil atraí-la naquele dia. Eu disse que Poncho a esperava no quarto
dele, que iria se declarar a ela — Perla sorri, desenhando um coração com a ponta da faca em meu
peito — Ela era tão estúpida quanto você. E só tive que dizer a Paul que ela iria entregar ao Ponchp o
que sempre recusou a ele. Eu a fiz ter pânico de Paul. Samantha preferia ver o diabo em pessoa do
que ficar perto dele. Por outro lado, exaltei todas as qualidades desnecessárias de Poncho. Para uma
garota pobre, é fácil se apaixonar pelo garoto bonito, rico e com jeito de príncipe encantado.
As palavras me causam calafrios, como uma pessoa consegue ser tão fria ao ponto de manipular
os sentimentos de outras pessoas.
— Eu ainda tenho a fita daquele dia. Você estava lá não é? Escondida atrás da cortina, apenas
observando-os. Por que não gritou ou a socorreu? Você não é tão diferente de nós pelo jeito.
A imagem daquele dia vem a minha cabeça, imagens que por muito tempo tentei esquecer. Que por
muito tempo me fizeram ter pesadelos terríveis e que quase me separaram do homem da minha vida.
Eu nunca acreditei muito em Samantha sobre seu namorado secreto, então, quando ela me disse
que ele se declararia para ela naquele dia, eu implorei para que eu estivesse presente.
Esconder-me atrás da cortina foi apenas uma peraltice de duas adolescentes encantadas por um
mundo de fantasia. A cena que veria diante de mim jamais passou pela minha cabeça. O medo e
receio de que ele fizesse o mesmo comigo foi o que fez-me ficar calada, observando a cena. E essa
culpa me acompanha até hoje.
— Que tal assistir um pouco — murmura ela — Acho que vai gostar das cenas.
— Não! — levanto-me angustiada. Por nada no mundo vou presenciar aquilo de novo.
— Fique quieta!
O tapa em meu rosto foi tão forte que desabado no sofá novamente, a presilha que prendia meus
cabelos se abre, e eles caem em uma cascata em meu rosto.
Ouço-a ligar o aparelho e sons angustiados de minha irmã fazem-me fechar os olhos.
— Olha para tela! — Perla aperta meu queixo, obrigando-me a olhar para frente.
As lembranças que tive nem se comparam as imagens horripilantes diante de mim. Presenciar tudo
de novo é mais do que posso suportar.
—Por favor! — soluço —Pare com isso!
— Deixa de ser nojenta — ela levanta-se do sofá empolgada — Eu já vi inúmeras vezes...
— Você é doente — murmuro enojada. Minha única vontade é desaparecer dali. Não há mais
nada que eu queira saber daquele passado imundo — Eu não quero ouvir — meu corpo e minha
mente já estão entorpecidos com as imagens cruéis.
— Isso não me importa — ela suspira — Tudo é culpa de vocês. Paul a viu também e ficou
encantado. Samantha era bonita, mas você? Como ele dizia mesmo? — ela leva a faca para ponta de
seus lábios — Ah, sim, parecia um anjo, dizia que seria estonteante e ainda mais linda que ela. Mas
antes teríamos que nos livrar de Samantha, ela seria um empecilho. Então, algumas ameaças aqui um
pouco de pressão psicológica ali e voilà, ela não resistiu.
Eu não consigo evitar que as lágrimas deslizem por meu rosto. Nunca consegui compreender
exatamente o que havia feito Sam dar cabo a própria vida, mas agora entendo. Todas as coisas
horríveis que fizeram a ela e o mais chocante disso tudo, é saber que Paul havia direcionado seus
desejos doentios a mim, mesmo inconscientemente ele havia desejado algo que pertencia ao irmão.
Dou graças a Deus que ele esteja morto ou não sei o que teria acontecido comigo.
— Novamente uma de vocês no meu caminho — ela diz, rispidamente — Até pensei em treiná-la,
mas você foi mais esperta não é? Você o matou!
— Aquilo foi um acidente!
Como ela chegou a uma conclusão tão estúpida como aquela? Eu nem mesmo estava ao volante.
Essa dedução é tão louca como ela.
— Isso é o que você diz — ela me encara com ódio — Eu sei que provocou aquilo. Seu irmão não
cansava de repetir isso o tempo todo. Que você deixou-o transtornado.
— O que quer Perla?
Já não sou capaz de assimilar mais nada. Sua mente é doentia, incapaz de raciocinar com clareza.
Ela havia criado um mundo em volta dela e nada conseguiria mudar isso.
— Vai me matar? — pergunto com a voz vacilante.
— Matar você seria pouco — ela ri — Quando soube que havia ficado cega, fiquei imensamente
feliz. E quando seus malditos pais enviaram aquela carta pedindo ajuda, não tive receio de esconder.
Iria dar uma pequena quantidade de dinheiro para que eles não nos procurassem novamente, mas o
destino contribuiu ao meu favor. Por que foi ressurgir em nossas vidas? Tudo isso é culpa sua! — seu
olhar alienado me faz tremer — Eu quero que sofra, sofra como eu sofri!
A faca está tão rente ao meu corpo que tenho medo até de respirar.
— Eu já tinha tudo planejado — sussurra ela, como louca — Poncho e eu teríamos outro filho.
Depois, eu daria um jeito na aleijada. Mas você destruiu tudo, de novo.
Perla levanta-se e caminha de um lugar a outro, ensandecida em suas palavras. Levanto-me
vagorosamente e caminho de costa até a porta.
— Mas, as coisas mudaram, eu tive que refazer meus planos, já que eu não podia tê-lo, ninguém
mais teria e eu ainda ficaria com sua fortuna. Nós planejamos tudo, mas o desgraçado não morreu. E
quando perdeu a memória voltamos com o plano de dar fim a você. Novamente não deu certo, nada
que fazemos dá certo. Isso está deixando-o irritado.
Quem está ficando irritado? Quem ajuda-a em tudo isso?
— De quem está falando Perla?
Ela volta o olhar em minha direção. Sua cabeça inclinada para o lado como se refletisse
sobre minha pergunta.
— Você não vai saber, não ainda — ela olha para porta e para mim ao mesmo tempo,
como se conscientizasse de minhas intenções. Enfurecidamente ela caminha até mim, arrastando-me
pelos cabelos — Eu disse para ficar sentada! Não me faça adiantar os planos e arrancar esses
ratinhos do seu ventre.
— Não! — eu grito desesperada agarrando seus pulsos.
Ela é maior do que eu, mas eu tenho a força de uma leoa que quer proteger seus filhotes. Perla
agarra mais forte meus cabelos e a dor é quase insuportável. Cravo as unhas em sua pele e ela solta
um rosnado de dor. Aproveitando-me de sua distração momentânea cravo os dentes em sua mão e a
faca cai.
— Maldita! — Perla se afasta sacudindo a mão.
Pego a faca caída aos meus pés e aponto em direção a ela. Farei tudo para proteger meus bebês,
inclusive feri-la se for necessário.
— Afaste-se de mim — digo, com a voz trêmula.
— Você me machucou — sussurra ela irritada.
Além do roxo que começa formar em sua mão, há um filete de sangue escorrendo por seu braço,
provavelmente havia se cortado enquanto brigávamos pela faca. Caminho de costas até a porta sem
nunca desviar os olhos dela.
— Não se aproxime de mim ou qualquer um da minha família novamente — sibilo para ela — Se
é capaz de fazer coisas terríveis por prazer, eu também sou para defender quem eu amo.
— Muito heroico — ela volta sentar-se como se nada houvesse acontecido — Pena que seja
estúpido.
— Há uma medida de proteção contra você e de alguma forma nós a faremos pagar por tudo que
fez. Sua máscara está caindo Perla.
— Acha mesmo que acabou? Terá uma bela surpresa.
— Você é apenas uma louca que provavelmente encontrou outro louco pelo caminho. Nós iremos
embora, não poderá fazer mais nada contra gente.
Eu sinto pena dela, pena pela mulher que havia se tornado ou o que sempre foi. Seca, vazia, fria e
sem amor.
Minha vida poderia ter acabado ali, mas eu vivi plenamente, amei com todas as minhas forças e
igualmente fui amada.
Alcanço a porta, está destrancada. Pego as chaves na porta, lanço a faca o mais longe possível na
sala. Saio rapidamente, tranco a porta, jogo a chave perto do elevador.
Minhas pernas me obedecem automaticamente enquanto meu coração bate acelerado. Droga!
Havia esquecido a bolsa e celular dentro do apartamento dela, mas de maneira alguma voltarei lá
para buscá-los.
Saio do prédio apressadamente e caminho pelas ruas desnorteada e sem direção. Encontro uma
cabine telefônica, mal consigo enxergar as teclas em meio às lágrimas que escorrem por meu rosto.
Espero a ligação a cobrar ser finalizada, tentando controlar o desespero.
— Residência Herrera...
— Geórgia?
— Any? — ela parece desesperada — Meu Deus Any onde está? Poncho chegou há dez minutos e
está alucinado.
— Ele sabe onde estou?
— Eu não sei, está tentando localizar o Peter. Onde você está?
Olho para uma placa na rua e passo o endereço a ela.
— Anahi?
Assim que ouço a voz dele meu pranto fica desesperado.
Preciso de seus braços protetores em volta de mim, garantindo que nada irá me tocar ou fazer
mau.
— Fique onde está!
É a última coisa que ouço antes de desabar completamente. Encolho em um canto da cabine, deixo
a onda de dor esvair-se de meu corpo. Os bebês escolhem esse momento para se mexerem, respiro
aliviada por estarem bem.
— Calma meus queridos — abraço-me a barriga — Papai está vindo buscar a gente.
Não sei quanto tempo permaneci encolhida ali, perdida em mim mesma, mas ouvi sua voz e
encontrar seu olhar em minha direção ao erguer a cabeça, foi o suficiente para me levar de volta ao
paraíso. Eu fiz a única coisa sensata naquele dia... Joguei-me em seus braços.
— Anjo?
≈≈≈
Ando pelo parapeito e atravesso as janelas como já havia feito muitas vezes durante aqueles
meses. Entro no apartamento sorrateiramente como um gatuno, encontro-a sentada no sofá, gemendo
como uma garotinha.
— Aquela cadela me machucou.
Eu não me importo com o que Anahi fez a Perla, eu mesmo já senti muita vontade de
estrangulá-la com minhas as próprias mãos.
— Como foram as coisas?
— Deixei-a muito assustada como pediu — ela ri com prazer.
Acaricio seu rosto com gentileza, como sempre faço, mas por dentro sinto um desprezo
indescritível.
— Não se preocupe, você receberá exatamente o que precisa. Exatamente o que merece.
Eu volto a sorrir para ela. Seu rosto se modificou. Como se pudesse ver em meus olhos que os planos
haviam mudado. Na verdade, segue exatamente como previ.
Autor(a): AliceCristina106
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Capítulo 24 Seus braços me predem ao redor de seu corpo com firmeza e delicadeza, me acalentando enquanto choro baixinho em seu peito. A cabine telefônica é pequena demais para nos acomodar, mas eu poderia ficar ali para sempre, me sentindo segura. No entanto, a agitação em meu ventre me alerta que os gêmeos não est&a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3