Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
— Por que não se senta? — murmuro, tentando aparentar calma.
— Não quero me sentar! — diz ela, com teimosia. — Quero saber o que está acontecendo.
— Fale de uma vez — Adam caminha até ela, o copo quase vazio em sua mão. — Ela irá saber de qualquer forma. Não tem por que protelar isso por mais tempo.
— Eu sei — admito. — Você tem que ficar tranquila. Pense nos bebês, tudo bem?
Coloco a mão em seu ventre para firmar o que digo. Meu coração dá um pequeno salto ao senti-los mexerem lá dentro. Sei que estão inquietos por causa da agitação e nervosismo da mãe. Sinto-me impotente e desnorteado, nem haviam nascido e já passam por tantas coisas. A ideia de que estejam sofrendo deixam-me louco. Respiro fundo e tento me acalmar, crianças podem captar o clima ao redor
deles. Não vou permitir que se abalem mais do que já estão. Conduzo-a até a cadeira mais próxima e espero que se acomode.
— Certo — encara-me, apreensiva. — O que aconteceu?
Não respondo de imediato. Como vou dizer a ela? Inferno! Any olha de mim em seguida para Adam. Como eu pedi, ele se mantém calado. Se alguém precisa jogar a merda no ventilador que seja eu.
— Poncho! — Ela resmunga agoniada.
— Anahi está morta! — respondo, com raiva — Alguém a matou.
Fico aliviado que ela tenha se sentado. Parece que irá desmaiar a qualquer momento. O choque e surpresa estão estampados em seu rosto delicado. Ela fecha os olhos por alguns segundos, vejo que briga para se manter consciente, isso me destrói.
—Poncho é o principal suspeito — ouço o tom acusatório de Adam.
Filho da puta! Olho feio para ele. Como pode ser tão idiota e jogar essa bomba em cima dela? Não vê o quanto já está abalada! Curvo-me até ela com preocupação, nossos rostos há apenas alguns centímetros de distância. Any abre os olhos gradativamente. Porra. Quando esses olhos lindos e cristalinos parariam de me deixar impactados? Nem mesmo a preocupação que vejo neles diminuem o prazer que sinto em fitá-los.
— O que? — sussurra ela, tentando assimilar o que Adam disse. — Isso é um absurdo — Ela encara Adam com olhar furioso. — Poncho não faria isso.
— Eu não disse que ele a matou, Any — diz Adam, passando a mão nos cabelos, em um gesto nervoso. — Eu disse que ele será obviamente um dos principais suspeitos.
Ela geme, seguro suas mãos frias, preciso assegurar que tudo ficará bem. Não há o que temer.
— Não se preocupe — murmuro —Tudo vai se resolver e, estaremos longe daqui.
— Eu não aconselharia a viajar tão cedo — interrompe Adam.
— Por que não? — Any balbucio — Poncho não fez nada, você sabe disso. Deve ter alguma forma de provar isso.
— Farei de tudo para que sim — anuí ele — Por enquanto, evitem a impressa e qualquer tipo de declaração. Não saiam do país até as coisas ficarem esclarecidas, se saírem, seria como uma confissão de culpa.
Any consente e eu procuro colocar os pensamentos em ordem. Enquanto a acusação pesar sobre minha cabeça eu estaria tranquilo, afinal
sedo ou tarde constatariam minha inocência, mas e quando as acusações se direcionassem a ela? Se não encontrassem o verdadeiro suspeito e essa ameaça pairar sobre sua cabeça? A imagem dela em uma sela imunda, sozinha e desprotegida fazem meu coração disparar. Eu não posso e não vou permitir isso. Eu sei e tenho certeza de que ela é inocente. Até aceitaria que pudesse cometer o ato em defesa própria ou dos nossos filhos em seu ventre, mas a forma que Poncho foi encontrada, o ato foi demais para uma pessoa delicada e pura como Any tenha provocado.
— Como Perla morreu? — pergunta ela.
Volto a encarar Adam para que ele se cale.
— Eu vou saber de uma forma ou de outra — murmura ela, com firmeza na voz. — Essa mania de vocês é irritante. Eu não sou uma taça de cristal. Acho melhor que eu saiba por vocês.
— Eu não sei muito bem — começo receoso. Vou revelar apenas o que for preciso. No caminho Adam havia me mostrado uma foto que conseguiu com sua amiga policial. A cena é realmente chocante, Perla em uma poça de sangue, os olhos arregalados e sem vida. — Quando cheguei ao prédio o circo já estava armados. Parece que a empregada encontrou o corpo. Um policial disse que Perla foi esfaqueada algumas vezes.
Noto-a ficar ainda mais pálida do que anteriormente, se é que isso é possível. Minhas últimas palavras abalaram-na terrivelmente.
— Você está errado Adam! Virão atrás de mim — Wny levanta-se mais rápido do que eu pude prever e desmaia aos meus pés.
Caio ao seu lado, meu coração pulsa acelerado. Porra! Porra! Porra! Eu sabia que isso iria acontecer. São informações demais para que possa assimilar.
Que merda de marido eu sou? Deveria ter trazido uma equipe médica para que a amparasse ao dar a notícia a ela. Se algo acontecer a eles jamais vou poder me perdoar.
— Adam! — urro para ele, que está estático ao nosso lado — Faça alguma coisa! Chame a ambulância!
Prendo-a em meus braços e acaricio seu rosto com suavidade. A merda dos meus olhos enche-se de água, mas eu as contenho. Não posso entrar em pânico agora. Carrego-a até o sofá, deposito-a ali com cuidado.
— Anahi! — acaricio os cabelos dela com desespero — Amor. Não faz isso comigo, porra.
Ela abre olhos e me encara. Seus olhos estão marejados.
— Fique calma, isso não vai acontecer — tento acalmá-la — Ninguém sabe sobre isso e assim que deve ser.
— Que porra que está acontecendo aqui? — diz Adam, parece ter saído do seu estado de estupor e nos encara com olhar furioso. — O que eu não estou sabendo? Poncho?
— Nada de importante Adam — murmuro.
— Eu estive no apartamento de Perla essa tarde e... — responde ela, deixando-me fodido com isso.
— Anahi! — interrompo-a, um sentimento de frustração dominando-me.
— Eu preciso falar — Ela respira fundo e encolhe-se levando a mão ao ventre. É importante Poncho.
— Tudo bem — murmuro, vencido. Não quero agitá-la mais — Apenas Adam saberá sobre isso, ninguém mais.
— O que foi fazer lá Anahi? — Adam encara-a insatisfeito.
Ela faz careta, tenta se acomodar no sofá e acaricia o ventre. Isso não é bom, conheço-a. Está sentindo alguma coisa e quer esconder de mim.
— Geórgia! — grito em direção a cozinha, meus olhos estão arregalados de preocupação. Assim que a senhora entra eu ordeno a ela: — Ligue para Dra. Moore e diga que venha imediatamente.
— Sim senhor — responde Geórgia antes de sair correndo.
Any inspira e expira algumas vezes, como havia aprendido nas aulas de pré-natal. Inferno, meus filhos não podem nascer agora. Não em meio a tanta bagunça em volta deles, além disso falta mais de um mês para isso.
— Não precisava chamar a médica — diz ela, e me encara com olhar de reprovação.
— Não? — praticamente grito. — Está quase dando
a luz nesse sofá e ainda falta mais de um mês. O que eu tenho que fazer é levá-la para o hospital imediatamente.
— Já está passando — Ela respira fundo.
O desespero me domina. Como sempre Anahi é teimosa. Todas as outras vezes eu até chego a achar graça e um pouco divertido vê-la tentando enfrentar-me o tempo todo, mas agora trata-se de sua saúde e de meus filhos. Que merda eu preciso fazer para que ela entenda isso?
— Eu prefiro ouvir isso da médica — insisto.
Para o meu alivio ela concorda com a cabeça. Dou graças à Deus, pois essa seria uma briga feia. De forma alguma abriria mão de que a médica a examinasse. Isso é indiscutível.
— Any se você está bem poderia continuar a me dizer o que aconteceu? — pergunta Adam, colocando-se em frente a ela.
Olho feio para Adam. A falta de sensibilidade dele é irritante. Ele ligou a porra do advogado automático e parece não querer sair.
Caminho até a porta e fecho-a por precaução. Por mais que confie nas pessoas que trabalham na casa diante de um juiz as coisas mudam de figura. E quanto menos eles souberem será melhor. Volto para perto dela e começo a massagear sua coluna e em volta da cintura. Disseram-me nas aulas em que a acompanhei que ajuda a relaxar e anestesia a sensação de dor. Ela sorri para mim em agradecimento e eu continuo, concentrado na tarefa.
— Perla me ligou dizendo que estava com a Luma. No começo eu não acreditei, Luma estava na escola, então... — A voz dela falha, engole em seco, como se tivesse um nó na garganta. — Eu ouvi a voz deLuma ao telefone. Perla disse que iria machucá-la — Ela respira. — Você sabe que ela era capaz de tudo Poncho.
Any vira-se em direção a mim com olhar angustiado.
— Eu tive tanto medo — sussurra.
Acolho-a em meu peito enquanto ela se despedaça em meus braços. Porra, a dor dela me dilacera. As imagens dela mais cedo, machucada e com medo invadem-me. E a ira volta a tomar conta de de mim. Ainda é visível em seu corpo a briga que teve com Anahi. Sorte dessa cadela estar morta ou eu mesmo faria isso, tamanho o ódio que sinto nesse momento. Eu poderia matá-la sem dó, quase fiz isso algumas vezes e arrependo-me amargamente de não tê-lo feito.
— Pode chorar querida — sussurro entre seus cabelos — Chore se isso lhe faz bem.
Ela se aperto contra mim. Desejo protege-la de todas as coisas, de todo esse lixo que eu despejei na vida dela. Maldito dia que eu fui fraco demais para me manter longe. Se eu não tivesse sido um filho da puta egoísta, Anahi estaria segura e feliz.
— Eu me lembrei do que Peter disse sobre o meu celular, naquele dia na delegacia — Ela continua, com a voz fraca — Eu tinha certeza que você iria atrás de nós e que...
— Deveria ter nos avisado Any — Adam responde por mim.
— Eu sei... — Ela senta-se de frente a mim e segura meu rosto — Eu tinha certeza que me encontraria. Mas, não podia me arriscar que Anahi machucasse a Luma. Perdoe-me...
Ela solta um sorriso angustiado. Perdoá-la? Porra! Eu deveria estar de joelhos aos pés dela. É por minha causa que isso está acontecendo. Lágrimas voltam a nublar meus olhos. Meu desejo é fugir dali, leva-los para o mais longe possível. Para onde meu passado não pudesse nos atormentar. Seguro
o rosto dela da mesma forma que havia feito com o meu. Tento passar através dos meus olhos o quanto a amo e o quanto eu sinto por tudo isso.
— Eu sei — murmuro. — Talvez eu fizesse a mesma coisa. Não posso condená-la.
Quem poderia? Quando amamos nos tornamos irracionais, matamos ou morremos em nome desse amor. Eu mataria ou morreria por ela, por Luma e os bebês em seu ventre, simples assim.
— O que mais aconteceu lá? — pergunta Adam.
— Eu cheguei e Luma não estava. Perla queria apenas me atrair até sua casa. Nós discutimos e ela me atacou com uma faca...
— Porra! — grito, agarrando-a pelos braços, ignorando a força com que aperto-os. As coisas só pioram a cada momento — Por que não me disse isso antes?
— Eu ia contar — diz ela, contorcendo-se. Vejo que seguro-a com muita força e afrouxo os dedos em sua pele. — Quando chegássemos à Paris. Eu contaria tudo.
— Continue Any — Adam me olha com impaciência e a incentiva continuar.
— Nós duas brigamos eu... Eu... — sussurra, baixinho — Acho que a machuquei eu não me recordo muito bem, foi tudo tão rápido. Eu peguei a faca para afastá-la de mim, depois eu saí correndo. Só queria sair dali o quanto antes.
O silêncio perturbador toma conta do ambiente.
— Você trouxe a faca? — Adam caminha até nós dois — Você trouxe a maldita faca?
— Não! — Any esconde o rosto contra meu peito — Joguei no apartamento e sai correndo.
Adam esfrega o rosto algumas vezes e anda de um
lugar a outro na sala. Ele resmunga algumas palavras incompreensíveis.
— Isso não é bom — diz ele — Se você foi à única pessoa a vê-la com vida...
— Eu não a matei Adam! — diz ela, desesperada — Como pode pensar isso!
Outra contração, dessa vez mais forte a faz encolher-se. Revolto-me por dentro. Se a digitais dela estiverem na faca a polícia somara dois mais dois e ela estará perdida. Todas as evidencias apontam para Anahi. Provar que é inocente será uma tarefa árdua, se não impossível.
— Só estou pensando com racionalidade — diz Adam — É o meu trabalho.
Levanto-me e os encaro com olhar determinado, as mãos na cintura enquanto caminho pela sala. Tento raciocinar com clareza. O está sendo muito difícil.
— Só nós três sabemos disso, ninguém mais precisa saber que Any esteve lá hoje, pelo menos por enquanto.
— Não seja ridículo Poncho — Adam encara-me abismado. — O porteiro deve tê-la visto entrar e sair ou alguém do prédio. Uma mulher grávida não passa assim, despercebida!
— Então dê um jeito nisso! —grito furioso — Pague o que ele quiser!
— Nem todas as pessoas são corruptíveis — alerta Adam. — Acho melhor pensarmos em uma linha de defesa segura...
— Foda-se Adam! — vou em direção a ele.
Anahi me agarra. Acho que teme que eu desfira minha fúria contra ele. Na verdade, eu preciso mesmo disse, preciso descarregar toda essa raiva em alguém e Adam já me irritou o suficiente por hoje.
— Adam tem razão — Anahi puxa-me para perto dela, tentando ganhar minha atenção — Mesmo que esse homem fique calado não irá adiantar.
Esquadrilho seu rosto com olhar intenso e inquisidor.
— O que você quer dizer? Contou a alguém?
— Minhas digitais estão na faca, minha bolsa e o celular ficaram no apartamento de Perla — murmura — Cedo ou tarde saberão que estive ali.
— Inferno! — gemo angustiado.
Uma batida na porta nos interrompe. Caminho até ela, abrindo apenas uma pequena fresta.
— Sim Geórgia.
— Sr. Herrera a Dra. Moore já está aqui.
— Peça que ela entre em dois minutos.
— Sim senhor.
Autor(a): AliceCristina106
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3