Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
Raphael solta um pequeno resmungo chamando minha atenção para ele. Pode parecer exagero, mas já consigo diferenciá-los muito bem. Rapha é mais impaciente, foi assim até para nascer, ele foi o primeiro, o apetite também é voraz, enquanto o irmão dorme como um anjinho ele já se faz presente, exigindo atenção.
— Oi meu amorzinho — sussurro, pegando-o com cuidado. Seu corpinho ainda é tão frágil que temo machucá-lo de alguma forma — Está com fome, querido?
Noto ao lado da cama, próximo a mim, várias sacolas de um departamento infantil com pacotes fraldas, mamadeiras e até mesmo um pequeno urso de pelúcia. Há tantas coisas ali que meus olhos mal conseguem registrar tudo. Outra vez aquela onda de emoção a qual prefiro novamente culpar os hormônios da gravidez, fazem uma pequena bola se formar em minha garganta. Peter, Liam e Dylan haviam desaparecido no dia anterior e tenho certeza que foram eles os responsáveis por todos esses presentes.
Encaro-os com os olhos marejados. O carinho e apoio que sempre demonstraram a mim, principalmente agora, faz meu coração virar gelatina, mas esses pequenos detalhes como o ursinho de pelúcia para meus filhos é de fazer meu coração sair pela garganta. Que mãe não se senilizaria com isso? Faça mal aos meus filhos e encontrará uma fera, ame-os e terá minha gratidão eterna.
Sorrio para eles em agradecimento e recebo três sorrisos radiantes de volta. Caramba, são homens mais incríveis que conheci em toda minha vida. Não por serem lindos e atraentes, isso é inegável, mas é pelo o que eu vejo além.
Gabriel acorda nesse momento, os pulmões fazendo jus ao um cantor de ópera.
— Aqui — coloco o urso marrom vestido de marinheiro ao lado dele, que encara o brinquedo por alguns segundos, voltando a berrar logo em seguida.
— Eu ajudo — diz Poncho, agora ao meu lado.
Enquanto ele troca a fralda do bebê com uma agilidade e precisão que duvido que algum dia eu chegue, eu tento acalmar o outro.
— Eu tenho que ir, Any. Pedi a Peter que esperasse mais alguns dias antes de removerem vocês daqui — Liam acaricia a cabeça do bebê em meus braços — Descanse bastante e cuide desses pequenos. Lembra que me prometeu que seria um dos padrinhos.
Havia feito a promessa quando Poncho esteve hospitalizado, brigando para se manter vivo e eu rezava para que ele voltasse para mim. Naquela época a promessa parecia algo impossível de acontecer. Hoje dou graças a Deus por suas palavras proféticas.
— Obrigada Liam.
— Espero você lá fora, Peter — diz Liam, com olhar provocativo — Acho melhor seguir o seu carro, vai que desmaia pelo caminho.
O gesto obsceno, seguido de um travesseiro contra a porta, foi a única resposta que obteve dele, enquanto saía em meio a gargalhadas.
— Não liga para ele — dou uma piscada para o grandão tatuado, fofo e envergonhado a minha frente — Sabe como ele é...
— Um grandíssimo idiota — diz ele, contrariado.
— Homem, você virou uma lenda — Poncho coloca a cereja no bolo da provocação — Liam usará isso para sempre. Sua vida acabou depois disso.
— Poncho! — encaro-o zangada.
É inacreditável que ele esteja colocando mais lenha na fogueira. Entrego Raphael a ele para que mantenha mãos e cabeça ocupada.
— Engraçadinho — murmura Peter indo em direção a porta — Babaca!
— Por que você fez isso? — pergunto em voz baixa.
Pego Gabe da cama que parece mais calmo agora que está limpinho e de fralda trocada.
— Foi engraçado — Poncho sacode os ombros, escondendo um sorriso — Admita.
Garotos insuportáveis é isso o que eles são. E recuso-me a participar disso, pobre Peter, levará esse carma para vida toda ou até que um deles faça algo pior ou semelhante. Mas eu devo admitir, será muito difícil alguém conseguir superá-lo.
— Ah, Poncho... — Peter retorna um uma folha de papel em sua mão — Com toda essa confusão eu me esqueci disso.
Minhas mãos ficam trêmulas e deposito o bebê na cama. Conheço a folha decorada de corações. Eu tenho uma folha desenhada, semelhante essa, em minha caixa de recordações.
— Luma? — Poncho pergunta com a voz trêmula.
— Sua filha é muito esperta — murmura Peter antes de sair.
Acompanho Poncho com os olhos quando ele caminha para fora. Esse é um momento único entre ele e Luma. Entendo o quanto é difícil para os dois, essa separação. Enquanto amamento Raphael o mais exigente, pergunto-me como eu reagiria se houvesse dado a luz na prisão. Tenho apenas um dia com eles e se me tirassem isso, morreria de dor e tristeza. Conhecer a grandiosidade da dor que Poncho vem suportando por estar longe de nossa filha, fere-me muito.
Acaricio as bochechas rosadas enquanto meu filho
mama avidamente. Os olhinhos presos aos meus.
Cuido do outro pequeno, e assim que os bebês adormecem eu sigo em direção ao quintal. Dylan está absorto polindo o carro, que está estacionada no caminho de pedra que leva a estrada mais à frente.
Circulo a cabana e encontro Poncho sentado em um velho tronco de árvore, um dos braços apoiados contra os joelhos e a cabeça sobre ele. Eu só o vi chorar uma vez, essa foi a primeira imagem marcante que tive ao voltar a ver. Também é a que eu mais me empenho para esquecer, ainda mais, porque aquelas lágrimas foram provocadas por mim.
Ele não é o tipo de homem que demonstra fraqueza e fragilidade com facilidade. Vê-lo assim causa em mim, uma dor profunda.
E quando seus olhos vermelhos encontram os meus, após notar minha presença ao seu lado, toda minha estrutura desce ladeira a baixo.
— Posso ver? — pergunto com voz rouca, provocada pela emoção.
Ele me encara com olhar hesitante, indeciso, mas por fim, entrega-me a carta.
Papai,
Faz muitos dias que você e minha mãe partiram. Eu tenho sentido muito a sua falta. Às vezes eu choro escondido, porque minha vovó disse que eu tenho que ser forte. Também disse que você teve que ir e que em breve estará de volta.
Você vai voltar, não é?
Eu não tenho ido à escola nos últimos dias. Os deveres são entregues a mim e vovó me ajuda, as vezes. Ela não é como você, não entende tanto assim de matemática. Eu tenho dormindo com a boneca que
a Any... minha mãe me deu, a mesma que eu joguei no chão aquele dia, por birra, diga a ela que eu me arrependo por ter sido malvada. Eu sinto falta dela, de como me abraçava e sempre cantava para mim antes de dormir. Sabia que o cabelo dela tem cheiro de morango? Espero que os bebês
não tenham nascido ainda. Eu queria estar aí com vocês.
Eu não vou escrever mais porque meus olhos estão esquisitos. Eu não vou chorar eu prometo, mesmo com esse negócio aqui no coração, machucando muito.
Papai, eu amo você. Não se esqueça de mim.
Sua filha Luma.
Minhas pernas fraquejam e em poucos segundos vejo-me presa em seus braços. Desabamos juntos, entregues a esse mar de dor e devastação. Choramos e tentamos sustentar um ao outro. De tudo que enfrentamos até agora o sofrimento de Luma é o que mais nos destrói a alma.
Autor(a): AliceCristina106
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— Eu a amo tanto... — confidencia ele, a testa apoiada na minha. — Ela sabe — fungo, tentando segurar uma nova leva de lágrimas — Luma sabe disso, amor. — Preciso vê-la — continua ele, transtornado — Tenho que ver minha filha. — Você verá — esfrego meu peito, em b ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3