Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
— Eu a amo tanto... — confidencia ele, a testa apoiada na minha.
— Ela sabe — fungo, tentando segurar uma nova leva de lágrimas — Luma sabe disso, amor.
— Preciso vê-la — continua ele, transtornado — Tenho que ver minha filha.
— Você verá — esfrego meu peito, em busca de aplacar a dor que se formara ali — Peter dará um jeito nisso.
Eu acalento-o como fiz alguns minutos com um dos gêmeos. Ele precisa de mim e tento me manter forte enquanto ele soluça em meus braços como um menino perdido e sem direção.
****
Teriam sido três dias maravilhosos, se nas últimas horas meu corpo desleal não houvesse me traído de forma mais desonrosa. Desde a noite anterior
esforço-me de todas as formas para amamentar os dois bebês, mas vem sendo praticamente impossível.
Eu não venho produzido leite o suficiente para alimentá-los, o que tem me deixado em pânico e cada vez mais aflita. Isso também não ajuda muito.
Balanço Gaby em meus braços, o choro sentido e angustiado parte meu coração em pedaços de forma inexplicável, aumentando cada vez mais meu desespero. Olho para o lado da cama onde Raphael dorme, após ter se saciado com o que havia de leite materno em mim e rezo para que ele não acorde.
A primeira coisa que ele faz ao acordar é reivindicar meus seios em busca de leite. No momento não consigo suprir um quanto mais dois. Sempre o amamento primeiro porque dos dois é o mais impaciente e guloso. Eu deveria tê-lo tirado dos meus seios antes, mas foi quase impossível afastá-lo de mim. Não quando ele mamava com tanto ímpeto e vontade, principalmente com seus olhinhos focados nos meus, olhando-me com inocência e profundidade. Essa era nossa conexão, o momento que mais me sinto ligada a eles. Não era apenas o meu leite garantindo que cresceriam forte e saudáveis era todo o meu amor entregue ali, nesses singelos momentos.
Agora com o irmão com fome e chorando desesperado em meus braços, sinto-me culpada. Ele tenta, algumas vezes acha que consegue, mas em seguida a frustração e o rostinho contorcido jogam um balde de água fria em mim, na realidade, congelante.
— Por favor, Senhor! Por favor! — caminho pela sala pequena ninando-o em meus braços, pedindo aos céus que consiga produzir o alimento que o bebê precisa — Meu Deus!
— Me dá ele aqui — Poncho se aproxima de nós dois por trás e pega o pequeno de meus braços acalentando em seu peito — Ei garotão? Papai está aqui.
Ele caminha até a mesa, senta em uma cadeira ao lado e continua sussurrando para o filho. Gabriel não fica em silêncio, mas o choro passa a ser choramingos.
— O que é isso? — pergunto ao velo mergulhar o dedo mindinho em um copo e colocar na boca do bebê que suga com avidez.
— Água com açúcar — diz ele, voltando a mergulhar o dedo no copo ao ver o bebê protestar novamente — Vai distraí-lo até Dylan chegar com o leite.
Os meninos haviam pensado em tudo quando saíram para as compras para os bebês; chupetas, fraldas, mamadeiras, pomadas, roupas, brinquedos — menos leite. Afinal essa função é minha. Quando penso que sou incapaz até mesmo disso... Como
poderei ser uma boa mãe se...
—Ei... — uma voz rouca, mas suave corta meus pensamentos — Já disse para não se sentir culpada.
— Eu não consigo — desabo na cadeira ao lado da dele — Se não estivesse aqui comigo, provavelmente eles morreriam de fome, sou uma péssima mãe e jamais pensaria nisso...
Indico o copo em cima da mesa. A ideia parece ter surtido efeito já que o bebê está tranquilo e sonolento no colo dele.
— Tenho experiência com criança Anahi, apesar de contar com a ajuda da babá de Luma, eu quis aprender tudo sobre ela Não foi fácil no começo, assim como não está sendo para você. Além disso, toda essa tensão influencia no seu corpo e, é natural que algo assim, venha acontecer. Lembra do que Liam nos disse por telefone?
Eu sei que ele tem razão. Liam havia nos explicado que todo estresse, preocupação e situação na qual passamos a viver, pode estar me afetando, fazendo com que produza menos leite do que o normal e ter que alimentar dois bebês ao mesmo tempo é outro agravante.
No entanto, a informação em vez de me aliviar, só faz com que eu me sinta ainda mais frustrada. Pergunto-me, que tipo de mãe eu sou? Meus filhos precisam de mim e sou incapaz de fazer algo tão simples e natural como amamentá-los. Sinto-me um fracasso em pessoa.
Até Alfonso sabe lidar e cuidar das necessidades dos dois, melhor do que eu e, isso é enlouquecedor. E ter que recorrer ao leite industrializado doí-me o coração.
— Dylan logo estará de volta — Poncho acaricia minha mão em cima da mesa — É apenas uma situação provisória. Vamos sair daqui essa noite, talvez outro clima a ajude.
Não é o local que me deixa apreensiva, eu poderia estar em uma choupana que não me importaria. Tendo-os ao meu lado, seguros e felizes é tudo o que me importa. O que me angustia é a tristeza que nossa filha se encontra. A carta dela para Poncho estraçalhou nossos corações.
— Não deveria ter mostrado a carta a você... — ele levanta e caminha com o bebê até a cama, colocando-o com cuidado para que não desperte e volte a ficar angustiado novamente.
Eu respiro fundo e tento manter o controle. Poncho vem absorvendo tanta pressão e responsabilidades em excesso nos últimos dias. Lidar com uma mulher descontrolada e chorosa não é o que ele precisa no momento.
— A carta da Luma me deixou emocionada eu não
posso negar — encontro-o no meio do caminho e entrego-me a seus braços, ele senta na cama e coloca-me em seu colo, olhando-me firme — Mas não é isso que me afetou, são todas essas coisas acumuladas. Eu sei que você está sofrendo e...
— Anahi...
Coloco meus dedos em seus lábios para impedir que interrompa o que preciso dizer. Ele pode pensar que é uma fortaleza, mas no fundo não é, ninguém é assim o tempo todo.
— Não fale...— abraço-o, apoiando minha cabeça em seu peito — Eu vou manter a calma, meu leite voltará e tudo ficara bem.
— Se tivesse deixado você em paz quando me pediu... — sussurra ele, acariciando meus cabelos — Eu simplesmente não pude.
— Ainda bem que não — aperto-o forte — Graças a Deus que não. Eu não teria vida sem você, Poncho. Eu não tinha uma vida antes.
Ficamos assim, juntinhos, por um longo tempo. Eu inebriada pelo cheiro de sua pele e sabonete cítrico enquanto o calor de seu corpo e os dedos enroscados em meus cabelos me dão a sensação de paz e aconchego.
Sonolenta e quase de olhos cerrados eu sinto o telefone vibrar no bolso dele que afasta-me um pouco para atender. Eu fico em alerta, não recebemos ligações desse número e só usamos ser for para algo realmente urgente.
— Mensagem do Dylan — diz ele, soltando o ar pesado — Há algum problema com o carro no meio do caminho.
Poncho me coloca na cama com a mesma delicadeza que faz com os bebês, deposita um beijo em minha testa e caminha até a cadeira onde havia deixado
sua jaqueta.
— É algo grave?
— Acho que não — ele sorri — Precisamos dar um jeito ante que escureça, ainda quero sair daqui hoje. Liam conhece alguém de confiança que pode dar uma olhada em você e nos meninos e preciso falar com Adam o quanto antes. De algum jeito eu vou resolver isso.
Ele toma meus lábios de um jeito possessivo e o beijo é urgente e faminto. Como se precisasse dele para sobreviver. Retribuo com igual ou maior intensidade.
— Tranque a porta assim que eu sair — Poncho leva-me com ele até a porta, ainda estamos presos um no outro — Não importa o que aconteça, saiba que amo você.
— Não gosto quando diz isso — puxo-o para mais perto de mim, colando minha testa na dele — Soa-me como uma despedida.
— Apenas a morte ou grades me manteriam longe de você, amor — seus lábios pressionam os meus novamente — Não aceitarei isso em nenhum dos dois casos.
— Eu te amo — declaro, resistindo a deixá-lo partir. Algo dentro de mim, diz que alguma coisa está errada. Sexto sentido? Premonição? Eu não sei.
— Vai voltar não vai?
Cravo minhas mãos em seus braços e encaro-o apavorada.
— Em alguns minutos. Vou deixar o celular aqui. Se precisar de ajuda, sabe a quem deve procurar — os lábios formam um sorriso cálido, mas no fundo de seus olhos vejo a mesma inquietação que habita em mim — Aproveite e descanse. Pelo o que conheço
daquele anjinho — diz ele, olhando para o lado da cama, onde Raphael dorme tranquilamente — Vai acordar com espírito de Pavarotti.
— Tenha cuidado.
Assim que ele sai, após um último beijo apressado eu tranco a porta e apoio-me contra ela. A sensação esquisita de que algo ruim paira sobre nós persiste dentro de mim.
Caminho até a cama e observo meus bebês com atenção. Mesmo seus peitos balançando lentamente ao ritmo da respiração eu coloco meus dedos embaixo de seus narizes para me certificar de que está tudo bem. Poncho ri de mim quando faço isso, mas eu não ligo. Meu instinto é maior do que qualquer senso de ridículo. Eu tenho certeza que serei uma mãe que fará os filhos passarem vergonha de tanto que os beijarei o tempo todo. Lembro-me vagamente que com minha mãe era assim. nunca tivemos muito dinheiro, mas o calor humano, esse transbordava em cada canto da nossa casa humilde, mas repleta de felicidade. Pelo menos até aquele homem horrível cruzar nossos caminhos.
Ainda desprezo-o profundamente. Odeio para ser honesta. Ainda é complicado separar a imagem que eu tenho dele com Poncho. São como clones, a diferença é o calor e amor que eu vejo nos olhos de Poncho quando olha para mim. Mas algumas vezes, ao acordar assustada a noite, perdida, olho-o por alguns segundos e sinto uma raiva indescritível. Então, eu me lembro de onde estou e que esse homem é outro. Que o amor que sinto por ele e o medo de perdê-lo, superam qualquer marca do passado, levando essas lembranças dolorosas para lado mais obscuro da minha mente e, é lá onde as mantenho, trancadas.
Se Maite estivesse aqui. Quem precisa de terapia
quando se tem uma amiga como ela? Sinto saudade das nossas conversas francas. De como aconselhamos uma a outra e como rimos de nossas idiotices. Será que ficou com raiva de mim por ter partido sem me despedir? A vida inteira pessoas entraram e saíram de sua vida sem olhar para trás. Eu jurei jamais fazer isso e havia quebrado minha promessa.
Não! Eu conheço minha amiga. Ela ficou furiosa, desapontada, mas no fundo entenderá o que nos levou a isso. Havia perdoado a mãe que a abandonou em um orfanato aos sete anos. Ela não seria intolerante comigo. Assim espero, fervorosamente. É como uma irmã para mim e a amo muito.
Decidida, afasto esses pensamentos dolorosos e, pego a carta de Luma que Poncho havia guardado em baixo do travesseiro. Leio e releio várias vezes, até não haver lágrimas em meus olhos. Luma não havia nascido do meu ventre e nem tive tanto tempo com ela como Poncho, mas eu posso afirmar que a amo tanto quando os gêmeos. Não há explicação para isso. É o que sinto e sei que sou retribuída nesse amor.
Quando ela me pediu com os olhinhos úmidos e cheios de esperança que pudesse me chamar de mãe no dia do meu casamento foi um dos momentos mais inesquecíveis e emocionantes da minha vida. Naquele dia formamos um elo eterno.
— Amo você Luma — aperto a carta em meu peito e desejo que minhas palavras levadas pelo vento possam chegar até seu coração.
Meus cílios pesam sob meus olhos. O cansaço e estresse da noite anterior começam a cobrar seu preço e caio em um sono profundo.
Eu estou sendo caçada. Eu corro e corro, mas pareço
parada no mesmo lugar. As árvores na floresta parecem triplicar de tamanho, bizarramente parecem sorrir para mim, desafiando-me. A máscara branca surge a minha frente, como o gato em Alice no país das maravilhas, envolto de uma fumaça branca e fantasmagórica. E tento escapar mas parece que a fumaça tem efeitos paralisantes.
Dois homens iguais caminham em minha direção. Não há olhos, apenas um profundo buraco negro. Os dois estendem as mãos em minha direção enquanto a máscara branca continua em volta de mim, zombando.
Um estrondo faz-me saltar no lugar ecoando em minha cabeça no mesmo compasso das batidas do meu coração.
Sento-me na cama com o suto. Há dois homens parados entre a porta arrombada.
— Anahi Portilla— um deles caminha até mim, mostrando um distintivo prateado — Polícia de Nova Iorque.
Tudo vira um verdadeiro caos. Os bebês que choram assustados devido a invasão repentina. Meu coração que parece querer sair pela boca. E minha alma encurralada que grita desesperada dentro de mim.
Parece insano, mas eu prefiro volta r ao pesadelo anterior do que ter que enfrentar essa realidade terrível.
Autor(a): AliceCristina106
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3