Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
— Dylan! — escancaro a porta e tento movê-lo com cuidado — Dylan!
Seus olhos piscam algumas vezes como se procurasse orientar-se.
— O que aconteceu aqui? — ajudo-a sentar de uma forma mais confortável, embora cada movimento o faça gemer mais. Noto os fios de sangue deslizarem por sua testa, no lado esquerdo.
— Atiraram no carro — diz ele com a voz vacilante — Tentei desviar, fugir mas atiram nos pneus.
Ele cerra os como se estivesse revendo mentalmente o que havia ocorrido ali.
— Por isso enviou a mensagem para mim? — soou mais como uma afirmação do que uma pergunta.
— Que mensagem? — pergunta ele levando a mão a cabeça.
— Para o meu celular.
— Não enviei mensagem alguma — Dylan me encara espantado.
É normal que ele esteja confuso e desorientado e espero que o ferimento em sua cabeça não deixe sequelas graves.
Os planos haviam mudado. Terei que entrar em contato com Peter para que ele encontre outra forma de irmos para a casa que havia providenciado. Também terei que dispensar Dylan até que se recupere. Isso não me deixa feliz. Com ele por perto eu conseguia ficar menos tenso em alguns momentos, pelo menos disfarçar para Anahi a ebulição de sentimentos próximos a explodir dentro de mim.
— Enviou sim — mostro o celular a ele para que não se sinta como se fosse louco — Veja.
— Sinto muito — Dylan me encara com firmeza — Eu não envie. Quando vi que estava sendo seguido tentei voltar para a cidade, mas atiraram nas rodas... Não me lembro de mais nada depois daí.
— A mensagem veio do seu celular, Dylan — insisto, alarmado.
— Acredite em mim, senhor Herrera, eu não fiz isso.
— Onde está o telefone?
Ele procura nos bolsos da calça, mas faz isso com tanta lentidão que resolvo ajuda-lo. Não está com ele ou parte alguma do carro, concluo após fazer uma vistoria minuciosa nos bancos traseiros em meios as sacolas de compras.
Que porra está acontecendo aqui!
O som da sirene ao fundo e os dois carros policiais que passam por nós em alta velocidade seguindo em direção em que vim deixa-me em transe enquanto observo-os através dos vidros da janela.
— Droga! Droga! — vocifero em voz alta — Malditos!
Ficou tudo mais claro do que água para mim. Não estavam procurando seguir meu segurança. Queriam me atrair. Deixar Anahi sozinha, uma presa fácil e eu caí completamente na armadilha.
Chuto a porta do carro até abri-la. Coerentemente seria mais fácil apenas levantar a alavanca, mas estou longe de agir como uma pessoa coerente.
— Dylan você está bem? — pergunto alucinado ao sair do carro.
— Sim, senhor — murmura ele, cambaleando, aproximando-se com passos curtos — Vá. Ficarei bem.
— Eu... — olho para o ferimento em sua testa e sinto-me culpado. É desumano deixa-lo aqui, assim.
Inferno! Eu não tenho alternativa. É minha família. Any e meus filhos precisam de mim.
— Vá, senhor — ele insiste em meio a palidez em seu rosto — Alcanço-os em seguida.
Antes que eu consiga piscar os olhos, corro de volta a cabana em uma velocidade que daria inveja a qualquer maratonista olímpico. O medo pode ser nosso maior inimigo, mas também nos impulsiona. É como uma verdadeira meretriz, pronta a morder suas bolas, por mais que eu tente não entrar pânico, ele está em prontidão, duelando comigo.
Corro como se meu corpo fosse apenas programado para isso. E respirar é apenas uma necessidade fisiológica. O gosto ácido e amargo que queima em minha boca, miscigenado a raiva que são tão intensos que faz meu corpo tremer tirando-me o foco de tudo. A culpa por tê-la deixado sozinha, martela em minha cabeça como um inquisidor implacável.
O suor começa a correr frio pelo meu rosto enquanto rezo para que eu os alcance a tempo. É inegável, chegamos ao fim da linha. As duas viaturas que
passaram por mim a pouco estavam ao encalço de Anahi.
Tudo o que fizemos, todo sofrimento causado a nós mesmo e a nossa família havia sido inútil.
Corto caminho por dentro da floresta tentando ganhar tempo e reduzir a distância o máximo que eu possa conseguir. Alcanço o caminho de pedregulhos que leva a entrada. Por um momento, ao ver o espaço vazio, a parte de mim que acredita em milagres pergunta-me se talvez não houvesse sido apenas um mal entendido. A porta semiaberta e as mãos de aço em meu peito respondem que não.
Eu não caminho, sou arrastado para dentro por minhas pernas trêmulas e vacilantes.
Vazio!
Tudo o que há é um imenso vazio. E não digo apenas da minúscula habitação iluminada por luzes amarelas e opacas. Haviam me lançado em um imenso e frio buraco negro de dor e solidão. Não sei exatamente em qual momento meus joelhos tocam o chão, mas posso de dizer com precisão o momento em que a primeira lágrima saltou de meus olhos.
Anahi, meus filhos, ninguém.
Consigo sentir o perfume dela e o cheiro suave de loção de bebê. E se eu fechar os olhos a sensação é tão intensa ao ponto de chegar a ouvir o som de suas vozes.
— Me perdoem! Sinto muito!
O grito enrouquecido ecoa pelo quarto silencioso de forma espectral. A percepção de que eu havia falhado, outra vez. Haviam conseguido exatamente o que queriam, reduzir-me ao nada. Preso dentro de mim mesmo, definhando dia a dia como a cela que a aprisionariam. Meu coração cheio de ódio e a alma
mero fragmento do que um dia já foi.
Tão-somente momentos sombrios pela frente. O que seriam dos gêmeos Luma, sozinhos. Crescendo sobre olhares acusatórios e palavras cruéis? Sem o carinho e abraço apertado de uma mãe.
Minha pequena Luma que havia passado sua vida toda apenas com meu amor. Anahi e ela haviam se entregado ao laço denso de amor entre mãe e filha que não havia causado apenas minha admiração, mas meu profundo agradecimento aos céus por tê-la colocado em meu caminho.
Eu sabia que minha vida havia mudado completamente quando a vi naquele beco escuro. Não foi a surpresa de saber que era cega que havia me colocado em transe, mas o magnetismo daqueles olhos e a certeza de que eu jamais voltaria a ser o mesmo. Do nevoeiro cercado de solidão parcialmente preenchido por Luma ao voo esplendoroso que a sensação de tê-la em meus braços proporcionava.
Agora... Novamente ao inferno.
— Senhor?
Ouvi a voz familiar e som dos sapatos, rastejando no chão de madeira degastado. O toque em meus ombros, levemente pressionados, oferecendo um conforto que estou muito longe de sentir.
— Levaram-na, Dylan — dou voz ao que eu havia repetido mentalmente em minha mente.
Eu já havia chegado ao meu limite. Tudo que quero é saber que Anahi está bem. Mesmo sabendo que isso seria impossível.
— Eu os vi, rapidamente, quando cruzei com eles na estrada, a caminho daqui.
— Como ela estava? — exasperei, pressionando-lhe os pulsos com força demasiada.
— Eu não sei dizer.
Respiro fundo, procurando controlar o vulcão em erupção dentro de mim. Amo-a demais para me render assim. E esse amor que me impulsiona a continuar lutando.
—Há alguma possibilidade de usarmos o carro? — pergunto ao me levantar do chão frio. Eu já sabia a resposta óbvia para essa pergunta, mas preciso manter minha mente ativa de alguma forma.
— Sem rodas novas...
— Preciso encontrá-la — sussurro indo em direção a porta.
—Como fará isso? — Dylan me interpela — Andando sem rumo por aí.
Estávamos isolados, mesmo que caminhássemos até a cidadezinha mais próxima levaria pelo menos um dia. Um tempo longo demais para mim, os últimos minutos foram dolorosos o suficiente.
Autor(a): AliceCristina106
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3