Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
Afasto-me dele enxugando as lágrimas grossas em meu rosto. De certa forma envergonhada por minha fraqueza. Eu não estou mais sozinha no mundo, meus filhos precisam que eu seja forte.
— Tenho um recado que acho que a fará feliz.
— O quê?
Penso que seja algo de Maite ou mais provável de Luma. Pensar nela causa nova onda de dor em meu peito. A única coisa boa nisso tudo é que talvez agora eu possa vê-la.
— Aconteça o que acontecer eu a amo — ele diz, sem jeito — Bem não eu...
— Poncho... — gemo seu nome. Meu amor, minha vida, meu tudo. Pressiono a mão em meu peito, massageando-o em busca de minimizar a navalha afiada que parece querer rasgar meu coração, quando minhas pernas já não me sustentam mais.
— Está vendo esses bebês, Any? — Adam ajoelha ao meu lado, em frente gêmeos, no pequeno Moisés, no canto do sofá — É o motivo que você precisa para ser forte. É por eles que tem que lutar a cada dia.
Eu teria forças? Teria forças para enfrentar tudo isso? Quando meu único desejo é que esse pesadelo acabe.
Há alguns meses eu planejava uma nova vida. O quarto dos bebês. Meu dilema era entre paredes azuis ou amarelas Minha única aflição era a saudade que teria de meus grandes amigos. Principalmente de Maite, minha amiga louca e completamente sem juízo.
— Eu vou — murmuro, determinada.
Eu daria minha vida por eles, eu não preciso declarar isso. E sei o quanto Adam tem razão. Eu tenho que encontrar forças de algum lugar.
Além do arco-íris possa existir a esperança que eu não possa ver. Eu havia perdido minha irmã, meus pais, a visão, quase perdi Kelvin, Poncho e continuo aqui. Não vou perder meus filhos, marido e o direito de estar com eles, principalmente o direito de ser feliz.
— Me ajuda? — pergunto, estendendo a mão a ele.
— Sempre! — responde ele, apertando minhas mãos com firmeza.
Embora Adam tenha tentado disfarçar a emoção, vejo o brilho úmido em seus olhos contrastando com o semblante endurecido
— O que acontece agora? — pergunto, angustiada.
— Eu tenho que ser sincero, Any — diz ele. — Será muito, muito difícil. A sua tentativa de sair do país e ficar foragida por todo esse tempo, foi praticamente um atestado de culpa.
— Será interrogada — continua ele — E apresentarão as provas contra você.
— Provas? — pergunto atordoada.
Adam levanta, andando de um lado a outro da sala, mãos na cintura e um olhar gazeado. É a primeira vez que o vejo no modo advogado e imagino que esse olhar perspicaz e felino, deva ser ainda mais evidente em uma sala de audiência. De uma sagacidade impressionante, Adam não é o tipo de homem que deixa passar algo despercebido.
— Todas as evidencias apontam para você Any — ele pontua — Local do crime, arma e um motivo.
— Motivo! — exalto-me elevando a voz mais do que gostaria. Gabriel se assusta e pego-o para acalmá-lo — Por que eu teria motivos para matar aquela bruxa.
O olhar interrogativo e as sobrancelhas arqueadas dele, respondem a minha pergunta. Eu a odiava e o sentimento era recíproco. Sim, eu teria milhões de motivos para querer matar Sophia. Primeiro toda a angustia que ela causou a Poncho antes e depois de casada com ele. Segundo, todas as vezes que fez Anne sofrer e se sentir desprezada. Ainda há o escândalo que fez na loja de roupas quando cheguei a ameaça-la na presença das vendedoras e outras testemunhas, o boneco vodu horrível que enviou a mim no início da minha gravidez e, por último e não menos importante a armadilha que me levou a casa dela no dia de sua morte.
— Eu sei que teria todos os motivos, mas eu não fiz isso — pressiono o corpo do bebê contra o meu. Como se isso me desse a força e coragem que necessito — Sabe disso, não é?
Mesmo tendo todo mundo, todas as pessoas que enfrentei lá fora contra mim, se Poncho e meus amigos estiverem ao meu lado, eu sei que conseguirei sair de cabeça erguida, não importa como isso acabe.
— Eu sei que não Any. Conhecendo a bruxa como eu conhecia, não a condenaria se tivesse feito. Ela teve um fim merecido — murmura ele, brincando com as perninhas do bebê — O inaceitável é ter atingido você.
O gesto me pega de surpresa. Adam nunca foi muito próximo a crianças. Não que não goste delas, mas prefere manter-se a distância. Isso me lembra o filho dele e Penélope? Seria menina ou menino? E o que os dois haviam decidido sobre isso?
Essas perguntas são esquecidas assim que a porta é aberta de forma abrupta, seguida da voz exaltada de Maite.
— Pois então me prenda e não fique ai parado! — ela encara o policial de prontidão do outro lado da porta.
—Maite! — eu a chamo, preocupada que possa fazer alguma estupidez e ao mesmo tempo emocionada em revê-la após tanto tempo.
— Any! — ela caminha apressadamente até mim e para ao ver o bebê em meu colo — Oh meu Deus!
A garota impertinente, boca dura e raivosa dá lugar a uma chorosa de colegial. Há apenas alguns dias, a incerteza de voltar a vê-la corroía meu coração. Agora tenho junto a mim, minha amiga, minha irmã de alma. Enquanto as lágrimas descem solta, literalmente banhando nossos rostos, eu compreendo o quanto senti a sua falta.
— São tão lindos — diz ela, ao nos afastarmos um pouco — Queria ter estado lá quando nasceram.
Sim, ela apreciaria muito, penso ironicamente. Brigar com o Poncho, rir do Peter desmaiando e consequentemente iria desistir de ter filhos por longos anos após me ver gritar e gemer de dor.
O burburinho lá fora chama minha atenção. Richard conversa, na verdade parece discutir com o policial que faz aguarda e que ainda parece muito irritado com a afronta de Maite.
— Maite? — Adam cruza os braços com olhar recriminatório.
— O quê? — Maite funga, balançando os ombros, secando os olhos — Ele não queria me deixar entrar. Quem ele pensa que é?
— A lei? — Adam retruca, irritado.
—Desculpe, ok? — murmura ela, pouco convincente, enquanto senta ao lado de um balbuciante Raphael — Oi lindinho, sou sua tia Maite.
Ele olha compenetrado para ela, que faz sons e gestos esquisitos, similares aos que todos os adultos imaginam que façam os bebês rirem.
— Pedi que ajudasse Maite — ele esbraveja — Não que criasse mais confusão.
Ajudar? Em que ela poderia nos ajudar além de seu apoio e compreensão?
— Sr. Crighton sabe muito bem que é permitido apenas a presença dos advogados até que a indiciada faça seu depoimento — Hurt, o policial odioso rompe a sala bufando como um touro — E seu tempo com sua cliente está findando.
— Essa é uma situação atípica oficial Hurt — Adam responde, calmamente — Há menores envolvidos e...
— Já solicitamos a presença da assistente social. Está a caminho para levar os bebês. Serão bem cuidados no abrigo infantil...
— Não! — meu grito angustiado chama atenção de todos — Não!
Aperto meu filho em meus braços e dou alguns passos inconscientes para longe dele.
— Maite... — soluço, encarando-a através da cortina de lágrimas vendendo meus olhos — Por favor.
— Não vão fazer nada, Any — sussurra ela em meu ouvido, enquanto me abraça — Eu prometo, fique calma.
— Hurt eles têm família — diz Adam, num tom impaciente — Os avós estão vindo para cidade até lá Sra. Delaney é responsável pela guarda.
— Não é você que decide isso! — Hurt objeta.
— Não, é o juiz e saberia que o Sr. e Sra. Delaney têm autorização se tivesse olhado o documento que mandei entregar em sua mesa. Mas preferiu atormentar minha cliente em vez disso.
Eu sabia que cedo ou tarde o momento da separação chegaria. E eu compreendo que aqui não é o ambiente natural e tranquilo para eles, que como mãe, eu quero uma casa quentinha e aconchegante. Mas a dor de vê-los partir, deixa meus braços vazios e alma despedaçada. Mães, não deveriam perder seus filhos em nenhuma circunstância. Nenhuma deveria passar pela dor que sinto.
— Vocês têm mais quinze minutos — murmura Hurt — Depois você será conduzida a sala de depoimentos.
— Eu vou cuidar bem deles, Any — choraminga Maite, com bebê nos braços.
Eu olho para o meu filho em meu colo. O nó em minha garganta dificulta-me respirar.
— Um dia eu terei você de volta — sem que eu possa evitar uma gota de lágrima toca a bochecha rosada. Deslizo o dedo por ela, acariciando-o com delicadeza — Eu amo você, meu filho.
Richard se aproxima de nós pegando-o de mim. Mil navalhas rasgam meu peito. Um sofrimento diferente, de que tudo que já senti.
— Por favor... — bato o punho cerrado contra os lábios, tentando controlar a dor visceral que faz meu
corpo tremer. Esse é momento que o abraço de um amigo significa tudo.
E enquanto Adam me abraça forte, eu vejo-os partir. Soluçando, gemendo e contorcendo-me de dor. Suprimida por uma dor que nada e ninguém poderá amenizar. Eu tive apenas poucos e preciosos momentos. Tão poucos.
— Ahhhhhh... — agarro-me a ele, em busca de ar, forças ou qualquer coisa que me mantenha viva — Ahhh...
****
Quanto tempo eu fiquei ficado ali, destruída eu não sei. Só havia notado que estava no chão quando o oficial Hurt ressurgiu, encarando-nos desconcertado.
—Hurt — Adam murmura, rouco.
— Certo — ele limpa a garganta saindo em seguida.
Autor(a): AliceCristina106
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Pouco me importo se ele vai ou fica. Tudo o que me importava havia partido ao que para mim já era um tempo longo demais. Minutos que já haviam se transformado em eternidade. — Ei, lutadora? — Adam segura meu queijo, obrigando-me a encará-lo — Vai desistir agora? Quer que aqueles bebês pensem que a mãe deles é ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3