Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
— O que fazemos no necrotério? — pergunto, intrigado. — É um péssimo lugar para um encontro não acha?
— Venha comigo — diz ele, sério, retornando pelo mesmo local que havia saído.
Eu tenho um sério pressentimento de que não irei gostar nada do que estou prestes a encontrar ali, dizimando qualquer esperança de que a verdade finalmente apareça. Após passarmos algumas salas e corredores, paramos em frente à porta.
Minha paciência já havia ido para estratosfera.
— O que fazemos aqui?
Um homem de jaleco branco a abre nesse exato momento. Nos encara por alguns segundos através dos óculos de lente grossa. É franzino, cabelos oleosos, pretos. Se pessoas pudessem ser comparadas a animais, eu diria que ele assemelha-se a um texugo.
— São parentes da vítima? —pergunta ele, encarando-nos com interesse genuíno. — Vieram reconhecer o corpo?
Corpo? Vítima? De que porra ele está se referindo?
— Entrem, a cena lá dentro não é
muito boa — murmura ele, com pouco tato. — Se precisarem de ajuda, não hesitem em chamar, preciso anexar esses
formulários de identificação lá fora.
A sala é parecida com a que vemos
em filmes; paredes claras, aparelhos que eu não faço ideia para o que servem e um cheiro desagradável de formol e algum produto químico que não consigo identificar.
Há duas macas de ferro. Uma delas há um corpo coberto por um lençol branco. Não é preciso ter um QI elevado para saber quem eu encontrarei ali. Os cachos caindo fora do lençol, além da maca, confirmam minhas suspeitas.
Paola Sanches.
A única pessoa nessa sala fria que seria capaz de me dar alguma esperança, está morta.
— Era um corpo que você queria que
eu visse? — fervo e raiva. Todas as
nossas chances haviam esvaído. — Uma brincadeira um tanto macabra, não acha?
— Ferimento à faca — diz ele, calmamente, levantando o lençol,
ignorando minha acusação. —
Exatamente no mesmo local que Perla. A pessoa que fez isso sabia o que estava fazendo.
O corpo já em um estado de decomposição não é agradável aos olhos, mesmo dos mais corajosos. O que me chamou atenção foi a familiaridade entre os ferimentos. Exatamente como os que me lembro de ter visto em Perla, no dia de sua morte. Essa não é uma cena fácil de esquecer.
— Você quer dizer que a mesma pessoa que matou Perla, matou essa mulher? Então vamos à polícia imediatamente!
— Calma, não é bem assim — Peter
segura meu braço, impedindo-me de
atravessar a porta. — Não há provas
suficientes que conectem os dois crimes.
Além disso, Sanches era uma prostituta,
qualquer um poderia tê-la matado.
— Então por que estamos aqui?
—Não podemos provar nada ainda
— murmura ele. — Mas estamos
chegando em uma direção. Encontramos quem matou Sanches, consequentemente, quem tentou incriminar Any.
Peter só pode estar rindo da minha sanidade. Agora não temos um caso de assassinato para resolver, temos dois e francamente, não vejo saída para nenhum dos dois.
— Como você a encontrou?
— Estive na mira dela desde que
desapareceu naquela época. Ela tem um filho pequeno, então não demorou muito para entrar em contato. Uma pena meus homens terem chegado tarde demais.
Foram enganados e até agora não
entendo como.
— Voltamos à estaca zero?
Vejo-o cobrir o corpo e apoiar as
mãos contra a parede. É impossível não
notar a tensão enrijecendo a montanha
de músculos sob a camisa negra. Não que eu seja fraco, eu me exercito bem, mas Peter é um gigante que eu evitaria enfrentar se não o conhecesse. Eu vejo que ele está furioso, tanto quanto eu. Somos controladores. Esse sentimento de impotência deixa-nos arredios como um leão faminto em sua cela.
— Eu tenho que te mostrar outra
coisa — Peter me encara,
compenetrado. — Vamos.
Chegamos à calçada e o sol de fim de tarde banha nossos rostos. Ele coloca os óculos escuros e vai em direção ao seu carro. Algumas mulheres na rua param para notá-lo, cochichando entre elas. Em outro momento, eu daria risada dessa situação, não deixaria passar sem uma boa piada.
— Eu prefiro esse aqui — a loira um pouco mais atirada que as outras, sorri abertamente para mim.
Em vez do sorriso charmoso que eu teria dado quando solteiro, porque nunca senti-me casado com Perla, eu retribuo com olhar duro.
—Veio dirigindo ou Dylan trouxe
você?
— Deixei Calvin em casa, caso minha mãe ou Luma precise dele — com
Dylan de férias, me resta ser meu
próprio motorista.
Além disso, não são apenas homens uniformizados que dirigem para mim, são seguranças treinados. Eu posso deslocar um dos seguranças da empresa até Peter enviar outro, mas estou bem
assim.
Sigo para o banco de passageiro, nem em sonho ele deixaria que eu chegasse perto do SLS Electric Drive turbinado.
Ele até pode dividir suas mulheres em um jogo sexual ou outro, mas seus carros, nunca. O som do Metálica começou a tocar no carro, alto, potente, assim que entrei e continuou por todo caminho. Enquanto a música rola, meus pensamentos vagueiam entre passado e presente, em busca de algo.
— O que é isso? — pergunto ao vê- lo estacionar o carro em frente ao cemitério onde há a capela com o jazigo de nossa família.
— Prefiro que você veja — murmura ele.
—Você não acreditaria se eu contasse... talvez sim, mas prefiro que veja com seus próprios olhos. É irritante que ele me venha com a síndrome de Sherlock Homes agora.
Cheio de mistérios e enigmas indecifráveis.
— Procurei sua mãe assim que saí da
cabana naquele dia. Mas, Lilian não quis colaborar, ela fez um verdadeiro escândalo — diz ele, enquanto seguimos pelo caminho de pedras que nos levaráaté a capela.
— Posso imaginar isso — nossa última conversa havia sido bem esclarecedora. Acho que o que ela quer
é deixar o passado para trás. Eu gostaria do mesmo, se ele não estivesse assombrando minha vida.
— Cheguei a pensar em usar outros métodos, não tão legais, mas não foi necessário. Recebi o sinal verde no dia seguinte.
— Minha mãe cedeu? — faz sentido
depois do que conversamos.
— Até parece — ele ri. — Estava
furiosa comigo por não dizer onde você e Any estavam, de acordo com ela, a culpa era minha. Quem me deu a
autorização foi seu pai.
— Meu pai? — a surpresa faz com
que eu pare, estático e surpreendido. —
Falou com ele sobre isso?
Em meio a todo esse turbilhão de
coisas que nos aconteceram, esqueci
completamente do meu pai e seu estado
de saúde delicado. Egoistamente minha
preocupação era proteger minha família.
Como ele havia lidado com tudo isso?
Nem ao menos havia perguntado sobre ele quando minha mãe chegou. O entimento de culpa belisca minha consciência.
— Acho que ouvia a discussão entre
Lilian e eu — Peter balança os ombros.
— De qualquer forma, a autorização estava em meu escritório dois dias
depois, assinada por seu pai.
Chegamos à capela, a última lembrança que tenho dali é carregada de dor e tristeza.
“Sinto muito, mãe,” Eu não poderia calcular a dor que ela estava sentindo, mas Paul era meu irmão, apesar de todas as nossas diferenças, amava-o também.
“Não sinta,” murmurou ela, os olhos
tristes focados em mim. “Você jamais
será como ele e....
“Não, eu nunca serei como ele,” consciência.
— Acho que ouvia a discussão entre Lilian e eu — Peter balança os ombros.
— De qualquer forma, a autorização estava em meu escritório dois dias depois, assinada por seu pai.
Chegamos à capela, a última lembrança que tenho dali é carregada de dor e tristeza.
“Sinto muito, mãe,” Eu não poderia
calcular a dor que ela estava sentindo,
mas Paul era meu irmão, apesar de
todas as nossas diferenças, amava-o
também.
“Não sinta,” murmurou ela, os olhos
tristes focados em mim. “Você jamais
será como ele e....
“Não, eu nunca serei como ele,” Interrompi, magoado e irritado com ela
ao mesmo tempo. Nada do que eu
fizesse era suficiente, nada. Paul era
insubstituível, a meu ver.
“Poncho, filho...”
“É melhor não dizermos mais nada
um ao outro, as coisas estão bem claras
para mim. Só causaremos mais mágoas e
ressentimentos.
Depois daquele dia, nosso distanciamento foi cada vez maior. Acho que a melancolia que sempre captei nos olhos dela, não era direcionada ao seu filho morto, mas sim, ao que ela já não sabia como alcançar.
A decepção que vi nos olhos da minha mãe, talvez não fosse direcionada a mim como eu havia imaginado na época. Quando me comparou ao meu irmão, foi no sentido do homem perverso que ele havia se transformado, não no que ela gostaria que eu viesse a ser.
— Poncho! — uma voz ao fundo puxa- me de volta para o presente. — Você está bem?
— Algumas lembranças amargas,
apenas — respondo, recompondo-me.
Observo que o túmulo já está aberto,
a tampa encostada em uma das paredes
de mármore.
Jamais estive aqui depois do enterro,
nada de flores ou arrependimentos,
havia deletado o passado da minha vida.
O trabalho e Luma foram as únicas
coisas a manterem minha sanidade, por muito tempo.
— Como eu disse — Peter caminha
para perto do túmulo, suas mãos
apoiadas na base do mármore, o rosto
impassível, impossível de se ler. —
Veja com seus próprios olhos.
Não há absolutamente nada, além de
algumas folhas velhas e secas.
— Violaram o túmulo? — a pergunta
é mais direcionada a mim mesmo do que a Peter. Qual o sentido de tudo isso? O que essa pessoa pretende afinal de
contas? — Quem está fazendo isso? Não
faz sentido algum.
— Paul?
— Isso é impossível, Peter — é completamente ridículo e impensável —eu o vi sendo sepultado aqui.
Autor(a): AliceCristina106
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3