Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
Um golpe de defesa pessoal que Rodrigo
havia me ensinado me vem à minha
mente. Com um movimento automático,
eu me contorço, ficando de costas para
ela, lançando-a no chão.
Aproveitando de seu momento de
surpresa e subo em seu corpo,
pressionando seu pescoço com meu
antebraço. O suor corre frio por minha
testa. A adrenalina correndo por minhas
veias dá a mim uma força que jamais
imaginei ter. Eu vejo-a mudar de cor, um
tom cada vez avermelhado enquanto ela
arranha meus braços e sacode as pernas.
Os gritos das outras mulheres e
consciência de que mais alguns minutos
pressionando sua clavícula, eu poderia
matá-la, faz com que eu me afaste
apoiando-me contra a parede.
Amanda encara-me enfurecida e se
arrasta para o outro lado perto dos
boxes. Estou trêmula e chocada comigo
mesma. Procuro controlar minha
respiração acelerada, sem muito
sucesso.
— Eu não sou mais a Any que você
um dia chegou a conhecer — murmuro
com a voz entrecortada. — A vida tem
me ensinado muitas coisas. Uma delas é
a me defender, então, fique longe de mim
ou arranco seus olhos a unha. E então,
entenderá como é ser cega, como muitas
vezes me perguntou.
Na verdade, eu estou blefando, mas
ela não precisa saber disso, espero
sinceramente que ela não saiba.
— O que está acontecendo aqui? —
pergunta uma vigia noturna, surgindo
alguns minutos depois.
— Apenas um mal-entendido que já
foi resolvido. Amanda achou que eu
estava com seu sabonete — minto, de
cabeça baixa, escondendo meu rosto
entre meus cabelos.
Não é que eu queria proteger a
Amanda, por mim ela voltaria para a
solitária, onde poderia passar anos,
apenas não quero que as coisas
compliquem para mim mais do que já
estão. O Juiz não irá repensar um pedido
de liberdade se souber que andei
causando confusão.
Cada passo meu aqui tem que ser
calculado, mas eu também não irei
deixar de me defender, dela ou de
qualquer outra que queira tirar vantagem
contra mim.
— O show acabou — murmura a
vigia. — Voltem para suas celas. E você
Cooper, sem gracinhas ou volta para
solitária. E acho que você não gostará
de fazer companhia a ela Herrera..
— Não precisava me defender —
murmura ela, esfregando o pescoço. —
Não pense que serei sua amiguinha por
isso.
— Não fiz isso por você — cuspo as
palavras, enrolando a toalha em meu
corpo antes de seguir até minha pilha de
roupas. — Ser sua amiga é a última
coisa que eu gostaria.
Não havia surgido entre nós um elo de amizade e companheirismo como em
uma linda história vista em um livro,
mas Amanda havia entendido que se for
preciso, eu sei me defender. Ela pode
ser perigosa, mas se eu for acuada, eu
também sou, de tanto apanhar na vida,
também aprendi a bater.
De volta à cela, eu sou a última a ir
para cama. Além de todos os problemas
em minha cabeça, agora mais do que
nunca, eu tenho que me manter vigilante.
Eu não sei o que Amanda é capaz de
fazer. Atacar-me durante a noite não
seria algo que me deixaria surpresa.
Tenho saudades das noites que eu
dormia tranquila, mesmo na cabana e
com todos os riscos nos cercando. Todas
as noites, eu tinha os braços protetores
de Alfonso em volta de mim. O peito largo
e forte, que muitas vezes foi o meu
travesseiro, garantiram-me a paz e
tranquilidade que eu precisava.
Eu não consigo pegar no sono. Wolf,
agora conhecida como Molly ronca
ruidosamente em sua cama. Já havia
recebido alguns safanões de Amanda,
mas não adiantou muita coisa.
Olho para cima, Amanda parece ter
pegado no sono, o travesseiro
pressionando em sua cabeça em busca
de minimizar os ruídos provocados pelo
ronco.
Coço o meu dedo anelar enquanto
olho para o teto, sinto o vazio onde antes
estivera minha aliança e dou-me conta
de que já não está mais ali comigo.
Brincar com ela, aliviava um pouco a
tensão e solidão noturna.
Viro para o lado, de frente a porta,
seria loucura deixar a retaguarda baixa,
não com essa maluca tão próxima a mim.
Então, dirijo meu olhar na parede,
observando cada detalhe, da parede,
fixo meu olhar em algum ponto, aos
poucos as pálpebras cansadas ficam
pesadas a marca de tinta descascada é a
última coisa que vejo.
****
Essa é a única parte do dia que me
sinto feliz. Saber que irei vê-lo. É como
se voltasse a ser uma adolescente e estivesse esperando a tão sonhada noite
do baile. Aliso meus cabelos e tento
arrumar a minha roupa. Por mais que eu
tente esticar as mangas é impossível
esconder as marcas de unha em meus
braços. Deus, ele ficaria louco e não
consigo pensar em nenhuma desculpa
convincente o suficiente para acalmá-lo.
— Não é permitido toques ou
qualquer demonstração de afeto. — O
guarda na porta me informa.
Balanço a cabeça e apenas concordo.
Eu o vejo, no fundo da sala, em pé
encostado contra parede. Camisa preta,
jaqueta e calça escura, os cabelos
úmidos, levemente jogados para trás,
embora alguns fios teimosos insistam em
cair em sua testa.
Algumas mulheres acompanhadas
tentam ignorá-lo, enquanto outras
encaram-no abertamente. Assim como
eu, são poucas imunes a ele. Olhares que
ele ignora. Eu tenho a estranha sensação
que para ele há apenas nós dois aqui, ou
quem sabe, seja assim que eu me sinto.
— Oi — eu quero me aproximar, mas
o olhar firme de outra guarda impede-
me. — Que bom que veio.
— Senta aqui.
Encaro a cadeira ao lado de onde ele
acabara de sentar, minhas mãos estão
suando.
— Tudo bem? — Poncho encara as
marcas em minha pele.
Droga!
Sacudo a cabeça em resposta e viro o
rosto para o lado da janela, fugindo dos
olhos avaliadores.
— O que é isso? — um dedo acaricia
minha pele machucada.
— Ah, você sabe... — pigarreio para
limpar a garganta — eu sou bem
desastrada.
— É, eu sei — murmura ele.
Dessa vez são seus olhos que fogem
dos meus. Eu posso ver sua mandíbula
contrair-se e percebo o quanto ele se
esforça para controlar a exaltação.
Continuo calada, observando-o.
Dizer que Amanda está aqui e que me
atacou durante a noite seria como atear
gasolina ao fogo.
Por baixo da mesa, eu sinto seus
dedos tocar os meus, em uma leve
carícia. É um gesto tímido e fofo e o
máximo de carinho que poderíamos
demonstrar um ao outro. Ali, escondido
de olhos inquisidores.
— Tenho notícias que talvez a faça
um pouco mais feliz.
— O Juiz irá reconsiderar a decisão?
— pergunto, esperançosa.
— Ainda não — diz ele, com dentes
cerrados. — Mas é algo tão importante
como.
Respiro fundo. O que poderia ser
mais importante para mim do que minha
liberdade? Poder voltar para casa, para
minha família. Longe de tudo e todos
que tentam me fazer infeliz. Esquecer
toda essa loucura e continuarmos nossa
vida de onde paramos.
Autor(a): AliceCristina106
Este autor(a) escreve mais 11 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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— Havia uma câmera no apartamento da Perla — diz ele. — Recebemos uma imagem onde aparece vocês duas, naquele dia. A pressão nos meus dedos é mais forte agora, ele parece tenso. — Isso quer dizer que pode ter filmado a pessoa que a matou — concluo, animada. — Eu poderei sair daqui. — Eu farei qualq ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3