Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny

— Certo — ela respira fundo. —

Você sempre cuida de tudo.

— Que bom que ainda se lembra. Antes que Poncho direcione a cadeira

de rodas para saída, eu abraço Anthony,

desejando uma boa viagem.

— Cuide-se — Lilian sussurra em meu ouvido. — Que Deus proteja você, filha.

— Boa viagem — respondo, triste.

No passado, jamais sonharia em dizer isso, mas gostaria que ela ficasse.

— Vão com Deus. Liguem quando chegarem lá.

Eu não gosto desse clima de

despedida. Me faz lembrar de quando meus pais morreram. Minha mãe me disse exatamente isso antes de sair e  nunca mais voltou.

— Não rosna para mim — Alfonso ruge para o cachorro perto da porta.

O latido continua até eles se afastarem.

— Estamos na cozinha tomando café, você quer? — Geórgia pergunta e me

afasto da janela onde estive observando-

os.

— Apenas chá.

Acompanho-a até o cômodo, onde

está Luma e o carrinho duplo de bebê.

Por que o cachorro foi agressivo com Alfonso? E a reação dele não foi muito diferente.

— Geórgia?

— Sim, querida — ela coloca a xícara e um pires com bolo na minha  frente.

— Notou alguma coisa diferente?

— Sobre? — ela senta perto de mim.

— Tudo — olho para Luma distraída com um desenho e seu pedaço de bolo. — Alfonso... eu.

— Acho que desde que você chegou

ambos parecem tensos. Como se não tivessem se desligado ainda. Mas tudo irá se resolver quando viajarem.

— Como? — engasgo com o chá.

— O Sr. Herrera disse que fariam uma longa viagem em breve — murmura ela.

— Ah, não sabia? Deve ser surpresa então. Talvez alguma viagem romântica.

Acho que fará bem a vocês. E esses jornalistas ai em frente não dão trégua.

Geórgia continua falando, mas já não  ouço quase nada do que ela fala. Por que Alfonso disse a ela que faríamos uma longa viagem quando eu já havia me recusado a isso?

— Vou para o meu quarto — levanto- me abruptamente.

— Não vai terminar o chá? — aponta a xícara.

— Estou com dor de cabeça — murmuro, indo em direção ao carrinho.

— Você vem, Luma?

— Não, mamãe — ela sorri mostrando o papel. — Vou terminar o desenho que estou fazendo para você.

— Está bem — beijo a cabeça dela antes de sair.

Não tinha mentido para Geórgia.

Minha cabeça está quase explodindo de  dor e com centenas de perguntas que eu não vou esperar nem mais um dia para ter as respostas. Assim que Poncho voltar,veu vou confrontá-lo.

Alguma coisa está errada e eu querocsaber.

****

Acordo meio desorientada. Havia tomado um comprido para dor que Geórgia me deu durante a noite. Poncho

havia avisado que passaria a noite fora.

Algum problema com o avião — disse ela.

Cuido das necessidades dos gêmeos

antes de me arrumar e descer para o café da manhã.

— Poncho já voltou?

— Está a caminho — Geórgia responde.

— Preciso falar com ele quando

chegar — informo a ela. — Olha os bebês para mim?

É o fim de semana de folga para

Claire. Maite havia dado e não quis atrapalhar os planos dela. Tem sido de

grande ajuda para mim e merece um descanso.

— É sempre um prazer ficar com eles.

Antes que eu chegue à sala o choro

desesperado de Luma ao lado de Calvin me param.

— O que aconteceu? — pergunto, correndo até eles, apalpando-a. — Ela  caiu.

— Mamãe! — ela engasga em meio à

lagrimas. — Ele tá morto.

Olho para Calvin sem entender nada.

— Anne foi dar ração ao cachorro como faz todas as manhãs...

Sim, essa foi uma das condições que Alfonso tinha imposto para ela ficar com Traquinas. Dar comida e manter limpo o local onde ele passasse.

— Ele apareceu na piscina — conclui ele, sem maiores explicações.

— Meu Deus! — levo a mão a boca, horrorizada. — Mas ela não estava

coberta?

Eu tenho certeza sobre isso. Eu

mesma vi quando tomamos sol no

jardim.