Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
*Anahi
O sangue corre rápido e gelado em
minhas veias. Instantaneamente, todas as
coisas suspeitas que vinham
acontecendo nos últimos dias, desabam
sobre mim e finalmente começam a fazer
algum sentido.
— Any... — ele caminha em minha
direção com cautela, como se pisasse
em cacos de vidro. Assemelha-se a uma
serpente, deslizando ao redor de sua
presa, à espera do bote.
— Anahi! — murmuro, andando de
costas até a porta. — Anahi!
Alfonso nunca havia me chamado de
Any. Algumas vezes — em um
momento romântico e íntimo, ele referiase
a mim como Ana. Jamais Any.
Nunca!
A lembrança de quando me chamou
assim pela primeira vez passa como um
flash em minha cabeça.
“Any?” Perguntei dando-me conta do
diminutivo do meu nome.
“Todos a chamam de Any, mas eu
gosto do seu nome, Anahié um nome
lindo. Mas, eu queria algo único, algo
especial. Algo que pertencesse somente
a mim, a mais ninguém. Então, para
algumas pessoas, você é Anahi, Any,
mas para mim apenas Ana. Minha linda e
pequena Ana.”
— Querida, você só está apenas um
pouco nervosa e confusa... — ele afasta
essa doce lembrança e se aproxima
ainda mais. — Talvez devesse descansar
um pouco.
Todas as peças do quebra-cabeça vão
se encaixando; a sensação esquisita que
tinha ao ficar perto dele e que fazia-me
duvidar de minha sanidade, a recusa em
contar o que realmente havia acontecido
com Konrad quando ele foi ao seu
encontro, a conversa estranha no
telefone e a resposta nada convincente, o
jeito que tratou Maite, a frieza em
relação aos nossos filhos e Luma, o jeito
esquisito e partida inesperada dos pais
dele e... o cachorro. Alfonso amava o
bichinho tanto quanto qualquer um de
nós. Ele havia o escolhido para mim.
Deus, os sinais apontavam em minha
direção o tempo todo e fui uma
grandessíssima idiota de não ter dado
conta disso. E quando eu coloco a
última peça do quebra-cabeça — a
cicatriz no ombro causada pelo tiro que
Alfonso levou é o rosto odioso de Paul
que eu vejo.
Ciente disso, um grito acuado escapa
da minha garganta, mas, não é de medo,
é de fúria.
— O que você fez com ele? — a
primeira coisa que vejo em meu campo
de visão, dentro dessa esfera nebulosa
envolvendo nós dois, é uma tesoura em
cima do balcão na pia.
Eu não pensei duas vezes ao avançar
sobre ele com a arma em punhos.
Guiada por meus instintos, e, totalmente
fora de controle. Todos os anos que
passei alimentando desprezo, raiva e
ódio por ele, vem à tona.
Mesmo tomada pela ira e de posse de
todas as minhas forças, eu não sou páreo
para ele. Ainda assim, luto bravamente,
usando todas as minhas energias.
Quando ele torce meu pulso a dor é
lancinante. A tesoura cai, em um baque
mudo, amortecida pelo tapete branco e
felpudo.
— É uma pena que tenha descoberto
tão cedo... Anahi— murmura ele.
Eu sinto sua mão pressionando meu
pescoço, e, meu corpo sendo erguido
que meus pés mal tocam o chão.
Agarro seu pulso com ambas as
mãos, tentando sair do seu agarre.
Alfonso coloca um pouco mais de
pressão em seus dedos em volta da
minha pele e arrasta-me em direção ao
quarto. Apenas um som rouco escapa de
meus lábios e a pressão em minha
cabeça faz tudo a minha volta rodar.
— Agora sou obrigado a antecipar os
meus planos — sou arremessada contra
a cama. — Eu gostaria de jogar um
pouco mais.
Enquanto ele caminha até a porta, eu
me arrasto para o outro lado da cama,
onde fica o telefone. Eu ouço o clique da
porta sendo trancada e meu sangue
congela. Ao se dar conta de minha
intenção e antes que eu alcance o
aparelho em cima da mesinha, ele cruza
o quarto, tirando o telefone do meu
alcance, estilhaçando-o contra a parede,
em um gesto violento.
— Isso não é uma boa ideia —
murmura ele, agora, muito irritado. —
Não mesmo, Anahi.
Em seguida, vejo-o arrancar os fios
dos cabos internos, arremessando-os
janela a fora. Eu pulo da cama, apesar
de minhas pernas bambas, consigo
chegar até a porta. Giro a maçaneta,
forçando-a. O pânico instaura-se em
mim ao dar-me conta que estou trancada
e sozinha com um homem demoníaco.
— Não está sendo uma boa menina
— murmura ele, com um sorriso
debochado. — Por que piorar as coisas
entre nós dois?
Suas mãos agarram meus cabelos
trazendo água aos meus olhos.
— Sabe o que acontece com garotas
malvadas? — sussurra ele, colocandome
de frente. — Elas são castigadas.
Dou-me conta agora que ele está nu e
a ideia do que possa fazer comigo,
paralisa-me inteiramente. Ele esfrega
seu corpo contra meu — todo asco, nojo
e aversão que sinto dele, é convertido
em forma de vômito em seus pés
descalços.
— Droga! —vocifera ele.
A bofetada inesperada em meu rosto
me faz cair diante dele e tudo a minha
volta fica escuro.
****
Acordo com o gosto amargo em
minha boca e um odor azedo infiltrando
em meu nariz. Mechas de cabelos
cobrem meu rosto embaçando minha
visão já embaralhada por minha mente
confusa.
Eu vejo quase tudo desfocado, então
me apoio contra o cotovelo procurando
me equilibrar. A primeira coisa em meu
campo de visão é o pé descalço, seguido
do outro nas pernas cruzadas, logo as
duas mãos espalmas nos braços da
poltrona, os dedos batendo sobre ela
como se dedilhassem as teclas de um
piano.
A poça gosmenta sob meus dedos
adverte-me que eu havia desmaiado em
cima do meu próprio vômito, mas, isso
não é tão nojento para mim como o
homem a minha frente.
Alfonso... — choramingo seu nome, em
um pálido e fraco pedido de socorro.
Ergo um pouco mais a cabeça e
deparo-me com os olhos frios sobre
mim, penetrantes, ameaçadores.
Corro meus olhos pelo roupão de
cetim negro, perguntando-me quanto
tempo eu fiquei desacordada e o que ele
havia feito comigo.
Sento-me apressada apesar da tontura
e verifico minha roupa. Aparentemente
está tudo no lugar.
— Não se preocupe, eu não toquei
em você — diz ele, calma e
pausadamente. — Ainda.
Olho para a porta pensando em uma
rota de fuga. Todos os tipos de
sentimentos e conflitos guerreando
dentro de mim.
A poucos metros de mim está Luma e
os bebês, desprotegidos, a mercê de
todos os perigos que ronda-nos. Meu
único desejo é pegá-los e ir para o mais
longe possível desse animal e suas
crueldades.
— O que você fez com ele? —
pergunto outra vez com a voz trêmula e
irrito-me comigo mesma por demonstrar
tal fraqueza.
Por que eu não fiquei quieta?
Vigiando-o, seguindo seus passos em
silêncio até encontrar uma solução que
pudesse afastá-lo de nossas vidas para
sempre. Minha reação impensada pode
ter colocado todos nós em perigo. A
verdade é que fiquei sem reação. Até o
último segundo eu tive a esperança de
que não passasse de devaneios da minha
cabeça, não essa dolorosa e terrível
realidade.
Sinto-me sem chão e completamente
perdida.
— Se você tivesse que escolher...
entre Alfonso e seus filhos — ele levanta e
caminha até onde estou — passos curto,
calculados como se deslizasse. — Quem
você escolheria?
Eu escolheria matar você, penso. De
uma forma lenta e muito dolorosa.
— Quem é mais importante em sua
vida, Anahi? — a insistência em usar
meu nome agora, de forma irônica, como
se degustasse de cada silaba é pífia e
irritante. — Quem você salvaria?
Mesmo que essa pergunta fosse feita
por uma pessoa normal e, em
circunstâncias diferentes, eu não teria
uma resposta. Meus filhos são parte de
mim, uma parte do meu coração, metade
de nós dois.
Anahi é minha alma, tudo o que eu sou.
Meu mundo sem ele jamais seria o
mesmo, nem os anos obscuros que vivi
quando estive cega poderiam ser tão
negros. Somente uma mente psicótica
como a dele, pensaria em uma escolha
tão indigna como essa.
— O que você quer? — pergunto,
erguendo meu queixo de forma
desafiadora. — Por que está fazendo
isso?
— Antes que eu clareie sua mente...
— sua mão crava em meu rosto
dolorido, levando lágrimas aos meus
olhos. — Devo esclarecer que tudo isso
é culpa sua.
Minha culpa? Do que esse miserável
maldito está falando? Se Não trata de
Poncho e toda a raiva e inveja que nutri por
ele? Em que diabos da história eu
encaixo-me? Acredito que tenha me
usado em seu plano asqueroso para
atingi-lo, mas eu nunca representei
qualquer ameaça a Paul, mesmo
quando tive a chance. Sua declaração
não faz o menor sentido.
— Eu amei a Samantha ou acreditei
que a amasse na época — murmura ele,
alisando meu rosto com os dedos. — Eu
teria feito qualquer coisa para ficar com
ela.
Paul afasta-se de mim e caminha
ao redor do quarto com as mãos no
bolso do robe.
— Mas, quanto mais eu me
aproximava, mais ela fugia. Estava
encantada com Alfonso enfurnado naquela
biblioteca vazia e, seus livros idiotas —
murmura ele, em volta de mim. — O
coitadinho que todo mundo ama,
patético.
Ele ajoelha e pressiona a testa contra
minha, tenho grande dificuldade em
controlar a náusea que a proximidade
dele me causa.
— Quando eu poderia ter mostrado
um mundo incrível a ela — suspira ele.
— Mas não, ela preferia o garoto
perturbado e solitário. Vocês mulheres
adoram um cãozinho perdido.
A cada palavra que ele profere, eu
vejo como sua mente é doentia e suja.
Eu posso imaginar porque Samantha
havia se apaixonado por Poncho, não pelas
palavras desdenhosas que Paul tenta
atribuir a ele, mas porque eu o conheço
mais do que qualquer pessoa. Por trás
do olhar sério, autoritário e enigmático,
existe uma pessoa incrível com coração
mais lindo que eu já vi.
Autor(a): AliceCristina106
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— Então eu não tive escolha, eu tiveque mostrar que era de mim que elaprecisava e não do idiota do meu irmão,a qual ela acreditou que enviava ascartas românticas.Suas mãos acariciam meu rosto etenho vontade de jogar ácido sobre elas. — Quando eu a vi atrás da cortina,nos observando com esses olhosimpressiona ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3