Fanfics Brasil - Protegida Por Mim-85 SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada.

Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny


Capítulo: Protegida Por Mim-85

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— Então eu não tive escolha, eu tive
que mostrar que era de mim que ela
precisava e não do idiota do meu irmão,
a qual ela acreditou que enviava as
cartas românticas.
Suas mãos acariciam meu rosto e
tenho vontade de jogar ácido sobre elas.



— Quando eu a vi atrás da cortina,
nos observando com esses olhos
impressionantes, eu soube que tudo o
que eu queria estava diante dos meus
olhos — sussurra ele. — Samantha, na
verdade, era fraca, provou isso
suicidando-se. Você é diferente.



Quero que ele cale-se. Tudo em
relação a ele me causa repulsa. A voz, a
respiração em meu rosto, seu toque.
Quando penso que o beijei, abracei e
que estive a um passo de entregar-me a
ele faz meu estômago revirar.



— Você ficou calada e eu soube que
era para me proteger — sua voz é suave
em um tom que me causava medo. —
Sabia que seria minha. Um pouco de
paciência e poderia treiná-la
devidamente e seria minha.
Ouço horrorizada a forma distorcida
com que ele relata o que havia
acontecido. Eu tinha apenas catorze
anos, era apenas uma menina que foi
colocada frente a frente com lado mais
perverso do ser humano, na época, eu
era apenas uma menina perdendo a
inocência de forma violenta. Ele não
abusou do meu corpo como havia feito
com minha irmã, mas fez isso com minha
alma.



Samantha e eu não soubemos como
lidar com o ocorrido. Após ele ter saído
satisfeito e saciado, foi eu, uma
garotinha de catorze anos que recolheu
os cacos da minha irmã. Eu que a vi
chorar todas as noites envergonhada. E
se eu não tivesse me calado como ela
me fez prometer, talvez ainda estivesse
viva. Eu deveria ter percebido que ela
não suportaria a grande tristeza
infiltrada nela por muito tempo.
A culpa que carreguei ao
compartilhar desse segredo, me
perseguiu por anos. Ficar cega foi um
castigo que aceitei com resignação. O
preço que paguei pelo meu silêncio.
Viver presa no meu próprio mundo foi
muito mais fácil.



— Mas você me traiu como todo
mundo... Não era para você estar
naquele carro e quando me viu — os
olhos gazeados confrontam os meus,
acusadores — eu não tive outra
alternativa. Não seria preso novamente.
Suas ameaças naquele dia me obrigaram
a isso. Você me traiu da forma mais
dolorosa, Any.



Eu busco encontrar alguma coerência
no que ele está dizendo, mas não há.
Paul distorce os fatos de uma forma
nojenta e incompreensível. Em sua
mente conturbada, ele havia sido a
vítima.



— Tive que forjar minha morte ou
correr o risco de ser preso — murmura
ele. — Konrad me amava, então faria
qualquer coisa. Além disso, estava
cansado do meu pai, e suas ameaças de
me enviar de volta para aquela clínica
maldita. Como se eu fosse louco.
Ouço tudo procurando manter a
calma, encontrar um meio de sair daqui
e escapar desse homem insano. Uma
pessoa capaz de forjar a própria morte
sem se importar com a família ou a dor
que causaria a ela é capaz de tudo. É
incontestável, Paul havia feito mal a
muitas pessoas e todas elas, assim como
eu, sentiram alivio com sua morte, mas
seus pais e Poncho sentiram a dor da perda,
mesmo ele sendo um monstro insensível.



— Não quer saber como fiz isso? —
ele caminha até a cama, decepcionado.



— Poncho é muito mais curioso que você. É? Isso significa que...
— Sim, ele ainda está vivo — ele



sorri, vitorioso como se tivesse a
capacidade de ler a minha mente. — Se
continuará, depende de você.
Louco desgraçado! Faço uma
varredura no quarto em busca de algo
que eu possa usar como arma contra ele.
Além da escova, maquiagens e alguns
perfumes na penteadeira, não há nada
mais que eu possa utilizar. O abajur está
muito longe, além disso, teria que passar
por ele.



— Existe uma substância, que
extraída dos órgãos sexuais de um peixe
em específico, combinada a outras,
produz um veneno potente, a tetrodoxina,
o principal composto, paralisa o sistema
nervoso central e pode fazer as pessoas
parecerem mortas, causando um efeito
similar à catalepsia — continua ele —
Clairvius Narcisse foi o primeiro caso,
a droga passou por diversos processos
de aprimoramento, não é fácil de ser
encontrada, mas, nada é impossível para
mim... É incrível as coisas que o ser
humano pode criar e o que o dinheiro
pode oferecer, não é?



— Minha ideia inicial era escapar
das ameaças do meu pai que já estava
me irritando, livrar-me dos conselhos
enfadonhos do meu irmão babaca e,
fugir com você para algum lugar no
mundo — ele estala os dedos sem emitir
som algum, vagarosamente. — Tem
ideia de quantas pessoas desparecem no
país todos os anos? Assim, do nada,
simplesmente evaporam. E finalmente,
eu poderia viver como queria do jeito
que eu queria.



Mantenho uma expressão inabalável,
pelo menos tento, mas o quadro que ele
desenha em sua mente destorcida, faz os
pelos em minha nuca arrepiarem. Se os
planos dele tivessem seguido adiante, eu
teria sido apenas mais um rosto em um
cartaz, mal consigo imaginar o
sofrimento que meus pais sentiriam.



— Você não passa de um lunático —
arrasto-me em direção ao banheiro,
olhando de relance. — Mentiras sempre
são descobertas, não irá muito longe.



— Mesmo? — diz ele, em tom de
deboche. — Até agora tudo foi perfeito.



— Age como se merecesse algum
prêmio por sua eficiência em manipular
e fazer mal as pessoas. Como se fosse
um gênio ao brincar de Deus. Tudo o
que teve foi sorte.



— Em tese — murmura ele. — Foi
sorte aquele velho ter tido um derrame
quando estive aqui a primeira vez para
instalar as câmeras. O resto exigiu
perspicácia e inteligência.



— Por que tudo isso? — afasto-me
um pouco mais, posso ver parte do
banheiro, mas a tesoura ainda está fora
do meu campo de vista. — Por que não
continua no inferno do qual veio?
Eu preciso que ele continue falando.
Como todo psicopata, ele tem orgulho
de falar de si mesmo e suas maldades.
Enquanto ele estiver concentrado nisso,
talvez eu consiga pensar em alguma
forma de escapar.



— Foi bom no início, viver livre,
sem regras — murmura ele. — Mas
cansei de viver nas sombras. Primeiro
do Poncho depois de um fantasma. E
Konrad foi ficando enfadonho e
ciumento. O tempo todo fazendo
exigências. Não sou do tipo que gosta de
ser dominado.



— Konrad e você...



— Qual o problema? Sexo é sexo,
Any. Eu busco o prazer não importa de
onde ele venha — diz ele com a voz
mansa. — Só precisei dele no começo,
mas ele controlava o dinheiro que
ganhávamos com as prostitutas...
Encaro-o chocada. Isso jamais
passaria pela minha cabeça. Não por
preconceito, meu melhor amigo é gay. O
que eu vejo é que Paul jamais se
importou com nada e ninguém. Tudo o
que importa a ele é o que ele pode
extrair das pessoas, como um parasita,
sugando nossas energias.



— Então resolvi trocar de parceiro.
Perla sempre foi mais obediente a
mim.



— Ela sabia que estava vivo? — não
deveria ficar surpresa, mas minha
reação é exatamente essa.



— Não no início, apenas quando
você voltou para nossas vidas. Eu soube
que Poncho havia encontrado seu irmão,
chegar até você seria apenas questão de
tempo — continua ele — eu não podia
permitir isso. Então, Konrad chegou ao
encontro primeiro. Ele estava mesmo
determinado a sair daquela vida, Konrad
ofereceu a última dose, mas não existe
última dose para um viciado
descontrolado como ele. Outro fraco
patético. Você não deveria ter ido ao
encontro dele.



Infeliz! Ele havia iniciado meu irmão
nesse mundo maldito. Ele era apenas um
adolescente querendo agradar os filhos
dos patrões. Sentir-se importante em sua
roda de amigos.



— O plano inicial era separamos
vocês dois quando visse aquelas
fotos. Todos pensariam que deu
oportunidade a Perla, após a
desilusão. Daríamos um fim nele, claro.
Eu teria controle da empresa, o dinheiro
e, Perla ficaria comigo, como sempre
quis. Mas eu não queria outro Konrad no
meu caminho.



— Então você a matou?



— Eu? Não... — ele fala de forma
debochada — não sujo minhas mãos
com sague, Konrad fez isso.



— Por quê? — pergunto, confusa.



— Use seu cérebro — diz ele sem
paciência. — O plano da Perla era
atrair você até a casa dela, deixar suas
digitais na faca e matarmos o Poncho. A
culpa seria sua. Já o Konrad — ele
passa por mim, indo em direção ao
banheiro. — Mataríamos a Perla
colocaríamos a culpa em você e nos
livraríamos do meu irmão. Isso que
estava procurando?



Ele gira a tesoura em seus dedos e
me olha com meio sorriso. Deve ter
notado meus olhares sorrateiros quando
eu pensei que ele estava distraído.



— Isso pode ferir alguém — ele
guarda a tesoura no bolso. —
Concluindo, eu não estava interessado
em nenhum dos dois. Meu plano era
muito mais interessante.



Os olhos escuros que por muitos anos
foram a causa dos meus pesadelos,
encaram-me, frios.



— Você os manipulou o tempo todo.
— Como eu disse, sorte não tem nada
a ver com isso. Perla está morta,
Konrad foi preso — ele caminha para
mais perto de mim, a voz agora é suave
e melodiosa. — Bom, agora também
está morto e nós vamos embora do país
como era nosso plano. Até pensei em
deixar meu irmão vivo. Sabe, eu posso
ser bem misericordioso. Afinal, ele meu
irmão — Paul leva a mão em seu
peito. — Mas seu amigo detetive quer
um corpo. Se ele quer um maldito corpo
é isso que darei a ele. Eu o abandonaria
em alguma ilha por aí. Talvez com uma
máscara de ferro como no filme. Seria
um final magnífico.



— Você é doente! — levanto-me e
corro até a porta, batendo com as mãos
espalmadas, enquanto grito por ajuda.
— Socorro! Socorro!



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Autor(a): AliceCristina106

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 714



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  • Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58

    Posta mais

    • AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47

      continuando <3

  • Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36

    Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U

    • AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00

      que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e

  • Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16

    minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U

  • Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07

    Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde

    • AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52

      O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3

  • AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47

    Voltei!! Continuando, amores <3

  • Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51

    Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde

  • Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38

    Posta mais &#9829;

  • Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08

    Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.

  • AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49

    Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3

  • AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06

    Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3


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