Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
*Anahi
Conto com seu silêncio. As palavras
de Peter ecoam na minha cabeça. Havia
sido uma mensagem para mim — um
sinal.
Como ele havia notado que o homem
ao meu lado não era oPoncho? Bem, ele é
um detetive, seu trabalho é observar
aquilo que ninguém mais consegue ver.
Silêncio foi o que ele me pediu. Eu
vou fazer o que ele me orientou e tentar
manter a mim e aos meus filhos, o mais
longe possível do Paul.
Suas mãos pegajosas continuam em
minha cintura, causando-me asco. Mas
eu mantenho o controle, pelos menos,
enquanto as crianças estiverem lá fora,
sob o peso de suas ameaças.
— Senhora, — Janine, uma das
empregadas da casa, fala as minhas
costas — seu quarto está limpo, deseja
mais alguma coisa?
Ela nos encara durante esse momento
incomodo e espera em silêncio, por uma
resposta minha.
— Não, volte aos seus afazeres —
Nathan responde por mim. — E você
deve voltar para cama e descansar um
pouco, amor.
Não me passou despercebido a
entonação que ele deu a palavra cama e,
sem margem de dúvidas, ele quer
terminar o que começou comigo mais
cedo. Não vou permitir que ele me toque
novamente, e se o único jeito de evitar
isso é ficar em volta das outras pessoas
é o que vou fazer.
Aproveitar a farsa que ele mesmo
montou ao meu favor. Algo que aprendi
com ele é saber usar a fraqueza do meu
oponente no momento certo. Apesar de
louco e ardiloso, ele não é burro, não
jogaria seu plano ladeira abaixo por um
capricho momentâneo. Por enquanto,
usaria isso para conseguir escapar dele.
— Eu gostaria de um chá — volto-me
para ela com um sorriso no rosto.
Ela notou a marca em meu rosto, pois
a surpresa em seu olhar foi mal
disfarçada. Encara Paul por alguns
segundos e desvia o olhar.
Parte de mim, quer chutar o balde.
Dizer a ela que aquele não era o Poncho e
que ele jamais levantaria a mão a mim
ou a qualquer mulher.
Uma vez ele foi um pouco mais
agressivo com Perla, mas ela era uma
mulher desequilibrada. Ele havia
suportado as loucuras e crueldades dela
contra Luma por muito tempo. Quando
me atingiram também, foi a gota d’água
para ele.
— Cuidarei disso agora mesmo,
senhora — murmura ela, indo em
direção a cozinha. — Levarei no seu
quarto em instantes.
— Eu vou com você...
— Querida, você não está bem! —
sinto sua mão pressionando meu pulso.
— Deve subir e descansar um pouco.
— Agora sou mãe e não posso me
dar o desfrute de ficar doente, querido
— murmuro com a voz doce. — As
crianças retornarão em breve, não é? —
encaro-o com olhar decidido — Não me
deixarão em paz de qualquer maneira.
Mas, você tem muita experiência, sabe
do que eu estou falando.
Deixei-o bastante irritado, sei disso
não apenas pelos olhos estreitos e o
brilho feroz que reluz dentro deles, mas,
pela força que emprega em seus dedos,
em volta da minha pele. Resisto à dor e
continuo impassível, se Paul me
quiser naquele quarto, terá que arrastarme
até lá.
— Tem razão, senhora — murmura
Janine, parando no meio do caminho. —
Tenho dois meninos e já não me lembro
a última vez que fiquei doente.
— Está bem — ele sorri, soltando
minha mão. — Esperarei Geórgia voltar
com as crianças aqui.
A mensagem é clara: não faça
nenhuma estupidez ou eles sofrerão as
consequências.
Eu sinto vontade de arrancar aqueles
olhos frios com minhas próprias unhas.
Controlo a raiva fulminante e sigo
para cozinha. Eu tenho controlado
muitas coisas, o ódio que sinto, o asco, a
vontade cortar a garganta dele com uma
faca, por exemplo, ou enfiar um punhal
em seu peito.
Pensar em várias possibilidades de
vê-lo morrer faz com que eu me sinta
muito bem. Paul tem razão, somos
capazes de fazer coisas surpreendentes.
Eu morreria e mataria para salvar minha
família.
Assim que me acomodo em um dos
balcões da cozinha, Janine começa
separar os utensílios para o chá e dá
continuidade a conversa.
— É interessante como o casamento e
filhos modificam as pessoas... — diz
ela, com falso desinteresse. — Meu
marido virou um ranzinza irreconhecível
quando nosso primeiro filho nasceu, mas
depois tudo foi se ajeitando.
— Janine... — faço uma pausa
pensando no que dizer. — Não acredite
em tudo o que você vê. Algumas coisas
estão além dos nossos olhos.
—Não está sozinha, Sra. Herrera —
ela entrega-me a caneca com um sorriso
cálido. — Ninguém está.
Sei que estamos falando de coisas
absolutamente diferentes. Ela sobre a
violência doméstica, que acredita que
venho sofrendo. Eu sobre dividir o
mesmo teto que um psicopata cruel.
Janine me alerta que precisa cuidar
de outras coisas e eu insisto para que
fique comigo. Conversamos sobre
qualquer coisa, desde suas novelas
preferidas até o nosso cantor favorito
em um programa de música.
Algumas vezes Paul veio até
cozinha em busca de um copo de água ou
outra desculpa qualquer, quando na
verdade sua intenção é me vigiar e
alertar que ele está no controle.
A cada badalada do relógio, meu
coração pula em meu peito. Geórgia já
deveria ter retornado com Luma e os
bebês. Milhares de possibilidades
passam por minha cabeça.
E se ele tivesse enviado meus filhos
para algum lugar distante? Se tivesse
feito algo a eles como havia ameaçado
antes? E se eu o tivesse desafiado
demais e cruzado a linha entre a razão e
sua insanidade.
Sinceramente, não há mais nada que
venha dele pode surpreender-me.
****
Quase duas horas depois, Geórgia,
Luma e os gêmeos retornam, corro em
direção a eles, abraço Luma e agarro a
alça do carrinho como se fossem meu
bote salva vidas, agora posso voltar a
respirar com tranquilidade.
— Vocês demoraram —murmuro,
com a voz baixa. Pelo canto do olho
tenho um vislumbre de Paul perto do
bar, servindo-se de alguma coisa. —
Gaby não deveria ter saído — verifico a
touca em volta da cabeça do bebê. Não
está bem ainda.
— Tomei cuidado para que ele não
pegasse vento — murmura Geórgia. —
Não pretendia demorar tanto, mas Luma
encontrou uma amiguinha da escola...
— Tudo bem, desculpe-me, sim —
murmuro, arrependida. Não quis ser
grosseira com ela, quando foi apenas
mais um peão nas mãos de Paul.
Enquanto ela fala, imagens minhas
colocando altas doses de veneno na
bebida dele me vem à cabeça.
Isso é algo que me agradaria muito,
vê-lo contorcer-se de dor, pagando por
todo o mal que havia nos feito.
Esse homem não é apenas alguém
perverso, ele é capaz de evocar o lado
mais obscuro de qualquer pessoa.
Mesmo alguém pacifica como eu. Não
sou do tipo que guarda rancor ou
ressalta o defeito das pessoas, mas
Nathan arranca de mim os piores
instintos.
— Como ela ainda está um pouco
abatida.... — Geórgia faz carinho na
cabeça da menina — pensei que ficar
com alguém de sua idade, faria bem a
ela.
— Agiu bem — volto à realidade,
concentrando-me no que ela me diz.
— Não aconteceu mais nada além
disso, não é? Você viu algum carro
estranho rondando vocês?
Geórgia franze a testa como se
lembrasse de algo — Bem havia uma
van preta estacionada um pouco mais a
frente, na esquina, mas, o que houve?
Estão recebendo algum tipo de ameaça?
— Anahi anda um pouco nervosa
— Paulcoloca-se ao meu lado.
Fiquei tão desnorteada com o que ela
disse que não o notei aproximar-se de
mim — Eu disse que precisava ir para
cama, amor.
Amor. Uma palavra tão linda, mas
que dita por ele, perde o encanto e ganha
um tom desprezível.
— Poncho tem razão — ela me encara
preocupada. — Não parecia bem
quando saímos. E o que houve com o seu
rosto?
— Ela escorregou quando vomitou e
bateu a cabeça nos pés da cama.
É impressionante a habilidade que
ele tem para distorcer as coisas. Tudo
— exatamente tudo, vinha com uma
explicação que o inocentasse. Até
quando a sorte estaria ao lado dele?
— Oh, Any — Geórgia olha-me,
horrorizada.
— Eu já estou bem — murmuro,
irritada.
Não com ela, mas comigo. Com todas
as coisas estupidas e idiotas que faço,
como vomitar no quarto.
— As crianças devem estar com
fome. Vamos servir o jantar e colocá-las
na cama.
Acaricio o rostinho triste de Luma e
aperto a ponta do seu nariz. Só agora me
dou conta de que esteve muda o tempo
todo.
Está agarrada a minha cintura e evita
olhar para o homem que nem ao menos
sabe ser o seu pai. Biológico apenas,
porque a única contribuição desse
homem ao mundo foi essa linda
garotinha, mas o único com direitos
irrevogáveis desse título é o Poncho.
Corta-me o coração a forma com que
Paul a trata. Como ele pode ser imune
a própria filha. Tudo bem que nos
odiasse, mas Luma é uma parte dele que
anda e respira, a continuação dele
mesmo.
Em situações como essa, vemos que
laços de sangue não significam nada.
O amor sempre estará acima de
qualquer coisa. Isso jamais faltará a ela
— não da minha parte e do Poncho. Essas
adversidades só me fazem amá-la ainda
mais.
As crianças e eu comemos na
cozinha. Paul seguiu para o escritório.
Dou graças aos céus por isso, ele é
detestável e é quase impossível ignorar
o fato.
Eu pensei em segui-lo, mas achei
arriscado. Ser pega por ele, espionandoo
só pioraria ainda mais nossa situação.
Mas eu sei que tenho que encontrar
alguma maneira de desmascará-lo, sem
colocar a vida de Poncho e dos meus filhos
em risco. Como? Eu pergunto-me o
tempo todo.
Subimos logo após o jantar.
Normalmente ficaríamos vendo TV um
pouquinho, mas nenhum de nós sente
clima para isso hoje. Quase sempre
Traquinas nos acompanhava. Pensar na
morte dele me deixa infeliz. Se eu
tivesse descoberto a verdade antes,
talvez o cachorro ainda estivesse vivo.
Com a ajuda de Luma e Geórgia, eu
dou banho e alimento os gêmeos. Esses
pequenos momentos, lembram-me de
que são as coisas simples do dia a dia
que nos fazem felizes. Viver assim,
cercada por meus filhos e ao lado do
homem que eu amo é o suficiente para
fazer da minha vida plena.
Passei tantas horas naquela cela fria
e solitária imaginando como seriam
nossas vidas quando retornasse para
nossa casa e Paul havia eclipsado
isso com suas perversidades.
— Pode cuidar deles um momento?
— pergunto a Geórgia, sabendo que já
exigi muito mais do que deveria. — Eu
vou ver como Luma está.
— Pode ir querida, eles estão
dormindo agora.
Se Poncho estivesse ao meu lado,
dividir tarefas como essas, seria algo
divertido, eu diria até mesmo romântica.
— Onde está o meu marido? —
pergunto. Referir-me a ele como Poncho é
inaceitável para mim.
— Eu o vi no escritório quando subi
com as mamadeiras — murmura ela. —
Quer que o chame?
— Não! — percebo a imposição em
minha voz, recuou e dou-lhe um sorrio
gentil. — Não é necessário. Eu já volto.
Sigo para suíte e após ter certeza
absoluta que o quarto está vazio, eu
entro apressadamente. Vou direito para o
closet. Passeio os olhos rapidamente
entre as peças cuidadosamente
organizadas. Ignoro os vestidos — jeans
e camiseta. Separo uma peça de cada.
Com tudo o que preciso em mãos, eu
saio apressada e vou para o quarto de
Luma
.
Respiro aliviada quando me escoro
contra a porta.
— Mamãe? — a voz infantil ecoa ao
meu lado, assustando-me.
Ela está sentada com as pernas
cruzadas em cima da cama. A sua volta
há dezenas de folhas de desenho. Seus
cabelos molhados e roupas desalinhadas
revelam que ela havia tomado banho e
se arrumado, sozinha. Luma está
crescendo, penso com um sorriso
pesaroso.
— Oi, querida — murmuro,
trancando a porta. — Posso usar seu
banheiro?
Luma encara-me com confusão
estampada em seu rosto, mas segundos
depois, balança seus ombros e volta
concentrar-se em seu desenho.
Crianças são mais objetivas, as
coisas interessam-nas ou não a elas,
fazem ou não fazem sentido. Ao
contrário de nós que questionamos e
procuramos resposta para tudo.
Desfaço-me das minhas roupas e
regulo o chuveiro. Eu poderia passar
horas, dias, meses ou anos, sob o jato de
água quente, remoendo todas as
desgraças que marcaram minha vida.
Autor(a): AliceCristina106
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
-
Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3