Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
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Acordo com os primeiros raios de sol em meu rosto e com Anne, apoiada em seus cotovelos, encarando-me com a confusão brilhando em seu rosto.
— Tio Richard passou a noite aqui — eu explico para não assustá-la.
— Maite está aqui? — ela pula da cama, sorrindo como a muito não vejo. Se eu não amasse Maite tanto quanto ela, eu sentiria ciúmes da amizade que as duas havia desenvolvido. Luma é uma criança amável e pronta para dar amor a qualquer pessoa que esteja disposta a receber.
— Foi uma noite só dos meninos — espreguiço-me nas cobertas.
— Quer que eu a ajude com as coisas da escola?
— Não, eu já sou grande, mamãe — ela manca em direção ao banheiro, de forma altiva. Tudo bem, ela já é grande — eu que me sinto como uma garotinha perdida.
— Oi, meu amor — seguro a mão do bebê que balbucia no carrinho
— Está com fome? A cada dia eles se parecem mais com o pai e isso enche meu peito de amor. Claire já me espera no quarto com as mamadeiras deles. Desço com Luma para o café da manhã e escuto sobre sua volta à escola. Lembro que em breve devo enviar um agradecimento à escola pelo cuidado que tiveram com ela, ajudando a mantê-la longe das fofocas maldosas. Ela parece feliz em ter sua
vida de volta. Seria desolador ter que arrancar isso dela outra vez. A casa parece terrivelmente calma sem o Traquinas aqui. Acostumei-me com jeito estabanado dele e seus latidos estridentes. — Bom dia — cumprimenta Richard sentando ao meu lado.
— Bom dia — Luma e eu respondemos de volta
— Alguma novidade? Ele belisca o nariz de Luma e volta olhar para mim.
— Ainda não — murmura, servindose de café. — Mas logo teremos, tenha fé. Assento com a cabeça e tomamos café em silêncio. Cerca de meia hora
depois, ele avisa que precisa ir embora, mas que eu não ficaria sozinha por muito tempo. A vontade que tive foi de implorar que ele me levasse junto, mas contive-me. Passei o resto da manhã no jardim com a babá e os gêmeos. A cada minuto fico mais apreensiva. Por que Peter não envia notícias? Qualquer informação que aquiete meu coração. O prazo está se esgotando, se ele não encontrasse Poncho até a noite, nossas vidas estariam seladas para sempre. Carlos apareceu depois do almoço e passou à tarde conosco. Surpreendentemente, Paul não havia reclamado como das outras vezes. Pelo contrário, havia se portado e como um
verdadeiro cavalheiro, ficando boa parte do tempo no escritório, o que me deixou ainda mais desconfiada. Eu sei que ele está planejando alguma coisa e isso preocupa-me.
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Eu olho para o espelho pela milésima vez. Fiz o possível para encobrir a marca em meu rosto para não levantar as suspeitas de Maite. Respiro fundo e tento controlar o desespero que ameaça me dominar. Mais duas horas e eu estaria na linha que divide o inferno e o paraíso.
— Está pronta? Paul surge à porta, assustando-me.
— Estou — passo por ele impondo
distância entre nós dois.
— Preciso apenas arrumar as crianças.
— Elas não irão — murmura ele.
— Não é ambiente para crianças.
— Mas eu achei... Eu já havia elaborado meu próprio plano, seguíramos para festa e se algo desse errado, Maite e Richard ficariam com as crianças, independente do que acontecesse comigo.
— Festa não é lugar de crianças, saberia disso se fosse uma boa mãe. Ele me arrasta em direção ao corredor.
— A minha bolsa — puxo meu braço quando alcançamos as escadas.
— Não vai precisar dela — diz ele de forma ríspida.
Atrapalho-me em minhas pernas enquanto descemos os degraus. Dizer que estou em pânico é superficial, estou aterrorizada. A bolsa havia ficado no quarto em cima da cama, e, dentro dela o dispositivo que Peter havia me dado.
— Mas eu preciso dela — insisto, lutando para me livrar dele.
— Nenhuma gracinha, Anahi — Paul afasta o paletó exibindo a arma em sua cintura. — Lembre-se que tenho pessoas vigiando a casa. Você não queria uma festa? Vou proporcionar a melhor de todas. Seguimos para o estacionamento. Calvin aguarda-nos com as portas abertas e expressão impassível. — Você está dispensado — Paul
dirigia-se a ele ante de conduzir-me ao banco de passageiros.
— Não acho que seja prudente que dirija, senhor... — O que você acha não me interessa — ele bate a porta e não consigo ouvir o que ele diz ao Calvin. Minha primeira intenção é fugir, então lembro que ele está armado e dou conta que isso seria uma idiotice.
— Aperte o cinto — ele tenta tocar o meu rosto quando ocupa o lugar do motorista mas eu me afasto, encolhendo contra a porta.
— Isso será divertido. De qualquer forma, em poucos minutos, estarei na proteção de pessoas que eu confio. Concentro-me em olhar através da janela e o caminho que
seguimos parece-me desconhecido. A não ser que ele tenha mudado a rota, seguimos para um lugar completamente diferente. — Para onde estamos indo? — pergunto, alarmada. — Esse não é caminho que leva ao apartamento de Maite, estamos indo na direção contrária.
— Achou mesmo que acreditei em todas aquelas idiotices? Jantares e visitas inesperadas? — Paul lança-me um olhar decepcionado.
— Você iria trair-me, novamente, não, desmascarando-me nesse suposto jantar?
— Não, eu não ia — minto,
esperando que o tremor em minha voz não me denunciasse. A risada que ecoa no carro é tão mefistofélica quanto ele e causa arrepios em minha pele. Não é preciso ser um grande gênio para saber que eu estou perdida. O mais desolador da situação é que Peter não deu nenhum sinal de vida, o que me leva a crer que ele havia fracassado. Eu penso em todas as minhas possibilidades, a única que me vem à cabeça é arremessar-me para fora do carro. Isso não me ajudaria em nada.
— Não sei do que está falando — falo com a voz engasgada.
— Any, não insulte a minha inteligência — murmura ele.
— Mas Isso já não importa. Vamos sair do país ainda hoje.
— Mas eles vão desconfiar de tudo, chamarão a polícia e...— tento ganhar tempo e colocar um pouco de racionalidade em sua cabeça.
— Até lá, estaremos longe — ele interrompe meu discurso desesperado.
— E quanto às empresas? O dinheiro? — minhas unhas cravam no estofamento do banco e minha mente dá voltas.
— Vão descobrir tudo se formos assim.
— Não se preocupe, any — ele ri. — Eu tenho muito dinheiro e conheço pessoas muito importantes. Terá uma vida de rainha ao meu lado. Quando seus amigos derem conta de nós dois,
direi que fugimos em busca de paz, sabem como são os apaixonados. E a essas alturas meu querido irmão já se uniu a Perla a e a Konrad. No inferno! Alfonso está morto? Suas palavras atingem-me com a força de um trem descarrilhado, comprimindo meu peito, tirando-me o ar. Parte de mim morreu nesse exato momento.
— Maldito! — esbravejo, irada, lançando-me contra ele.
— Tínhamos um acordo! O carro freia com brusquidão, lançando meu corpo contra o painel, bato minha cabeça e o mundo gira por alguns segundos.
— Eu disse para colocar o cinto — diz ele, numa voz cínica. — Deveria me
ouvir mais vezes.
— Seu desgraçado — soluço sentindo minha cabeça latejar. — Tínhamos um acordo.
— Não faço acordos, querida — Paul pressiona meu queixo com uma mão e com a outra, desliza o cano frio do revólver em meu rosto.
— Tomo o que é meu. Simples assim.
— Eu não sou sua! — gemo e, levada à ira e o calor do momento, eu cuspo em seu rosto.
— Ainda não, mas isso é uma questão de tempo — diz ele, secando o rosto. — E essa reação acalorada, apenas inflama o meu desejo por você. O carro volta a entrar em movimento e eu sei que não estarei deixando apenas
minha vida para trás, mas minha alma também.
— Meus filhos? — encaro-o cheia de ódio. — O que fará com eles? —
Se for boazinha — murmura ele, sem desviar o olhar da estrada. — Logo estarão com a gente. Isso eu não permitiria. A dor que sinto por saber que ele havia executado a pessoa mais importante da minha vida me deixou anestesiada. Mas eu não seguiria com esse maldito para nenhum lugar ou deixaria as crianças a mercê de um homem como ele. Eu teria um longo tempo, longo demais para sucumbir a minha dor, mas nesse momento, meu desejo é de vingança. Primeiro, eu preciso encontrar
alguma forma de escapar e garantir que Anne e os gêmeos fiquem em segurança.
— Boa garota — diz ele, concluindo que meu silêncio é uma aceitação do destino que ele havia traçado para mim. — Não será tão ruim assim, eu prometo.
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Observo os estabelecimentos e pessoas passarem como um borrão pela janela. A minha vida assemelhasse a isso. Um imenso e destoante borrão preto e branco. Pergunto-me quando algum dos meus amigos notará nossa ausência? De qualquer forma, que diferença faria se a idiota aqui não tivesse deixado escapar a única forma de entrar em contato com
eles. Peter alertou-me que a qualquer momento um deles surgiria se eu acionasse. Bem, ele também havia falado que sempre teria alguém em torno da minha casa. Isso significa que alguém poderia estar seguindo o carro. Controlo o impulso de em olhar para trás e verificar. Se Paul se quer desconfiasse da possibilidade, eu não colocaria apenas a minha vida em risco. O telefone toca e vejo-o atender apressadamente ao identificar o nome na tela. Aproveito a oportunidade para olhar por cima dos ombros. Nenhum carro parece-me familiar. Ah não ser...
— Já está tudo solucionado, Falcão
— murmura ele. — Ninguém pode me ligar à morte da prostituta. A casa foi desativada também. Saio do país em algumas horas. Sim, eu estou com o pen drive. Até logo. Falcão? Quem é esse homem e de que casa ele está falando? Acomodo-me no banco quando ele torna a olhar para mim e fixo meu olhar à frente. A menos que eu esteja enganada, eu juro que vi a moto de Richard seguindo a distância. Meu coração acelera e meu corpo é coberto pela adrenalina. Eu só preciso esperar uma oportunidade. O primeiro vacilo dele e eu escaparia. Como Peter havia falado, ele me tinha nas mãos enquanto Poncho ainda estivesse vivo, não é mais o caso.
— Negócios — diz ele, sorrindo abertamente. Eu vejo tudo acontecer como se observasse fora do meu corpo. Alguns minutos depois estamos em frente a um hangar há alguns metros de um avião branco de pequeno porte. Quando ele estaciona o carro, o pânico volta a me dominar. Não vejo a moto de Richard em parte alguma e sinto meu corpo travar.
— Desça! Estou tão apavorada que nem ao menos o vi sair do carro e abrir a porta ao meu lado. Agarro-me ao banco até os nós dos meus dedos perderem a cor.
— Não! — respondo de forma desafiadora.
— Saia do carro! Luto contra ele, mas cada minuto meus braços vão perdendo a força. Quando ele agarra-me pelos cabelos puxando-me para fora, as lágrimas que escorrem por meu rosto não foram causadas apenas pela dor, sinto-me desesperada.
— Pare com isso! — ele me arrasta em direção ao avião.
— Não! Ouço barulho de carro aproximando em alta velocidade e meu corpo estaca. Paul coloca-me contra seu peito, aprisionando-me. Escuto uma freada brusca as minhas costas e dou graças a Deus que haviam chegado a tempo de me salvar.
— Paul! — meu coração dispara ao reconhecer a voz exaltada— Solte-a! Paul! Ele está vivo? Viro-me lentamente com medo que eu possa estar sofrendo algum tipo de alucinação traumática. Não é um sonho ou uma visão, a minha frente a poucos metros de mim. Está o homem que é a razão da minha existência. O homem a qual eu daria a minha própria vida. Nada mais me importa, a não ser ele.
Autor(a): AliceCristina106
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3