Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
Ela precisa entender que tudo isso faz parte do passado, um passado que quero esquecer definitivamente.
— Nós sabíamos que isso iria acontecer, mesmo que eu tenha tentado seguir por um caminho menos árduo. Você não sabe o que é
crescer à sombra de outra pessoa, Anahi. Todos o amavam, o ambiente mudava quando ele chegava.
As imagens vêm como avalanche em minha cabeça. Como isso é doloroso para mim, meu Deus! Não quero pensar em Paul agora,
não quero pensar em nada dessa merda.
— Eu o amava e odiava ao mesmo tempo. Ninguém via seus defeitos, a não ser eu. Perla diz que eu tinha inveja, algumas vezes eu
tinha inveja da sua alegria, a forma como envolvia as pessoas, meus pais, mas no fundo ele era cruel e manipulador.
— Quando tínhamos oito anos nós brigamos, Paul afogou meu gato na piscina.
— Oh, Poncho— ela cobre a boca para abafar um soluço.
— Ele disse aos nossos pais que foi um acidente, mas eu vi, ele sorria para mim enquanto o gatinho se debatia. No outro dia ele
apareceu com outro gato, ainda mais bonito, mas eu não quis, não podia suportar que ele fizesse mal a outro ser indefeso por minha causa.
Minha mãe ficou brava, me pôs de castigo. Disseme que era cruel e rancoroso.
— Você não é! Nunca diga isso! — ela diz com fervor, mas não retribui meu abraço.
— Foi a primeira vez que senti ódio por alguém — eu suspiro. — Eu só tinha oito anos. Mas ele também sabia como me agradar, fazia
com que eu me sentisse importante e amado quando queria. Sabe o que é crescer amando e odiando uma pessoa?
Respiro fundo e aperto-a em meus braços.
— Admirando e desprezando? Luma foi a melhor coisa que me aconteceu. Achei que era minha chance de recomeçar. Só ela me
bastava. Até que conheci você. Estava esperando por você.
Beijo seu rosto banhado de lágrimas. Mas ela se afasta.
— Mesmo sem você ela usaria Luma para me atingir — asseguro. — Nada do que Perla faça vai mudar o que sinto por você, Anahi.
— Não sei o que fazer — ela diz. A tristeza em sua feição mostra-me a luta que ela trava em seu peito.
— Apenas não desista — eu imploro. — Não desista de nós, Anahi. — fico de joelhos e abraço seu ventre.
Estou sendo egoísta, se fosse decente o suficiente a deixaria em paz, para que encontre alguém menos complicado que eu. Sem um
passado tão obscuro e cheio de problemas.
O que ela faria se soubesse o que me atormenta por anos, antes mesmo da morte de Paul?
— Eu não sei Poncho. Tudo isso é tão complicado e doloroso. Você é a luz em meio a minha escuridão. Tenho meus próprios demônios
também, mas não quero mais deles para a minha vida. A Perla foi tão cruel, não sei o que pensar sobre tudo isso — ela diz angustiada.
Eu sinto que ela não está falando apenas de sua cegueira, existe alguma coisa em seu passado que também a deixa angustiada. Mas
não quero forçá-la a nada. Não hoje depois dessa avalanche de coisas ruins que aconteceram. Quero apenas que ela não me deixe. Eu não
suportaria ser deixado por ela. Não por ela. Levanto-me e beijo-a com desespero. Lidaremos com uma sombra de cada vez. Ambos perdemos
muito e depois encontramos um ao outro em um presente incerto. Por enquanto o mais importante é tê-la em meus braços.
— Não, Poncho, por favor — ela se afasta mais uma vez. — Quero ficar sozinha.
— Mas Anahi, por quê?
— Eu apenas preciso Poncho. Vamos nos encontrar amanhã, na consulta, certo? — ela diz com cuidado.
— Tudo bem — viro as costas e saio da casa dela.
Tive uma noite terrível. Mal dormi atormentado pelo meu passado e pelo afastamento de Anahi. Entendo o lado dela, mas queria que ela
também entendesse o meu.
Inferno! Estou enlouquecendo sem saber o que ela está pensando, mas preciso dar o tempo que ela precisa. Vou encontrá-la na consulta,
mas queria vê-la agora. Nem sequer queria tê-la deixado ontem, mas para variar, meu cérebro maldito apagou e apenas saí da casa dela, sem
sequer me despedir. Estou magoado também. Não esperava que ela se afastasse de mim. Perla tem esse maldito dom de me afastar das
pessoas que amo. Primeiro Paul, agora Anahi. O que posso fazer para mudar isso?
Arrasto-me da cama e sigo para o banheiro. Tomo um longo banho e faço minha barba. Tudo mecanicamente. Tenho o pressentimento
que tudo entre mim e Anahi está acabado.
Não, não pense assim. Ela só precisa de um tempo para assimilar tudo que está acontecendo.
Visto meu terno preto, com uma blusa branca e gravata cinza escuro. Desço as escadas para tomar café com Luma, que já esta acordada,
pois ouço sua voz vinda da cozinha.
— Bom dia, Luma. Como passou a noite? — pergunto entrando na cozinha.
— Papai! Que bom que já desceu! Eu estava indo em seu quarto agora para acordá-lo. Você vai fazer minhas panquecas? — ela diz
alegremente e me dá um abraço apertado.
— Hoje não querida. Estou atrasado para o trabalho, mas prometo fazer em breve, tudo bem? — digo acariciando seu cabelo.
— Ah, papai... Ontem você ontem chegou tarde e nem me deu um beijinho de boa noite e hoje não quer fazer minhas panquecas — ela diz
emburrada.
— Claro que dei um beijo de boa noite, querida. Fui ao seu quarto, mas você já estava dormindo. Dei um beijinho de boa noite em sua
testa e disse que a amava e você apenas roncou.
— Eu não ronco, papai!
— Ronca sim! — brinco com ela.
Tomamos nosso café calmamente e eu me despeço dela. Tenho sido ausente com tantos problemas me cercando. Devo fazer alguma
coisa para alegrá-la esses dias. Suas férias estão acabando e não viajamos devido ao meu trabalho. Ela apenas passou uns dias em Atlantic
City com meus pais, mas ainda assim me sinto em dívida com ela.
A última coisa que quero pensar ao entrar no escritório é trabalho. Não quando incertezas sobre meu futuro rondam a minha porta. O quão
forte é nosso amor para conseguir suportar as sombras do passado? Amor? Nenhum de nós dois pronunciou essa palavra ainda, embora ela
grite em meu peito. E sei que Anahi sente o mesmo.
— Está atrasado — Peter provoca assim que entro.
— Que eu saiba não agendei nada com você — respondo mal humorado. — Alguma novidade?
— Nos dois casos, sim — ele responde. — Acho que identificamos a pessoa que roubou o projeto.
— Identificou ou não, não existe achismo para isso — resmungo.
— Nossa que mau humor — ele sorri. — Na verdade, acredito que quem negociou com o mediador foi alguém contratado por outra
pessoa.
Peter me entrega uma pasta com fotos e alguns relatórios.
— Você reconhece?
Olho para as fotos e para homem que aparece nela.
— Não — respondo irritado. — Já que seu rosto está encoberto.
Aparentemente é jovem, veste camisa preta, jeans escuro e boné. O homem aparece entrando em minha casa com outras pessoas,
depois o mesmo homem é visto saindo da casa com alguns documentos e sozinho. Obviamente sabia o que estava fazendo, pois parece evitar
que as câmeras de segurança capturem seu rosto.
— O comprador o reconheceu? — pergunto.
— Não — Peter parece insatisfeito. — Mas pelo que ele me descreveu não é o mesmo cara.
— Talvez ele esteja mentindo? Uma forma de proteger quem roubou? — pergunto a ele.
— Não acredito. Ele é acusado de espionagem, interceptação, entre outras coisas. Tem uma ficha extensa — Peter explica. — Tenho
certeza que ele vai colaborar conosco. O grande problema nessa história...
Ele faz uma pausa.
— Não foi à venda do projeto, mas a forma que ela foi divulgada.
— Aonde você quer chegar? — pergunto intrigado.
— Querem desacreditar tanto você quanto a sua empresa. Quem o odeia ao ponto de querer prejudicá-lo assim?
— Acredita mesmo nisso? — digo incrédulo. — Um funcionário, talvez?
Isso seria muito difícil de solucionar. Eu sou dono de uma empresa que vale bilhões de dólares e tenho muitos outros investimentos
paralelos. Por mais que oferecessem as melhores condições de trabalho e que as pessoas disputassem uma vaga em uma de minhas
empresas sempre há um ou outro descontente.
— É uma linha de pensamento. Mas não acredito — Peter curva os ombros. — Esse homem conhece sua esposa e seus amigos. Parece
que andou vigiando sua casa e suas ações por um tempo. Acho que o motivo é pessoal.
Inferno!
— Vou investigar todas as pessoas que pudermos localizar e as que estiveram em sua casa naquele dia — ele explica. — Alguém deve
reconhecê-lo.
— Isso é crime de espionagem industrial, Peter. Espero que quem tenha arquitetado, tenha isso em mente. Vou gastar todos os meus
centavos para colocar os envolvidos na cadeia pelo resto de suas vidas. Outra coisa, eu quero cópias dos vídeos, das fotos, de tudo.
— Vou passar para o Adam para anexar ao processo de divórcio. — continuo. — Mesmo que Perla, aparentemente, não esteja
envolvida nisso, ela promoveu uma festa em minha casa, sem meu consentimento e que acarretou em um furto de um projeto que vale milhões de
dólares. Não havia segurança o suficiente na casa e sequer uma lista de convidados. Mantenha-me a par de tudo. E o outro caso?
— O rapaz está indo muito bem. Acho que em breve poderá falar com ele.
— Ele sabe quem eu sou? — pergunto vacilante.
— Não. Achei que você gostaria de fazer isso. — ele explica.
— E a irmã?
— Ele se recusa a falar dela — ele dá de ombros. — Talvez você consiga arrancar alguma informação dele.
Autor(a): AliceCristina106
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— Talvez. — digo evasivo. À tarde encontro com Anahi na clínica de Liam. Nesse momento estamos sentados em um elegante sofá do lado de fora do consultório. Aguardamos enquanto a secretária espera a ordem para que entremos. Ela sorri com simpatia para nós. Seguro a mão de Anahi e noto como estão frias. Ape ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3