Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
Embora eu nunca tenha tentado que fique claro, ela me dá nojo — e faz uma careta ao dizer isso.
Se a intenção dele é me atingir não pode estar mais equivocado, nada do que disser sobre Perla me abala.
— Logo passei a andar com seu grupo de amigos e uma coisa levou a outra. Eu só pensava em vingança.
— Entendo — esfrego o meu rosto frustrado. — Teria feito o mesmo.
— Não, você não teria — Peter me encara sério.
— Se o que aconteceu com irmã dele fosse com a Luma ou Anahi faria ainda pior. Eu mataria os envolvidos com as próprias mãos.
Ainda não me perdoo por participar de tudo aquilo.
— Você não teve culpa, Poncho. Aceite isso — Peter murmura. — Estava preso naquele maldito quarto!
— Como assim? — Hardy questiona.
— Eu disse que fui obrigado a participar, lembra? Fui empurrado para a câmara e trancado à força.
— Por isso minha irmã nunca o culpou e pediu desculpas a você através da carta — ele esfrega a cabeça. — Eu nunca entendi isso, mas
depois do que vocês falaram de como aconteceu, eu acredito. E faz sentido — ele continua como se falasse com ele mesmo.
— No dia que o vi no parque com sua filha, eu quis desistir. A forma como você a trata. Eu não queria magoar a garotinha, parece que
Deus já o castigou demais através dela.
Sem pensar duas vezes eu agarro a camisa dele e falo em tom ameaçador:
— Nunca mais diga isso! — encaro-o com olhar feroz. — Luma nunca foi e nunca será um castigo para mim.
— Ei — ele tenta se soltar — Tudo bem. O que quis dizer é que você não parece ser tão cruel.
Respiro fundo e o solto ar, afinal ele tem seus motivos para me odiar. Eu mesmo me desprezo.
— Eu ia procurá-lo e devolver os documentos, pedir o dinheiro para pagar o homem, ele me procurou antes e me mostrou as fotos. Uma
coisa levou a outra.
— Eu teria dado o dinheiro — murmuro — Devia ter me procurado antes.
— Como ia saber? Para mim você fazia parte de tudo aquilo.
— Esse é o problema de julgar as pessoas sem antes ouvi-las, mas isso não vem ao caso. De certa forma eu participei, mesmo que não
quisesse — digo com uma pontada de culpa ainda me remoendo.
Ficamos e silêncio por longos minutos.
— O que vocês vão fazer? — ele pergunta assustado. — Vão me entregar à polícia?
— Isso é com Poncho — Peter responde. — Eu acho que deveria.
— Eu não vou — respondo rapidamente. — Eu devo isso a sua irmã.
— Obrigado — ele suspira aliviado. — Vou tentar esquecer tudo isso. E não vou chegar perto de você ou qualquer um de sua família de
agora em diante.
— Isso ainda não acabou — Peter senta na quina da mesa. — Esse homem pode voltar a procurá-lo. Vou deixar um segurança
protegendo sua mãe.
Peter retira um cartão do bolso escreve algo e entrega a ele.
— Meu telefone pessoal — ele indica o número no cartão. — Se ele entrar em contato com você me avise imediatamente.
— Cara, é tão ruim assim? — ele parece assustado, como se agora percebesse onde realmente estava metido.
— Nós vamos encontrá-lo e vou destruir aquelas malditas imagens — eu garanto a ele.
William agradece novamente antes de sair. Pela primeira vez na vida estou em paz. Saber que a irmã dele não havia morrido com ódio de
mim tirou um grande peso dos meus ombros. Uma parte do meu passado estava sendo enterrado. Não que eu fosse esquecer, mas a culpa já
está diminuindo.
— Você deve estar enojado — murmuro para Peter sem conseguir encará-lo.
— Na minha profissão e na vida eu já vi muitas coisas que o surpreenderia. Não se esqueça do meu passado— ele respira fundo. —
Lembra-se do que o Dr. Parker dizia? Temos que aprender a aceitar a nós mesmos e aprender com os nossos erros.
Dr. Parker era o psicólogo que frequentei durante aquele ano na Inglaterra. Peter estava no primeiro ano da faculdade e frequentava o
mesmo psicólogo que eu, mas logo eu voltei aos Estados Unidos para dar início a minha faculdade.
— E o que faremos agora? — pergunto.
— Cavar bem fundo — ele coça o queixo enquanto analisa os fatos. — Sabemos que esse homem mascarado quer prejudicar você. O
que Paul fez para deixa-lo com tanto ódio?
Uma boa pergunta. Paul fez tantas coisas, prejudicou tanta gente. Minha cabeça começa a latejar.
— Paul? Por que não eu?
— Conheço o suficiente Poncho— ele murmura. — Sabe se mais alguma outra jovem foi prejudicada por ele? O momento certo de me dizer
é agora.
— Na verdade, sim — fecho os punhos com raiva. — A filha de um de nossos empregados.
— Poncho, não vai me dizer que você...
— Não — eu o interrompo. — Eu nem estava na cidade.
Peter assente aliviado.
– Eu tinha passado quase um ano na Inglaterra, lembra? O Dr. Parker tinha me aconselhado a voltar para casa, fazer faculdade e de certa
maneira, retomar a minha vida.
As imagens voltam a minha cabeça como relâmpagos.
— Ninguém sabia que eu vinha, meus pais estavam em um jantar beneficente. Eu cheguei e presenciei uma briga entre Paul e Perla.
Foi aí que soube que ela estava grávida de Anne.
Peter me ouve com atenção.
— Ela dizia que se ele não se casasse com ela iria contar o que fez com a filha do jardineiro. E que outra garota tinha morrido por culpa
dele.
— Jesus! — Peter exclama horrorizado.
— Eu procurei os pais dela. Mas eles pareciam não saber de nada. Disseram que meus pais estavam sendo muito bons com eles e os
estavam ajudando financeiramente. Fiquei tão irritado, Peter! — dou um soco na mesa e me levanto. — Estava furioso com meu pai, mais uma
vez ele encobria as sujeiras do filho. Estava com ódio de mim também.
— Não foi culpa sua — Peter murmura.
— Como não? — urro. — Eu não estava presente, mas se tivesse feito algo no passado isso não aconteceria.
— Poncho não pode se martirizar por culpa de outras pessoas — ele diz. — Era apenas um jovem. Seus pais tinham a obrigação sobre isso,
não você.
— Voltei para Inglaterra, mas fiquei apenas mais um mês. O resto você já sabe — eu murmuro. – Uma semana depois Nathan sofreu o
acidente. Eu acusei meu pai e descobri que ele realmente não sabia de nada. Acho que foi a primeira vez que ele percebeu quem meu irmão
realmente era. Depois ele teve o derrame. — continuo. — Casei com Sophia e aqui estamos.
— Eu vou investigar a fundo, ok? Vamos descobrir quem é o mascarado e o que ele procura.
— Isso tudo é muito aterrorizante — murmuro frustrado. — Só não deixe respingar em minha família.
— Anahi sabe sobre isso? — ele pergunta preocupado.
— Meu Deus, claro que não.
Como posso expor toda essa sujeira sem que ela me odeie? Só de imaginar o desprezo que ela teria por mim me deixa dilacerado.
— Tem que contar Poncho — Peter me dá golpe final. — Isso tudo pode vir à tona, vai ser pior se ela descobrir por outras pessoas.
— Ela vai me odiar — eu me apavoro — Não vou poder suportar isso.
— Tenha mais fé em você e na Anahi, Poncho — ele me incentiva. — A verdade pode ser assustadora, mas também é libertadora.
Peter tem razão, não posso mais continuar mentindo. Ela tem o direito de saber e eu tenho o dever de contar. E se não puder me amar e
me aceitar depois de saber de tudo, eu terei que deixa-la seguir sua vida, mesmo que eu morra por dentro.
— Farei isso — respondo resignado.
Vou para porta como se estivesse indo para uma execução. Caminho até a saída de forma automática, meus pés se arrastam lentamente.
— Poncho? — a voz de Peter soa atrás de mim. — Pare de se culpar por algo que você não teve controle.
Uma das frases preferidas do Dr. Parker. Mas como eu sempre dizia a ele era fácil dizer, mas quase impossível de cumprir. Não é por
que não temos controle sobre algo que nos livramos das responsabilidades.
— Peter, como Hardy sabia que o projeto estava na minha casa? — pergunto de repente.
Ele me olha como se avaliasse se deve me dizer ou não. No fundo eu imagino.
— Perla. Talvez de maneira inocente eu não sei.
— Como assim? Perla inocente? — pergunto sem entender.
— Hardy perguntou algumas coisas e ela acabou soltando que vocês não transavam e que você era obcecado pelo seu trabalho, levando
projetos para a casa habitualmente. Ele deve ter observado você e deu sorte no dia da festa na sua casa.
Concordo com a cabeça e me despeço. Perla ainda pagará pela sua “inocência”.
Calvin me espera do lado de fora do prédio. Passamos em frente a um bar e ordeno que ele pare. Sento-me ao balcão e peço duas
doses de uísque. Viro o copo de uma vez. Olho para o barman e peço mais uma dose.
Ele parece não estranhar o fato de eu estar bebendo a essa hora do dia.
— Dia difícil? — ele pergunta solícito.
Eu não respondo apenas balanço a cabeça e viro o copo. Sinto o álcool queimar em meu estômago. Peço outra dose e outra. Não estou
a fim de conversa. Volto para o carro e seguimos para o apartamento de Anahi. Calvin me encara pelo retrovisor. Parece inconformado com o
que vê.
Toco a campainha e espero. Não estou bêbado, mas também não estou em meu estado normal. Penso em ir embora, afinal essa não é a
melhor forma de contar a ela. Antes que possa me virar e ir embora alguém abre a porta.
— Meu Deus! — Maite murmura. — Você está péssimo! Entre.
Ela me arrasta para dentro. Meus olhos vão até onde Jennifer está. Desabo a na frente dela ficando de joelhos.
— Poncho? — ela sussurra surpresa. — O que aconteceu?
— Perdi você para sempre — murmuro angustiado. — Sei que perdi.
— Querido... — ela segura meu rosto — Estou aqui. O que foi?
— Não vai ficar depois do que tenho a dizer.
— Eu vou ao supermercado — Maite diz saindo em seguida.
Chegou a hora de a verdade ser revelada. O momento que eu vou destruir minha vida com ela para sempre.
Autor(a): AliceCristina106
Este autor(a) escreve mais 11 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Anahi seguras minhas mãos que estão em seu colo, percebo que elas estão trêmulas. — Poncho— ela murmura esfregando minhas mãos nas suas. — Suas mãos estão frias. Querido o que houve? Eu não posso dizer! Não posso dizer! Não posso dizer! Essa frase martela na minha cabeça como um ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
-
Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
-
Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
-
Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
-
AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
-
Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
-
Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
-
Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
-
AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
-
AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3