Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
Hoje é o dia mais importante de nossas vidas. Ando de um lado ao outro do quarto como um animal enjaulado. Em exatamente uma hora Anahi
será levada ao centro cirúrgico e essa espera está me matando, estou mais nervoso do que ela se isso é possível. Meus sentimentos são
contraditórios e vão do medo à felicidade estrema. Da esperança a incerteza do que poderá acontecer.
— Vai acabar furando o chão — ela murmura divertida.
— Eu não estou nervoso — afirmo, mas até mesmo para mim a mentira é gritante. — Fique calma.
Sento na cadeira ao lado de sua cama e seguro suas mãos, não se é a minha ou a dela que está tão fria, mas para minha sanidade
prefiro pensar que seja a minha. Para ela é um momento decisivo em sua vida, após anos vivendo na escuridão apenas a esperança de poder
enxergar novamente deve ser ao mesmo tempo irreal e assustador.
— Vai dar tudo certo — continuo, esfrego minha outra mão suada contra a calça. — Não tem por que se preocupar.
— Poncho... — ela suspira. — Eu estou calma, mas você é que está me deixando nervosa.
Certo, tenho que me controlar, não ajudará muito se eu perder o controle. Liam é um excelente medico e não razão para entrar em crise,
mesmo sabendo que toda cirurgia é um risco, nada irá acontecer. No entanto pensamentos como a anestesia aplicada de forma errada, uma
parada cardíaca entre outras coisas faz meu coração volta a acelerar no peito. Procuro afastar todos esses pensamentos atordoantes da minha
cabeça, tento me convencer de que tudo ficará bem, mas essa estranha sensação continua me rondando como um caçador a espreita pronto a
atacar. É como pressagio de que alguma coisa irá mudar e a sensação não é boa.
— Onde está Maite? — ela aperta meus dedos e me afasta desses pensamentos sombrios.
— Foi pegar um café.
— Por que você não vai para casa, assim que tudo estiver terminado, tenho certeza que Liam ligará para você — ela sugere.
É a quinta vez que escuto essa oferta e será a quinta vez que recuso. O que eles pensam? Que vou consegui ficar as próximas três ou
mais horas em casa como se nada estivesse acontecendo. É a vida dela que está em jogo, e Anahi faz parte da minha vida agora, será que
tão difícil para eles entenderem isso?
— Já conversamos sobre isso — respondo. — Se as circunstancias fossem diferentes e eu fosse entrar naquela sala de cirurgia você
ficaria em casa esperando notícias minhas?
— Não — ela suspira — Acho que não.
— Então não volte a me pedir isso — esfrego os olhos com frustração.
— Então se acalme ou peço para Liam medicar você — ela murmura sorrindo.
Sorrio de volta, realmente eu não estou ajudando. Anahi precisa de toda calma nesse momento e não de um louco obcecado por
controle, algumas coisas não estão em minhas mãos mais uma vez me dou conta disso. Essa nova realidade não me agrada muito.
— Poncho qual parte de deixar a paciente tranquila você não entendeu?
Liam entra no quarto acompanhado de duas enfermeiras. Seu olhar em minha direção é ameaçador. Passei as últimas duas horas
ouvindo o quanto é importante que ela se mantenha calma e serena e a única coisa que fiz foi aumentar sua apreensão.
— Desculpe — respondo constrangido, como uma criança sendo pega fazendo malcriação.
— Como se sente Any? — Liam desvia o olhar em direção a ela.
— Ansiosa — ela respira fundo.
— Isso é muito natural. A enfermeira irá aferir a pressão e logo seguiremos para sala de cirurgia, tudo bem?
— Mas já? — pergunto preocupado. — Ainda faltam quarenta minutos.
— Sim, ainda temos que sedá-la e fazer todo procedimento pré-operatório — ele explica.
Uma enfermeira anota o resultado da triagem em uma prancheta e entrega a ele.
— Tudo certo — ele sorri. — Dez minutos para se despedirem. Certo? Sem, mais estresse Poncho.
Concordo com a cabeça e vejo-o sair enquanto conversa com as enfermeiras. Ajoelho-me em frente a ela na cama e seguro suas mãos
geladas. O punho cruel voltar a apertar meu coração ao observar seu rosto pálido. Seu rosto expressivo não consegue me esconder nada, vejo
medo e angustia. Tento passar toda segurança de nada de mal acontecerá.
— Você é a pessoa mais corajosa que eu já conheci... — minhas palavras saem engasgadas do peito. — E nada de mal vai acontecer.
— Ponchp... Se não der certo... — sua voz é tão vacilante quanto a minha.
— Shii... — toco seus lábios impedindo que as palavras saiam. — Não diga isso.
— Eu preciso — ela segura meus dedos com força. — Se não acontecer... Se eu não voltar a enxergar eu quero que não se sinta preso a
mim.
— Eu tenho fé em você, fé em Liam e acima de tudo fé em nós dois! Nada do que acontecer mudará o que sinto ou fará diferença. Não
perca a esperança, milagres acontecem quando você acredita.
— Eu amo você — ela me diz sorrindo em meio às lágrimas.
— Apenas volte para mim tudo bem? Não importa como, apenas volte.
Então faço a única coisa capaz de afastar qualquer tipo de pensamento ruim, beijo-a como se fosse à última vez em nossas vidas.
Algumas horas passam tão depressa como um piscar de olhos, como um dia de verão ao lado das pessoas que amamos. Outras vezes
elas se arrastam lentamente e dolorosamente como quando você está preso ao transito e a única coisa que quer é chegar cedo.
— Eu já estou ficando tonta — Maite protesta a me ver andando em círculos pelo corredor.
— Você não acha estranho ninguém vir falar nada? — continuo andando angustiado.
— Poncho, a última vez que você perturbou uma enfermeira foi há quinze minutos — ela me fulmina com os olhos. — Se perguntar mais uma
vez vão nos expulsar daqui.
— Mas já faz mais de três horas que ela está lá — me queixo. — Alguém deveria sair e dizer alguma coisa.
— Eu vou tomar um café você quer?
— Não. Vou ficar e esperar.
Volto a olha para o relógio, já se passam três horas e vinte minutos. Liam disse que duraria entre duas a três horas, então daria a ele tem
mais trinta minutos. Volto a sentar enquanto, encosto minha cabeça na parede e fecho os olhos, meus dedos martelam minhas pernas sem parar.
Aguente firme! Aguente firme! Aguente firme amor!
Meus pensamentos são direcionados a ela a cada badalado do relógio. Venho repetindo esse mantra às ultimas três horas.
Continue firme e seja forte Anaho. Você sabe que estou aqui esperando por você.
— Tome. Você precisa.
Abro os olhos e vejo Maite em pé em frente a mim. Ela está tão apreensiva quanto eu. Ambos a amamos muito, de forma diferente, mas
verdadeiramente.
— Obrigado — agradeço pegando o copo de café.
— Eu trouxe rosquinhas — senta-se ao meu lado. — Agora coma!
Embora não tenha fome e como apenas para agradá-la. Ficamos a última hora em silêncio olhando para porta. Cada um perdido em seu
próprio pensamento. Em nossa fé e esperança, tentando sufocar o medo que nos ronda. Antes que possamos nos preparar a porta é aberta.
Posso dizer que dou um solto duplo que faria inveja a qualquer atleta olímpico.
— Como ela está? O que aconteceu? Vai ficar bem? Já posso vê-la?
— Bem. Nada. Sim e ainda não — Liam responde minhas perguntas com humor. Apesar de visivelmente cansado ele parece tranquilo. —
Pensei que confiasse mais nos meus talentos profissionais.
— Por que não? O que aconteceu Liam? — Ignoro sua última resposta.
— Nada Poncho — ele suspira. — Tudo ocorreu muito bem, melhor do que eu esperava. No momento ela está sedada e no pós-operatório.
Vá para casa, tome banho e descanse, está bem?
— Eu prefiro ficar aqui — murmuro.
— Poncho para casa ou só deixarei vê-la amanhã. Aliás, vão os dois — ele se dirige a Maite. — Vocês deixaram minha equipe maluca.
Liam só pode estar blefando sobre me deixar vê-la apenas amanhã. Quanto a sua equipe é vergonhoso dizer, mas ele tem razão,
infernizei as enfermeiras nas últimas horas. Porem eu resolvo fazer o que está me pedindo, por enquanto. Agora mais do que nunca preciso tê-lo
ao meu favor, penso ao notar a cara amarrada das enfermeiras em nossa direção ao sair da sala.
— Foi culpa dele — Maite aponta em minha direção.
Maldita desertora. Sempre é assim, o navio afunda e os ratos fogem.
— Tudo bem eu vou, mas eu volto — retruco.
— Não tenho dúvidas — Liam sorri. — Até logo.
Por alguns minutos fico desfrutando dessa paz interior que me invade. Olho para Maite sorrindo e chorando ao mesmo tempo e noto que
comigo não é diferente, nos abraçamos com a certeza de que tudo ficará bem. Os momentos mais angustiantes já haviam passado.
— Vamos — sussurro para ela. — Quero estar de volta quando ela acordar.
Saímos do hospital e nos deparamos com a chuva fina do fim de tarde. Para uma quinta feira o dia parece muito calmo, apesar das
centenas de pessoas nas calçadas e carros nas ruas. Em segundos a hora do hush começará e agitação típica de Nova York ganhará vida.
— Vou deixa-la em casa primeiro.
— Obrigada.
Calvin abre a porta para que Maite entre e a mantem aberta para que eu possa entrar.
— Como foi senhor? — seu interesse é genuíno.
— Tudo bem Calvin — respondo sorrindo. — Ela é uma grande lutadora.
— Tenho certeza que sim senhor — ele sorri de volta fechando a porta. Toma seu lugar e o carro entra em movimento.
Como um bom motorista Calvin sabe evitar o trafego lento da cidade. Observo a chuva agora mais forte através da janela. Vejo algumas
pessoas tentando se esconder em toldos de lojas e algumas brigando com seus guarda chuvas, alguns mais corajosos enfrentam a chuva com
determinação, outros com indiferença.
Uma hora depois acordo uma Maite sonolenta quando paramos em frente ao apartamento. Calvin sai do carro com um guarda-chuva
aberto para que ela não se molhe.
— Vejo você depois — ela me diz ao sair do carro.
— Maite? — chamo-a antes que se vá. — Obrigado.
— Não tem por que — ela dá de ombros. — Any é minha amiga, sei que faria o mesmo por mim.
Ambos sabemos que é verdade.
Demoramos quase meia hora para chegarmos a minha casa. Preciso de um bom banho para recuperar as energias. Hospitais deixam as
pessoas exaustas.
— Paizinho...
Luma vem me abraçar assim que entro. Pego-a no colo e mantenho-a junto a mim, sinto cheiro de morango de seus cabelos. Seu rosto
está sujo de tinta e percebo que esteve desenhando na mesa da sala.
— Posso visitar a Any papai?
— Ainda não, mas assim que puder eu a levarei — eu prometo. — Preciso tomar um banho e voltar para o hospital, vai ser boazinha com
Claire?
— Sim papai.
Os últimos dias tinham sido calmos e relacionamento entre elas havia se fortalecido muito. Anahi dá a Luma toda a atenção e carinho
que Perla havia negado todos esses anos. Beijo a testa de Luma e a coloco no chão. Nesse momento o telefone começa a vibrar, vejo que é
Peter pelo visor.
— Alô — atendo.
— Oi Poncho. Como foi?
— Tudo bem — murmuro.
— Graças a Deus — escuto seu suspiro de alivio. — Vou visita-la amanhã.
Fico impressionado como Anahi conseguiu encontrar seu lugar entre meus amigos e as pessoas mais chegadas a mim. Todos a
adoravam, claro, exceto minha mãe a qual não voltei a falar desde a última vez que esteve em minha casa.
— Liguei para avisar que Kevin sai da clinica no domingo — ele pigarreou. — Achei que gostaria de falar com ele antes disso.
Vejo evitando esse encontro há muito tempo. Sempre preso entre uma desculpa e outra.
Autor(a): AliceCristina106
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— Acho que está na hora — murmuro. — Sábado de manhã, pode ser? — Creio que sim. — Vejo você amanhã — desligo com pressa. Vou para suíte rapidamente, separo uma calça jeans e um suéter vermelho de lã, tomo banho e me visto. Preparo uma maleta com roupas e objetos de higiene ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3