Fanfics Brasil - Proibida Para Mim- Capítulo 23 Parte 1 SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada.

Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny


Capítulo: Proibida Para Mim- Capítulo 23 Parte 1

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Meus olhos vagueiam pela sala, as paredes estão pintadas em tons de cinza, olho para a ampla janela de madeira pintada de branco. Toda sala


parece um tanto fria e impessoal e não um ambiente adequado a pessoas em recuperação, pelo menos o que imagino que deveria ser. Não que


a clínica seja de baixo padrão, não pagaria por nada que não fosse excelente, apenas tem um ar sombrio demais, principalmente se eu for


comparar às clínicas que Perla costumava se tratar. Além de caríssimas, elas mais pareciam um clube de veraneio do que um ambiente de


recuperação.


Olho por um instante para uma estreita e alta estante bege de ferro, examino alguns livros técnicos, biográficos e de autoajuda. Pego um


livro de autoajuda e folheio sem muito interesse. Acredito que este tema seja direcionado a pessoas em sua constante busca por algo que traga


felicidade instantânea e paz interior. O mais curioso é ver que a maioria acredita fielmente poder encontrar as respostas necessárias dentro


desses livros. Prova disso são os grandes números de vendas em livrarias e as incontáveis palestras motivacionais em todo o mundo. Não sei


ao certo o quanto isso é verdadeiro e, embora acredite no poder da motivação e da mente, tenho certeza que as regras e conselhos indicados


em um livro não são suficientes para transformar e mudar a vida de qualquer pessoa. Isso depende de suas escolhas e a forma como decide


conduzi-la.


Abandono meus pensamentos filosóficos, devolvo o livro à estante e volto a olhar ao redor. Há uma mesa antiga de cerejeira próxima à


janela, uma cadeira marrom e estofada atrás dela e duas poltronas à frente. Sento-me em uma delas e analiso a mesa bem talhada e maciça,


creio que a madeira tenha por volta de uns cem anos, apesar de antiga é muito delicada e bonita. Admiro o trabalho artesanal e artístico nas


quinas e pés da mesa e apesar de admirar o trabalho abstrato do artesão por alguns minutos não é suficiente para distrair minha mente inquieta.


Direciono meu olhar para a janela semiaberta em frente a mim e foco nos poucos e opacos raios de luz dourados que transpassam a janela e


iluminam a mesa. Olho para fora e contemplo o céu que começa a ficar nublado, em uma eminente ameaça de chuva.


Viro-me em direção à porta de forma impaciente, estou esperando há mais de vinte minutos e nem o médico e nem o paciente se


dignaram a aparecer. Talvez ele tenha desistido, concluo um pouco esperançoso. Encaro a porta como se o ato pudesse fazer com que o


médico entrasse imediatamente trazendo boas notícias.


Apesar de desejar que isso termine logo, uma estranha sensação de que algo está para acontecer volta a me sufocar. Olho pela milésima


vez para meu relógio no meu pulso, enquanto os minutos se arrastam lentamente diante de mim e tento manter minha mente sã.


Peter está em pé perto de um divã marrom de couro e aparenta estar tranquilo em contraste com meu estado de espírito. Volto a olhar


através da janela, perdido no tempo. Minutos depois ouço o barulho do trinco e o ranger da porta atrás de mim. Estou sentado de costas para


porta, portanto não tenho visão de quem entra, ele está aqui, mas algo me impele a continuar de costas. Sinto a mesma sensação que vem me


incomodando há dias.


— Desculpem a demora — ouço sua voz atrás de mim.


— Tudo bem — a voz de Peter ecoa na sala. — Kevin eu quero que conheça uma pessoa.


Continuo imóvel de costas para o homem, seguro a quina da mesa com força, não sei ao certo o que me impede de encará-lo, mas algo


me diz que mudará nossas vidas para sempre.


— Poncho? — Peter exige minha atenção e pelo seu tom de voz parece confuso com a minha reação. Afinal, eu que o contratei e pedi essa


busca incansável, portanto, não há razão para que eu vacile, mas esse sentimento é mais forte que eu.


Não que eu seja supersticioso ou algo parecido, pelo menos creio que não, mas minha intuição me diz que estou às vias de um desastre.


Sem poder para adiar o inevitável, por mais tempo que o necessário, eu tomo coragem   aparados. Após registrar essas novas informações eu começo a notar a semelhança entre eles e me pergunto como não liguei os fatos antes. A


verdade esteve o tempo todo debaixo do meu nariz e não pude ou não quis enxergar.


— Paul — Kevin interrompe meu dilema interno.


Seu rosto está pálido e confuso. Olha-me com incredulidade por um instante, sem conseguir acreditar no que vê. Observo-o balançar a


cabeça desnorteado. Deixo-o tomar ciência do seu engano momentâneo, enquanto uma avalanche de sentimentos passa por seu rosto: culpa


arrependimento e raiva.


— Não! Você não pode ser ele — ele balbucia confuso. — Paul está morto.


Kevin encara Peter como se procurasse respostas às quais no fundo ele já sabe ou ao menos desconfia.


— Você disse Poncho? — ele pergunta.


— Sim. Poncho é irmão gêmeo de Paul, pensei que soubesse disso — Peter responde por mim.


— Sim, agora eu me lembro — volta a olhar para mim analisando-me com mais cuidado e curiosidade. Observo-o sentar no divã com um


semblante amargurado. — Fiquei apenas confuso por um momento. Vocês são idênticos, mas visto que ele está morto, você só pode ser o


irmão dele. Correto?


— Sim — respondo ainda tentando me orientar enquanto as lembranças vêm até mim como um trem desgovernado.


— Era você naquele dia? — minha pergunta soa mais como uma acusação.


— Que dia? O dia do acidente? Sim, eu estava dentro do carro — ele responde com segurança.


— Falo do dia do assalto — corrijo-o. — O homem que assaltou a jovem cega no Bronx há alguns meses atrás.


Kevin enruga a testa e parece tentar assimilar o que acabo de dizer. Confusão e arrependimento transpassam pelo seu rosto, ele leva as


mãos aos cabelos e solta um profundo suspiro.


— Refere-se à Anahi? Você estava lá? — pergunta curioso.


— Eu a salvei — sibilo com dentes rígidos. — Salvei de você!


Relembrar a cena e como ela estava apavorada me deixa transtornado. O que poderia ter acontecido se eu não tivesse aparecido? Isso


me deixa alucinado e com anseios de esganá-lo com minhas próprias mãos.


— Compreendo. Aquele dia é um pouco nebuloso para mim Como ela está?


— O que ela é sua? — ignoro sua pergunta. Eu já sei a resposta, mas anseio pela confirmação.


Uma parte de mim que fugir dali, fingir que nada aconteceu e acreditar que a vida não pode ser tão cruel assim. Agarro-me ao último fio


de esperança como se minha vida dependesse dessa resposta. Na verdade minha vida depende absolutamente dessa resposta.


— Anahi é minha irmã — responde. — Ela está bem? Olhe, eu realmente sinto muito por tudo. Nunca quis machucá-la, apesar de só ter


feito isso por toda a minha vida.


Suas palavras são sinceras, posso ver o arrependimento e sofrimento em seu semblante e na sua voz triste, mas isso nem se compara à


devastação que me apodera o peito. Respiro fundo em busca de ar.


— Ela acabou de fazer uma cirurgia — Peter responde por mim novamente, sei que ele está tirando as mesmas conclusões que eu. —


Parece que tudo foi bem.


— Como eu não vi isso? — questiono Peter. — Como não ligamos as pessoas aos fatos?


— As fotos que você tinha dele eram de um adolescente, muito diferente daquele dia. Magro, cabelo verde, roupas de couro, certo? —


Peter se dirige a Kevin.


— Eu era um pouco rebelde — ele nos encara intimidado.


— Mas as duas têm o mesmo nome — retruco amargurado.


— Não, uma é Anahi Portilla e a outra é Linton, como poderíamos imaginar que seria a mesma pessoa? Além disso, nunca soubemos


que era cega — Peter parece profundamente irritado, esse detalhe parece frustrá-lo tanto quanto a mim. — Kevin por que sua irmã usa um


sobrenome diferente?


— Assim que nossos pais morreram ela foi adotada por uma tia de nosso pai. Mas eu acho que começou a usar o nome mais para fugir


de mim, o que deu certo por um tempo. Mas o que tudo isso tem a ver com Any?


— Como isso passou despercebido, Peter? — pergunto angustiado.


— Sempre procurei por Anahi Linton. Talvez se tivesse tido mais tempo, ou tivesse procurado direito... — ele para abruptamente. – Isso


não faz sentido.


— Alguém pode me explicar alguma coisa? O que minha irmã tem a ver com isso? E por que você está me ajudando ou me procurando?


Eu dirigia o carro que seu irmão morreu, pensei que me odiasse. — Kevin continua alheio ao meu debate com Peter.


— Conheço Paul, sei que ele fez mais mal a você do que bem — decido começar a explicar do início. — Na época do acidente de


carro em que Paul morreu e vocês foram hospitalizados, eu estive no hospital.


— Eu me lembro disso — ele responde. — Apesar de não ter visto você, meus pais me contaram que esteve lá.


— Seus pais me garantiram que vocês estavam bem, mas que gostariam de esquecer o que aconteceu e que iriam embora da cidade.


— Eles tinham medo de que me entregassem à polícia — Kevin explica. — Eu não estava exatamente consciente naquele dia.


— Tenho certeza que Paul também não estava — respiro fundo e continuo. — De qualquer forma, seus pais disseram que quando


saíssem do hospital iriam embora, recomeçariam a vida longe daqui. Eu ofereci minha ajuda o que seu pai negou. Mas pedi que sua mãe me


procurasse caso precisassem futuramente. Porém, tive que cuidar dos meus pais e Perla, depois nunca mais eu recebi notícias de vocês.


Ainda consigo lembrar-me daquele dia com clareza e como a dor e o constrangimento nos olhos da mãe deles me sensibilizaram.


— Há dois anos encontrei uma carta de sua mãe na antiga casa de meus pais, a data era de seis anos atrás. Na carta sua mãe me pedia


ajuda — retiro do bolso a carta que manuseei inúmeras vezes e entrego a ele.


Prezado Poncho.


Espero que esteja bem. Sei que não tenho direito de incomodá-lo após o que ocorreu nos último ano e não faria isso se realmente não


estivesse desesperada. No entanto, meu amor de mãe é maior que qualquer sentimento de orgulho e constrangimento que eu possa ter.


Minha filha precisa fazer uma delicada e urgente cirurgia, que também é muito cara. Você se ofereceu para nos ajudar a qualquer


momento que fosse preciso. Dou minha palavra de que devolveremos cada centavo não importa quanto tempo isso leve.


Sei que é um jovem de coração puro e bondoso. Apesar do que aconteceu tenho certeza que não se recusará a ajudar uma jovem


inocente. Any é a jovem mais doce e amável que eu conheço e não falo isso por ser minha filha. Foram tantas e incontáveis vezes que


colocou a família à frente de suas necessidades. Não é justo que continue pagando por algo que não causou.


Espero que um dia possa conhecê-la e verás o quanto minhas palavras são sinceras. Por tudo que você mais ama nesse mundo eu


peço que ajude a minha filha.


Laura Linton.



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Autor(a): AliceCristina106

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— Por que não me disseram naquele dia no hospital que ela havia ficado cega? — pergunto com raiva. — Não sabíamos, nem os médicos perceberam, foi uma surpresa descobrir isso. Ela ficou em coma induzido e só ao acordar descobriram o que aconteceu, fizeram uma cirurgia que não foi bem sucedida — Kevin lembra c ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 714



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  • Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58

    Posta mais

    • AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47

      continuando <3

  • Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36

    Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U

    • AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00

      que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e

  • Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16

    minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U

  • Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07

    Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde

    • AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52

      O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3

  • AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47

    Voltei!! Continuando, amores <3

  • Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51

    Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde

  • Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38

    Posta mais &#9829;

  • Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08

    Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.

  • AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49

    Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3

  • AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06

    Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3


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