Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
Os segundos se transformam em minutos que se transformam em horas, intermináveis. Enfermeiras
entram e saem, me tocam, medicam, trazem comida, levam-na intocada, protestam e reclamam. Eu
não me importo.
A única coisa que consigo fazer é pensar em como minha vida está um caos. Um sentimento frio
passa por todo meu corpo enquanto imagino minha vida sem ele e um vazio ainda maior se é possível
domina-me.
Olho para janela e vejo com olhos um pouco embaçados o dia nublado lá fora. Um pequeno céu
azul surge apesar das nuvens escuras tentando encobri-lo. Talvez eu fosse como esse céu e precise
apenas encontrar um caminho entre as nuvens. Quem sabe exista azul depois do cinza.
— Any!
Viro-me para olhar para porta, Maite está parada entre o vão e a entrada. Sua mão apoiada no
peito enquanto em seu rosto há uma expressão angustiada.
— Poncho sofreu um acidente.
Quatro palavras e uma frase. O suficiente para mudar minha vida completamente. O mundo parou
de existir e nada mais importa. O cinza parece ficar negro.
— Acho que ele morreu!
Eu olho para mulher à minha frente, mulher que por muito tempo eu só conheci a voz. Sua
expressão angustiada diz que as coisas não estão nada bem. Meu coração salta no peito ao ouvir suas
palavras. Seguro firme a borda da cama e sinto meu corpo tremer. Estou caindo, meu mundo está se
partindo novamente e não consigo ver o chão diante de mim.
— O que você disse? — sussurro, quase inaudível — O que está dizendo Maite?
Pela reação dela creio que percebeu que essa não foi a maneira correta em me dar uma notícia
como essa.
— O carro dele bateu em outro carro em um cruzamento perto daqui — Seu choro é contido —
Oh... Any ele está horrível.
Vejo suas mãos irem até seu rosto enquanto grossas lágrimas dessem por ele. Sinto um gosto
salgado nos lábios e percebo que são minhas próprias lágrimas silenciosas.
— Não! — meus joelhos cedem e caio — A dor em meu peito agora é mais intensa e aguda que
antes — Não!
Todas as outras coisas perderam a importância como mágica. Os traumas, as feridas, até mesmo o
ódio que alimentei por Paul durante tanto tempo, agora nada significam. Cada batida de meu
coração grita por Poncho. E a cada batida meu coração doí mais.
As nuvens já não vão a lugar algum, o sol não voltará a aparecer. Deixei que ele partisse com a
esperança de que ele fosse voltar um dia, mas não irá. Eu o perdi e nem ao menos pude dizer o
quanto o amo. Minha vida jamais foi tão obscura como agora.
Desprezo-me por deixá-lo partir daquela maneira. Agora como todas as pessoas tolas, tive que
perder para aprender saber o verdadeiro significado de amar. E tudo que me restará é um coração
partido. A dor me faz sentir como se minha alma estivesse sendo arrancada de meu corpo. A ideia de
que nunca vou sentir seu toque, cheiro, lábios, e ouvir o som da sua voz e que nunca mais serei o
motivo de seus sorrisos, apunhalam meu peito e isso é devastador.
— Você o viu? — Meu choro é compulsivo agora — Você o viu morto?
Quantas vezes eu tenho que andar por essa estrada? Haverá algum dia em tudo não seja apenas magoa e dor? Chegará o dia em que eu não terei mais lágrimas a derramar?
— Eu o vi chegar agora a pouco — diz ela secando os olhos — Não tenho certeza se está morto.
Acho que me expressei mal. Mas ele parecia morto, está horrível e...
Enquanto Maite se atropela em suas palavras uma chama de esperança começa nascer dentro de
mim. Uma pequena chama, mas que tento me agarrar a ela com todas as forças que ainda me restam.
Neil não está morto, não pode estar. Escuto essa voz ecoando em minha cabeça. Que me ordena a ter
fé. Eu preciso acreditar nisso e eu quero acreditar.
— Oh Ay desculpe. — Maite se une a mim no chão, enquanto choro e rio ao mesmo tempo —
Eu e minha boca grande.
— Poncho não está morto. Sei que não está.
Essa certeza dentro de mim é cada vez mais forte. Sinto uma vontade louca de sair gritando pelos
corredores do hospital. Como se a vida tivesse me dado uma nova chance de recomeçar e vou lutar
com todas as forças para merecê-la.
Levanto-me o mais rápido que minhas pernas trêmulas permitem e trago Maite comigo.
— Vamos!
— Espere — puxou-me de volta — Já pode sair do quarto?
Umedeço os lábios enquanto pondero. Ninguém havia me prevenido para que não saísse e mesmo
que houvesse essa restrição eu não seguiria. Estou cansada de ficar parada e deixar que as coisas
simplesmente aconteçam a minha volta. Preciso de alguma informação, se não, eu enlouquecerei.
— Creio que sim — respondo. — Vamos procurar o Liam.
— E vai sair assim? — diz ela me encarando atônita — De camisola?
— Que importância isso tem agora Maite? — nunca me importei com roupas não é agora que vou
começar — Estamos em um hospital e não em uma festa. Eu poderia estar nua que isso não faria a
menor diferença para mim.
Lembro-me quando Poncho saiu apressado e descalço pelos corredores do hospital em seu
aniversário. Foram tantas as vezes que me demonstrou seu amor e eu apenas joguei tudo isso fora,
sem olhar para trás.
— Mas...
Deixo-a falando sozinha e saio apressada. A claridade é muito forte e sinto-me tonta por alguns
segundos. As paredes parecem girar a minha volta. Sinto-me perdida e deslocada em meio essa
imensidão branca, entre as pessoas que vem e vão pelo imenso corredor, tudo é muito novo e confuso
para mim.
Apoio-me contra a parede fria, enquanto espero minha vista se normalizar. Estou congelada,
minha única vontade é encontrá-lo.
— Any você está bem?
— Ajude-me Maite — digo, angustiada.
— Venha — segura minhas mãos geladas — Acho que sei onde podemos encontrá-lo.
Enquanto andamos percebo os olhares curiosos em nossa direção. Devem considerar-me louca.
Passamos por uma porta de vidro e vejo minha imagem refletida nela. Gemo ao olhar meus cabelos
emaranhados e a camisola hospitalar. O conjunto dá-me um aspecto de uma garota saída de um filme
de horror. Então, deve ser completamente natural os olhares especulativos.
— A emergência fica do outro lado. Acho que podem dar alguma informação — Maite me conduz
como fazia quando eu ainda era cega. Alguns hábitos são difíceis de mudar e ainda não nos
adaptamos a isso.
Paramos no balcão de recepção enquanto eu aguardo-a solicitar informações de forma insistente Nesse momento vejo Liam saindo de uma sala e corro até ele.
— O que faz aqui Any? — está surpreso e irritado com minha aparição.
— Eu sei que tudo isso é culpa é minha — sussurro, com imensa vontade de chorar — Mas eu
preciso saber como o Poncho está.
— Não me refiro a isso — parece frustrado — Estamos em um hospital Any. Há vários riscos
de infecção e contaminação, você tirou os curativos essa manhã.
Eu não havia pensado sobre isso. Na verdade, não pensei em nada a não ser encontrar Poncho e ter a
certeza de que ficará bem.
— Isso não importa. Você o viu? Como está?
Seus olhos fixam-se em mim. Parece indeciso no que vai me dizer, como se procurasse as
palavras certas para não me magoar, mas não as encontrasse. Isso não é bom. Apesar de ter o peito
cheio de esperança as coisas não parecem muito otimistas. Isso faz meu coração apertar no peito.
— Pode me dizer a verdade Liam — murmuro.
— Ainda não sei Any. Poncho foi enviado para o centro cirúrgico. O acidente foi grave. Ele estava
sem o sinto de segurança e foi lançado contra a porta. Há um grande corte na cabeça e quebrou uma
perna.
Minha mão salta a garganta ao imaginar a cena. Lembranças terríveis vêm em minha cabeça de
forma esmagadora. Um acidente de carro havia mudado a minha vida e outro acidente poderia marcá-
la para sempre. A vida não pode ser tão cruel duas vezes da mesma maneira, poderia? Não posso e
não vou aceitar isso.
— Mas ele está vivo não é? — pergunto, angustiada — Vai ficar tudo bem?
— Não saberei até que o médico saia — diz ele frustrado — Vou ser sincero. A situação não era
boa quando chegou. Parece que houve traumatismo craniano, não se sabe ainda qual a gravidade.
— A culpa é minha — choro desolada — Se não o tivesse mandado embora...
— Não tem que se sentir culpada Any — suspira Liam — Vocês realmente precisam fazer algo
com relação a isso, talvez procurar a ajuda de um médico e verificar esses traumas. Ficar se
culpando por tudo não leva a nada, apenas para mais mágoas e desentendimentos.
Ele está certo sobre isso. Deveria ter procurado um médico há muito tempo. Poncho já havia
comentado que tinha feito terapia para aprender a lidar com Perla e seu passado. Isso explica o fato
de ser mais equilibrado e sensato do que eu. Pelo menos até ter me conhecido. Eu fiz o que nem
Perla e Paul fizeram juntos. Baguncei sua mente e destruí seu coração. Foram inúmeras as vezes
que pediu que não esquecesse o quanto me amava como um presságio e quando mais precisou de mim
havia lhe virado as costas. Se ele estivesse sentindo metade da minha dor quando entrou naquele
carro tem muita sorte de ainda estar vivo.
— Por favor, Liam diga que ele vai ficar bem! — imploro — Farei qualquer coisa. Salve-o!
— Ajudaria muito se voltasse para o seu quarto.
— Eu prefiro ficar aqui e esperar por notícias.
— Liam tem razão Any — Maite se aproxima de mim e segura meu braço — Lembra quando
você foi operada. Poncho parecia um leão enjaulado, isso não ajudou muito, ajudou? Não há nada que
possa fazer agora.
— Mas eu não estava morrendo Maite! — insisto.
— Nem o Poncho — argumenta Liam — Se quer mesmo ajudá-lo volte para o quarto. Eu não posso
lidar com vocês dois ao mesmo tempo. Prometo que vou mantê-la informada. Agora preciso avisar
aos pais dele e encontrar uma forma de contar a Luma.
Luma? Havia me esquecido completamente dela. Como posso ser tão egoísta? Há uma garotinha
Autor(a): AliceCristina106
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As horas se arrastam amargamente enquanto aguardo em desespero. O quarto parece me sufocar a cada minuto que passa. Há mais de uma hora que não tenho notícia alguma. Liam apareceu apenas uma vez para avisar que os pais de Poncho estão a caminho do hospital e que ele ainda se encontra na sala de cirurgia. Ele sofreu um trauma grave e estã ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3