Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
As horas se arrastam amargamente enquanto aguardo em desespero. O quarto parece me sufocar a
cada minuto que passa. Há mais de uma hora que não tenho notícia alguma. Liam apareceu apenas
uma vez para avisar que os pais de Poncho estão a caminho do hospital e que ele ainda se encontra na
sala de cirurgia.
Ele sofreu um trauma grave e estão operando-o para reduzir a pressão intracraniana. Pelo que
disse estão realizando pequenos orifícios no cérebro para liberar uma hemorragia interna. Ainda não
se sabe se terá algum dano permanente e irreparável, mas que é comum em casos como esse. Os
danos mais comuns são convulsões, paralisias e alterações de personalidade. Também há riscos de
outros distúrbios como problemas de concentração, dores de cabeça ou tontura, que podem sumir
rapidamente ou durar por anos. Esse tipo de lesão pode ou não ter consequências graves, mas não há
como avaliar até que ele acorde. Rezo fervorosamente para que nada parecido com o que aconteceu
comigo ocorra a ele.
≈≈≈
Uma enfermeira entra no quarto com o almoço, sopa de legumes, suco de maça e salada de frutas
como sobremesa. Não tenho fome, nem ânimo para comer. No entanto, Kevin que já havia voltado,
Paige e a enfermeira insistem para que eu coma pelo menos um pouco. Como sei que preciso estar
forte para quando Poncho acordar provo um pouco de cada coisa.
Tento manter a fé a cada segundo de espera, mas confesso que está cada vez mais difícil. Por
minha culpa ele poderá ter alguma lesão irreversível, isso se sobreviver. E se não andasse ou falasse
novamente? Se nunca mais acordar? São tantas as possibilidades que me levam as vias do desespero.
Nunca poderei me perdoar por qualquer coisa que venha acontecer a ele.
— Agora sei como você se sentia Kevin — pronuncio com a voz trêmula — É terrível saber que
destruímos a vida de alguém que amamos.
— Não diga isso Any — abraça-me e choro em seu peito — Nada disso foi culpa sua. Vamos ter
fé.
— Desculpe ter sido tão dura com você! — soluço.
— Nunca foi dura comigo. Foram minhas escolhas e com elas vieram as consequências.
— Não posso perdê-lo — choro intensamente.
— Você não vai. Eu prometo.
Suas mãos massageiam minhas costas tentando me tranquilizar. Aos poucos o meu choro
desesperado viram suspiros e não sei quantos minutos depois, adormeço.
Eu sonho. O rosto não é o mesmo que me aterrorizava quando estava cega, mas o que eu vi essa
manhã, embora sejam iguais, o calor em seus olhos e o sorriso sincero me mostram o quanto são
diferentes. Como fui cega em não me dar conta disso.
Nesse sonho estamos sentados em um banco. Há um belo jardim repleto de rosas brancas. Ele me
sorri com carinho e coloca uma flor em meu cabelo. Seus olhos me encaram novamente e eu vejo
tristeza em seu olhar. Poncho se levanta e caminha para longe de mim. Quero gritar para que volte. Ele
para e me olha com tristeza.
Eu te amo — sussurra ele com tristeza e parte.
Quero me levantar e correr até ele. Não consigo me movimentar, parece que estou colada ao
banco. Levo as mãos aos lábios e eles parecem selados.
— Não! Não vá!
Algo sacode meus ombros, sinto que estou sendo puxada. Eu não quero ir, preciso encontrá-lo. Há
muitas rosas, não consigo vê-lo...
—Any acorde! – ouço uma voz ao fundo — Acorde querida!
Abro os olhos novamente e por alguns segundos me sinto desorientada. Onde estão as rosas? Onde
está o Poncho e onde eu estou?
— Teve outro daqueles pesadelos? – Maite alisa meus cabelos.
Balanço a cabeça em negativa. Agora já consciente de onde estou e de tudo o que aconteceu.
— Perla com ele — encaro-a com tristeza — Mas eu não tive medo Maite. Não era o Paul era
o Poncho. Eu queria ficar com ele, mas ele partiu.
— Claro que era o Poncho — Ela me sorri — Liam esteve aqui há alguns minutos.
— Por que não me acordou? — salto da cama com pressa — Por quanto tempo eu dormi?
— Apenas por duas horas — murmura — Liam pediu que a deixasse dormir um pouco mais.
Disse-me para avisar que a cirurgia já terminou.
— Como Poncho está? — pergunto, ansiosa — Preciso vê-lo.
— Calma Any! Poncho está na UTI e ainda não pode receber visitas. Aparentemente tudo ocorreu
bem, ainda temos que esperar que acorde, mas não há risco de morte.
Respiro aliviada, ainda terei que esperar algum tempo para poder ficar perto dele novamente, mas
só fato de saber que está fora de perigo me tranquiliza.
— Eu quero falar com Liam — O pedido soa como uma suplica.
— Ele já foi embora — diz Maite — Pretende voltar à noite. A mãe de Neil também esteve aqui
no quarto, mas já foi. Foram contar a Anne o que aconteceu. Lilian parecia muito angustiada.
A mãe de Poncho esteve em meu quarto? Se antes não gostava de mim agora com certeza me odeia.
Por minha causa quase perdeu o único filho. E Luma? Também me odiará se algo acontecer ao pai?
Agora vejo que não prejudiquei apenas o homem que amo, mas todas as pessoas a sua volta e essa
certeza me entristece amargamente.
— Ela disse alguma coisa? — pergunto, angustiada.
— Não — Maite balança os ombros — Apenas perguntou como você estava. Foi embora em
seguida.
Isso me soa estranho. O que a mãe de Poncho queria comigo? Por que veio me ver? Terei que
esperar para ter todas as perguntas respondidas e espero que eu esteja preparada para o que vier.
— Onde está o Kevin?
— Saiu para comer.
— Aposto que você ainda não comeu nada, não é?
— Comi alguma coisa.
Ela está mentindo. Aposto que ficou ao meu lado o tempo todo. Não sei o que fiz para ter uma
amiga tão dedicada como Maite e ter um homem que me ama como Poncho, mas eu juro que daqui para
frente eu vou merecer toda confiança e amor que eles me dedicam.
— Vá para casa Maite, descanse um pouco.
— Eu...
Antes que ela possa continuar eu protesto.
— Prometo que ficarei bem — insisto — Kevin pode tomar conta de mim.
Embora ela esteja muito receosa em me deixar, acaba concordando. Promete que estará aqui
amanhã bem cedo. Eu não tenho dúvidas disso, tenho muita sorte em estar rodeada de pessoas que me
amam e apoiam em momentos tão difíceis como esse.
Não há muito que fazer em um quarto de hospital. Então procuro olhar em volta e observar cada detalhe. Estive tão perdida em todas as emoções das últimas horas que só agora me dou conta do
milagre que estou vivendo.
Eu posso ver! Cada objeto, cada cor, cada forma. Não preciso lembrar ou tentar imaginar como
são. Eu as vejo agora. Fecho os olhos por um segundo e abro-os rapidamente. Nunca mais estarei
condenada a escuridão.
Há uma TV fixa a parede em frente à cama. Quantas vezes ouvi seu som e desejei ver as cenas que
passavam nela. Como uma criança, pulo da cama e vou até a mesinha, pego o controle remoto e ligo a
TV. Está em um canal de culinária, o canal seguinte é um canal infantil. Deixo ali mesmo, sempre
gostei de desenho animado.
Fico deliciada com as cenas que vejo. Talvez por alguns segundos eu possa me distrair e aplacar
a angustia em meu peito ou vou enlouquecer.
— Já acordou? — Kevin entra no quarto alguns minutos depois — Como está?
— Ainda passa o Pica Pau — suspiro ignorando sua pergunta. Se tiver que responder voltarei a
chorar desenfreadamente — Lembra como eu adorava o Pica Pau?
— Não tem como esquecer — resmunga ele — Não nos deixava assistir mais nada além disso.
Parece que eu não havia mudado muito. Sorrio com melancolia. Sempre fui uma criança terrível e
cheia de vontades, parece que a maturidade não mudou isso.
— Obrigada — estico minha mão para ele — Você tem seus próprios dilemas para resolver e eu
trago mais alguns.
— Eu que agradeço. Vou agradecer todos os dias por ter me aceito novamente em sua vida. Sabe,
há algo que preciso lhe contar.
Faço uma oração interna para que não seja outra tragédia. Eu já tive notícias ruins o suficiente
para um só dia.
— Você não foi o único motivo para eu querer estar limpo.
— Não?
— Não — Kevin senta ao meu lado na cama — Eu conheci uma garota. Nós nos apaixonamos e
ela ficou grávida.
— Meu Deus! Eu tenho um sobrinho?
— Eu não sei. Ela também era dependente de drogas. Disse-me que ia parar por causa do bebê e
queria que eu fizesse o mesmo. Eu não acreditei nisso na época, achei que estava querendo me forçar
a ficar com ela.
— Kevin.. — comecei a protestar — Era seu filho. Onde eles estão agora?
— Em qualquer lugar. Nem sei se ela está viva ou se cumpriu o que falou. Já presenciei tantas
mulheres grávidas manterem o vício até o fim da gestação.
E prejudicam o feto terrivelmente. Desejo que a jovem tenha tido forças e cumprido a promessa
pelo bem de seu bebê e que essa criança tenha mais sorte que Luma.
— Eu vou encontrá-los Any. Nem que passe a vida procurando-os.
— Faça isso. Quero ter meu sobrinho em meus braços um dia.
— Pode ser uma menina — sorri encabulado.
— O que você prefere?
— Que esteja bem e feliz. O sexo não importa.
Abraço-o com carinho e ficamos ali vendo TV sem realmente prestar atenção em alguma coisa.
Cada um preso em seus pensamentos. Com esperanças de que possamos corrigir nossos erros e que a
vida nos dê outra chance para recomeçar.
Jantamos e recordamos nossa infância. O tempo todo ele tenta me distrair de alguma forma. No entanto, várias vezes me pego olhando para porta à espera de notícias.
Autor(a): AliceCristina106
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À noite chega e nos distraímos com um seriado na televisão. É uma série policial que por alguns minutos nos deixa entretidos. Após terminar, Kevin navega pelos canais em busca de algo que o agrade. Ele ainda está concentrado nisso quando Liam aparece no quarto. Pulo da cama completamente angustiada. Eu olho para ele ansiosa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3